Itair Machado foi o entrevistado do Bola da Vez dia 19 de janeiro no canal ESPN Brasil e no WatchESPN
Está na coluna do Fernando Rocha que estará no Diário do Aço, de Ipatinga, que irá às bancas e assinantes amanhã. Ele dedica grande parte dela a Itair Machado, que realmente superou as desconfianças que pairavam sobre ele entre os cruzeirenses quanto à competência para comandar o futebol profissional do clube.
* “O melhor time”
Muito criticado no começo, alvo de gozações, visto com desconfiança por alguns setores da imprensa na capital, o diretor e atual homem forte do futebol no Cruzeiro, Itair Machado, ex-presidente e fundador do Ipatinga, conseguiu dar a volta por cima e vive agora seu melhor momento no clube, em lua de mel com a torcida. Com a sua experiência e capacidade de negociar, Itair obteve êxitos incontestáveis na montagem do atual elenco, como nos casos recentes das contratações de Rodriguinho e Marquinhos Gabriel, do colombiano Orejuela e o lateral Dodô. Agora também passou na frente de grandes clubes nacionais, com maior poder financeiro, ao trazer o atacante Pedro Rocha, ex-Gremio, que atuava no futebol russo.
- Por conhecer bem a capacidade do dirigente Itair Machado, nunca tive dúvida de que faria sucesso no Cruzeiro, sobretudo pela rara virtude que possui, de identificar jogadores que se encaixam e dão certo nas suas equipes, como foi o caso do Ipatinga, campeão mineiro em 2005. Na época, foi até a base do Cruzeiro e montou o elenco do Tigre, sob o comando de um técnico jovem em busca de afirmação, Ney Franco, conquistando o título estadual e quebrando um tabu de 41 anos, sem que um clube do interior levantasse a taça de campeão.
- No Cruzeiro, com respaldo da diretoria presidida por Wagner Pires de Sá, Itair Machado tornou-se o piloto, não de um Teco-Teco, mas de um Boeing de altíssima potencia e valor, que pode ir muito mais longe do que ele próprio imagina. Mineiramente, Itair vê em pouco tempo, merecidamente, o seu trabalho reconhecido no futebol mineiro.
- Ganhou respeito aqui e já está sendo visto com outros olhos também a nível nacional. O velho e bom Jair Pereira, ex-jogador e ex-técnico, campeão em vários grandes clubes nacionais, entre eles o próprio Cruzeiro, nos anos 80/90, costumava dizer que no futebol “o certo é o que dá certo”. Que continue assim, para alegria e felicidade dos milhões de cruzeirenses espalhados pelo mundo, bem como daqueles que torcem pelo seu sucesso sem nenhum outro tipo de interesse.
Melhor time
Só um desastre muito grande poderá tirar o Cruzeiro da final do Campeonato Mineiro. Além do empate pode até perder por um gol de diferença para o América, no Mineirão.
Independente disso, os números são favoráveis ao time dirigido Menezes, que a meu juizo no momento pratica o futebol mais eficiente e competitivo do continente, superando equipes de maior poder econômico no país, como Flamengo, Palmeiras, além dos gaúchos Internacional e Grêmio, bem como os argentinos River Plate e Boca Juniors.
Os números da equipe celeste não deixam dúvidas: dos 32 clubes que disputam a fase de grupos da Libertadores, só o Cruzeiro dos times brasileiros chegou aos 9 pontos, depois de três rodadas, igualando à sua campanha de 2001.
O Cruzeiro, além de melhor time da atual Libertadores, por conta de ter também quatro gols marcados e nenhum sofrido, é o único clube das Séries A e B do Brasileirão ainda invicto, sem derrotas este ano, pois em 16 partidas, sem contar o jogo de ontem contra o América, ganhou doze e empatou quatro.
Faz parte
O Atlético vive uma situação totalmente oposta, passando dificuldades e dando sustos na sua torcida, mesmo diante de adversários muito inferiores, como na última quarta-feira, pela Libertadores, quando derrotou na bacia das almas o Zamora, da Venezuela, 3 a 2 de virada, no Mineirão, com mais de 40 mil torcedores.
Hoje, o adversário é o Boa Esporte pela semi-final do Mineiro, um time também fraco, mesmo assim não se pode garantir que o Galo, que tem a vantagem do empate, não irá passar dificuldades.
“Mudar de opinião faz parte dos Direitos Humanos”, esta frase atribuída ao ex-governador Leonel Brizola, que já li algumas vezes em textos escritos pelo amigo Chico Maia, jornalista da prateleira de cima e muito gente boa, serve para ilustrar a minha atual avaliação do trabalho de Levir Culpi no Galo.
Caso continue no comando, não vejo boas chances do Atlético seguir na Libertadores, pois não existe evolução ou crescimento da equipe, que na verdade estagnou, não apresenta padrão de jogo, jogadas ensaiadas.
Além disso, nas entrevistas coletivas do técnico do Galo, não se extrai nada que possa fazer acreditar numa melhora do futebol apresentado pelo time em campo, que é da pior qualidade, muito abaixo do que se espera para um clube da grandeza do Atlético. (Fecha o pano!)
Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga
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