Já que não conseguiu salvar da pena de morte na Indonésia o traficante paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, o governo brasileiro bem que poderia tentar salvar de pena quase tão rigorosa o jogador de futebol Jobson, do Botafogo. O crime dele foi na esfera esportiva, doping, que lhe valeu absurdos quatro anos de suspensão, da Fifa, cujos cartolas são amigos quase íntimos tanto do governo quanto dos políticos da oposição no Brasil. E o mais impressionante: Jobson não pode nem treinar junto com os seus companheiros no Botafogo. Se quiser que treine à parte, jogue peladas longe de estádios oficiais de treinos e partidas de qualquer competição oficial. Na prática é a morte do futebol do atleta, que vive disso. De repente, ele que já teve graves problemas com as drogas, pode até voltar à sarjeta e até morrer fisicamente.
A Fifa faz lembrar a Santa Inquisição, da Idade Média, e as suas determinações são cumpridas cordeiramente no mundo todo. Mas, diferentemente do governo indonésio ela negocia, principalmente com quem enche os seus cofres, e nisso, está muito grata ao Brasil que lhe proporcionou os maiores lucros da história das Copas do Mundo, já que os nossos governos estaduais e federal dos mais variados partidos fizeram o que ela bem quis por aqui.
» Comentar