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Capa do caderno Cidades do Correio Braziliense de hoje sobre o protesto dos policiais civis do Distrito Federal

Me propus cobrir esta Olimpíada no Brasil de forma semelhante às coberturas que faço de grandes eventos como este no exterior, tendo como principal foco os bastidores e o dia a dia das pessoas nas cidades envolvidas. Inclusive com comparações com o nosso cotidiano em Minas Gerais. Na semana passada estive no Rio, voltei a Belo Horizonte e agora estrou em Brasília. Retornarei a Beagá para assistir os jogos da Alemanha e Portugal no Mineirão e depois, novamente Rio, para o fim dos Jogos. Assim como fiz nos países e cidades sedes das olimpíadas anteriores, viajo de carro, ando de ônibus, trem, metrô e frequento os ambientes frequentados pelos moradores. Sempre ligado nas mídias locais, especialmente jornais, rádios e TVs, que dão informações que a grande mídia nacional não tem espaço para dar ou interesse em divulgar.

Aqui em Brasília, por exemplo, um comentarista de rádio criticou na manhã de ontem o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, por desobedecer a Justiça e fazer protesto nas imediações do estádio Mané Garrincha, antes e durante Brasil x África do Sul. Desobediência que custará R$ 500 mil, de multa ao Sindicato. E informou que um delegado iniciante no DF já começa ganhando R$ 16, 5 mil.

Vi e fotografei este protesto dos policiais antes do jogo, mas muitos detalhes passaram desapercebidos no exato instante. Só na manhã de ontem vi, em um jornal brasiliense, uma das faixas deste protesto de mais de mil delegados e investigadores no Mané Garrincha, que alertava: “Cuidado! Distrito Federal perigoso! homicídios e roubos em 2015: 56.827 – Policiais para investigar: 168”.

O estádio Mané Garrincha tem capacidade para 72 mil pessoas e recebeu mais de 60 mil na estreia da seleção brasileira. Havia muitos lugares vazios porque alguns patrocinadores que têm cotas de ingressos não os distribuíram. Setores como de autoridades e imprensa, estavam vazios por falta de interesse mesmo. Menos jornalistas que o esperado e políticos com medo de vaia.

CADEIRANTE1

Umas das principais virtudes do Estádio Mané Garrincha é que portadores de deficiência, como cadeirantes, tiveram as suas necessidades especiais respeitadas e o acesso facilitado.


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Comentários:
5
  • Tonho ( Mineiro ) disse:

    Mais uma vez quem ganha somos nos leitores, acompanho suas coberturas dede Sydney 2000, Valeu e Obrigado

  • Marcão de Varginha disse:

    Os que se preocupam com o salário dos servidores de segurança pública também deveriam preocupar com o salário e vantagens de determinadas autoridades dos poderes da república, notadamente as do legislativo em todas as esferas… e por mais que o salário da segurança pública seja (sic) “alto”, ainda é muito pouco para quem lida com vidas, e ainda trabalham sobre críticas da população e de algumas ONG’s e associações diversas, a maioria inútil e desocupada!
    – #benecyeternomito

    • Carlos disse:

      Não meu caro! Em um país que a média salarial é 2.800 reais, ganhar 16.000 reais no serviço público pode ser considerado um privilégio social. Não estamos preocupados somente com o que o “servidor público envolvido com segurança pública ganha, pode ter certeza que também achamos discrepantes o salário recebido pelo Judiciário, legislativo e afins.

  • Thiago disse:

    Fugindo um pouco do assunto, mas fiquei sabendo que o Mano Menezes pediu a volta antecipada do willians do Corinthians. Se for verdade a diretoria tem que vetar, sinceramente, tendo jogadores de meio mais talentosos que aquele brucutu e inadmissivel que a diretoria aceite. Robinho,Henrique, Ariel Cabral, Romero, Denilson, e até o menino Ramires e melhor que aquela babá. Pela amor de Deus!!