Blog do Chico Maia

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Nas alturas!

Tenho lido nos jornais que a TAM Viagens vai comercializar pacotes para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, com 12 dias, a preços que variam de 12 a 25 mil  dólares por pessoa!!!

Caro demais da conta! Estive lá durante a Copa das Confederações e tudo no país é muito mais barato que no Brasil, de surpreender a qualquer freguês!


Inacreditável!

A amiga Gemma Lanza enviou essa foto, que saiu nos grandes jornais do país semana passada. Lamentável!

A amiga Gemma Lanza enviou essa foto, que saiu nos grandes jornais do país semana passada. Lamentável!


Incrições para a Copa de 2010

Estão abertas a partir de hoje as inscrições para quem quiser se candidatar a voluntário para trabalhar na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Eles vão selecionar 15 mil pessoas do mundo inteiro. Conheço vários brasileiros, inclusive de Belo Horizonte, que já passaram por essa experiência, e todos gostaram muito, em edições de Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.

O cadastro e mais informações podem ser obtidos através dos seguintes endereços: FIFA.com , www.FIFA.com/volunteers2010 ou e-mail: volunteerprogramme@2010oc.com


Coluna do Super Notícia de 20 07 09

Fera ferida é fogo!

Perguntei ao Fernando do Gás, ao filho dele Vinícius, e ao também cruzeirense Dênis, se eles estavam indo ao Mineirão para matar saudades do Ronaldo. O trio, que pegava a estrada de Matosinhos com destino à Pampulha, não pensou duas vezes para responder: “vamos lá para vaiar esse traíra fdp!”

Recomendei cuidado, porque há jogadores que se agigantam com as vaias, ainda mais quando se trata de um craque, mesmo gordo como ele continua. E não deu outra: até 20 minutos de jogo o Ronaldo só havia tocado três vezes na bola. Aos 22 deu aquele passe fantástico que originou o primeiro gol corinthiano. No segundo tempo deu o tiro de misericórdia e matou o jogo. Com a vitória ninguém nem se lembrou que ele perdeu um pênalti ao bater com a maior displicência do mundo.

De novo

Mesmo na derrota, outra vez Fábio foi eleito o melhor em campo contra o Corínthians. Quando o goleiro está sempre se destacando como o melhor do time alguma coisa está errada com o sistema defensivo. A defesa do Cruzeiro está desarrumada e mostrou isso contra o Estudiantes também.

Sobre a final

Sobre a derrota do Cruzeiro para o Estudiantes, fico com a frase do Cassiá, ex-jogador do Grêmio: “neste tipo de jogo o jogador não pode ser melancólico (que pipoca) nem colérico (que fica nervoso e faz bobagem), tem que ser racional”. Ninguém entendeu Ramirez e Wagner raivosos daquele jeito. Se esqueceram de jogar.

Outro detalhe: parecia que o ônibus do Estudiantes, que chegava ao Mineirão, era de alguma torcida deles: os jogadores cantavam e esmurravam as janelas e o teto, como se estivessem indo para uma guerra. Também pudera! Momentos antes o presidente do clube contou a eles, a entrevista que ouviu do Zezé Perrela, onde o comandante cruzeirense dizia: “o único título que me falta como dirigente é o de campeão do mundo, e parece que vai ser este ano”.

Empate justo

Atlético e Vitória perderam boas oportunidades de gol e o empate fez justiça ao que jogaram. Depois de cinco vitórias em casa, com 100% de aproveitamento no campeonato, o time baiano perdeu os primeiros pontos no Barradão. O Galo se manteve na primeira colocação graças à derrota do Internacional para o Grêmio. Este é o campeonato brasileiro, com equilíbrio absoluto.

Autoconfiança

Aranha é um bom goleiro, muito melhor que os últimos que andaram se revezando no gol do Atlético, e que engoliam frangos inacreditáveis. Porém, às vezes ele confia demais nas defesas que faz e já quer sair jogando, antes de segurar a bola completamente. Costuma dar rebotes que matam o torcedor de susto, e raiva.

Susto

Quando o América levou o gol logo de cara, pensei: vai começar tudo de novo? Felizmente a reação foi imediata e a goleada sobre o Mixto foi se desenhando, até chegar aos cinco. Classificação garantida, agora é passar da próxima fase e garantir a ascensão à Série B.


Coluna do jornal O Tempo de 20 07 09

Chico Maia

Melancólicos e coléricos

A imprensa do Brasil inteiro ainda avalia os motivos da perda do título da Libertadores pelo Cruzeiro dentro do Mineirão. Entre achismos e profecias do acontecido, tudo deve ser levado em consideração, não só pelo Cruzeiro mas por todo clube que almeja chegar a grandes decisões e conquistá-las. Li, vi e ouvi tudo o que pude das mais diversas regiões do país e até da Argentina.

No Brasil, procuramos saber porque os argentinos vencem a maioria absoluta das decisões contra os nossos clubes. Lá, as declarações dos jogadores e dirigentes resumem a situação: “os brasileiros são autoconfiantes além do normal”. A perda da Copa de 1998 para a França é um bom exemplo. Essa mania de achar que “já ganhamos” é uma praga! O Cruzeiro empatou o primeiro jogo em Buenos Aires e voltou comemorando como se já tivesse vencido a final.

Na tarde de quarta feira quase não acreditei no que estava ouvindo: Zezé Perrela, numa entrevista coletiva, se autoelogiando, dizendo dentre outras coisas que o único título que lhe faltava como dirigente é o de campeão do mundo, e que parecia que este seria o ano.

E o presidente do Estudiantes vendo e ouvindo aquilo, para mais tarde contar tudo aos seus jogadores! Uma injeção a mais!

Torcedores

Quem viu o ônibus do Estudiantes chegando ao Mineirão, inicialmente pensou que fosse mais um grupo de torcedores. Os jogadores tanto cantavam e socavam os vidros e teto do veículo, que mais parecia um ritual de guerra. Desceram do ônibus gritando e dando vivas ao clube. Realmente havia uma guerra para ser enfrentada, e o jogo já estava rolando para eles.

Experiência

Cassiá, ex-jogador do Grêmio falou sobre esse tipo de decisão: “Nessas horas o jogador não pode ser melancólico nem colérico; tem que ser racional”. E explicou: “melancólico é o que afina e se esconde do jogo; colérico é o que se enerva, quer partir para a briga, perde o controle da situação e acaba sendo expulso, prejudicando todo o grupo”. Foi o caso.

Manha

Os argentinos são os reis da catimba. Provocam, dão porradas, esperam o adversário se irritar e nunca se abalam com as porradas que levam. Verón entrou em campo com um esparadrapo no rosto, como se a cotovelada que levou do Ramirez em Buenos Aires tivesse deixado alguma marca. Não deixou, mas assustou ao meia do Cruzeiro que esteve nervoso do começo ao fim.

Colérico

Wagner também surpreendeu negativamente. Quis mostrar braveza aos argentinos e só se preocupou com isso. Mal demais. Dos três jogadores que a torcida mais esperava, apenas um jogou: Kléber. Parecia um argentino. Outro detalhe: a presença do governador Aécio Neves no vestiário antes do jogo. Para quê?


O melhor dos melhores

Para mim ele é o melhor do país no momento. Duke, chargista! Essa é a dele de hoje no Super Notícia

Para mim ele é o melhor do país no momento. Duke, chargista! Essa é a dele de hoje no Super Notícia


Um prazer danado!

Estou muito empolgado com este blog, especialmente pelo retorno que tenho dos leitores de todos os cantos do mundo e de todas as tendências clubísticas. Um atleticano radical ligou puto da vida porque publiquei uma mensagem da Máfia Azul reagindo às gozações alvinegras. Um americano fez comentário gozando as torcidas do Galo e do Cruzeiro, dizendo que elas só vão na boa e quando há promoções de preços de ingressos. Levou o troco na hora, de um ofendido que respondeu: a torcida de vocês vai numa Kombi e numa ambulância atrás! Um outro respondeu dizendo que América para ele é o país do Obama! Agora acabei de abrir o comentário de um atleticano respondendo a um colega jornalista cruzeirense que fez um desabafo neste espaço sobre a derrota para o Estudiantes. Coisa de poeta! Não sei se é, porém, o Fernando Mendanha, nos brindou com o seu texto, que os senhores vão ler agora:

“Prezado amigo cruzeirense,

Confesso que fiquei chocado com o que vi na noite da última quarta-feira. No início, tudo era festa. O grito que se ouvia do outro lado da lagoa fez me lembrar, mesmo que de longe, o caldeirão com sua massa favorita em dias de grande banquete.

Até os estrondosos foguetes que rasgavam o silêncio dos céus soavam (quase) tão altos quanto o mais bravo dos cacarejos em dia de festa. Tamanha algazarra que não passara de 90 minutos. E cá, eu ainda estava, ciscando de um lado para o outro, pensativamente em apenas um fato: o que teria acontecido com ele?

Bom, meu caro amigo cruzeirense. Peço-lhe até desculpas por adentrar em um campo que, confesso, não é das minhas especialidades. Mas é que preciso dar asas aos pensamentos que me intrigam.

Primeiramente, digo-lhe algo com a maior sinceridade. Às vezes, é preciso reconhecer a derrota, pois, talvez, tu vivas cheio de vaidade, mas na realidade, não foi o grande campeão. É inegável que nos gramados de Minas Gerais tens páginas heróicas e imortais…

Mas, oh, vizinho, vizinho querido! Não desta vez. Fostes combatido e abatido foi vencido, justamente por não ter jogado com muita raça e amor. Por não ter vibrado mais com alegria pras vitórias.

Oh, vizinho, vizinho querido! Mesmo com o seu grande nome na cidade, saiba que para vencer, vencer, vencer – que és o nosso grande ideal – era preciso honrar o nome de Minas no cenário desportivo mundial.

Lutar, lutar, lutar, meu nobre azul, com toda a sua raça pra vencer, mesmo que uma vez até morrer, fostes o detalhe ausente que transformara o bonito e colorido azul dessa quarta num triste fim de noite meio preto e branco.

Contudo, bola pra frente, amigo, e não fique triste. Já que, por aqui, as coisas vão muito bem, obrigado. Hoje, abrindo cada vez mais espaço frente à concorrência, se Deus quiser, quem sabe refaço suas batalhas, seus desejos e seus sonhos pela América no ano que vem.

E aí sim (até com a sua torcida), talvez voltemos a ser o campeão dos campeões e o orgulho do esporte nacional.

Melhoras,

Ass.: O vizinho do terreiro ao lado”

* O texto é do Fernando Medanha, mas foi enviado pelo João Luiz Pena.


Colunista encontra motivo para a derrota do Cruzeiro

O excelente Xico Sá, que escreve às sextas feiras, na Folha de SP, fez uma bem humorada, porém contundente e interessante avaliação da derrota do Cruzeiro para o Estudiantes. Em resumo, disse aquilo que quem conhece bem o futebol sabe: fatores estranhos ao dia-a-dia- de um time não podem ser misturados no dia de uma decisão, quando a concentração deve ser 100% voltada ao jogo. Confira:

XICO SÁ

Ele voltou


O corvo Edgar só despertou para o mal quando viu que Aécio Neves daria a última palavra aos cruzeirenses


AMIGO torcedor, amigo secador, no exato momento em que o governador Aécio Neves desceu aos vestiários para dar a última palavra aos cruzeirenses, o corvo Edgar, pasme, bateu asas do boteco Temático, onde se encontrava foragido em Belo Horizonte, e foi ao estádio. Sobrevoou o Mineirão na maciota, desceu lá na grama e fez um trabalho de mandinga na toalhinha do goleiro alviazulino -foi o remate de todos os agouros e males.
O corvo estava em poder de um atleticano, estranhamente escondido atrás de um timbu, boneco símbolo do Náutico que enfeita, à vera, o balcão do supracitado estabelecimento do bairro de Santa Tereza.
Com o banzo e a melancolia gástrica de quem exagerou no joelho de porco -o prato da casa que leva o nome do Ronaldo Fenômeno-, Edgar nem demonstrava tanto animus-augurius (intenção de agourar) o Cruzeiro. Mesmo com sua queda pelo Galo e por todos os times alvinegros do universo, a ave só despertou para o mal quando viu que o político tucano daria a última palavra à equipe antes de entrar em campo.
Tudo bem, o cara é cruzeirense desde criancinha, mas ali manda o seu Adilson Batista. Que esperasse os boleiros celestes com a taça em palácio. É o máximo que permite o código do bom-tom ludopédico. Foi este o raciocínio do corvo ao despertar da leseira e do cochilo rumo ao palco da final da Libertadores. O resto da história sabemos todos.
“La Brujita”, apelido de Verón entre os argentinos, jantou a redonda como se fosse o melhor dos queijos da Serra da Canastra. À incrédula plateia restou mascar, de sobremesa, o amargo jiló dos humilhados e ofendidos. A massa secadora atleticana vibrou como se fosse título brasileiro. Todo alvinegro sorria como maravilhados Dadás, o herói de 1971 no Maracanã. Todo alvinegro, por mais bêbado que estivesse, subiu e parou no ar qual o seu velho atacante de codinome Beija-Flor.
É em um momento como esse que a arte de secar alcança seu ponto máximo, seu parentesco com as religiões e todos os deuses que dançam, todos os orixás, caboclos e xamãs.
Nessa hora o secador nato ergue as mãos aos céus de BH e exalta: está ganho o ano futebolístico. Basta o Galo ser o quarto e garantir a vaga da Libertadores. Sim, tem sempre o secador enrustido, que lava as delicadas mãos com o mesmo sabonete de Pôncio Pilatos, e orgulha-se: não tenho nada a ver com isso, vibro só pelo meu time e estamos conversados.
No futebol, por mais que finja e dramatize no tablado dos botequins sua condição purista, o torcedor que nunca secou o adversário não existe.
Atire o primeiro radinho de pilha no bandeiro aquele que nunca agourou o rival no campo de jogo.


Piloto desaparecido é sobrinho do Rômulo

O piloto Alessandro Traugott Binder Morais, do monomotor Beechcraft (modelo BE-36 A Bonanza), que está desaparecido desde sábado passado, quando sobrevoava da selva amazônica na Venezuela, é sobrinho do ex-goleiro do Atlético, Rômulo, e não irmão, como informei dias atrás. Agradeço às pessoas que me corrigiram, em especial ao Daniel Traugott Binder, que enviou hoje um email, informando que o Alessandro é filho da Tânia Binder, ela sim, irmã do Rômulo, que foi titular do Galo no fim dos anos 1980, início dos 1990.

Ele inclusive viajou para a Venezuela para acompanhar os trabalhos de resgate. O avião foi localizado pela força aérea venezuelana ontem, mas o tempo ruim ainda não permitiu o aprofundamento das buscas em solo.

Aproveito para manifestar a minha solidariedade à família, com quem tive muito contato durante um bom tempo, porque sempre me encontrava com o Ricardo Binder, pai do Rômulo, em Sete Lagoas, onde ele residia. Não sei se continua lá.

Fiquei amigo do Rômulo, nos tempos do Atlético, onde eu era repórter setorista da TV Bandeirantes na época. Hoje ele é piloto da Trip Linhas Aéreas, muito conceituado na nova profissão que abraçou e que sempre foi a sua paixão. Ele e a maioria dos irmãos nasceram em Pará de Minas e foi no aeroclube de lá que ele fez seus primeiros voos.

Alessandro também era um piloto experiente, com 10 anos de atividade e foi a Miami com o diretor da Magnesita, Maurício Lustosa de Castro, para buscar o avião, adquirido pelo empresário lá.


Kalil no twitter

O presidente do Atlético Alexandre Kalil aderiu ao Twitter, a nova febre da internet. Apenas ontem o endereço dele teve mais de 1.500 adesões. Para se cadastrar é só clicar: 
http://twitter.com/alexandrekalil