Interessante a visão do americano Márcio Amorim sobre a não classificação do América para a fase final do Campeonato Mineiro:
* “Não considero uma derrota para o América o fato de não se ter classificado para a fase final do rural. Não é preciso ser muito “sensato” para exigir que o rural seja feito para revelar jogadores, quando se sabe que as finanças do América não permitem contratações bombásticas, como fazem os rivais. Pagam absurdos a refugos medianos e conseguem times razoáveis com atletas medianos. É normal, no enfrentamento com times relâmpagos do interior. O problema é que jogam muito dinheiro fora porque o retorno nem sempre é satisfatório. Basta ver os comentários dos torcedores atleticanos e cruzeirenses sobre algumas contratações caras – Guilherme, Cárdenas, Júlio Batista, entre outros. O América já ignora e menospreza a sua categoria de base há anos. A maior vitória do Givanildo foi disputar uma vaga na semifinal até a última rodada, priorizando a base. Sentiu cedo que os Pedrinhos e os Lorenzis não seriam melhores do que os garotos. Colocou-os onde deveriam estar: no campo, jogando. Já são três as gerações que não tiveram chance por causa de pernas-de-pau de empresários: Doriva, Willians, Camilo, Kléber… uma lista interminável. Os garotos, ontem, andaram ameaçando pisar na bola. Toques laterais ou dribles tão desnecessários quanto inúteis. A torcida ensaiou uma vaia e eles pararam. São ótimos e serão úteis, se bem usados, instruídos e orientados. Esta é a vitória do Givanildo. Quanto ao título, dá-se um jeito. Não se joga em Tombos nem em Poços e fica tudo em casa. Pressiona que os times se vendem e fica tudo no Mineirão ou Independência. Não seria a primeira vez e nem será a última. Alguém não foi a Nova Lima, o América foi. Alguém não foi a Tombos. O América foi. Alguém não foi a Divinópolis. O América foi e deixou seis pontos nestes “estádios”. Suficientes para ser o primeiro colocado. Vida que segue.
Márcio Amorim
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