Otavio Verdolin Ribeiro tem 10 anos de idade e momentos antes do início de Cruzeiro x Avaí ele dizia: “Pai, se o Cruzeiro vencer, dependendo da diferença de gols, vai para o 9º lugar”. A coluna foi enviada antes do fim do jogo e caso a previsão do Tavinho se confirmasse o time do Vanderlei Luxemburgo sairia da 12ª posição. O futebol é assim.
Não deu! Um 1 a 1 insonso!
Nos dois anos anteriores a briga azul era para se manter a liderança do campeonato durante quase toda a disputa. O presidente Gilvan de Pinho Tavares vai corrigir o maior erro de toda a gestão dele agora, quando se conscientizou que é impossível ser presidente e diretor de futebol ao mesmo tempo. Menos mal; antes tarde do que mais tarde. Brigar pelo título é muito difícil, mas há potencial no grupo para uma posição honrosa.
Atlético e Corinthians fizeram um grande jogo, principalmente no segundo tempo. Está dando gosto ver o estilo agressivo de jogo do Galo, que arrisca muito e sofre as consequências naturais de toda ação arriscada. Qualquer erro pode ser fatal, principalmente quando o adversário acerta um chute em alta velocidade como o Malcon acertou. A reação foi forte, porém esbarrou no bom goleiro Valter e na pontaria descalibrada da noite, principalmente do Pratto.
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A derrota do Fluminense para o Vasco segurava o Atlético na liderança e mostrou que o equilíbrio desta edição do Brasileiro deverá durar até as últimas rodadas. O Vasco ganhou na vontade, já que time por time o novo dono do Ronaldinho Gaúcho é muito melhor, unindo experientes e uma meninada que deverá crescer com a chegada do R10. Bem dirigido pelo mineiro Enderson Moreira.
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Ronaldinho Gaúcho poderá ser utilíssimo ao Fluminense. Chega numa situação parecida como na vinda para o Atlético: ambiente de pessoas de quem gosta, jovens promessas no time e a necessidade de recuperar prestígio, agora, nos derradeiros momentos da carreira. Certamente Enderson Moreira já tem na cabeça quem será o “Bernard” do Flu para correr para compensar a correria que o Ronaldinho não tem mais.
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Tumulto na parte da frente do avião da South Africa no qual eu estava indo para a Copa de 2010, lotado de jornalistas que saíam de São Paulo para Johanesburgo. Fui atrás. Na primeira classe, Alcides Gigghia, o autor do gol do “Maracanazo” de 1950. Simpatia total e uma força física impressionante para a idade que já tinha.
Mais impressionante que a vitalidade física e simplicidade do Gigghia, era o carisma da figura. Na mesma primeira classe dele estava Pelé, rindo daquela confusão toda, para um outro ex-jogador que não fosse ele. Também estava Ricardo Teixeira, que ninguém queria chegar perto.
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