Em foto publicada no jornal Lance, um dos cotados, o português Carlos Carvalhal, 55 anos, do Braga, cuja multa para sair é de 2,5 milhões de euros
Escolher o treinador certo é fundamental para uma temporada bem sucedida. Não é tarefa fácil. O Atlético investiu alto em Jorge Sampaoli, que exigiu grandes contratações, montou um bom time, que teve começo arrasador no Brasileiro de 2020. Mas o ritmo de jogo com tanta intensidade exigida de todos os jogadores era e é impossível de se manter em todos os jogos. No decorrer do campeonato o time sentiu a condição física e não chegou ao título. Ficou a lembrança de partidas memoráveis, mas também de jogos muito ruins. Era 8 ou 800. Além do mais o técnico argentino não conseguiu arrumar a defesa. Do time campeão de 2021, neste setor, ele só não tinha o zagueiro Nathan, que era do Galo, emprestado ao Atlético-GO, que o Cuca mandou buscar. Mariano melhorou aa forma física e resolveu o problema da lateral direita. Ou seja, dois bons treinadores em sequência, adeptos do sistema ofensivo, que se completaram. E o Galo ganhou!
Sampaoli rompeu o contrato para voltar a trabalhar na Europa. No Olympic Marselha. E o Atlético conseguiu fechar com Cuca, que era rejeitado por grande parte da massa. Mais por causa da pisada na bola no Mundial de Clubes, do que pela sua competência.Agora a vontade é trazer Jorge Jesus, que ao que tudo indica, quase impossível. Também adepto do jogo ofensivo, certamente acrescentaria ao que seus dois antecessores deixaram de bom. Com a possível negativa do JJ fica o dilema da diretoria, que não pode errar como o Flamengo errou no sucessor do Jesus. Optou pelo catalão Domènec Torrent, 59 anos, que tinha de importante no curriculum, ter sido auxiliar no Barcelona B, no Barcelona A, no Bayern de Munique e no Manchester City. Dirigiu o New York City, que não vale como referência e depois o Flamengo. Ou seja: olho ruim dos avaliadores rubro-negros, uma aposta que deu errado.
Já o Palmeiras teve “olho clínico” e foi competente na avaliação do português Abel Ferreira, 43 anos, que também era inexpressivo em termos de curriculum no que se refere a clubes da prateleira de cima. Foi técnico do Sporting B, do Braga B, depois do principal do Braga e comandou também o PAOK, da Grécia, antes de vir sucesso no Brasil e na América do Sul com o time paulista.
A nacionalidade é o que menos importa nessa história. O Atlético precisa ter “olho clínico” e de repente gastar até muito menos do que gastaria com um Jorge Jesus ou Carlos Carvalhal. Há treinadores “emergentes” de enorme potencial, como o Abel Ferreira, na Argentina, em Portugal e na Espanha. Mas, para comandar o Galo precisam ter mentalidade tática semelhante ao Cuca e Sampaoli. Também precisa vir de “”mala e cuia”, trazendo mulher, filhos, sogra, papagaio e cachorro na bagagem para fincar o pé na Cidade do Galo e em Belo Horizonte, pensando e vivendo o clube e as competições que tiver pela frente o tempo todo.
Nada contra treinadores brasileiros, mas neste momento, qualquer um chegaria sob desconfiança e frustração pelo fato de o Atlético ter criado essa expectativa de um nome de respeito do exterior.