O Bus Rapid Transit – BRT, que levou as quase 100 mil pessoas ao Soccer City ontem, não é novidade para o Brasil. Este corredor de ônibus articulados em faixas exclusivas, com estações de embarque e desembarque, já funciona em Curitiba desde os anos 1970. Mas, como o sonhado metrô cada vez mais distante da realidade de Belo Horizonte, poderá ser a alternativa para o problema do nosso transporte coletivo até o Mineirão.
Quem se aventurou a ir de carro ao Soccer City teve de enfrentar mais de três horas de engarrafamento, e a maioria foi obrigada a estacionar a quatro quilômetros do estádio, onde donos de terrenos se aproveitaram para ganhar um dinheiro extra.
Também no embalo da economia informal, ambulantes aproveitavam o trânsito parado para vender “tapa-ouvidos” para quem quisesse se proteger do barulho das vuvuzelas. Ao preço de 15 rands, cada, em torno de R$ 4,00.
Se em termos de segurança pública a África do Sul é mais problemática que o Brasil, a população aqui tem alguns serviços muito melhores que os nossos, como na telefonia móvel, por exemplo. Tarifas incrivelmente mais baixas e cobertura superior, sem as irritantes quedas das ligações que interrompem as conversas.
Os sul-africanos levam vantagem também nos combustíveis, onde a gasolina aqui não passa de R$ 2,00 o litro.
O entorno do estádio vira um grande carnaval, onde pessoas de todas as nacionalidades se misturam, numa confraternização inesquecível. Neste momento, o futebol é o que menos importa.
Nessa foto, sul-africanos e mexicanos, que se enfrentam daqui a pouco, exibem juntos as suas fantasias e alegorias
Os patrocinadores oficiais da Fifa utilizam os espaços no entorno do estádio para fazerem exposição de seus produtos e, no caso da cerveja Budweiser, montar seus bares
A garrafa de 300 ml custa 20 rands (R$ 5,00), a Coca-Cola, 14
Confraternização e show de cores entre todas as raças. Teremos isso no Brasil em 2014 e valerá a pena comparecer a qualquer jogo, por menos importante que seja. Só a festa vale o ingresso.
O transporte coletivo até o estádio aqui é o que está sendo falado para Belo Horizonte em 2014: BRT, que são ônibus articulados com metrô, em corredores especiais. O ideal seria o metrô, mas este está difícil.
Nesta foto, o público que utilizou o BRT desceu na estação ao lado do Soccer City, passou pelas catracas e portões com detectores de metal e se dirige às rampas de acesso às entradas do estádio.
Só quem tem ingresso na mão chega nessa alameda que leva até aos portões do estádio. Comparando com o Mineirão, é como se os portões de entrada estivessem instalados antes do Mineirinho de um lado e perto da Usiminas de outro.
Os companheiros Eugênio Moreira (esquerda) e Jaeci Carvalho, dentro do Centro de Imprensa do Soccer City
Johanesburgo vive dia de festa desde as primeiras horas da manhã, com trânsito ruim para se chegar ao estádio Soccer City, fazendo lembrar o nosso para o Mineirão em dia de médios e grandes jogos.
Bacana também paga mico e carro bom e caro também pifa. Perto do Soccer City, uma BMW precisou ser empurrada
Também fazendo lembrar o Mineirão em dia de grandes jogos, os motoristas começam estacionar os carros bem distante do estádio. Estes usaram estacionamento particular do dono de um terreno que fica a 4 km do Soccer City, ao meio dia, quando faltavam ainda quatro horas para o jogo.
No enorme Centro de Imprensa de Johanesburgo, tudo funcionava bem quando apenas centenas de pessoas utilizavam suas instalações. Ontem, quando milhares lotaram o ambiente, a internet empacou, as máquinas de cartão de crédito passaram a recusar pagamentos e o trânsito no entorno do estádio ficou impraticável.
A boa vontade dos sul-africanos para resolver os problemas é comovente, mas apanham, pedem desculpas e cada um que se vire como puder.
Até ontem tudo funcionava bem, em todos os aspectos, mas com a chegada de milhares de torcedores e jornalistas, a estrutura montada pelos organizadores começa a mostrar falhas graves. Três jornalistas portugueses e um espanhol, assaltados dentro do hotel na madrugada de quarta; e quatro chineses, ontem, quando pararam numa estrada e também foram assaltados à mão armada. Felizmente ninguém saiu machucado fisicamente.
Agora há pouco saiu esta notícia, que reproduzo do site do O Lance!
“Jogadores gregos são furtados em hotel na África do Sul”
Assaltantes levaram pertences pessoais e cerca de R$ 3,5 mil
LANCEPRESS!
A seleção grega foi mais uma vítima da insegurança sul-africana. Nesta quinta-feira, três jogadores foram furtados no hotel em que estão hospedados, na cidade de Durban. Segundo a polícia local, os assaltantes levaram pertences pessoais e cerca de 1,6 mil euros (R$ 3,5 mil).
Apesar das perdas, a própria delegação grega pediu para que não fosse aberta uma investigação formal do caso. Os nomes dos jogadores assaltados não foram revelados.
Na quarta-feira, um grupo de jornalistas – dois portugueses e um espanhol – foram assaltados também no hotel em que estavam, em Magaliesburg, próximo à concentração da seleção lusa. Bandidos armados levaram equipamentos eletrônicos, dinheiro e documentos.
Como diria o presidente Lula, “nunca na história desse país”, foi tão entediante cobrir uma seleção brasileira. A cada dia, só dois jogadores “escalados” para entrevistas coletivas onde só falam abobrinhas, ou então o Dunga aparece para dar patadas. É um personagem perfeito do Casseta e Planeta.
Na coletiva de hoje o Elano disse que considera a Argentina, Inglaterra e a Espanha como as concorrentes mais difíceis.
Daniel Alves falou que já se acostumou com a bola da Copa e que não está chateado em ser reserva, pois o que importa é estar no grupo.
O livro falando da vida do Tim Maia, muito bem escrito pelo Nélson Mota, está bem mais interessante.