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Finalmente um bom jogo nesta Copa América

A Argentina com Lionel Messi e outros ótimos jogadores parecia que daria uma goleada no Paraguai. Fez 2 a 0 logo de cara (Aguero aos 28 e Messi, de pênalti aos 34), porém com a ajuda fundamental do lateral Samúdio, que fez um pênalti e deu um passe para os argentinos chegarem a este placar. O ex-lateral do Cruzeiro deu passes que fizeram lembrar os que os jogadores do Atlético andam dando para os adversários marcarem.

No segundo tempo os paraguaios resolveram correr dobrado e chegaram ao empate no apagar das luzes, aos 44 do segundo tempo através de Lucas Barrios.  Aos 14, Valdez tinha diminuído.

Messi perdeu gols que normalmente não perde.

Diferente da Copa do Mundo e da Eurocopa, a Copa América raramente tem um bom jogo, desses de encher os olhos, na fase de grupos. À exceção desse 2 a 2 de hoje, o que vimos até agora foi sofrível: o anfitrião Chile custando a ganhar de um horrível Equador; México e Bolívia empatarem sem mexer no placar, numa partida de dar sono, e o Uruguai, atual campeão, suando bicas para ganhar de 1 a 0 da Jamaica, que perdeu duas chances incríveis de empatar, em jogo também muito fraco. O Grupo C, do Brasil, fecha a primeira rodada amanhã, com Venezuela x Colômbia, 16 horas; Brasil x Peru, 18h30.

O que chama muito a atenção é o prestígio dos treinadores argentinos, já que nada menos que seis dos 12 comandantes das seleções nesta disputa são dos nossos vizinhos: Gerardo ‘Tata’ Martino (Argentina), Jorge Sampaoli (Chile), José Pékerman (Colômbia), Gustavo Quinteros (Equador), Ramón Díaz (Paraguai) e Ricardo Gareca, ex-Palmeiras, que comanda o Peru, nosso adversário de hoje.

TECNICOS

O técnico da Jamaica é o alemão Winfried Schãfer, e os demais são nascidos nos próprios países cujas seleções dirigem: Dunga, Mauricio Soria (Bolívia), Óscar Tabarez (Uruguai), Noel Sanvicente (Venezuela) e Miguel Herrera (México).

Apesar de ser penta campeão do mundo o Brasil nunca emplacou muitos treinadores no exterior e nem na América do Sul consegue ter hegemonia neste aspecto. A favor dos nossos, o idioma, para explicar essa falta de convites até do nosso continente.

* * *

Os chilenos se orgulham de não ter nenhum dirigente do futebol deles preso ou indiciado pela justiça norte-americana no escândalo que abalou a FIFA e está tirando Joseph Blatter do poder. Mas a discussão sobre corrupção no país é o principal tem de todos os veículos de comunicação locais, em função de dois ministros do governo Michelle Bachelet que caíram e das informações privilegiadas que o filho da presidente passou à empresa imobiliária da esposa.

Eles achavam que corrupção só existia na política dos vizinhos.

A presidente Bachelet, que ocupa o cargo pela segunda vez na história, detinha a maior aprovação entre todos os colegas dos países sul-americanos. Depois dos escândalos, despencou e hoje 64% desaprovam o seu governo. Ela foi à abertura da Copa América mas não discursou e o cerimonial do governo fez acordo com a organização para que seu rosto não aparecesse no telão do e que não fosse informada a presença dela no estádio Nacional. E assim foi feito e dessa forma, sem incidentes e sem vaias.

COMERCIO1

Se dentro de campo os jogos têm sido fracos, fora o comércio e o turismo chilenos não têm nada a reclamar.


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Comentários:
1
  • Marcão de Varginha disse:

    Perdi o tesão pela seleção brasileira nos idos de 1982, e desde lá só são convocados e escalados atletas apadrinhados pela CBF, federações estaduais, empresários e afins, todos de olho em seu quinhão!
    – Que esta Copa América seja vencida até mesmo pelo Peru, com o prévio respeito, menos por essa seleção de garotos mimados, pirracentos, cheios de mi-mi-mi, que parecem que usam fraldas e chupetas!
    – Dá-lhe, Argentina! ou Peru,ou Uruguai, ou Paraguai… menos os mimados verde-amarelo!