O excelente Estádio Jalisco, famoso pela Copa de 1970, faz lembrar o Mineirão antes da reforma
Para mim a choradeira sob a alegação de cansaço começou muito cedo no futebol mineiro. A nossa maior dupla começou foi mal mesmo o ano, com elencos muito abaixo do que tinham ano passado, quando os treinadores escalavam times fortes para começar jogando e tinham bancos à altura. Até alguns jogos atrás a cabeça do Rodolfo Mhel, preparador físico do Atlético, andou a prêmio, porque era a “explicação” mais falada sobre o fraco desempenho com péssimos resultados no Campeonato Mineiro e Libertadores. Foi só os titulares voltarem ao time para as coisas melhorarem.
Está parecendo que estamos no fim da temporada quando treinadores, dirigentes, jogadores e imprensa têm a condição física como principal foco antes, durante e depois dos jogos. Vamos ver o comportamento do Galo esta noite, contra um adversário aguerrido, porém, que fala até em escalar time misto, para priorizar o campeonato mexicano. Além do mais, Guadalajara não tem altitude. A viagem foi longa e cansativa, mas houve tempo suficiente para o devido descanso.
Não pode é jogar a bolinha horrorosa que jogou no Independência, quando perdeu para este mesmo Atlas e ficou em situação ruim na competição. Porém, o time era outro, cheio de reservas ruins, fruto da avaliação errada, feita pela comissão técnica ano passado, para 2015. O resto é desculpa esfarrapada em forma de fisolofia futebolesca de botequim.
A ficha do jogo:
Estádio Jalisco, em Guadalajara
22h (de Beagá)
Árbitro: Patricio Loustau (Argentina)
Assistentes: Diego Bonfa e Gustavo Rossi (também argentinos)
ATLAS: Vilar; Venegas, Pérez, Kannemann e Castillo; Medina, Rodríguez, Rodrigo Millar e Keno; Caballero e González
Técnico: Tomás Boy
ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete, Dátolo e Carlos (Guilherme); Luan e Lucas Pratto
Técnico: Levir Culpi
Da Gazeta Esportiva Net:
* “Do correspondente Wanderson Lima”
Belo Horizonte
O Atlético-MG terá que superar o desgaste pelo excesso de jogo se quiser se manter vivo na briga para avançar as oitavas de final da Libertadores. O Galo vai medir forças contra os mexicanos do Atlas nesta quarta-feira, às 22, no estádio Jalisco, em Guadalajara, e precisa vencer para tentar assumir a segunda posição do Grupo 1 da competição continental.
Os chilenos do Colo-Colo lideram com nove pontos, enquanto os colombianos do Santa Fe e os atleticanos possuem seis pontos, com o Galo ficando na terceira colocação pelo critério de gols marcados. Já o Atlas venceu apenas um jogo na competição, e foi justamente contra o Atlético-MG, no Independência.
Para dar o troco em cima dos mexicanos, o Galo vai precisar superar o desgaste de ter viajado por mais de 12 horas até chegar na América do Norte, além da série de jogos decisivos tanto pela Libertadores quanto pelo Campeonato Mineiro. Para amenizar a situação, o técnico Levir Culpi tem poupado jogadores.
No clássico contra o Cruzeiro, o treinador poupou o atacante argentino Lucas Pratto, que tem presença certa no duelo desta quarta-feira. Já o lateral-direito Marcos Rocha e o atacante Carlos seguem como dúvida já que sentiram dores no tornozelo no último final de semana. A situação de Carlos é a mais preocupante, e o jogador será reavaliado para saber se tem condições de jogo.
Caso o atleta fique de fora do confronto, a tendência é que Guilherme, que jogou no lugar de Pratto no clássico, ocupe a condição de titular, mesmo sem estar 100% fisicamente. Já Marcos Rocha vem declarando que estará em campo de qualquer maneira, mas em caso de veto, Patric assume a lateral atleticana.
Quem não tem problemas de desgaste é o volante Leandro Donizete, que ficou de fora do clássico por motivo de suspensão e retorna ao time contra os mexicanos. “É um jogo importante, e todo mundo que entrar em campo vai dar a vida para o Atlético-MG sair de campo com a vitória. Sabemos que é difícil, mas precisamos dos três pontos”, declarou.
A favor do Atlético-MG, o fato do clube já ter atuado em três oportunidades no estádio Jalisco e nunca ter perdido. Foram três empates contra a Seleção Mexicana, Colônia, da Alemanha e Chivas Guadalajara. O local da partida desta quarta-feira também especial para o técnico Levir Culpi, que quando era jogador chegou a balançar as redes do Jalisco e brincou com a situação.
“Eu fiz um gol no Jalisco, quando eu jogava no Atlante, da Cidade do México. Eu fiquei um ano e meio no México e fiz um gol lá. Espero que possa passar alguma coisa para os jogadores. Às vezes, eles não vão fazer um gol tão bonito como eu fiz, mas quem sabe né. Vamos torcer por eles”, comentou.
Treino ontem no local do jogo. Foto Globoesporte.com
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