Há jogos em determinados locais ou condições climáticas que jogadores e comissões técnicas já entram com o discurso pronto para depois da partida em caso de resultado negativo. Altitude, chuva, calor e até umidade relativa do ar são justificativas usuais, verdadeiras ou não. Goiânia é um desses locais, principalmente agora que os estádios onde houve jogos da Copa têm gramados de dimensões menores. Durante toda a semana a pauta jornalística predominante no noticiário do Atlético foi o calor, a baixa umidade da capital goiana e as dimensões maiores do campo do Serra Dourada. O time do Atlético incorporou o discurso e não quis correr contra o Goiás, resultando numa partida ruim de se assistir e um 0 x 0 que deu preguiça.
Sem Lucas Pratto, mas com Guilherme desde o início, o Galo abusou dos erros de passes e quase saiu derrotado. Só não perdeu porque contou com a fragilidade do adversário cujos atacantes têm péssima pontaria e desperdiçaram oportunidades impressionantes. Nas entrevistas depois do jogo os jogadores e o técnico Levir Culpi apenas reiteraram aquilo que vinham falando antes: gramado, condições climáticas, desgaste físico e coisas tais.
Menos mal para o Atlético é que nenhum concorrente direto pela liderança venceu na rodada. Corinthians e São Paulo empataram, o Fluminense perdeu para o Avaí, Sport e Atlético-PR empataram e o Palmeiras perdeu para o Cruzeiro. Mas um time que briga pelo título não pode perder pontos contra um adversário como o Goiás, muito ruim, que dificilmente escapará do rebaixamento.
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