Foto/montagem Super Notícia
No momento, Lisca é o menos cobrado. O time está na zona de classificação e tem atuado bem. O campeonato é longo, mas neste ritmo, tem tudo para ficar com uma das quatro vagas da Série A 2021.
A simples vitória na estreia deu a Ney Franco sossego para iniciar o seu trabalho à frente do Cruzeiro. Só de se distanciar da zona da degola para a Série C já foi um alívio. Agora é pegar um rumo para entrar na briga pelas primeiras posições.
Jorge Sampaoli foge do convencional, tanto no comportamento pessoal, quanto nos treinos e jogos. Faz o trabalho dele, cumpre o que está escrito no contrato, não dá entrevistas fora do script oficial, não faz média com ninguém e mantém o seu estilo de confundir o adversário, mudando o time e a forma de jogar, permanentemente. Está dando certo, e isso é o que importa. Enfrenta a má vontade de uma parte da imprensa, mas e daí? Nada interfere no trabalho dele.
O jornalista Fernando Rocha, de Ipatinga, conhece muito bem Ney Franco, que ficou conhecido nacionalmente a partir da trajetória iniciada no “Tigre”. De lá, para a prateleira de cima do futebol brasileiro. Na coluna de hoje, no Diário do Aço, Fernando fala sobre Ney e Jorge Sampaoli.
Vale a pena ler:
* “Ney Franco chegou ao Cruzeiro debaixo de muita desconfiança da torcida e imprensa azul da capital, cuja ficha ainda não caiu. Pensam ainda que o clube tem bala na agulha para gastar fortunas pagando salários milionários a treinadores. Ney Franco é vargealegrense, mineiro aqui dos nossos grotões, e sabe como ser humilde e assertivo ao mesmo tempo. Chegou dando logo um recado direto aos medalhões do grupo, que não vinham jogando nada: “Só com o nome não se joga a Série B”, disse na entrevista de apresentação.
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
O resultado foi um time diferente em campo, mais aguerrido, aplicado, que fez um segundo tempo muito bom. O resultado positivo de 1 x 0 sobre o Vitória-BA foi importantíssimo para o Cruzeiro, na medida em que tirou a equipe da proximidade com a zona de rebaixamento à Série C, e interrompeu uma sequência de seis jogos sem vencer. Agora, com mais tempo para treinar, mas sobretudo conversar com o grupo, espera-se que o rendimento evolua ainda mais nas próximas rodadas.
Sampaoli
Alguns colegas da crônica, sobretudo no rádio, têm demonstrado muita má vontade com o trabalho de Jorge Sampaoli e sua comissão técnica no Galo. No entanto, os números são amplamente favoráveis ao argentino e sua equipe, confirmando o acerto do trabalho até aqui. Em 16 jogos venceu 12, empatou um e perdeu três partidas. No Campeonato Mineiro foram sete partidas do Galo sob seu comando, com seis vitórias e um empate. No Brasileiro, em nove jogos, venceu seis e perdeu três vezes. Aproveitamento geral de 77%, a nível estadual 90%, nacional 67%. Neste Brasileirão, onde o time tem figurado sempre na parte de cima da tabela, foram quatro partidas dentro de casa e cinco fora de Belo Horizonte.
Sampaoli vai errar, como ocorreu na escalação do time contra o Bragantino, mas tem inteligência, capacidade, além de um plantel com qualidade, suficientes para mexer na equipe e mudar resultados desfavoráveis. Melhor que só fale depois dos jogos, esconda os treinos, seja cobrado pelo rendimento do time em campo, sem crises xenofóbicas e mimimis de repórteres dinossauros, mal acostumados que ficaram , em anos e anos de janela obtendo informações privilegiadas nos bastidores. Trata-se de uma nova mentalidade e quem não se adaptar à este novo tempo periga cair no velho ditado: “camarão que dorme a onda leva”.(Fecha o pano!).
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