Blog do Chico Maia

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A melhor do fim de semana

Ganhar de 3 x 1 da Argentina foi ótimo, mas ninguém tinha dúvidas que o Brasil estaria na Copa de 2010. Para mim o melhor resultado do esporte brasileiro no fim de semana foi a conquista, pelo basquete masculino, da Copa América, com um ponto a mais que Porto Rico na partida final.

É bom demais ver o nosso basquete ressurgindo das cinzas, e fica a esperança que volte a disputar os Jogos Olímpicos, de 2012, em Londres, depois de quatro edições de ausência.


Acerto de contas

Tudo indica que o Fluminense vai ser rebaixado. Já vai tarde! Chegou a cair para a terceira divisão, voltou à segunda, dentro de campo, mas regressou à primeira por debaixo dos panos, queimando etapas.

Que volte para lá a fim de pagar o que deve ao futebol brasileiro.

Aliás, não tinha como dar certo essa fórmula do tricolor carioca: os jogadores que são patrocinados pela Unimed recebem salários em dia, os que são do clube, só Deus sabe!

Fred foi contratado a peso de ouro, e não jogou nada, além de machucar-se no início do campeonato. Os demais ganham mixaria.

Renato Gaúcho e Valdir Espinoza dividindo o poder, caíram logo, e agora Cuca, dispensado de forma humilhante ano passado, pelos mesmos dirigentes que o contrataram de novo.


Sacanagem com o Dodô

Lembram do atacante Dodô? Pois é! Dia sete de novembro poderá voltar a jogar profissionalmente depois de dois anos de suspensão imposta pela Fifa, por doping.

O caso foi complicado e só ele pagou o pato, apesar do médico, Márcio Cunha, do seu clube na época, Botafogo, e o fisioterapeuta, terem sido os responsáveis pelo medicamento ilegal que ele tomou: capsulas de cafeína, com um componente de nome femproporex.

No primeiro julgamento, do STJD, levou 120 dias, mas recorreu e foi absolvido. A Fifa e a Wada (Agência Mundial Antidoping) não aceitaram e recorreram à Corte de Arbitragem do Esporte – CAS, que aplicou dois anos no jogador, que vem treinando sozinho e espera fazer um bom contrato com algum clube, visando 2010.

Tomou a droga sem saber do que se tratava e foi o único a pagar o pato.

O Botafogo pôs culpa na farmácia de manipulação que forneceu as capsulas.

Dureza!


É só querer, senhor presidente!

O presidente da república andou capitalizando mais votos dos torcedores de futebol ao jogar para a torcida e dizer que quer ver um paradeiro na saída precoce de jogadores do Brasil para o exterior. Se o Lula quisesse mesmo fazer alguma coisa era só mudar a Lei Pelé e criar outros mecanismos legais para acabar com a farra dos empresários e atravessadores de jovens promessas.

A propósito, o Chelsea está impedido de ir às compras até 2011, sob a acusação de aliciar jogador do Lens, da França.

Entenda melhor a situação, através da coluna do Clóvis Rossi, publicada ontem, na página dois, da Folha de São Paulo:

CLÓVIS ROSSI

– Mesmo nestes tempos em que Barack Obama acha Luiz Inácio Lula da Silva “o cara”, não é fácil encontrar nomes de brasileiros nos grandes jornais internacionais. Menos ainda em uma publicação de elite como o “Financial Times”.
Mas ontem, na página 3 do “FT”, lá estavam Pedro Botelho, Rafael da Silva, Fábio da Silva, todos de 19 anos, e Rodrigo Possebon, 20. Só sabe quem são o PVC, que tem a ficha de jogadores até do Santa Cruz, da quarta divisão.
Sim, são todos jogadores brasileiros de futebol, contratados no berço ainda por clubes ingleses (o Manchester United, no caso dos três últimos, e o Arsenal no caso de Pedro Botelho).
Foram parar no “FT” porque o Chelsea acaba de ser proibido de fazer compras no mercado internacional até 2011, por ter supostamente induzido o garoto francês Gaël Kakuta, então com 16 anos, a romper seu contrato com o Lens e atravessar o canal da Mancha.
Sem reforços internacionais, o clube fica prejudicado ante seus grandes rivais.
Mas há um outro lado: a montagem do que o jornal chama de “Brigada Juvenil” com estrangeiros bloqueia o acesso dos meninos britânicos ao objeto de consumo de todos, britânicos ou estrangeiros, que é a Premier League -o multimilionário campeonato inglês. Do lado de cá, aparece o problema inverso, apontado em artigo para “El País” por José Pekerman, que foi técnico da seleção argentina em todas as categorias: a caça aos jovens pelo futebol europeu esvazia o futebol argentino.
“Futebolistas de todo tipo se vão, sem cumprir os requisitos que antes demandava o mercado” (estabilizar-se em um clube grande ou chegar à seleção), escreve Pekerman. É lógico supor que nomes como Pedro, Rafael, Fábio e Rodrigo indicam que o raciocínio vale também para o futebol brasileiro.”

 LONDRES – A jovem diáspora da bola


Academias da enganação

Feriadão hoje! Que beleza hein!?

Uma segunda feira com a cara de domingo. Mas, já que é o “dia da pátria”, falando falar de mazelas do nosso belo país!

Num domingo desses revi uma entrevista do saudoso escritor Fernando Sabino, outro mineiro espetacular, onde ele falava de tudo e todos. Foi na TV Câmara, que apesar de estar a serviço de grande parte dos piores políticos do país, tem ótimos programas, assim como a TV Senado, com a sua banda não apodrecida.

Perguntaram ao Sabino porque ele nunca se interessou em pertencer aos quadros da Academia Brasileira de Letras – e tornar-se um “imortal”. Ele deu uma risada debochada, gozando essa bobajada de “imortal”, e disse que preferia a frase do humorista norte-americano Groucho Marx (Julius Henry Marx), que dizia: “Eu nunca faria parte de um clube que me aceitasse como sócio”.

Imagine! Fernando Sabino junto com um José Sarney, Marco Maciel e tantos outros, inclusive fora da política partidária, mas figuras esquisitas, como o Carlos Heitor Cony, jornalista que entrou no “bolsa ditadura” por ter sido perseguido pela ditadura militar, e contou com amizades de grosso calibre para ver seu processo de indenização andando mais rápido que o normal, furando fila.

Fico imaginando se esse Cony teria o prestígio que tem como jornalista e escritor se não fossem os processos que lhe foram movidos pelos militares! Aliás, militares cujo golpe para derrubar João Goulart foi apoiado pelo próprio jornalista em seus textos da época.

Aliás o Golpe de 1964 é repleto de “Madalenas arrependidas”

A proeza mais recente desse senhor foi defender bravamente José Sarney nos recentes escândalos do Senado. Ele é um dos motivos pelos quais não vou renovar a minha assinatura da Folha de SP, “um jornal a serviço de São Paulo”, diferente do slogan que usa ,”um jornal a serviço do Brasil”.

Voltando à “Academia” Brasileira, há similares de menores proporções em toda parte do país. Dia desses o presidente da república cassado, atual Senador, Fernando Collor de Melo, foi empossado na Academia Alagoana de Letras. E antes que alguém diga que estou sendo preconceituoso contra a belíssima Alagoas, digo logo que Minas Gerais também tem uma dessas, cheia de gente sem a menor condição cultural ou cívica para merecer algum destaque neste sentido.

Vida que segue!

Este texto foi apenas para prestar uma homenagem a um grande mineiro, Fernando Sabino, irmão do, também, grande Gérson Sabino, jornalista com quem tive o prazer de conviver, um dos recordistas do nosso meio em coberturas de Copas do Mundo. Esteve em pelo menos 10!

Uma ótima figura.


Adilson Batista tem mania de perseguição

Duro golpe

O Cruzeiro fez um dos seus melhores jogos no campeonato e dominou a maior parte, mas, o São Paulo também foi muito bem, e soube aproveitar melhor as chances que teve. Um jogo que poderia ter dado novo ânimo ao time e à torcida cruzeirenses. Se não tivesse perdido, estaria confirmada a recuperação do futebol vibrante, apresentado até a perda da Libertadores. Porém, quando se é derrotado, tudo se perde, inclusive a paciência do treinador, sempre com mania de perseguição nas entrevistas. Adilson Batista adora adotar a postura de vítima. Nunca aceita um erro, e mesmo quando não é acusado de ter errado, como ontem, prefere ironizar seus entrevistadores, como se estivesse diante de um bando de idiotas. Ele um “gênio”, da bola, das letras, da filosofia, menos da simplicidade e do bom senso.

Pode estar comprometendo a promissora carreira dele pelo fato de não saber se comunicar, de ser arrogante e achar que sabe mais que todo mundo e que não pode ser questionado. Não tem a postura dos grandes treinadores que fizeram história. Deveria se inspirar, também nesse aspecto, em um de seus gurus, Ênio Andrade, que sabia a medida exata dos momentos de ser agradável e ser ranzinza. E obteve o respeito e reconhecimento gerais.

Insistência

O técnico Celso Roth insiste no sistema 3-5-2 que nunca funcionou bem no Atlético, pelo simples fato de faltar jogadores em condições de desempenhar as funções. Contra o Santo André, só foi possível assistir até aos 45 minutos do primeiro tempo, antes de terminar a coluna. Deu para ver que o ataque ia bem, mas defesa e meio ainda não tinham se acertado.

Essas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no Jornal O Tempo, nas bancas!


Cruzeiro perdeu, mas fez um grande jogo

Diego Renan está aparecendo sempre como o “elemento surpresa”, fazendo lembrar a função que era exercida pelo Ramires, e desse jeito fez o seu terceiro gol no campeonato. Os gols sãopaulinos foram anormais, já que o Fábio raramente falha, e nesses, falhou. Tem crédito, com alguma sobra.

De novo, Gilberto foi fundamental ao Cruzeiro, com seus passes precisos e a cabeça erguida para observar o jogo como se fosse um professor. A forma física está melhorando a cada jogo e com isso todo time vem crescendo.

Essas e outras notas em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


Willy Gonser deixa a Rádio Itatiaia

Depois de 30 anos, fecha-se uma página das mais bonitas da comunicação esportiva de Minas e do Brasil. Willy Gonser deixará a Rádio Itatiaia no último dia deste mês. Uma conversa, em alto nível, entre ele e o comandante da rádio, Emanuel Carneiro, selou o acerto. Emanuel insistiu para que o Willy permanecesse na emissora, como comentarista, mas o narrador preferiu optar por outros caminhos;

Willy Gonser é uma das referências da minha vida profissional.

Um grande amigo, a quem desejo toda a felicidade do mundo!


Encontro indigesto

O Renato Alexandre, do Jornal Sete Dias, enviou para o blog: 

“Vivendo e aprendendo” 

Perguntaram ao General Norman, do Exército dos Estados Unidos, se ele perdoaria os terroristas do 11 de Setembro de 2001 (Como os do PCC, os nossos políticos corruptos, os traficantes, etc…).

A sábia resposta:
“Eu creio que a tarefa de perdoá-los cabe a DEUS.
A nossa é de simplesmente PROMOVER o encontro”.


Kaká, cabeça cozida

Nunca achei o Kaká um cabeça cozida por causa de sua opção religiosa. Cada um acredita e prega o que bem quiser. Porém, ontem ele falou uma grande bobagem, num rompate de arrogância que nunca tinha observado nele. “Sou mais completo que o Maradona”.

E justamente poucas horas de embarcar para Rosário, onde vai enfrentar a Argentina amanhã.