Blog do Chico Maia

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As idas e vindas de Alexandre Matos, no mar de incertezas entre o Cruzeiro velho e o Cruzeiro novo

Alexandre Mattos em entrevista ao Superesportes

Ele tem prestígio com a torcida, como mostra este protesto, direto dos Estados Unidos, registrado em minha página no facebook: Dallas Resurfacing  “Primera b. sta q o Ronaldo fez, tirar o super campeão Alexandre Mattos, pra colocar o derrotado e frustrado Paulo André pqp”.

Até todo o processo se concretizar teremos dois “Cruzeiros”, o do Ronaldo, com os seus executivos, e o do Sérgio Santos Rodrigues com seus diretores, conselheiros e corneteiros em geral.

E tudo acontecendo muito rápido e com muitos mistérios. Na sexta-feira à noite o Conselho aprovou a venda de 90% do clube, no sábado, na hora do almoço, Ronaldo foi anunciado como dono. Na terça-feira,0 aquele que seria o todo poderoso do futebol, Alexandre Matos, caiu, antes mesmo de ser anunciado oficialmente. E ainda não se sabe o futuro do Vanderlei Luxemburgo, se está demitido ou se continuará. Por enquanto, as cartas serão dadas pelo Paulo André, aquele ex-zagueiro que fundou o Bom Senso Futebol Clube, movimento reivindicatório dos jogadores profissionais, similar a um sindicato.

Alexandre Matos parece ser adepto da máxima: “Bom cabrito  é o que não berra”. Interessantes demais as reações dele ao saber que estava fora dos planos do Ronaldo. No início da tarde de terça, li entrevista dele ao SuperFC e ele está puto da vida: “Puxaram meu tapete. Fiz tudo aí. Segue a vida”, desabafou.

Ao Superesportes ele disse: “Fiquei sabendo pela imprensa. Eu tinha um acordo com o presidente Sérgio (Rodrigues) até o fim de 2023. Ninguém me telefonou, fiquei sabendo pela imprensa e vou aguardar o contato dele ou de alguém do clube para me informar isso de forma oficial.”

Na sequência, ele deve ter esfriado a cabeça ou alguém sugeriu a ele, que desse uma “maneirada”. À noite, no mesmo portal Superesportes, ele estava bem mais manso, enchendo a bola do Ronaldo e dos novos cartolas: “Agradeço imensamente todo o carinho que a torcida do Cruzeiro teve comigo. Só tenho a agradecer o carinho da torcida. Respeito a decisão (do Ronaldo), é um processo natural, as pessoas que estão entrando quererem colocar gente da sua confiança. Não tenho mágoa, não teve tapete puxado, nada disso.”

Manteve este mesmo tom em entrevista ao “Tiro de Meta”, da Itatiaia, às 6h20 de ontem.

Sobre Ronaldo, que um dia pode vir a ser chefe dele, falou: “Eu o respeito muito. Sou fã dele. Tenho certeza que ele tem competência para resgatar o Cruzeiro. E novamente, respeito a decisão por entender que nesse processo de transição, de compra, é natural que as pessoas coloquem as pessoas da sua confiança”.

https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2021/12/21/noticia_cruzeiro,3952672/fora-do-cruzeiro-mattos-destaca-respeito-por-ronaldo-e-gratidao-a-torcida.shtml


Um ano sem o Sérgio Magal

Da esquerda para a direita: Ricardo Tavares, Davisson, Chico Maia, Miguel Reis, Paulinho Macarrão e Sérgio Magal; Vinícius, Lertinho, Troco, Gutinho, Lôla e o mascote, Lucas do Magal.

Foi ontem, mas sempre é tempo de lembrar e homenagear a grandes personagens que marcam as nossas vidas e de toda uma comunidade. Lertinho Fraga enviou mensagem lembrando que em 21 de dezembro de 2020, perdemos o Sérgio Lanza, o “Magal”, uma das pessoas mais queridas de Sete Lagoas.

Dentre tantas as iniciativas dele para agitar a cidade e reunir os amigos, esta foto mostra o nosso time que disputava o campeonato de futebol do Clube Náutico, competição famosa local. Sempre no embalo do ótimo humor e zoação do  Magal, o nome foi inspirado no Estrela Vermelha, da então Yugoslávia, que tinha acabado de ganhar a Champions League sobre o Olympique de Marseille, em 1991, e o Mundial de Clubes, 3 a 0 no Colo-Colo do Chile: o Rodela Vermelha, formado por amigos em 1992, para grandes confraternizações após cada rodada, com a mesma alegria nas vitórias, empates e derrotas. Magal fundou e jogou e dirigia este time.

Em outubro de 2014, na inauguração da portaria do Condomínio Fortuna Park, em Fortuna de Minas, o ex-goleiro Raul Plasman, entre a Andrea, Tavinho, Henrique, Luciano Macaco, Magal e o vereador William Periquito.

Nossa dupla de atacantes de “peso”, literalmente, Lertinho e Magal.

Vale a pena conhecer mais sobre ele, nessa minha postagem de um ano atrás:

* “E lá se foi o nosso Sérgio Magal, o assinante número 1 do SETE DIAS

Magal, Tubé, Rogério Cachorrão e Davisson.

https://blog.chicomaia.com.br/2020/12/21/e-la-se-foi-o-nosso-sergio-magal-o-assinante-numero-1-do-sete-dias/


América será, possivelmente, o primeiro clube brasileiro da Série A, a se tornar empresa. Mas todo cuidado é pouco para se encontrar o parceiro certo

Datas divulgadas pela Conmebol dos jogos do América contra o Guarani do Paraguai pela Libertadores 2022

O processo está em franco andamento, num trabalho de organização interna e prospecção de possíveis parceiros, que vem de mais de dois anos. Sem falar nos quase 20 anos que esta e as diretorias anteriores vem trabalhando para reestruturar o clube, fora e dentro de campo. O patrimônio físico está entre os maiores e melhores do Brasil: um estádio usado pela FIFA na Copa do Mundo de 2014, quase no centro de Belo Horizonte; um centro de treinamentos para o profissional e outro para as categorias de base, excelentes. Um Shopping Center, dos melhores da cidade, onde está a sua sede administrativa e onde o Cruzeiro era inquilino num dos muitos andares de propriedade do Coelho. Uma belíssima história no futebol mineiro e nacional. Seguramente um dos clubes mais transparentes entre todos do país, se não for o mais transparente.

Está com a faca e o queijo nas mãos para negociar em ótimas condições com qualquer pretendente de qualquer parte do mundo. Como não está de pires na mão, nem pedindo “pelamordedeus” para surgir um “Skeik árabe” ou um bilionário russo, pode continuar tocando a sua vida, principalmente com o dinheirão que está entrando em função da permanência na Série A, participação na Libertadores e possivelmente também na Sul-americana.

Ao contrário do que a maioria dos torcedores e dirigentes de clubes brasileiros pensam, se tornar “empresa” não é garantia de sucesso. Se não houver uma boa gestão o clube simplesmente pode deixar de existir, já que a legislação traz benefícios, mas regras duras, além de fiscalização de verdade de órgãos federais.

Há muitos exemplos mundo afora de clubes que se deram mal ou que estão passando apertos inimagináveis, como o Bordeaux, da França, como mostra esta reportagem de ontem, da revista eletrônica Trivela:

* “Bordeaux está sob risco de falência após proprietário norte-americano abandonar clube à própria sorte – Fundo de investimentos King Street não vai mais financiar o clube e o colocou sob proteção do Tribunal do Comércio”

 

Em foto do site do clube, a torcida do Bordeaux, um dos maiores clubes da França – www.girondins.com/fr

Seis vezes campeão da Ligue 1 e um dos clubes mais tradicionais da França, o Bordeaux vive uma temporada terrível de futebol pouco inspirado, vestiário rachado, resultados ruins e risco real de rebaixamento para a Ligue 2. Como se o desastre esportivo não fosse suficiente, o clube agora vive um pesadelo administrativo após, nesta quinta-feira (22), o seu proprietário, o fundo de investimentos norte-americano King Street, anunciar que estava abandonando a instituição à própria sorte. Em um comunicado publicado no site oficial do clube, o fundo afirma não desejar mais dar suporte e financiar os compromissos atuais e futuros do Bordeaux. Com a ação, entrega o controle do clube ao Tribunal de Comércio de Bordeaux, que terá que negociar as dívidas com os credores e encontrar um novo comprador de forma a evitar a falência da instituição. No pior cenário possível, estamos falando de um recomeço nas divisões amadoras do futebol francês.

Uma situação tão catastrófica como a atual não se explica de forma simples e tem raízes que vão além dos donos atuais. Em 1999, inspirado na empreitada do Canal+ no PSG, o grupo de TV francês M6 decide se aventurar no futebol e adquire o Bordeaux. Apesar de historicamente honrar com seus compromissos no clube, o grupo estabelece, a partir da conquista da Ligue 1 de 2008/09, uma operação irresponsável, vivendo acima dos seus meios e pagando salários incompatíveis a jogadores que não traziam o retorno em campo. Para piorar, a partir de 2015, a mudança do tradicional Estádio Chaban-Delmas, no centro da cidade, para o Matmut Atlantique, construído para a Eurocopa 2016 nas bordas da cidade, passa a representar não apenas o distanciamento de seus torcedores como também gastos suplementares, na casa de € 4 milhões por ano. (mais…)


A justa unanimidade para Cuca, Arana e Hulk na eleição do Troféu Guará 2021

A coordenação e os escrutinadores da eleição do Troféu Guará, ontem, na sede da Rádio Itatiaia

Toda eleição gera discussões, mas no caso destes três, não vi ninguém discordando dos 29 eleitores do Troféu Guara, que ontem tiveram seus votos abertos e computados para a edição 58 da mais importante premiação anual do futebol mineiro, promovida pela Rádio Itatiaia. Nosso jornal Sete Dias tem a honra de ser eleitor e lá continuam me dando o privilégio de palpitar para a definição do voto da equipe. O único em quem votamos e não foi eleito foi o Keno. Nacho ficou com a vaga dele, pelo que jogou nos primeiros seis meses do ano. Merecido também.

No mais, confira a lista dos vencedores no portal da Itatiaia:

* “Seleção Guará foi eleita com base na votação de 29 veículos da imprensa mineira”

Os melhores do futebol mineiro na temporada 2021 foram conhecidos na noite desta segunda-feira na apuração da 58ª edição do Troféu Guará BMG que foi realizada na sede da Itatiaia. Campeão Mineiro, Brasileiro e da Copa do Brasil, o Atlético é o destaque com a maioria dos eleitos na Seleção Guará.

O técnico Cuca, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o zagueiro Junior Alonso e o atacante Hulk (Seleção Guará e Craque do Ano) foram eleitos por unanimidade. O camisa 7 do Galo também receberá o Troféu Guará BMG por ter sido artilheiro da temporada em Minas – e também do Brasil – com 36 gols.

Ao garantir a permanência na Série A do Brasileiro por pontos corridos pela primeira vez em sua história e ainda assegurar uma vaga na Copa Libertadores de 2022, o América também emplacou jogadores na Seleção Guará. O zagueiro Eduardo Bauermann e o atacante Ademir estão presentes entre os 11 melhores. Além disso, o Coelho teve Marcus Salum escolhido o Dirigente do Ano.

O Guará Especial será concedido ao Cruzeiro pelo centenário do clube completado em 2021. A revelação é o meio-campista Matías Zaracho, também do Galo. O melhor árbitro ficou para Felipe Fernandes Lima.

A eleição para as definições da Seleção Guará, dos prêmios por títulos conquistados e das outras premiações foi concluída após a soma dos votos de 29 veículos de comunicação de Minas Gerais, entre emissoras de rádio e televisão, jornais impressos, revistas e portais de internet. Cada órgão de imprensa teve direito a um voto, assim com a Itatiaia, que organiza a premiação.

Criado em 1962 pela Rádio Itatiaia, o Troféu Guará BMG é reconhecido pelo público como o mais importante e tradicional prêmio do futebol mineiro, exaltando os destaques da temporada em sua posição. O nome Guará é uma homenagem ao ex-jogador Guaracy Januzzi, que defendeu o Atlético nas décadas de 1930 e 1940. 

Confira a Seleção Guará 2021:

Goleiro: Everson (Atlético)
Lateral-direito: Mariano (Atlético)
Zagueiros: Junior Alonso (Atlético) e Eduardo Bauermann (América)
Lateral-esquerdo: Guilherme Arana (Atlético)
Meio-campistas: Allan (Atlético), Jair (Atlético), Zaracho (Atlético) e Nacho Fernández (Atlético)
Atacantes: Ademir (América) e Hulk (Atlético)
Técnico: Cuca (Atlético)

Outros prêmios

Guará Especial: Cruzeiro (centenário do clube completado em 2021)
Artilheiro: Hulk (Atlético) – 36 gols
Revelação: Zaracho (Atlético)
Craque do ano: Hulk (Atlético)
Dirigente do ano: Marcus Salum (América)
Árbitro do ano: Felipe Fernandes de Lima

Premiação por títulos conquistados

Atlético – campeão Mineiro feminino e masculino, Brasileiro e da Copa do Brasil
América – campeão Mineiro sub-20
Minas Tênis Clube – campeão da Superliga Feminina de Vôlei
Sada Cruzeiro – campeão Mundial de Clubes (vôlei)
Villa Nova – Campeão Mineiro do Módulo II

https://www.itatiaia.com.br/noticia/trofeu-guara-bmg-confira-a-lista-dos-melhores-do-futebol-em-minas-na-temporada-2021


O efeito Ronaldo e o resultado fenomenal em Conceição: Cruzeiro 15 x 9 Atlético, na Band Arena

Em pé: Igor Broocks, Edmar, Dudu, Thadeu Miranda, Renilsinho, Levi, Yuri, Renan, Léo Ribeiro, João Lages, Sherman, Pico, William.  Agachados: Tiãozinho, Douglinhas, Pedrinho, Marques, Arthur Magalhães, Kid, Tico, João Marcus, Pablo, Felp, Gustavo B.A e Carlos Miguel.

***

Fui surpreendido com a notícia do Dr. Renilson Guimarães (Pico) de que o Cruzeiro tacou 15 a 9 no Atlético no “Rapogalo”, tradicional pelada de fim de ano entre atleticanos e cruzeirenses na nossa Conceição do Mato Dentro.

Já seria o “efeito” Ronaldo? Pensei. Sim, porque até a parada do ano passado, por causa da pandemia Covid-19, o ranking mostrava que das 23 edições, disputadas na AABB, foram 12 vitórias alvinegras, oito empates e três vitórias estreladas.

Liguei pro Beto Caci, um dos organizadores do famoso evento regional, mas o telefone só dava “fora de área”. Fui socorrido pelo Sessé Mascarenhas, insuspeito, que esclareceu: “Pode até ter sido, realmente, o ‘efeito’ Ronaldo, porém, trata-se de um Rapogalo genérico, criado este ano, pelos amigos Thadeu e Sherman, e na Band Arena, a quadra do Pico, que, aliás, hoje é o melhor espaço de futebol e confraternização de Conceição. De toda forma, foi um grande encontro entre amigos alvinegros e celestes, mas o Rapogalo original será daqui uns dias na AABB”.

No primeiro Rapogalo do Thadeu e do Sherman, placar 15 x 9 para a Raposa.

 

O Thadeu (esq.) é amigo do Alberto Rodrigues, da Itatiaia, em quem se inspira para fazer também as suas narrações esportivas, e o sempre no camarote da rádio no Mineirão.

Para quem quiser conhecer melhor ou relembrar encontros como este, do tradicional Rapogalo de Conceição, que já teve até árbitro famoso da FMF apitando, aqui estão duas postagens antigas aqui no blog, de 2018 e 2011:

E deu Galo, de novo, no Rapogalo de fim de ano em Conceição

Da esquerda para a direita, Glauciney, Túlio, Sérgio, Paulo, Bolão, Márcio, Digão, Samuel, Lobão, Geraldo, Juninho, Tadeu, Jobert e Gustavo; agachados: Remilson, Estácio, Jordane, Milton, Otávio, Wellington, Rafael, Jorge, Bruno, Walace, Beto, Warley, Pedro, Edward, Gustavo, Rodrigo, Dudu, Diego, Miguel. (mais…)


Réver e o provocador; “chá com torradas” e a forma de cada um reagir a provocações

O ideal é que a troca de sopapos não tivesse ocorrido. Que o zagueiro do Galo tivesse desprezado o provocador ou que tivessem ficado apenas no bate-boca. Mas, o pau cantou e o assunto foi pra mídia nacional. De longe, sem saber do que realmente aconteceu, não dá para fazer nenhum tipo de julgamento. Pelo que tem sido dito sobre as circunstâncias do momento da confusão, um dos brigões, ou mais provavelmente ambos, estavam em ritmo de férias, “relax”, com uns “chás com torradas” na cabeça. Um retornando de férias, o outro indo. Entre uma espera de embarque e desembarque no aeroporto, um chope daqui, uma cerveja dali e etecetera, a gente perde o perfeito juízo. Aí, já viu, né?

Já passei por isso e ainda passo. Nunca reagi com violência, mas até que já deu vontade. Sempre desprezo ou levo também na brincadeira, se o provocador não passa dos limites, com ou sem “chás” na cabeça.

Diante do exposto, não condeno ninguém. Cada um age de uma forma, dependendo das circunstâncias.

Seguem as opiniões de dois dos comentaristas que mais admiro e a quem sou grato aqui do blog. Um de cada preferência clubística. O atleticano Raws Miranda e o cruzeirense Luiz Ibirité.

O Raws escreveu primeiro e o Luiz respondeu:

* “No episódio do aeroporto, cada um enxerga o caso por um prisma diferente.
Atleticanos e cruzeirenses criticando a atitude de Rever, mesmo sem conhecimento de causa.
Cruzeirenses exportando para o resto do país, um “crime” que parece não ter havido.
Que rivalidade doentia! Que hipocrisia do c…
Qual torcedor de qualquer time não massacraria qualquer jogador que caísse em uma pegadinha?
Rever é macaco velho e não aceitou.
Não sabemos a forma que ele discordou. Só que o cara é um exemplo de pessoa. Como jogador e zagueiro, nunca mostrou deslealdade. Aí vêm um sujeito pedindo a foto com o filho, premeditando uma gozação e usando seu filho para isso. Que merda é essa que esse babaca fez?
Expôs o filho dele e a família de Rever a um constrangimento absurdo. Deu munição para um bando de imbecis, advogados, promotores, juízes e fofoqueiros de plantão, sem o menor embasamento, se fazerem notar através das mídias. Estou muito perto de abandonar as “redes”. Tem uma maravilhosa música católica que me remete a isso, “tão sublime sacramento, deu ao novo seu lugar”. Nada a ver com a religiosidade da música, porém o “novo” hoje é podre.”

Raws Miranda

 

A réplica do Luiz Ibirité:

* “Fala Raws, o Rever tb já aprontou, após a cb 2014 ele participa de um vídeo zuando o torcedor do Cruzeiro com copo na mao dizendo chupa Maria, nao estou aqui a defender a atitude do pai so menino (ao q me parece foi premeditado mesmo) mas ele ja zuou tb, abraços
https://youtube.com/shorts/zqWuobBI5uI?feature=share
Se foi armado ele caiu.”

Luiz Ibirité


Que Ronaldo seja no Cruzeiro um dono diferente do que tem sido no Valadollid

É compreensível a euforia da maioria dos cruzeirenses com o anúncio de que o Ronaldo Fenômeno adquiriu o controle da SAF Cruzeiro. Um dos maiores jogadores da história do futebol, que foi revelado para o mundo a partir da Toca da Raposa. Mas, ontem à noite, “cardeais” celestes, diziam durante a votação do Conselho Deliberativo, que era forte da possibilidade do Cruzeiro ser adquirido pelo mesmo grupo investidor que comprou o Liverpool, em 2010, e o colocou novamente na prateleira de cima  do futebol europeu.

Com todo o respeito ao poderio financeiro do Ronaldo, que segundo consta tem patrimônio na casa de R$ 1 bilhão, é grande a diferença entre um ex-jogador de futebol e um investidor de peso mundial, caso do norte-americano John William Henry, do Fenway Sports Group – FSG -, que além do Liverpool é dono também do jornal The Boston Globe e co-proprietário da escuderia  RFK Racing. Em novembro a revista Forbes estimou o patrimônio líquido dele em 3,6 bilhões de dólares.

Se fora de campo Ronaldo for apenas um pouco do que foi como jogador, o Cruzeiro vai ganhar muito, mas ele ainda não demonstrou isso à frente do Valadollid, da Espanha, clube que adquiriu em 2018, rebaixado sob seu comando no campeonato espanhol.

Ele, inclusive, tem sido alvo de protestos da torcida, pela forma como está administrando o tradicional clube.

O portal da ESPN mostrou como tem sido a gestão de Ronaldo na Espanha:

“O Cruzeiro não será a primeira aventura de Ronaldo Fenômeno como acionista de um clube.” Desde setembro de 2018, ele é um dos donos do modesto Real Valladolid.

Neste período, o time passou a ganhar mais holofotes da mídia e viveu altos e baixos na elite no futebol espanhol.

No primeiro ano sob o comando de Ronaldo, o Valladolid sofreu até o fim, mas conseguiu se manter na elite de LaLiga. A equipe terminou na 16ª posição, com 41 pontos, apenas quatro acima do Girona (18º), que foi o primeiro rebaixado.

Após a equipe escapar da segunda divisão, o brasileiro recompensou seus jogadores. Ronaldo foi generoso com o elenco e distribuiu iPhones e passagens aéreas para os atletas, como prêmio por conquistarem os três pontos.

Na temporada seguinte, porém, o time não conseguiu evitar a queda. Muito criticado pela torcida, o presidente optou por manter o técnico Sergio González, que estava no cargo antes da chegada do Fenômeno, até ser decretado o rebaixamento. No fim do campeonato, ele demitiu o treinador e o diretor esportivo Miguel Ángel Gómez. (mais…)


Caminho para se tornar clube/empresa, e dar certo, é longo e espinhoso. Hoje, conselheiros do Cruzeiro terão de dar passo importante

Imagem: Montagem Andrei Morais/Envato/Shutterstock/XP/Cruzeiro/www.seudinheiro.com/2021/empresas/xp-cruzeiro-ultimato/

A pressão é enorme para que os conselheiros aprovem que os futuros investidores tenham maioria absoluta das ações e consequentemente o controle da instituição. A imprensa esportiva, que pouco ou nada entende de assuntos econômicos, apenas repete o que lhes passam os dirigentes diretamente interessados em seus respectivos lados. Jornalistas especializados em economia é que deveriam ser escalados para cobrir esta pauta, fundamental para um tema tão caro a todos os brasileiros, que é o futebol. Me incluo entre os que não entendem nada deste assunto e por isso recorro permanentemente a amigos advogados tributaristas, contadores, doutores em economia e etecetera e tal para me informar e repassar/dialogar com leitores e amigos.

Um desses conhecedores me indicou o Relatório Reservado, tradicional boletim informativo (criado em 1966) dirigido às comunidades econômicas, empresariais e políticas, que recebem informações em primeira mão, para muitas tomadas de decisões. Sobre a SAF Cruzeiro, a informação que li hoje no RR foi essa:

O tal ultimato do executivo da XP foi detalhado por vários jornais e portais especializados, como aqui, no www.seudinheiro.com:

XP lança ultimato ao Cruzeiro e ameaça afundar ainda mais a Raposa”

Instituição financeira encabeça o processo de encontrar investidor para o clube mineiro e pressiona por mudança no estatuto para cessão de controle

Ricardo Gozzi

O Cruzeiro, um dos clubes mais vitoriosos e tradicionais do futebol brasileiro, vive dias decisivos.

Ao contrário das decisões em campo de um passado nem tão distante assim, entretanto, o futuro próximo do Cruzeiro está prestes a ser definido nos bastidores.

O Conselho Deliberativo do clube vai se manifestar nos próximos dias sobre a proposta de alteração de estatuto que o transformaria em um Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

s conselheiros relutam, porém, em ceder o controle acionário do clube a um investidor externo.

XP ameaça deixar o processo

No que depender da XP Investimentos, o Cruzeiro tem até sexta-feira para aceitar ceder o controle do clube a um investidor.

Caso contrário, a instituição financeira vai se retirar da coordenação do processo.

O alerta foi feito hoje por Pedro Mesquita, sócio da XP e head do banco de investimentos, em uma série de mensagens divulgadas pelo Twitter.

Pedro Mesquita

@pedromesquitaxp

Bom dia! Eu gostaria de esclarecer um ponto. Nos últimos meses tivemos intereções com inúmeros investidores. Posso afirmar que, todo investidor sério e de credibilidade, só vai investidor no futebol brasileiro se tiver o controle da SAF e de preferência com percentuais altos.

8:08 AM · 14 de dez de 2021·Twitter for iPhone

Pedro Mesquita

Caso o Cruzeiro não aprove a venda do seu controle na próxima sexta, nós da XP deixaremos o comando do processo pois será inviável realizar um transação que seja interessante para o futuro do clube.

8:11 AM · 14 de dez de 2021·Twitter for iPhone

O que prevê o estatuto

O estatuto do Cruzeiro já prevê a participação de sócios externos. Entretanto, a área social do clube é obrigada a manter participação de pelo menos 51%.

Diante disso, o Conselho Deliberativo foi chamado a votar uma proposta de alteração do estatuto que autorizará a venda de até 90% das ações do clube a um investidor externo.

O que é a SAF

O acrônimo refere-se à Sociedade Anônima de Futebol.

A lei que institui o mecanismo passou no Congresso em julho e foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro dias antes da contratação da XP pelo Cruzeiro para a condução do processo de busca por um investidor.

https://www.seudinheiro.com/2021/empresas/xp-cruzeiro-ultimato/

Para quem não conhece o “Relatório Reservado”, vale conhecer:

O início, em 1966”

A primeira edição do Relatório Reservado foi impressa em 16 de fevereiro de 1966, marcando o surgimento da primeira e única newsletter especializada em economia do mercado brasileiro. Seu “número zero” foi uma carta da indústria nacional contra o perigo das importações, o que já apontava para a posição editorial de defesa do nacional-desenvolvimentismo no Brasil. . .

https://relatorioreservado.com.br/noticias/


Racismo, violência e outras covardias cometidas contra torcedores do Atlético em Curitiba

O racismo existe em todo o Brasil e quase no mundo todo, mas o nosso maior problema é a impunidade. Para não ficarmos reclamando só dos racistas do Paraná e Sul do Brasil, aqueles atleticanos covardes (do Galo), criminosos, que agrediram verbalmente um segurança do Mineirão em 2019, ficaram impunes. E ainda ajuizaram ação contra o Atlético. Reportagem do Superesportes do dia 10 de novembro de 2020 mostra isso: “Um ano após injúria racial contra segurança do Mineirão, agressores seguem impunes e pedem indenização ao Atlético – Adrierre Siqueira da Silva e Natan Siqueira da Silva ofenderam trabalhador do estádio após clássico pelo Brasileiro do ano passado . . . Curiosamente, os irmãos apresentaram uma reconvenção (espécie de contra-ataque jurídico) no processo, alegando que o Atlético “foi o único responsável pelo resultado da confusão no estádio” e acusando o clube de lhes imputar “fato criminoso antes mesmo de sentença condenatória transitada em julgado”. Com base nisso, pedem que o Alvinegro seja condenado a lhes pagar dez salários mínimos, a título de indenização por “dano moral”.

https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2020/11/10/noticia_atletico_mg,3870524/impunes-autores-de-injuria-racial-querem-indenizacao-do-atletico.shtml

Uma praga em todo país

No Paraná e Sul do Brasil em geral há registros demais de racismo, certamente mais que por aqui. Porém, a impunidade é a mesma. Nesta final da Copa do Brasil em Curitiba a torcida do Atlético foi vítima dentro e fora da Arena da Baixada, antes, durante e depois do jogo. Fotos e vídeos estão rodando na imprensa e nas redes sociais. Os racistas podem ser facilmente identificados, mas é preciso interesse das autoridades esportivas, policiais e judiciárias. Na certa, mais impunidade à vista.

Além de racismo houve muita violência, mas nisso aí, sobrou até para um dos maiores apoiadores comerciais do Athlético/PR, o dono de uma poderosa rede de lojas, como mostra esta reportagem do jornal O Tempo: “Luciano Hang, dono da Havan, leva ‘copada’ de torcedor do Athletico; veja vídeo:

O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, patrocinadora do Athletico-PR, esteve presente na Arena da Baixada nessa quarta-feira (15) para acompanhar a final da Copa do Brasil, perdida para o Galo. Amado por alguns, ele também não é muito bem visto por outros. Em um dado momento, dentro do estádio, enquanto acenava para torcedores, ele recebeu uma “copada” de uma líquido que teria sido cerveja. Veja:

https://www.otempo.com.br/superfc/atletico/luciano-hang-dono-da-havan-leva-copada-de-torcedor-do-athletico-veja-video-1.2585028

Uma praga em todos os clubes

Um torcedor do Galo nos enviou relato de fatos lamentáveis ocorridos em Curitiba, pedindo que ajudemos a divulgar: “Ontem só foi mostrada na TV a festa da torcida do Atlético/PR, mas não mostraram as cenas de barbaridades que fizeram lá dentro e fora do estádio com a torcida do Galo!Cenas de violência e Racismo explícito! Foram lá pra jogar copo de mijo nos jogadores do Galo. Foram cenas terríveis! Nos ajude a divulgar! Vc é um cara que tem muita visão e muita gente verá quem é a torcida do Atlético/PR. Foram lá pra quebrar ônibus do Galo. Em BH foram recebidos com tapete vermelho. Foram lá pra dar tiro em ônibus da torcida do Galo. Foram lá pra fazer gestos racistas contra torcedores do Galo. Essa torcida é um LIXO não temos que falar nada! Pelo contrário mostrar a merda que são.”

Claro que não se pode generalizar. A maioria absoluta da torcida do paranaense é composta por gente do bem. Infelizmente há marginais lá, explícitos, assim como há em quase toda torcida de futebol e sociedade brasileira. De todas as idades e sexos, incentivados pela omissão das autoridades e principalmente impunidade, que parece ser eterna.

Outra covardia

Mais de 200 que viajaram de ônibus e automóveis até Curitiba foram barrados nos portões da Arena da Baixada, mesmo com ingressos na mão. Percorreram os 1.000 Km de Belo Horizonte até lá, quase 20 horas, no caso dos carros, e foram impedidos de entrar no estádio.


Maior placar agregado em finais de Copa do Brasil: bicampeão na bola e na raça; Atlético 6 x 1 Paranaense

O Galo não entrou na arapuca do paranaense, que se fingiu de defunto na esperança de faturar o coveiro

Foto: @AthleticoPR

Ainda em Belo Horizonte, na coletiva pós 4 a 0, o técnico Alberto Valentin, numa mansidão danada, praticamente jogou a toalha, dizendo que na volta seu time faria um jogo digno, tentando vencer, mas sabendo que a vaca já tinha ido para o brejo.

Na prática a situação foi completamente diferente em Curitiba. Os primeiros torcedores do Galo que chegaram lá, na segunda-feira, sofreram intimidações. Os ônibus da Galoucura que chegavam lá, hoje à tarde, tomaram até tiros. Felizmente, não morreu ninguém e ninguém ficou gravemente ferido, mas também ninguém foi preso, já que a Polícia Militar paranaense não tomou conhecimento, nem atendeu aos apelos de cobertura aos mineiros naquelas bandas. Pior: o ônibus com a delegação do Atlético, na ida para o estádio, foi apedrejado e não apareceu um policial sequer para cumprir com a obrigação de cuidar da segurança do visitante.

A bola rolou e o espírito dos jogadores do paranaense era o mesmo dos torcedores e agressores anônimos: queriam ganhar na marra. O substituto do Nikão, Renato Kayzer, parecia um cão danado, dando pancada e querendo confusão com meio time do Atlético. Tantas fez que sentiu uma antiga contusão e teve que sair aos 40 minutos.  Os primeiros 20 minutos foram de jogo tenso demais, pouca qualidade do futebol apresentado. Quando os ânimos se acalmaram, prevaleceu a melhor qualidade alvinegra, coletiva e individual. Bem ao estilo deste Galo, contra ataque em alta velocidade, tabela, bola de um lado para o outro e mais um belíssimo gol do Keno, aos 25 minutos.

O segundo tempo começou com o time local na base do tudo ou nada, feito um kamikaze, tomando sucessivos contra ataques, até que num desses, aos 30 minutos, Hulk liquidou a fatura, fazendo mais um gol de cavadinha, para o delírio da massa mundo afora. Muito merecido, justamente ele, o grande nome do Atlético e do futebol brasileiro em 2021, marcar o último gol da temporada.

Foto: Lucas Figueiredo / CBF