Eu continuo considerando-o a melhor opção para comandar o Atlético em 2016, pelo “conjunto da obra”. Errou, erra e vai continuar errando em muitas situações, mas os acertos são maiores. Recuperou jogadores como Giovanni Augusto, deu moral para o Luan, que cresceu com ele no comando; recuperou Dátolo, descobriu jogadores de ótimo potencial como o zagueiro Thiago. Jemerson, Douglas Santos e Rafael Carioca foram apostas felizes dele, que remontou o time que se esvaiu depois da conquista da Libertadores de 2013. Isso é de um valor incalculável, principalmente pelo baixo custo. Diferentemente da maioria dos treinadores, Levir não pede, não exige contratações caras. Muito pelo contrário. Um das principais divergências do Daniel Nepomuceno com ele é exatamente essa. O presidente quer ousar, investir em reforços de verdade, mas o treinador prefere manter os pés no chão e apostar nos “bons e baratos”.
Daniel pensa como a maioria da torcida, e não está errado; quer investimentos pesados no futebol profissional, arriscar. Levir prefere a casa em ordem, salários em dia, ambiente tranquilo; também não esta errado. A experiência que adquiriu em décadas de bola, como jogador e treinador, o ensinou que um bom ambiente é essencial.
O brasileiro Muricy Ramalho, super campeão, o argentino vice-campeão mundial em 2014, Alejandro Sabella e outros nomes que têm sido falados são excelentes, podem dar certo ou não. Porém, um novo treinador, qualquer que seja, terá de começar do zero, desde ao conhecimento do grupo quanto às instalações físicas da Cidade do Galo e até transitar em Belo Horizonte.
Estes e tantos outros aspectos precisam ser avaliados, postos na balança, calculando o tempo que falta para o começo da temporada 2016, as competições que o Atlético terá pela frente e os investimentos que serão feitos, em combinação com a receita real e prevista para o ano que se aproxima.
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