Blog do Chico Maia

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Acredite se quiser: internet liberada em São Paulo

Cheguei às 5 da manhã em São Paulo para pegar o voo das 8h30 para Belo Horizonte. Pelo menos não há mais necessidade daquela covardia que faziam com quem está chegando do exterior, de ter de desembarcar em SP, pegar a bagagem, fazer novo check-in e passar duas vezes pela imigração e alfândega, até finalmente encerrar a viagem em Confins.

Agora é tudo em Belo Horizonte e dá até tempo de escrever alguma coisa.

Outro detalhe inacreditável: a internet está na base do 0800 aqui no aeroporto de Guarulhos. Alguém deve estar doente ou deve haver algum problema com o povo da “Vex”.

É só cadastrar e mandar bala, óbvio, que em seu lap-top, né!?

Para quem pagou 8 euros horas atrás, em Frankfurt, por apenas uma hora, é de assustar mesmo! E em São Paulo é raro qualquer tipo de gracinha!


Fotos e detalhes ficarão para amanhã

Amigos,

hoje não vai ter jeito de cumprir o prometido ontem, de muitas fotos e outros detalhes dessa viagem que estou terminando agora. Cheguei à Frankfurt, vindo de Praga, e me distraí no centro da cidade, onde fui rever lugares legais onde estive em 2006. Fiquei nesta cidade mais de um mês e conheço-a razoavelmente. Estava tendo uma festa de lançamento de uma exposição agropecuária deles, bem no centro histórico, numa praça super legal. Comida típica deles, como o joelho de porco e cerveja de todo tipo, bem mais barata e muito melhor que em Copenhague. Aqui custa entre 2 e 3 euros, lá, a partir de 5.

Cheguei ao aeroporto com o horário contado, mas aqui não tem internet 0800 e nem lan house, e estou pagando 8 euros A HORA, pode? Pode, né!? Fazer o quê! Tá é bom demais da conta. Enviei a minha coluna do O Tempo de amanhã, e dentro de uma hora e meia pego o voo da TAM para São Paulo e de lá para a nossa Beagá!

Abraço a todos e muito obrigado pela companhia durante estes dias.


Direto do aeroporto

O outro lado

Passada a euforia da eleição do Rio de Janeiro para sede das Olimpíadas de 2016, agora é hora de botar os pés no chão e raciocinar sobre tudo que acontecerá de positivo e perigoso ao Brasil nos próximos anos. Teremos os dois maiores e mais importantes eventos do mundo, consecutivamente no país, com apenas dois anos de diferença de um para o outro.

Vai entrar um volume enorme de dinheiro estrangeiro, de forma direta e indireta, através da FIFA, no caso da Copa do Mundo de 2014, e do Comitê Olímpico Internacional, para os Jogos de 2016. Essas entidades entram com uma boa parte nos gastos da promoção, algo em torno de 33%. Bancam várias instalações esportivas, que têm ligação direta com as competições. Grupos privados também entram, porém a parte do leão nessa conta sai dos cofres públicos.

É um investimento que pode dar retorno sustentável para o resto da nossa história, desde que a fortuna a ser gasta não vá para os bolsos dos políticos e cartolas diretamente envolvidos, na forma das as tradicionais “comissões”, às quais estamos acostumados a ouvir falar.

E o mais grave é que ninguém é punido, a não ser pela execração pública, através da imprensa, e mesmo assim quando a Polícia Federal solta alguma informação a respeito.

Mídia

Numa das colunas passadas, escrevi que durante o congresso do COI, em Copenhague, que Pequim continuava sendo o centro das atenções e assim vai continuar até 2012, quando Londres entrará em cena. Essa divulgação é uma herança em todo o mundo. A presente coluna, escrevi enquanto aguardava o voo de volta, no aeroporto de Frankfurt.

No carrinho

Observo no carrinho de bagagens ao meu lado, a logo-marca “South África’2010”, numa propaganda de um dos patrocinadores privados da FIFA, a montadora coreana KIA Motors. Assim como ela, os demais parceiros da entidade que comanda o futebol, também desenvolvem ações de marketing em todo o mundo, com o nome do país anfitrião.

Incomensurável

Essa mídia se repete com mais intensidade em relação ao COI e às Olimpíadas. É impossível calcular o valor de ações como essas, simplesmente porque é realmente incalculável.

Não podemos é debitar toda a fatura no bolso da população. Caso as obras de infra-estrutura que o país necessita sejam feitas, ótimo; todos ganham.

Começou

Temos ouvido muito pouco, sobre obras de infra-estrutura nestes lances iniciais da Copa de 2014. Falam muito em reformas e construção de estádios, mas nada de estradas, acessibilidade urbana, aeroportos e por aí vai. É importante que cobremos todos os dias de quem detém o poder de decisão e daqueles que têm de fiscalizá-los.


Relatório

Vou aproveitar as sete horas de trem, de Praga a Frankfurt, amanhã, para fazer um relatório completo dessa vagem para os senhores, inclusive com muitas fotos e histórias que não dá para escrever no jornal. né!?


Até sub-20 paralisa um país

É a força do futebol! Estou em Praga, capital da República Tcheca, de onde saio amanhã, com destino a Frankfurt, na Alemanha, e de lá para Belo Horizonte.

Hoje as pessoas quase pararam a cidade no fim da tarde, para ficar diante dos aparelhos de TV, nos bares, restaurantes e hotéis. Era a seleção deles, muito boa por sinal, que estava em campo contra a Hungria, pelas oitavas de final do Mundial Sub-20, que está sendo disputado no Egito.

A rivalidade é enorme entre tchecos e húngaros, mas hoje, deu Hungria, nos pênaltis, com o goleiro deles pegando três cobranças tchecas.

Aliás, o Brasil tem rabo de foguete pela frente amanhã, o Uruguai, também pelas oitavas.

De volta 

Na quinta estarei me atualizando de tudo que está acontecendo com os nossos clubes aí, porém, pelo que andei lendo, o Internacional deu uma recaída brava, hein!? Demitir Tite, tudo bem, mas contratar Mário Sérgio, é inacreditável.

Como gosta de dizer o Adilson Batista, “vamos aguardar”.

Estas e outras notas, em minha coluna de amanhã no Super Notícia, nas bancas!


Ponha Praga em seu roteiro

Amigos,

estou dando uma passada aqui hoje só para dar um alô rápido, pois estou em Praga. Não conhecia a capital tcheca e aproveitei a chance. Pobre quando tem uma oportunidade dessas tem que aproveitar

Simplesmente espetacular!

Depois eu conto com calma e mostro fotos.

Abraço e até mais.


O tal legado e coisas tais

O que mais se fala que haverá de benefícios para o país com os Jogos Olímpicos é do “legado”. Não há dúvidas quanto a tantos aspectos positivos que teremos, não só para a cidade do Rio de Janeiro, mas para todo o país.

Continuo na Europa e já estou sentindo reflexos do que é pertencer ao país sede de uma Olimpíada. Qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade, quando fica sabendo que sou brasileiro, diz: “Congratulacions!”, com um largo sorriso, porque tomou conhecimento que o Rio derrotou Madri, Tóquio e, principalmente, Chicago, nessa corrida.

O bombardeio midiático em torno de um evento desses é impressionante, pois engloba esportes que têm adeptos em toda parte do mundo. Diferente de uma Copa, que é voltada apenas ao futebol.

Quem nunca antes tinha ouvido falar em Brasil, agora já sabe que existe e que será o primeiro país da América do Sul a receber os Jogos.

Aliás, foi o fator decisivo para a goleada que o Rio deu em Madri na votação dos delegados do COI. O movimento olímpico seguiu o exemplo da FIFA, que levou a Copa do Mundo pela primeira vez à África, ano que vem, na África do Sul.

É “oportunidade a todos”, reivindicada pelo presidente Lula em seu discurso da defesa da candidatura na sexta feira.

Iss deixará o país exposto na mídia mundial, com destaque, até 2020, quando passará o bastão à sede da próxima edição.

Até 2012

No Congresso que continua sendo realizado em Copenhague, até o dia 9, os exemplos de Pequim, dentro e fora das arenas de competições são falados o tempo todo. Essa badalação começou em 2001, quando a cidade foi eleita a sede dos Jogos de 2008. E, até pelo menos em 2012 ficará com essa superexposição, quando Londres tomará a cena principal.

Bandalheira

O legado de mídia é garantido, mas o grande problema é o outro lado. Quando da organização dos Jogos Pan-americanos de 2007, diziam que a população do Rio ganharia, dentre outras coisas, a despoluição da Baía da Guanabara e a linha do metrô, que ligaria a Zona Sul à Barra da Tijuca. Pois não aconteceu nem uma coisa nem outra.

Os mesmos

O grande “legado” que ficou do Pan’2007 foi uma conta pendurada no TCU, que não fecha de jeito nenhum. E quem vai tocar o projeto Olimpíadas é a mesma turma que ainda não se explicou devidamente”. Este “legado” não é só dos cariocas e sim de todos nós que pagamos impostos, pois o maior aporte nesses eventos sai dos cofres da união.

 Medalhistas

 Corrupção existe em todo lugar do mundo, mas a impunidade vergonhosa é no Brasil, medalha de ouro no assunto. Na China, o primeiro presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Pequim, foi fuzilado, já o pegaram recebendo propina para beneficiar determinados fornecedores. O sucessor levou o projeto até o fim, sem problemas.

Estas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã nos jornais O Tempo e Super Notícia, nas bancas!


Repercussão

Com as Olimpíadas o Brasil entra no mapa da mídia mundial. A doutora Simone Demolinari, da FGV, está em Nova Iorque e enviou-me a seguinte mensagem:

“As TV’s daqui de NY só falam nisso; Obama se diz ‘muito triste’, e Lula chora!!!

Fui comprar um cartão na banca, o jornaleiro falou: ‘viva o Brasil; fui com Paulinho na loja de vídeo comprar uma fita, o vendedor nos parabenizou; no restaurante, o Chef veio nos dar parabéns…”

O “Paulinho” ao qual ela se refere é o grande Paulo Navarro, gente boa, excelente colunista de O Tempo, e um dos colunistas eletrônicos de maior prestígio no Brasil.


Obrigado a quem proporcionou-me estar aqui!

A emoção é diferente quando se está no palco dos acontecimentos. Sem o patrocínio do Epa Supermercados e da Vilasa Construtora, essa cobertura não seria possível.

A essas empresas e aos seus comandantes, a minha gratidão!


Pois é!

Deu Rio!

Confesso aos senhores que estou emocionado e creio que, mais que a Copa do Mundo de 2014, essas Olimpíadas vão colocar o Brasil no mapa mundi, e o Rio de Janeiro, se tiver responsabilidade, vai tornar-se um dos maiores destinos turísticos do planeta, como Barcelona, que antes de 1992, tinha fama ruim, como o Rio.

Na verdade, o Brasil tem pelas frente duas chances espetaculares de se afirmar perante o mundo: 2014, Copa do Mundo e agora 2016.

Com um detalhe importantíssimo para nós, mineiros: Belo Horizonte tem acordo com o Rio, para ser sub-sede dos jogos de futebol nas Olimpíadas.