Blog do Chico Maia

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Com tantos comentários sobre a arbitragem, pouco se falou sobre a bola rolando no gramado do Mineirão e a qualidade do espetáculo, inclusive do comportamento dos dois times

Dois jogadores que se destacaram no clássico: Hulk e Rafael Cabral, em foto do twitter.com/Mineirao

Então, para finalizar o clássico de domingo, sugiro o comentário do professor e escritor Ronaldo Guimarães (irmão do ex-treinador, atual comentarista em Santa Catarina, Rui Guimarães), a quem agradeço:

“Todo mundo falando que o Cruzeiro fez uma partidaça e tal.  Porra, os caras atacaram 2 vezes – uma naquela entregada do Godin que o Vitor Roque chutou de fora da área e o gol. Só! E nós? Senão, vejamos:
1- chute do Jair na entrada da área que passou tirando tinta;
2- chute do Savarino na entrada da área que passou perto;
3- Hulk driblando o goleiro e chutando pra fora com o gol vazio;
4- Hulk cortando pro meio e Rafael fez milagre;
Não vou contar da bicicleta que foi fácil pro goleiro;
5- Hulk de falta e o goleiro fez uma bela defesa no ângulo;
6- Passe de Vargas e Hulk, na pequena área,  meteu na trave;
7- Jair cortando pro meio, dentro da área e o goleiro pegando firme;
8- Bela enfiada do Hulk para Ademir que cortou pro meio e o Rafael fez outra defezaça.

Esqueci alguma? Oito chances contra uma. Passeio de bola. E se essas bolas entram? Como que ficariam os comentaristas?
Ok, vamos tirar o pênalti (que foi) e dar de lambuja.
Placar final 9 a 2.”

Professor Ronaldo Guimarães com o filho Eduardo, professor de Educação Física e Gestor de Projetos


Não houve, não há e nem haverá consenso em torno da arbitragem de Atlético 2 x 1 Cruzeiro. Para muitos especialistas, se houvesse VAR, o pênalti no Hulk seria confirmado

Se até agora, 24 horas depois, a imprensa do país não chegou a uma conclusão, imagine naquele segundo em que o árbitro tinha que decidir, no calor do jogo.

É o assunto mais chato do futebol, pois todo mundo que opina se acha com razão. Nem imagens e reprises garantem nada. Quem se acha prejudicado hoje fala em complô e se esquece de quando foi beneficiado no passado, e vice-versa. Ontem, depois do jogo, o título que escrevi para o post sobre a partida foi: Virada na raça do Galo, mas se houvesse VAR, possivelmente o pênalti no Hulk teria sido anulado. Mas, “se” não existe no futebol!

Hoje, vi gravação da resenha de ontem no Sportv, em que o André Rizek e o ex-meia Roger, que inclusive foi jogador do Cruzeiro, divergiam do Paulo Vinícius Coelho (PVC), que também entendi que não houve pênalti. Então, twittei e repliquei no facebook:

@chicomaiablog

m.youtube.com/watch?v=eE8Ya1 Ih! Novas imagens mostram que se houvesse VAR, o pênalti teria sido confirmado. “Bobo”, mas foi…

https://www.facebook.com/blogdochicomaia/videos/5006286089407378

Parece que foi mesmo, mas, a discussão continua e vai continuar. O técnico do Cruzeiro, Pezzolano, disse que nunca viu isso no futebol. Deve ser porque ele é jovem de idade, e de Brasil, além de assistir pouco sobre o passado do futebol do nosso futebol

E nessa selvageria que estamos vivendo, também no futebol, o árbitro Igor Benevenuto denuncia o que é inaceitável: foi ameaçado por bandidos:

Foto: Pedro Souza – @Atlético

“Árbitro de Atlético-MG x Cruzeiro relata ameaças de morte após pênalti polêmico: ‘Sabem onde moro’

Igor Benevenuto afirma que “uma tragédia está próxima de acontecer” e que não ainda não conseguiu voltar para casa

“Uma tragédia está próxima de acontecer”, afirmou o árbitro, em entrevista ao Seleção SporTV. Igor Benevenuto expôs que, mesmo antes do jogo, já havia sofrido ameaças e relatou que sua família também sofreu ataques ao final da partida. “Horas antes do clássico, eu recebi várias mensagens de ameaças. Falando que se eu marcasse pênalti contra determinada equipe, que eu ia ver com essas pessoas, que sabem onde eu moro. E após o jogo, meu Instagram e WhatsApp viraram uma tristeza. Só mensagens abusivas, falando que vão me pegar, que vão me matar”, revelou.

https://www.terra.com.br/esportes/futebol/arbitro-de-atletico-mg-x-cruzeiro-relata-ameacas-de-morte-apos-penalti-polemico-sabem-onde-moro,f0339daf277f82e79861640a1c7f84f2rhlijphl.html


Virada na raça do Galo, mas se houvesse VAR, possivelmente o pênalti no Hulk teria sido anulado. Mas, “se” não existe no futebol!

Fotos: twitter.com/Mineirao

Como era de se esperar, selvageria horas antes de a bola rolar, entre gangues, no bairro Boa Vista, dessa vez com um morto. Certamente uma briga combinada entre eles, antes, que escapou do rastreamento digital que a Polícia Militar sempre faz. Até nisso estes marginais conseguem evoluir e driblar a repressão preventiva.

O primeiro tempo foi de razoável para fraco, fruto do nervosismo dos dois times. O Cruzeiro entrou precavido, mas também atacando. O técnico Pezzolano sabe da diferença dos valores individuais de cada time e armou corretamente o time dele. O Atlético errou passes demais.

No segundo tempo o jogo foi digno de um Atlético x Cruzeiro. Correria, acertos e erros de ambos os lados e lances geniais. Aos dois minutos, Godin vacilou feio numa saída de bola e entregou para o Vitor Roque, na entrada da área, que quase abriu o placar. Aos nove, cena pavorosa, do choque de cabeça entre o goleiro Everson e o atacante Edu. O atacante cruzeirense foi levado de ambulância para o hospital. Que se recupere o mais rápido possível.

Uma ala da torcida atleticana pediu Ademir, outra pediu Vargas. O técnico Mohamed atendeu às duas, aos 19 minutos, tirando Keno, que não fazia um bom jogo, e Savarino, que estava mal demais.

Mas, aos 24, a genialidade funcionou. Pezzolano valorizou o Vitor Roque, deu moral a ele, que começou como titular, e foi recompensado. O moço de 17 anos se antecipou à zaga e ao goleiro do Galo e abriu o marcador. Parece ser “feijão sem bicho”.

Joga muito.

Depois de alguns minutos atordoado, o Atlético se reorganizou e partiu pra cima. Ademir e Vargas, justificaram, de novo, a crença da torcida neles. Hulk passou a se mexer mais em campo; Nacho idem. Aos 27, Hulk cabeceou na trave. Aos 38, caiu na área e o árbitro Igor Benevenuto deu pênalti. Se houvesse VAR, possivelmente teria sido anulado. O próprio atacante bateu e empatou.

Aos 51, Arana, que hoje fez uma de suas piores partidas com a camisa do Galo, teve um lampejo de Guilherme Arana e cruzou com perfeição, no lugar certo, no pé do Ademir, que bem posicionado, virou o jogo.

Valeu o ingresso dos 53.328 que se deslocaram até o Mineirão, proporcionando renda de R$ 2.479.840,13.

Pezzolano está se mostrando muito bom treinador. Time do Cruzeiro bem organizado.


Domingo, Atlético x Cruzeiro, cheio de grandes perspectivas para um ótimo jogo

Foto: www.esportes.r7.com – Domingo, às 18 horas no Mineirão

Começando pelos treinadores, estrangeiros de estilos diferentes, porém de trajetórias semelhantes. O argentino Antônio Mohamed, 51 anos, ex-atacante, com passagens por grandes clubes da Argentina e México. Depois, treinador, com bons trabalhos, também nestes dois países. O uruguaio Paulo Pezzolano, 38 anos, foi meia esquerda, de clubes do Uruguai, Peñarol, inclusive, além do Athletico-PR. Na recém iniciada carreira de técnico, trabalhou no país dele e também no México, no Pachuca.

Ambos estão com meio campo e ataque bem arrumados, mas ainda acertam graves problemas na defesa, especialmente no miolo da zaga. Com a ressalva de que o elenco do Atlético é composto por grandes jogadores, e joga junto há quase dois anos, testado e aprovado no Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores do ano passado, esta inclusive, da qual saiu invicto, na semifinal por pênaltis contra o Palmeiras.

O Cruzeiro está recomeçando a sua vida, dentro e fora de campo, apostando em jogadores de grande potencial, misturando muitos jovens e alguns rodados, cuja determinação é a principal característica. Será muito bom se o Pezzolano der uma oportunidade real ao atacante Vitor Roque (foto, @Cruzeiro), que completou 17 anos, segunda-feira.

Tem-se falado maravilhas sobre a bola dele. O Alberto Rodrigues, por exemplo, o comparou na última transmissão da Itatiaia, ao próprio Ronaldo “Fenômeno”.

No Galo a minha maior curiosidade é zagueiro Godin (foto, @Atlético), que fez uma boa estreia contra o Patrocinense, marcou gol, mas que falhou muito contra o primeiro adversário de verdade, o Flamengo, na final da Supercopa. Vejamos neste clássico, como será.

Considero essa história de “favorito” a maior bobagem que existe no futebol, principalmente em clássicos desse porte. Claro que em toda partida há um time teoricamente superior ao outro, mas isso não significa nada quando a bola rola. Ano passado, assim como agora, o Atlético era favorito e perdeu de 1 a 0, gol do Airton. Vence quem joga ou se empenha mais e que erra menos.


Ainda comemorando, tem americano chegando agora de Assunção e amanhã, no Independência, vai empurrar o time contra o Villa

No Estádio Defensores Del Chaco, Marcelo Vilela, Erley Lemos, Paulo Lasmar, Márcio Vidal, Bernard, Andrey, Laura Quadros, Henrique Saliba, Antônio Baltazar, Arthur Lasmar, Américo Gasparini; americanos que tiveram o privilégio de assistir, presencialmente, um jogo e uma virada de situação que entraram para a história da Copa Libertadores.

***

A Conmebol marcou o próximo do América pela Libertadores para terça-feira, semana que vem, no Independência contra o Barcelona de Guayaquil, às 21h30. Novamente a decisão na vaga para a fase seguinte, agora a de grupos, será fora de casa: dia 15, também às 21h30, no Monumental, em Guayaquil.

Amanhã o time tem outra jornada decisiva, aí por uma vaga entre os quatro finalistas do Campeonato Mineiro, contra o Villa Nova, às 16h30, no Horto. Com 14 pontos, está em quinto lugar, atrás da Caldense, 15; Athletic de São João, 16; Cruzeiro 19 e Atlético 19.

Para a nossa satisfação, um comentarista dos mais atuantes aqui do blog esteve na virada história de Assunção. Foi de ônibus, e nos deu a honra de escrever aqui às 10h30. Confira a alegria do Ed Diogo (que não está nessas fotos), a quem agradeço:

* “Bom dia Chico Maia e pessoal do blog, no momento estamos na estrada regressando do Paraguai, depois de enfrentarmos 40 horas de viagem de ida de ônibus, fretado pela Barra Una devido a uns imprevistos, mas com muita alegria e orgulho, com torcedores, companheiros de viagem e com meu América, onde pude presenciar um jogo histórico, jogado com garra, raça, especialmente depois dos 2 x 0 quando o time sentiu e nós cantamos e gritamos dobrado para acordar o time a conseguir o resultado desejado.

Obrigado destemidos torcedores que foram até o Paraguai, obrigado jogadores por nos proporcionar este jogo inesquecível. Orgulho de torcer por um clube como este que nunca desiste da luta.
Acredita América!”

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O Ed está chegando agora a Belo Horizonte e amanhã estará no Independência para o jogo das 16h30 contra o Leão do Bonfim.

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Dando força ao Coelho, nas arquibancadas do Defensores Del Chaco, quarta-feira, duas personalidades importantíssimas na restruturação do América, dentro e fora de campo: Dr. Paulo Lasmar,  (sentado) e Antônio Baltazar. Em pé, o Arthur, filho do Dr. Paulo.


Parabéns à torcida do América que empurrou o time aqui e lá!

Fotos da Conmebol twitter.com/LibertadoresBR e @America 


Estreia consagradora do América na Libertadores. Classificação sobre o Guarani entra para o lado épico da história da competição

O que é o futebol: com 20 minutos de jogo, o América tomava de 2 a 0 e um corneteiro escrevia no twitter: “também pudera; com Luan e Tardelli disponíveis, o América aposta em Everaldo e Wellington Paulista”.

Pois justamente os dois “cornetados” mudaram a história do jogo no segundo tempo. Wellington Paulista marcou os gols do empate e Everaldo criou as jogadas do segundo e terceiro gols. O terceiro foi um prêmio ao Pedrinho, que fez uma partida fantástica.

O primeiro tempo do Coelho foi de doer. Irreconhecível. Parecia que tomaria uma goleada de tão perdido que estava em campo. No segundo, o técnico Marquinho Santos mexeu bastante; pôs o time todo no ataque, já que não tinha alternativa e se deu muito bem.

Méritos também aos preparadores físicos americanos. O time correu demais em Belo Horizonte e principalmente em Assunção. O Guaraní abriu o bico no segundo tempo neste 3 x 2. Outro detalhe importante, o Coelho teve 72% de posse de bola em casa e no Defensores Del Chaco incríveis 73%. E por pouco não foi eliminado.

Na cobrança dos pênaltis, também equilíbrio, inclusive na competência e nervosismo dos batedores de cada time.

Valeu a maior eficiência do Coelhão, que volta classificado, com todos os méritos.

Gosto da decisão por meio das penalidades, pois afere principalmente o controle emocional de quem bate, mas é de matar qualquer um do coração. Parabéns ao América e aos americanos.

O time dessa virada heróica, com as substituições muito bem feitas pelo técnico Marquinhos Santos: Jailson, Patric, Iago Maidana, Éder e Marlon (Rodolfo); Lucas Kal, Juninho e Alê (Índio Ramírez); Felipe Azevedo (Pedrinho), Matheusinho (Henrique Almeida) e Wellington Paulista.


Assim como o Cruzeiro, Grêmio já contava com a grana da classificação sobre o Mirassol na primeira fase da Copa do Brasil. Mas, dançou!

Não está nada fácil a vida de um dos maiores clubes brasileiros, que continua com uma folha de pagamentos altíssima. Adversário do Cruzeiro na segunda divisão 2022, precisava de um empate para voltar do interior de São Paulo classificado, na competição em que ele é o segundo maior ganhador (atrás só do Cruzeiro), mas perdeu de 3 a 2 e foi eliminado. Depois do jogo o discurso manjado do técnico Roger Machado, com as mesmas justificativas para toda derrota dos times que comanda:

– A gente procura trabalhar emocionalmente o atleta porque ele sabe o que vai enfrentar. Estamos defendendo uma camisa muito pesada, e as cobranças vêm inevitavelmente. A gente não pode se habituar a perder.

***

Com um goleiro “mão de quiabo” (Brenno), uma zaga horrorosa e um volante que não marca ninguém, não vai a lugar nenhum. E o Mirassol jogou boa parte sem o seu melhor jogador: Camilo, expulso aos 15 minutos do segundo tempo, depois de marcar um gol e dar passe para outro. O técnico do time paulista, Eduardo Baptista, que faz ótimo trabalho lá, desde 2020, deixa o clube para assumir o Juventude de Caxias do Sul.

E a diretoria gremista contava com a grana dessa passagem para a segunda fase, que não veio, conforme informação, antes do jogo, do repórter Eduardo Moura , do Globoesporte.com: @dado_moura “Copa do Brasil é tido como caminho para o Grêmio incrementar as receitas neste ano de Série B. O clube prevê no orçamento participação pelo menos até a terceira fase da competição. Hoje, se passar, leva R$ 1,27 milhão”


Fé no América na busca da classificação esta noite na capital paraguaia

No jogo em Belo Horizonte ficou claro que o América tem mais time que o Guarani. Não venceu devido à falta de finalizadores competentes e esbarra nisso, já que o elenco é carente de atacantes que resolvem. Mas, assim como os paraguaios venceram se aproveitando de um contra ataque no último minuto da partida, o Coelho pode vencer lá também. Mas tem que suar a camisa assim como o time deles suou aqui.
A ficha do jogo:
América: Jailson; Patric, Conti, Éder e Marlon; Lucas Kal, Juninho e Alê; Felipe Azevedo (Everaldo), Matheusinho e Wellington Paulista.
Técnico: Marquinhos Santos
Guaraní: Devis Vásquez; Rodi Ferreira, Julio González, Roberto Fernández e Walter Ortiz; Marcelo González, Jorge Mendoza, Rodrigo Fernández e Colmán; Fernández e Sergio Bareiro.
Às 19h15 no estádio Defensores del Chaco, em Assunção
Arbitragem: Facundo Tello, Facundo Rodríguez e Maximiliano del Yesso, todos da Argentina
AConmebol TV transmite.

Almoço entre as diretorias de Atlético e Cruzeiro no dia do clássico, ajuda mostrar que o futebol precisa voltar a ser festa e não guerra

Ótima iniciativa do Ronaldo de convidar a diretoria do Atlético para almoçar no domingo, dia do primeiro clássico dele como comandante do Cruzeiro. Contribui muito para serenar os ânimos e mostrar a tantos idiotas dos dois lados que Galo e Raposa são os maiores adversários um do outro e não inimigos. O futebol precisa voltar a ser festa e não guerra. Ronaldo traz para o Brasil uma prática comum há muitos anos no futebol europeu, em que os presidentes dos clubes assistem aos jogos entre eles, juntos, dividindo as mesmas tribunas, mesmo nos clássicos de grande rivalidade.

Em 2005, em Portugal, os presidentes dos arquirrivais, Benfica e Sporting, Luís Filipe Vieira e António Dias da Cunha, puseram fim a grandes polêmicas e acusações mútuas, assistindo juntos, o clássico entre eles. Primeiro no estádio Alvalade, do Sporting; depois, na tribuna presidencial do Estádio da Luz, do Benfica.
O futebol português vivia e ainda vive mazelas muito parecidas com o que acontece no Brasil, dentro e fora dos gramados. Eleito presidente do Benfica em 2003, Luís Filipe Vieira renunciou ao cargo em julho do ano passado, depois de ser preso, acusado de corrupção. Foi ele quem contratou de volta ao clube, Jorge Jesus, após o sucesso do treinador no Flamengo. Dias da Cunha ficou cinco anos na presidência do Sporting e também renunciou, em 2005. Porém, nada envolvendo corrupção e sim desentendimentos com a própria diretoria sobre a demissão ou não do então técnico José Peseiro. Caiu junto com o treinador.