Blog do Chico Maia

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Melhor para o futebol

Nada melhor para o equilíbrio de forças do futebol mundial que esta final inédita entre Holanda e Espanha. Nenhuma nunca foi campeã, apesar da tradição de ambas de bom futebol praticado e paixão de holandeses e espanhóis pelo assunto.DUKEPATRIOTA

E o Duke mostra hoje no Super Notícia, o estado de espírito do brasileiro de modo geral.


Fora da mesmice

A Espanha tem um dos campeonatos mais ricos do mundo e nunca passou nem perto de um título como este. A Holanda chegou duas vezes, mas perdeu de forma surpreendente em 1974 e 1978, respectivamente para a Alemanha e Argentina. Teremos um campeão diferente, saindo dos mesmos favoritos de toda Copa.


Lula aqui

E puxa-sacos também! A Fifa e as assessorias oficiais brasileiras enviam a todo momento a confirmação da presença do presidente Lula e de centenas de outras autoridades no lançamento da marca e da Copa de 2014. Será nesta quinta, 18h30 no Centro de Convenções de Johanesburgo.


Vale a pena

Mas, apesar dos pesares, se eu tinha alguma dúvida quanto às vantagens de se realizar uma Copa, deixei de ter, em função de tudo que tenho visto e conversado na África do Sul. O país ficará com uma imagem melhor perante o mundo e a sua população está obtendo ganhos sociais e tecnológicos que levaria muitos anos para começar a ter.


Ufa!

Tudo que o governo sul-africano e o presidente do Comitê Organizador, Danny Jordaan, querem é terminar o evento bem, no próximo domingo e respirarem aliviados, com a frase “missão cumprida”.

Por isso o sistema de segurança passou a ser mais rigoroso nos últimos jogos.


Negócios

A criação de oportunidades de negócios paralelos à Copa são intermináveis no país anfitrião, antes, durante e depois da disputa. Em conversas com donos de restaurantes e meios de hospedagem aqui, eles informam que até a Cidade do Cabo, Meca do turismo da África do Sul, teve um aumento considerável em seu movimento.

E trata-se de uma cidade comparável às mais procuradas por turistas do mundo todo, com excelente infraestrutura.


Diversidade

As oportunidades brotam em várias vertentes. Nas artes, por exemplo, que pouca gente imagina ter alguma a coisa a ver com um Mundial desse tipo. Bem no centro da Cidade do Cabo, na Loop Street, existe um tradicional circuito de galerias de arte, que recebeu uma grande injeção graças à Copa. Além de um volume anormal de apreciadores, está recebendo artistas e obras diferentes, de várias partes do mundo, com o futebol como tema, ou não.


Só a bola

Chama a atenção, por exemplo, o trabalho da fotógrafa belga, Jessica Hilltout que mostra exposição com imagens produzidas durante uma viagem de 15 mil km, num velho fusca por dez países africanos captando cenas de futebol rural. São imagens impressionantes, que mostram o quanto este esporte extrapola a compreensão de qualquer um de nós. Em cenários de extrema pobreza, a alegria no rosto de crianças de adultos em função de uma bola de futebol.

Foto: Eugênio SávioIMG_5002x


Gratidão

O grande craque do Real Madri dos anos 1950/60, Di Stéfano, ergueu um monumento em sua casa, com uma bola como destaque. E uma placa: “A ti velha, devo tudo!”. Jessica Hilltout nem dever saber quem é Di Stéfano, e nunca deve ter ouvido essa história, porém, recolheu cada bola das fotos que fez, dando em troca uma oficial. Em agradecimento, os peladeiros diziam “Amen”, que virou o nome da exposição, que pode ser conferida no http://www.jessicahilltout.com

Foto: Eugênio SávioIMG_5007x


Vivas aos chutadores e à Jabulani

O que é pior para um goleiro? Uma bola chutada de 36 metros de distância a 109 km/h ou uma de 28 metros a 98 Km/h? Se perguntarmos aos goleiros Muslera, do Uruguai e Stekelenburg, da Holanda, eles dirão que ambas são impossíveis de pegar, principalmente quando talentosos como o lateral Van Bronckhorst e o atacante Forlan acertam chutes como os do primeiro tempo.

No gol de empate uruguaio, além da trajetória traiçoeira da Jabulani, o zagueiro Heitinga pipocou e tirou o rosto da bola, liquidando com o seu goleiro. Aliás, precisamos tirar o chapéu para o inventor dessa Jabulani, pois se a Fifa resiste em mudar as regras para que o jogo fique mais emocionante, essa bola está colaborando e muito para que haja mais emoções em quase todas as partidas. É óbvio que a tendência seja de qualquer jogo ficar bom quando sai um gol e a Copa teve algumas ótimas partidas graças à necessidade das seleções em desvantagem mudarem seu sistema tático para sair da desvantagem.