Neymar tomou quatro jogos de suspensão pela Conmebol e está fora da Copa América. Tomara que sirva para que ele repense as bobagens que anda fazendo, mas essa punição foi um exagero dessa desmoralizada entidade que aproveitou o momento para tentar se dar uma tintura de seriedade, punindo o jogador, que merecia no máximo dois jogos. E ainda terá de pagar 10 mil dólares de multa. Claro que a Conmebol não perderia essa chance de pegar uns trocados, né? O Bacca, que deu o empurrão no Neymar tomou um jogo e US$ 5 mil de multa.
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O ex-lateral do Flamengo e seleção, atual comentarista Júnior é reconhecido e aplaudido por onde anda por Santiago, quase sempre na companhia do locutor Galvão Bueno e do ex-árbitro Arnaldo César Coelho. Ele se mostra até assustado com tanto carinho e assédio das pessoas pedindo fotos e autógrafos, já que parou de jogar há 22 anos. A seleção brasileira de 1982 e o Flamengo, campeão da Libertadores, sobre o Cobreloa do Chile, e Mundial em 1981), ainda são os maiores responsáveis por essa idolatria ao ex-jogador. Ele mantém a simplicidade e gentileza dos tempos que em jogava, porém, agora com mais tempo para dedicar a quem o aborda, sem pressa para entrar em ônibus de delegação ou chamado por alguma comissão técnica ou seguranças.
O mesmo não se pode dizer de Ronaldo, o ex-centroavante, comentarista convidado da Globo, que andou sendo vaiado em Temuco, em Santiago e agora não sai mais do hotel com os companheiros de equipe, temendo novos constrangimentos. Ronaldo é de geração e personalidade diferentes daquela época do Júnior, quanto a maioria absoluta tinha prazer em atender aos fãs. Está mais para a geração “Neymar Jr.”, milionário ainda muito jovem, que não dá nem uma piscada fora do script que lhe é passado pela agência que cuida da imagem dele. Tenta passar a imagem de humilde, mas se mostra arrogante, com os colegas de seleção e companheiros de profissão de outras partes do mundo, a quem considera “inferiores”.
As atitudes de Neymar no jogo contra a Colômbia reforçaram essa imagem dele entre os chilenos.
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Ronaldo é identificado pela imprensa chilena e por consequência pelo público, mais como um cartola apoiador de Ricardo Teixeira na organização da Copa do Mundo no Brasil e dirigentes da Conmebol do que como o grande jogador que foi. Rodolfo Melendéz, um dos donos do restaurante Donde Augusto, do Mercado Central, conta que recebeu uma encomenda do hotel onde o Ronaldo está pedindo uma de suas famosas mariscadas. Negou, som um argumento: “Se ele quiser que venha cá, pois será um prazer servi-lo, pessoalmente”.
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Desde antes do início da Copa América, Belo Horizonte tem o nome presente o tempo todo nas rádios e TVs de todo o Chile. Campanha motivacional do Canal 13, o principal daqui, convoca os torcedores chilenos, de forma bem ufanista, ao estilo Rede Globo com as chamadas “patrióticas” dela, a apoiarem a “Roja” que esteve muito perto de um grande sonho em 2014, mas que se acabou nas oitavas de final no “Mineirao, em Belo Horizonte”. E que agora chegou a hora da conquista do maior título da história da seleção deles
Centenas de mineiros vem se encontrando nas ruas e atrativos turísticos de Santiago. Como esta família de Belo Horizonte, bem equilibrada em suas preferências: o americano João Prates (direita) com o genro atleticano Erivaldo Junior (centro) e o filho cruzeirense João Carlos.
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