Marcelo Oliveira e Levir Culpi em foto do jornal O Tempo. O que perder vai enfrentar a turbulência de não chegar nem à final do Mineiro.
A imprensa nacional tem falado que a fórmula do Campeonato Mineiro é a melhor entre todos os estaduais. Realmente temos a fórmula menos ruim. Bom demais que dois clubes do interior estejam na final, mas na verdade, a Caldense é que merece todos os elogios, por se tratar de um dos poucos clubes do interior do Brasil que consegue se sustentar com as próprias pernas. O Tombense é um “barriga de aluguel”, usado e sustentado pelo Eduardo Uran, um dos empresários mais poderosos do nosso futebol, proprietário dos direitos de muitos jogadores, das prateleiras de baixo, do meio e de cima do país. Para que as senhoras e senhores tenham uma ideia, o zagueiro Thiago Silva, o capitão chorão da seleção de 2014, foi transferido, oficialmente, do Tombense para o Milan, na primeira transação dele para o exterior. Leo Moura, o ex-lateral do Flamengo, já pertenceu a ele. O “dono” do Tombense, Lane Mendonça Gaviolle, é empresário do ramo de artefatos e cimentos, chegado do Uran, dos tempos em que morou no Rio de Janeiro. A partir de 1999 o clube cresceu física e futebolisticamente, aproveitando uma tradição, na época quase centenária, fundado que foi em setembro de 1914. Para uma cidade de 10 mil habitantes, glória maior, impossível. Mas, se amanhã ou depois a situação ficar ruim; “aquele abraço”, e o clube sai do cenário.
Atlético e Cruzeiro não decidirem o título é uma novidade, mas isso representa muito pouco para o nosso futebol. Não mostra força do interior, mas sim fragilidade dos dois neste momento, além de estarem com a cabeça na sequência da Libertadores da América. Sem falar que o América, mais frágil ainda, conseguiu ficar fora da final.
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