Rodrigo Santana entre Reinaldo (esq.) e Éverton, na Cidade do Galo
No post anterior o Fernando Rocha elogiou a longevidade do Mano Menezes no comando do Cruzeiro, três anos, enquanto o Galo trocou de técnico sete vezes em igual período. É claro que o ideal seria o clube permanecer com o mesmo comandante durante o maior tempo possível, mas isso só é possível se houver acerto na escolha do contratado. Trazer o Mano para Minas foi um dos maiores acertos do então presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares. Excelente treinador, um injustiçado na seleção brasileira, onde fazia bom trabalho e foi demitido erradamente. No encontrou no Flamengo e no Corinthians as condições de trabalho que encontrou na Toca da Raposa.
Deu certo. Arrumou a casa, mesmo com um elenco fraco. Tirou o time do risco do rebaixamento. Discretamente, dispensou vários jogadores, recuperou alguns e pediu a contratação de outros. Foi ganhar dinheiro na China, não deu certo lá e retornou à Toca da Raposa, onde a coisa estava novamente ruim e ele consertou de novo. Se acertou com Mano, o Dr. Gilvan apostou errado duas vezes antes: no estagiário e ex-jogador Deivid, e no experiente e famoso português Paulo Bento. Passou um aperto danado para consertar as mancadas, além de gastar uma fortuna nessa empreitada mal sucedida de buscar o ex-técnico da seleção de Portugal.
Acertar o técnico é fundamental. Se os resultados não vêm a mudança é obrigatória, não tem jeito. E se errar de novo, tem que trocar novamente, até acertar. Aí é questão de competência de quem contrata. O Atlético errou com a demissão do Levir Culpi quando o Daniel Nepomuceno estava assumindo e contratou errado sucessivamente, inclusive ao buscar de volta o próprio Levir, que quatro anos depois, estava fora do prumo.
Mas isso só foi visto agora, depois que a coisa desandou. Diretoria e quase toda a imprensa (eu inclusive), erraram na avaliação do sucessor do estagiário Thiago Larghi.
Agora, fala-se em Rogério Ceni e outros. Na minha opinião, Ceni será uma aposta cara. O Galo deveria investir a fortuna que gastará com Ceni ou outro desses que estão empregados, na aquisição de dois bons jogadores, reforços de verdade, e apostar no próprio Rodrigo Santana, que não é um estagiário. Apesar de apenas 37 anos já rodou bastante e mostrou serviço nestes jogos decisivos contra o Cruzeiro. Mas, o presidente Sette Câmara é quem sabe onde dói o calo. Na hora “h” a cuíca ronca é no lobo dele.
» Comentar