Opa, Chico! Tudo bem? Como sei que você sempre dá espaço para a torcida americana, gostaria de lhe pedir um favor: Divulgar o blog Mundo do Coelhão em suas colunas (do Super e do Tempo). O endereço do blog é: www.mundodocoelhao.wordpress.com Desde já, muito obrigado. João Paulo Saraiva de Oliveira (Jotapê Saraiva).
Adotar torcida única nos clássicos desagradou a quase todo mundo, na capital e interior. Veja o que o Fernando Rocha, grande nome da imprensa do Vale do Aço, escreveu em sua coluna de hoje no Jornal do Vale do Aço:
“Grande bobagem
A decisão de “respeitar” o regulamento do Campeonato Brasileiro e destinar à torcida do clube não-mandante, apenas 10% do total de ingressos colocados à venda, anunciada com estardalhaço na semana passada pelos presidentes de Cruzeiro e Atlético, na verdade esconde uma série de outros interesses, que dizem respeito tão somente aos clubes, sem acrescentar nenhuma melhoria à segurança dos torcedores.
O Cruzeiro abraçou a idéia, pois entende que ela vai contribuir para alavancar ou tornar mais atraente, o seu recém-lançado programa “Sócio-Torcedor”, que assim poderá incluir no rol de vantagens, o acesso garantido em uma das partidas na qual o clube seja o mandante.
Já a diretoria do Galo, após fazer as contas, viu que dividir a arrecadação nos dois jogos do turno e returno com o rival dá no mesmo, ou seja, se tiver a renda total de apenas um deles é a mesma coisa.
Além disso, no jogo em que for o mandante, poderá utilizar o túnel da direita onde fica o bandeirinha, sem a alegada falta de segurança pois neste dia ali estará a sua própria torcida.
Há, ainda, uma série de outras razões, mas o quesito “segurança” passa longe, muito longe de ser o motivo principal para essa tomada de posição dos nossos dois maiores clubes, que de alguma forma agindo assim ferem a Constituição Federal, pois inibe o direito de ir e vir dos cidadãos, que só querem ir ao estádio e terem o direito de torcer pelo clube do coração, sem criar confusão.
- Vale ressaltar que a Polícia Militar, através do seu comando na capital, manifestou-se contrária à esta iniciativa, afirmando estar apta a dar segurança aos torcedores dos dois lados, como tem feito ao longo dos anos. As estatísticas comprovam que dentro do Mineirão a violência praticamente inexiste e que os problemas se concentram do lado de fora.
- A lei seca, que proibiu a venda de bebidas alcoólicas no interior dos estádios, contribuiu para reduzir ainda mais os índices de violência, mas não pode servir como ponto de partida para outras proibições, que acabam por retirar a alegria e o encantamento, que fazem do futebol o esporte mais popular deste país, sendo considerado patrimônio da cultura nacional.
- Na minha opinião, o grande fator gerador da violência no futebol, dentro ou fora dos estádios, é a impunidade. Nesse aspecto, me surpreende o fato do Ministério Público avalizar iniciativas pouco ou nada produtivas como esta, que limita a presença da torcida em clássicos como Cruzeiro/Atlético, ao invés de liderar uma campanha visando criar os instrumentos, que permitam punir com o rigor e rapidez necessários, os torcedores-infratores ou violentos, seguindo o exemplo de outros países mais desenvolvidos como a Inglaterra, Alemanha, Espanha, por aí afora.
- Ao longo dos anos, assistimos à escalada da violência nas nossas grandes e médias cidades, sobretudo pela ação cada vez maior de traficantes de drogas, se impondo em territórios onde o estado brasileiro se ausenta de forma irresponsável e até cruel. Então, vamos imaginar o que seja isso no futebol, que é uma espécie de caixa de ressonância da nossa sociedade.
- Os dirigentes fazem bobagens, uma atrás da outra, sem parar. Não são capazes de administrar as próprias finanças, o que dizer dos clubes que dirigem, muito menos são fiscalizados e responsabilizados pelos atos que praticam. Então, não podemos avalizar uma besteira dessas, que só serve para botar mais lenha na fogueira da violência dos torcedores irracionais, que continuarão aprontando, até que um dia se conscientizem de que a farra terminou; e , que se não mudarem o comportamento, irão mofar atrás das grades, o local mais indicado para abrigar este tipo de gente.”
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Ao adotarem o sistema de torcida única ou “quase única” nos clássicos, Atlético e Cruzeiro dão um passo atrás e copiam idéia ruim do futebol paulista, quando deveriam copiar as boas iniciativas. Um retrocesso em todos os aspectos. Se tem uma coisa que vale a pena ver no Mineirão é a disputa entre as torcidas nas arquibancadas, uma tradição tão forte e positiva quanto ao clássico dentro das quatro linhas. Que Kalil e Perrela repensem essa medida!
Li uma ótima notícia na edição de hoje do Jornal Diário do Aço, de Ipatinga: “O Estádio Municipal “Epaminondas Mendes Brito”, o Ipatingão, receberá novas obras de reformas e instalação de equipamentos nos próximos dois meses. No pacote de melhorias, destaque para a instalação de 27.500 cadeiras, novos vestiários e rampas de acesso para portadores de deficiência. Na última semana, o prefeito Robson Gomes (PPS) recebeu técnicos da empresa Kango, de Curitiba (PR), vencedora da licitação para instalação das cadeiras. De acordo com o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Carlos Magno Xavier Correia, o cronograma de obras foi elaborado de forma a não prejudicar os jogos do Ipatinga na Série B do Campeonato Brasileiro.
Os recursos para instalação das cadeiras no estádio surgiram por meio de um projeto aprovado através de lei federal. As obras estão orçadas em R$ 2.054.864,43. Desse total, R$ 164.064,43 se destinam à modernização dos vestiários, que terão banheiras de hidromassagem para os jogadores e árbitros, enquanto R$ 1.840.800,00 serão aplicados na instalação dos assentos. Nas tribunas de honra e de imprensa também serão colocadas cadeiras.
“A visita técnica dos representantes da empresa teve como objetivo a formalização do cronograma de obras. Estes ajustes são fundamentais para receber clássicos e jogos importantes”, afirma o prefeito Robson Gomes (PPS). Os técnicos da Kango realizaram uma visita ao Ipatingão, acompanhados pelo prefeito, presentes ainda o deputado federal Alexandre Silveira (PPS), o presidente da Associação Comercial de Ipatinga, Gustavo de Souza, e outras lideranças”.
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Mano Menezes tem, normalmente, o time pronto para surpreender em jogadas de alta velocidade. Foram assim os dois gols em São Paulo. O primeiro com uma roubada de bola de Douglas e o segundo com uma falta cobrada rapidamente – com a bola em movimento – que pegou a defesa desprevenida. Foi assim que o time venceu o Fluminense nas quartas-de-final, Santos e São Paulo no campeonato paulista.
Ao Inter resta atacar e para isso, volta a contar com Nilmar. Apesar de ter quase a metade de gols que Taíson tem na temporada (12 a 23), o atacante é o principal jogador do time e foi a ausência mais sentida no mês negativo que viveu a equipe gaúcha. Sem Sandro, machucado, Tite pode optar por Andrezinho, Glaydson ou ainda Giuliano. Glaydson é primeiro volante, Giuliano terceiro homem de meio e Andrezinho, meia mais agudo.
Colocando Andrezinho no jogo, O Colorado ganha criatividade e poder ofensivo, perde em marcação. Guiñazu e Magrão ficam mais atrás, tomando conta do contra-ataque. Com Glaydson ou Giuliano, os dois titulares saem mais pro jogo e o risco de serem surpreendidos é maior, apesar de o time estar mais contido, na teoria.
Por mais que o Inter tente, faça mistério e crie alternativas, é difícil ver o título escapar do Corinthians. Nos mata-matas Fluminense, São Paulo e Santos, o time de Mano foi bem no ataque e na defesa. Os gaúchos, contra Flamengo e Coritiba mostraram falhas que não podem acontecer no jogo de amanhã. Para o Inter tudo tem que dar certo e para o Corinthians tudo tem que ir errado.”
Confira a primeira parte da coluna do Flávio Anselmo, que estará em vários jornais do interior de Minas amanhã:
“Já se falou muito que a noite de quarta-feira é nobre no futebol. Só perde para o domingo. Mas nobre pra quem? O torcedor mineiro já teve esse privilégio. Agora só pode curti-lo se joga contra algum grande da Paulicéia Desvairada ou contra o Flamengo, time de maior torcida no País do futebol. Coisa que o Corinthians, pra desespero global não vai desbancar nunca. Pois bem, na lei orgânica do futebol sul americano (criada no uso e no costume) as competições continentais têm mais peso que as nacionais e estas mais que as estaduais. Tinham, não têm mais. A Rede Globo, dona de todos os direitos futebolísticos no território tupiniquim, inverteu esse quadro. Jogam na quarta-feira, Internacional x Corinthians, na decisão da Copa do Brasil.
2 – A disputa por uma vaga nas finais da Copa Libertadores das Américas, competição bem maior que a Copa do Brasil tanto que o campeão dessa disputa nacional classifica-se para o certamente do continente, porque não tem nenhum time paulista, foi empurrada pra quinta-feira. Qual é o problema? Simples: o confronto de hoje, quarta-feira, será visto por 90 milhões de torcedores, despertando o interesse de divulgação da marca nos megas anunciantes. O de amanhã, Grêmio x Cruzeiro, estará restrito às famigeradas tevês fechadas; e só. Público de uns 10 milhões, se muito. Isso representa desprestígio para mineiros, gaúchos e a Conmembol.
3 – Não confiem, também, nas tevês pagas. A jogada delas pra vender o absurdamente caro pagar-pra-ver é não transmitir direto raros jogos dos mineiros fora de casa. E o pior: não se contentam apenas em não fazer a transmissão; metem o vídeo teipe de uma partida qualquer da tarde, até da segunda divisão, pra Beagá. E os bobões aqui da Província mineira ainda babam atrás das novelas globais, compram seus programas e acham lindo serem passado para atrás.
4 – Ah, ia esquecendo: antes se respeitava o domingo como o dia consagrado ao futebol em Minas, também isso acabou: o mineiro, segundo quer a Globo, terá de acostumar-se a ver o futebol dos seus principais times no sábado à tarde e no tétrico horário das 18h30m. Quem não estiver satisfeito que mude de canal. Mas pra qual?”
Portanto, peço que tenham atenção e se possível andem aos pares…”