No mundo atual parece que estamos vivendo um filme de terror e suspense, aqui ao nosso lado e longe de nós, mas que na realidade se torna perto nessa aldeia global. Uma barragem rompida, uma bala perdida, um assalto, homicídio, latrocínio ou algo assim pode nos alcançar a qualquer momento. Atentados estão se tornando comuns e loucuras como esta de ontem em Paris nos deixam incrédulos em relação a tudo. Paralelamente pessoas fazem piadas nas redes sociais com assuntos tão graves e por incrível que pareça muita gente acha graça e sai repassando idiotices, sem pensar que vítimas diretas e indiretas estão sofrendo uma dor incomensurável.
A tragédia de Paris é tão grande quanto a do rompimento das barragens da Samarco/Vale, que devastaram e vão continuar devastando pessoas e o ecossistema de Minas até o oceano atlântico. Fruto da ganância, ação criminosa, previsível e evitável, mas contando com a cumplicidade de muitos políticos e a omissão de outros.
Fala-se com a boca cheia em multa de R$ 250 milhões, como se isso devolvesse vidas. E pior: nenhuma garantia que essa multa será cobrada e se for, para onde vai o dinheiro. Semanas atrás o governo de Minas anistiou multas aplicadas a criminosos ambientais. Dentro de algum tempo, quando a poeira baixar e a lama secar, possivelmente uma nova anistia poderá pintar por aí. E nisso, tucanos, petistas e outros menos votados se irmanam e se confundem. Difícil definir quem é mais quem!
* Governo de Minas decide perdoar multas ambientais dos últimos quatro anos
* Se pagar em 20 dias, Samarco terá 30% de redução em multa
Gesto de boa vontade do Governo federal vale para as cinco multas de R$ 50 milhões cada, aplicadas pelo Ibama, que somam R$ 250 milhões; economia seria de R$ 75 milhões
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