O pequeno Miguel ficou com raiva com o empate que o Democrata tomou aos 49 do segundo tempo, e o João tentando consolá-lo.
Uma tarde legal demais na Arena do Jacaré, ontem. Show do George Machado, antes e depois do jogo, o estádio com público que não via há tempos (quase cinco mil pessoas) e o chamado “futebol raiz” dentro das quatro linhas: correria dos dois times, raça daquelas de fazer lembrar esfomeados num prato de comida, nível técnico de segunda divisão, com um ou outro jogador mostrando futebol de qualidade superior. Valeu a pena demais ter ido ver Democrata e CAP Uberlândia, dois times que se equivalem e justificaram o ingresso.
O problema foi o centroavante do Jacaré, Gleisson, que chutou um pênalti na trave, aos 49 do primeiro tempo, quando o jogo estava 2 a 1. Ali ele mataria o jogo, já que o CAP estava começando a por a língua para fora, por causa do calorão que fazia em Sete Lagoas.
O goleiro deles soltava bolas e saía mal do gol de forma impressionante. Doido para tomar mais gols, mas o Democrata não chutava. Velhos amigos, corneteiros, com quem eu dividia a arquibancada, diziam:
__ Este goleiro faz lembrar você em seus tempos, hein Chico!?
Pior é que é verdade, e o Jacaré não se aproveitava, mesmo atacando muito.
No segundo tempo o técnico democratense Paulinho Guará pôs João Sala (que a torcida chama de “Salah”), no lugar do Gleisson e o time melhorou muito, ganhando velocidade e desperdiçando dois contra ataques de forma inacreditável.
Aí, me lembrei da frase corretíssima do agora comentarista Muricy Ramalho: a bola pune!
Não deu outra: aos 49 minutos do segundo, último lance do jogo, falta para o CAP e o goleiro democratense aceita. Era o empate e em seguida o apito do árbitro acabando o jogo.
Depois de um sonoro “PQP”!!! a torcida voltou para a área externa onde rolava muita cerveja…
e recomeçava o show do George Machado, excelente vocalista da George’s Band.
Próximo jogo em casa, sábado, contra o Betim.