Depois de se consagrar como treinador e ter complicações cardíacas por causa da tensão que a atividade impõe, Muricy parte para a atividade mais fácil no futebol que é a de comentarista. Mesmo que ele não se alinhe na ala dos “profetas do acontecido” ou dos “engenheiros de obra pronta”, ainda assim estará na posição mais fácil da profissão jornalística. Nunca perde nem empata um jogo e não sofre pressão por resultados. Se o time vence, foi porque jogou “assim e assado”, se perde, foi porque “não escalou no sistema tal” ou “deixou fulano no banco” ao invés de “escalá-lo no lugar de beltrano”. Se tiver que comentar um lance de arbitragem, olha e reolha a repetição no monitor ao lado e decreta: “estava impedido” ou “lance normal”. E quanto mais polêmicas, melhor, pois jogará a audiência lá pra cima, que é tudo o que os departamentos comerciais das emissoras querem, gostam e precisam.
No caso dele, certamente o público vai ganhar já que ele acrescentará muito ao meio por tudo que conhece de futebol e pelo fato de não precisar fazer média com ninguém. Se não fazia como treinador, agora realizado profissionalmente é que não fará de jeito nenhum.
Muricy vai reforçar o time das transmissões do Sportv, com estreia nesta quinta-feira no Brasil x Argentina, no Mineirão. Também participará do “Bem Amigos”, comandado pelo Galvão Bueno, às segundas-feiras.
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