Não entendi foi essa manchete do site da ESPN: “Com time misto, Cruzeiro leva gol no último minuto e amarga derrota em estreia na Sul-Americana”
Time misto? Eu, hein!?
Jogar na Argentina é sempre difícil, mas o Cruzeiro esteve longe de ser um time que desse trabalho aos donos da casa e mesmo assim quase conseguiu sair com um empate sem gols.
Aos 49, Diego Dias acertou um chutaço no canto esquerdo do Cássio, de dentro da área.
A defesa cruzeirense continua frágil, o meio pouco criou e o ataque inexistiu. O goleiro do Unión Santa Fé, Thiago Cardozo, saiu sem suar e sem sujar o uniforme.
Taticamente, também nada de novo por parte do técnico Leonardo Jardim. Vamos ver se haverá progressos no próximo jogo, domingo, em Porto Alegre contra o Inter, pela segunda rodada do Brasileiro.
O time desta noite, segundo a ESPN, “misto”: Cássio; William, Fabrício Bruno, Gamarra e Lucas Villalba; Lucas Romero (Lucas Silva, aos 42’2ºT), Walace e Christian (Matheus Henrique, aos 30’2ºT); Lautaro Díaz (Dudu, aos 19’2ºT), Wanderson (Eduardo, aos 20’2ºT) e Gabigol (Kaio Jorge, aos 20’2ºT). Técnico: Leonardo Jardim.
Bolivar é de tradicionalíssima família atleticana de Belo Horizonte. Já foi da bancada democrática da TV Alterosa, grande jornalista, advogado e atualmente um dos mais influentes comunicadores do mundo digital do futebol mineiro. Além de figura humana sensacional.
Bolivar e Breno Galante, que aliás, a partir de amanhã estará na equipe do Heverton Guimarães, no programa Os donos da bola, na Band.
O Prateleira de Cima começa às 14 horas, ao vivo, no YouTube.
O Atlético desperdiçou pelo menos três ótimas chances e a defesa foi o ponto fraco na derrota de 2 a 1 para o Grêmio em Porto Alegre. Cuca fez uma boa observação na coletiva depois da derrota: “Em 2021, começamos jogando muito mal contra o Fortaleza e perdermos. Mas terminamos campeões da temporada; hoje jogamos bem e perdemos. Isso me deixa satisfeito e otimista para a sequência do campeonato”.
x.com/Brasileirao
O Cruzeiro não fez uma grande partida mas cumpriu a missão de estrear em casa conquistando três pontos. O cruzeirense Alisson Sol comentou: “Eu vou esperar uns 5 jogos para entender o esquema deste técnico. Contra um Mirassol fraco, o resultado escondeu um péssimo futebol. Mas foram 3 pontos importantes contra um dos candidatos ao rebaixamento.
Pior é que o time vai se distrair agora com a Copa Caipira, onde o estilo de jogo tem que ser diferente. Vamos aguardar.”
Agora sim teremos futebol pra valer na competição mais importante do calendário nacional. A quem me pergunta sobre as perspectivas de Atlético e Cruzeiro na Série A, América e Athletic, na B, respondo o de sempre: imprevisível, já que o Campeonato Mineiro e demais estaduais não servem de base para se aferir a qualidade e o potencial dos times para enfrentar a forte concorrência.
Como dito aqui mesmo no blog pelo Marlon Brant: “… Campeonato Mineiro serve para isso: um fica com a crise e outro fica com a ilusão…”.
Aparentemente o Atlético está montando um bom time e Cuca contando com as peças que gostaria, tanto para o titular quanto para o banco.
O Cruzeiro investiu muito, em jogadores e numa comissão técnica portuguesa. Há uma expectativa positiva em torno do trabalho do Leonardo Jardim e o que ele apresentará de inovação em termos táticos, a ponto de surpreender os adversários e colocar o time na briga pelo título.
Na B, o América fez um bom campeonato estadual e decepcionou no primeiro jogo da final contra o Atlético, porém é importante ressalvar como essa decepção começou: o frango do goleiro Jori, aos 7 minutos de partida, que desmontou a estratégia do técnico William Batista e mexeu com o emocional de todo o time.
Venceu o segundo jogo, porém marcando apenas um gol, quando precisava de quatro para levar a decisão para os pênaltis. Vai enfrentar adversários de peso na luta por quatro vagas da Série A 2026, mas a expectativa é positiva.
O mesmo podemos dizer sobre o Athletic, que novamente fez ótima campanha no estadual e foi eliminado pelo Grêmio na Copa do Brasil, graças a três falhas clamorosas do goleiro Diego Vítor, lamentáveis e inexplicáveis até hoje.
Al Rihla, a bola oficial da Copa do Mundo do Catar2022 – Foto: Adidas/Divulgação
Quando a seleção toma goleadas como dessa semana contra a Argentina, ou aquele 7 x 1 da Alemanha, comoção nacional e gritos por mudança pipocam Brasil afora.
Passados alguns dias, “tudo como dantes no quartel de Abrantes”. Essa esculhambação é antiga e vai continuar piorando, porque ninguém tem poder para mudar a forma das eleições na CBF. Os clubes, com seus caros elencos e torcidas gigantes, razão de ser de tudo e que proporcionam movimentação de dinheiro incalculável, não têm força nenhuma para mudar, já que o sistema eleitoral é feito e modificado por quem está no poder, que por sua vez não quer entregar a rapadura de jeito nenhum.
Direto de Brasília, o jornalista Renato Alves, mineiro radicado lá há quase 30 anos, escreveu: “O Campeonato Brasileiro ainda não tem a tabela detalhada da 2ª rodada em diante. A Série B ainda não tem direitos de transmissão vendidos, e a competição começa dia 04/04. Os perfis do Brasileirão (na internet) estão sumidos. Tanto das Séries A e B e do Feminino. E tem a arbitragem ruim, os gramados péssimos… mas os presidentes das federações acharam ótimo a gestão do moço, tanto que o reelegeram.”
O voto de cada federação vale três, de cada clube da série A vale dois e da série B, vale um. Ou seja: as federações têm, juntas, 81 votos, os 40 clubes, da A e B, juntos, 60 votos.
Qualquer um para se candidatar precisa do apoio formal de quatro clubes e quatro federações.
Nas federações o sistema eleitoral é parecido, com forte presença das ligas do interior, cuja maioria funciona cartorialmente, pois na prática não existem.
E elas, se funcionassem, teriam papel importantíssimo na organização, regulação e fiscalização do futebol no interior de Minas e demais estados. Poderiam evitar aberrações como a que estamos assistindo em Sete Lagoas, por exemplo, conforme publicado no editorial do nosso jornal Sete Dias, de sexta-feira, dia 22 de março. Confira: “Coisa feia!”
Uma situação inusitada que se passa em Sete Lagoas serve para exemplificar o que ocorre em muitos casos no Brasil e que retrata a falta que fazem as instituições oficiais: a cidade tem várias boas escolinhas de futebol que promovem a integração de crianças de diversos bairros, além de apurar jogadores de muito talento e grande potencial para um bom futuro no esporte.
Há também vários torneios para diversas faixas etárias, com bons jogos, que atraem as famílias dos jovens atletas e um bom público de curiosos que gosta de futebol e aponta virtudes, defeitos e arrisca palpites em quem poderá se tornar jogador profissional em meio a toda aquela meninada.
Ocorre que um time se destaca pela organização e quantidade de bons jogadores: União Talentos, que ganha a maioria das competições, gerando um certo desequilíbrio.
Infelizmente, ao invés de trabalhar para evoluir, crescer e equilibrar a disputa em um nível mais alto, grande parte dos times concorrentes está preferindo se unir e barrar a participação do União nos torneios, na base do “ele ou nós”.
Estes torneios são organizados por pessoas da comunidade, bem intencionadas, mas sem poder institucional para enfrentar este tipo de pressão. Com a “faca no peito”, imposta pela maioria, só resta sucumbir à ameaça, se quiser ter número suficiente de times para que os torneios aconteçam.
É o grande problema quando as instituições oficiais se ausentam, são destituídas ou desmoralizadas. Sete Lagoas já teve uma Liga de futebol forte, que promovia campeonatos amadores locais e regionais de altíssimo nível, que enchiam os estádios. Filiada à Federação Mineira de Futebol, a Liga de Futebol Sete-lagoana precisa abraçar e promover o futebol em suas diversas faixas etárias e modalidades com mais afinco.
Este é um assunto dela. Competições de futebol realizadas na cidade deveriam ser promovidas por ela, ou, sob a chancela e observação dela. Afinal, essa é a finalidade da existência das Ligas, filiadas às federações, que por sua vez são filiadas à CBF, que é filiada à Confederação Sul-Americana (CONMEBOL), que por sua vez é filiada à toda poderosa FIFA, que controla com mão de ferro no mundo inteiro, o futebol e o futsal, masculino e feminino.
Um percentual da renda de todo jogo oficial de futebol profissional é destinado, em suas devidas jurisdições, às federações, confederações e às Ligas do interior, para que elas cuidem do futebol em suas praças. Certamente de todo jogo do nosso Democrata, Atlético, Cruzeiro, América ou seja lá quem for, na Arena do Jacaré, é descontado no borderô, 1,5% da renda bruta, o percentual que é destinado à nossa Liga, que precisa cumprir com a sua missão de cuidar da melhor forma do futebol em Sete Lagoas e região.”
Felizmente, o Secretário Municipal de Esportes da cidade, Cláudio Raposo, que é do ramo, competente professor de Educação Física, tomou conhecimento da situação e entrou no assunto, para tentar resolver da melhor forma. Mas a obrigação de cuidar disso é da Liga, que pouco ou nada se move.
Com raras e honrosas exceções, é assim que funciona o futebol brasileiro em todo o território nacional.
Lili Constantino (centro), estava com 84 anos anos de idade. Na foto, com o Rei e o Procópio Cardozo, após almoço das sexta-feiras na sede das empresas dele em Belo Horizonte.
Eu estava na estrada, tocando para Tiradentes (14º Festival de Fotografia/Foto em Pauta), quando as informações foram chegando.
Meus sentimentos às famílias do Dr. Fuad Noman, Lili Constantino e Paulo Cury, que infelizmente nos deixaram ontem, 26, pela manhã.
Às 7h30 se foi o Lili, vítima de infarto. Tão logo tomei conhecimento, liguei pro filho Rogerinho, amigo de longa data, que informou detalhes, inclusive da surpresa do ocorrido, já que ele não vinha manifestando nenhum problema cardíaco. Lili era empresário do setor de transportes, dono da Pássaro Verde, Expresso Setelagoano, Turi Transportes e outras. Atleticano dos mais apaixonados, colega de escola do Procópio Cardozo no Colégio Batista, amigo de ex-jogadores e dirigentes do Galo. Uma grande figura humana.
Por volta das 11h30, se foi o Dr. Fuad Noman, aos 77 anos, prefeito reeleito da capital, internado no Mater Dei dois dias depois da posse, dia 1º de janeiro, por consequências de um câncer.
Tive o prazer de trabalhar com ele na mesma equipe da Prefeitura de Belo Horizonte, quando o prefeito era o Alexandre Kalil e o Dr. Fuad era o Secretário de Fazenda. Depois, ele como vice-prefeito do Kalil e ainda durante alguns meses, quando ele assumiu a PBH. O convívio era quase diário, da melhor qualidade.
Eu, Marcus Ferreira, coordenador da Bienal Mineira do Livro e o Dr. Fuad
Ele era um prosa boa demais, brilhante em tudo o que fazia, inclusive quando, de uns anos para cá, se tornou escritor de romances. Tive a honra de ser o mediador da apresentação do seu “O amargo e o doce”, na Bienal Mineira do Livro, em 2022.
À D. Mônica, sua esposa, e à toda a família, meus sentimentos.
E também na manhã de ontem, morreu o Paulo Cury, ex-presidente do Atlético (1995 a 1998), que foi muito ruim administrativamente, porém campeão mineiro, campeão da segunda Copa Conmebol conquistada pelo Galo e da Copa Centenário de Belo Horizonte, numa final contra o Cruzeiro, vencida por 2 a 1, que teve a participação do Milan, Benfica, Olímpia, Flamengo, América e Corinthians.
Paulo Cury estava com 96 anos de idade
Foi ele quem trouxe Taffarel e Euler, por exemplo, para o Atlético. Infelizmente, como gestor, foi complicado e acabou sendo afastado da presidência pelo Conselho Deliberativo. No seu lugar assumiu o Nélio Brant, que era vice na época.
Uma defesa horrorosa, time perdido e acuado em campo. Goleada justa da Argentina em que o 4 x 1 ficou de bom tamanho.
Raphinha falou grosso contra os argentinos pra agradar ao Romário e enfrentou as consequências em Buenos Aires. Afinou feio, como todo o time. Goleada merecida!
“Dirigente cumprirá novo mandato até março de 2030” Reeleito presidente da CBF com votos de todos os clubes e federações, Ednaldo Rodrigues cumprirá um novo mandato até março de 2030. Com o cargo, ele também manterá um salário anual milionário por estar no comando da Confederação Brasileira de Futebol.
Mais de R$ 5 milhões por ano Conforme o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o presidente da CBF recebe um salário bruto de R$ 383,6 mil mensais. Somado ao 13º, o valor anual ultrapassa a marca de R$ 5 milhões. O valor está previsto no estatuto da entidade. Os pagamentos são auditados e aprovados pelo Conselho Fiscal da CBF. Ednaldo também acumula outra fonte de renda. Desde 2023, ele é membro do Conselho da Fifa. Segundo o balanço anual da entidade, cada conselheiro recebe 300 mil dólares ao ano (aproximadamente R$ 1,7 milhão).
Chico Maia é jornalista formado pelo Uni-BH (antiga Fafi-BH) e advogado pelo Unifemm-SL. Trabalhou nas rádios Capital, Alvorada FM, América e Inconfidência. Na televisão, teve marcante passagem pela Band Minas e também RedeTV!. LEIA MAIS contato@chicomaia.com.br