Blog do Chico Maia

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Diferenças de comportamento dos Ronaldos mais famosos do mundo. O Nazário e o Cristiano

Todos os dias, Procópio Cardozo publica ótimas fotos, normalmente, bem antigas, em seu twitter. Hoje postou essa, do Ronaldo  “fenômeno”. @procopiocardozo: “Ronaldo. 1993.”

Retwitei e comentei lá:

@chicomaiablog: Lembro bem quando ele chegou, raquítico. Eu era repórter da Band. O Cruzeiro cuidou muito bem dele, em todos os aspectos e o deixou 100% preparado para se tornar o “fenômeno” que se tornou. Pena que ele nunca reconhece isso, devidamente, nas entrevistas que dá até hoje. Pelo contrário!

Me lembrei da postagem que fiz aqui semana passada sobre o documentário da Netflix sobre o outro Ronaldo famoso, o Cristiano, que acaba que mostrar em atitude, que é o craque também fora de campo, mostrado pelo documentário. Estava tudo certo para que ele fosse para o Manchester City, o que seria uma punhalada no coração dos torcedores do United, clube que investiu nele, buscando-o no Sporting de Lisboa, 12 anos atrás. Negócio praticamente fechado, cifras milionárias e muitos telefonemas de ex-colegas dele do Manchester United, que o alertaram: “… o lugar que você construiu na história dos Red Devils será danificado para sempre, caso aceite vestir a camisa do maior rival…”. Ligou para o Jorge Mendes, seu procurador de sempre e tudo mudou. Acertou o seu retorno ao ninho, ganhando até menos.

Me lembrei também do comentário feito aqui no blog pelo Alisson Sol, sobre o documentário do CR7 e do comportamento extracampo do Ronaldo Nazário, completamente oposto. E ele pôs um link de postagem minha, aqui, no dia 15 de dezembro de 2015. Vale a pena ler de novo:

Troféu Óleo de Peroba do ano vai para Ronaldo, que continua “fenômeno”!

Vi esta charge do Duke, hoje, no Super Notícia, e me lembrei da última entrevista do ex-jogador. Um antigo ditado popular continua verdadeiro e certamente terá validade eterna: “Quem faz a fama deita na cama”. O ex-centroavante Ronaldo Nazário é um bom exemplo. Fenomenal como jogador, continua fenômeno fora de campo em marketing pessoal, bobagens ditas ao vento e hipocrisia. Um verdadeiro canastrão, cara de pau!

Nos tempos em que jogava nunca assumiu nenhuma posição a favor da categoria. Antes de parar já demonstrava a sua aptidão para os negócios e se tornou empresário de todas as atividades possíveis, desde que rendam muito dinheiro. Quando parou com a bola, uma das primeiras ações foi entrosar com cartolas e políticos influentes nos bastidores. Muitos, nada recomendáveis. Virou até membro do Comitê Organizador da Copa, abençoado por Ricardo Teixeira. Agora, dá porrada no padrinho e na turma que ele deixou em seu lugar no comando da CBF. Zé Maria Marin, preso; Del Nero, sob risco, acuado, doido para curtir uma mordomia em lugar paradisíaco no exterior, mas não pode pisar em nenhum aeroporto internacional.

Como diz desde criança lá em Rio Casca o sábio Murilo de Paula, o “Nhô”: “Com a onça morta, cachorro mija no couro”. Fenômeno de ingratidão. Aliás, gratidão nunca foi uma marca do Ronaldo, que foi bem lançado e muitíssimo bem tratado pelo Cruzeiro e nunca reconheceu isso publicamente. Pelo contrário; andou foi falando bobagens sobre os seus tempos na Toca e em Belo Horizonte.

E a imprensa, ávida por audiência, custe o que custar, abre todo espaço que ele quiser para jogar coisas no ventilador. A fama conquistada como grande jogador lhe dá esta abertura e espaços.

Dizia Leonel Brizola que “os menores seres humanos não são os anões; são os ingratos”.

Os cartolas padrinhos do Ronaldo estão sentindo isso na pele agora.

Ainda bem que atualmente temos memória eletrônica, para ajudar a melhorar a memória do brasileiro, que antes era acusado de ter “memória curta”. Vejam esta “Carta Aberta”, endereçada a ele, em 28 de maio de 2014, às 20h05, pelo jornalista paulista Luis Augusto Símon, o Menon:

Carta aberta a Ronaldo Nazário de Lima

“Ora, Ronaldo, você estava lá, no dia em que o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa. Estava com Paulo Coelho, com Lula, com Aécio Neves e Eduardo Campos.

https://blog.chicomaia.com.br/2015/12/15/trofeu-oleo-de-peroba-do-ano-vai-para-ronaldo-que-continua-fenomeno/


Pela nota da Anvisa, Conmebol, CBF e AFA tentaram “jeitinho” e se deram mal. Falta explicar agora situação de jogadores do Corinthians e Flamengo

Malu Gaspar, no portal O Globo, nota oficial da Anvisa e reportagem do Globoesporte.com de ontem, mostram que cartolagem achou que funcionaria o “jeitinho” brasileiro.  

O futebol sempre viveu num mundo paralelo no Brasil, onde as leis que servem para todas as instituições e cidadãos “comuns”, não o atinge. Nesta palhaçada de Brasil x Argentina, os fatos estão indicando que a cartolagem fez um acordão para os jogadores argentinos atuassem e os protocolos de saúde fossem solenemente atropelados. A nota que a Anvisa soltou  depois da confusão conta o passo a passo das artimanhas dos dirigentes. Uma reportagem do Globoesporte.com de ontem mostra que realmente a cartolagem da Conmebol, CBF e AFA, foram alertados e advertidos, que o pau ia cantar, caso os jogadores fossem para o Itaquerão.

Agora só falta a Avisa explicar porque os jogadores Willian, contratado pelo Corinthians, e Andreas Pereira, pelo Flamengo, vieram igualmente da Inglaterra, entraram no Brasil e não precisaram passar pelos mesmos protocolos.

Veja a nota da Anvisa e a reportagem do Globoesporte.com:

* “Desde a tarde deste sábado (4/9), a Anvisa, em reunião ocorrida com a participação de representantes da CONMEBOL, CBF e da delegação argentina recomendou a quarentena dos quatro jogadores argentinos, ante a confirmação de que os jogadores prestaram informações falsas e descumpriram, inequivocamente, a Portaria Interministerial nº 655, de 2021, a qual estabelece que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil.

Neste domingo, pela manhã, a Anvisa acionou a Polícia Federal a fim de que as providências no âmbito da autoridade policial fossem adotadas de imediato.

No exercício de sua missão legal, a Anvisa perseguiu, desde o primeiro momento, o cumprimento à legislação brasileira, que, nesse caso, se restringia à segregação dos quatro jogadores envolvidos e a adoção das medidas sanitárias correspondentes.

Desde o instante em que tomou conhecimento da situação irregular dos jogadores – no mesmo dia da chegada da delegação – a Anvisa comunicou o fato às autoridades brasileiras em saúde, por meio do CIEVS – o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde.

Por força dessa comunicação, ainda na tarde do sábado, ocorreu a reunião já referida envolvendo o Ministério da Saúde, secretaria estadual de saúde de São Paulo, representantes da CONMEBOL, CBF e da delegação argentina. Nessa reunião, a Anvisa, em conjunto com a autoridade de saúde local, determinou, no curso da reunião, a quarentena dos jogadores.

Cabe esclarecer que os jogadores entraram no Brasil às 8h do dia 3/9, prestando informações falsas. Neste mesmo dia, a Anvisa identificou que as informações eram falsas e ainda na noite do dia 3/9, a Anvisa notificou o CIEVS, atualizou as autoridades de Saúde (Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde de São Paulo).

No dia 4/9, às 17h, foi realizada a reunião com as instituições envolvidas, na qual a Anvisa e autoridade saúde de São Paulo informaram a contingência de quarentena. No entanto, mesmo depois da reunião e da comunicação das autoridades, os jogadores participaram de treinamento na noite do sábado.

Na manhã deste domingo, a Anvisa notificou a Polícia Federal, e até a hora do início do jogo envidou esforços, com apoio policial, para fazer cumprir a medida de quarentena imposta aos jogadores, sua segregação imediata e condução ao recinto aeroportuário. As tentativas foram frustradas, desde a saída da delegação do hotel, e mesmo em tempo considerável antes do início do jogo, quando a Anvisa teve sua atuação protelada já nas instalações da arena de Itaquera.

A ação da Anvisa, em síntese, se limitou a buscar o cumprimento das leis brasileiras, o que se limitaria à segregação dos jogadores e as suas respectivas autuações.

A decisão de interromper o jogo nunca esteve, nesse caso, na alçada de atuação da Agência. Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras e as normas sanitárias do país, e ainda que prestaram informações falsas às autoridades, essa assim, sim, exigiu a atuação da Agência de estado, a tempo e a modo. “

Twitter da Conmebol registrou o início do jogo e depois se calou sobre o “el clásico sudamericano!”

* Conmebol e CBF interferem para garantir quatro jogadores argentinos contra o Brasil

Presidente da Conmebol e dirigentes brasileiros se comunicam com Governo Federal para garantir realização da partida. Apesar de questionário preenchido incorretamente por jogadores da Argentina

Os quatro jogadores da Argentina ameaçados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de deportação vão para o jogo. A Conmebol e a CBF entraram em contato com Governo Federal para administrar a situação.

O protocolo de Covid-19 teve aceite de todos países que participam das competições da Conmebol – como Libertadores, Sul-Americana e, claro, Eliminatórias. Apesar da falha no preenchimento do questionário dos atletas – que não comunicaram passagem pela Inglaterra -, o caso foi contornado. O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, participou das negociações para garantir o jogo.

Em posicionamento oficial, a Anvisa reiterou que os quatro jogadores vão descumprir as normas sanitárias brasileiras se jogarem.

O goleiro Emiliano Martinez, os meia Emiliano Buendia e Giovani Lo Celso e o zagueiro Cristian Romero, que atuam na Inglaterra, vão para a partida e embarcaram no ônibus.

Apesar disso, os quatro jogadores argentinos vão separados da delegação para o aeroporto assim que acabar o jogo para deixarem o país. Pelo acordo da AFA com os times ingleses, eles já teriam que retornar para o Reino Unido depois do segundo jogo. Apesar disso, o técnico Lionel Scaloni disse que eles jogariam também a terceira partida.”

https://ge.globo.com/futebol/copa-do-mundo/eliminatorias-america-do-sul/noticia/conmebol-e-cbf-interferem-para-garantir-quatro-jogadores-argentinos-em-campo-contra-o-brasil.ghtml


Trapalhões entram em cena e cancelam o único jogo interessante das eliminatórias 2022

gauchazh.clicrbs.com.br

Inacreditável mais essa demonstração de incompetência, desorganização e interesses inconfessáveis da Conmebol e demais associações envolvidas nestas cenas de “pastelão” ou “Os Trapalhões”, que interromperam o maior clássico do nosso continente, no Itaquerão, em São Paulo.

Os jogadores sem vacina estão no Brasil há três dias e só quando a bola rolou apareceram as autoridades sanitárias e a Polícia Federal para barrá-los.  Na intensa discussão no twitter, ao apontarem dedos para possíveis culpados, eu disse lá o seguinte, ao Henrique André:

@chicomaiablog: Isso é Brasil, camaradas! Como diz Tom Jobim, “não é para principiantes…”. Além de sermos sul-americanos… Da gema!

E a Conmebol disse que a FIFA é quem vai decidir o que vai acontecer daqui em diante.

E a Stella Kleinrath, direto da Europa, foi quem deu a melhor dica dessa armação toda, ao citar reportagem do Diário Olé, da Argentina: @stellammk

Que zorra!


Parabéns Mineirão, 56 anos de emoção. Gratidão eterna!

Diário do Comércio/Tomaz Silva/Agência Brasil

Quais foram os seus três momentos mais marcantes, com você presente no Mineirão?  Os meus foram

. . . a conquista da Libertadores pelo Atlético em 2013 . . .

. . . os 7 x 1 da Alemanha sobre o Brasil em 2014 . . .

. . . e Cruzeiro 3 x 0 River Plate, uma reversão de placar que garantiu o título da Supercopa ao Cruzeiro.

É até covardia selecionar só três, porque são milhares grandes momentos.

Frequento este, dos maiores templos do futebol mundial desde os 11 anos de idade. Atlético 2 x 1 Ceará, foi meu primeiro jogo, inesquecível, fantástico, pelas mãos do meu irmão, Gilmar.

Num dos maiores públicos pagantes da história, na arquibancada, junto com o meu pai, Vicente, vi Palhinha surgindo como nova estrela do Cruzeiro, comandando o time que derrotou o Galo, que começava montar aquele timaço de Cerezo, Reinaldo e Cia. Foi 2 x 1 para o Cruzeiro, na final do Campeonato Mineiro.

Pouco tempo depois o Mineirão passou a ser um dos meus principais locais de trabalho. Me tornei repórter e lá estava, quase todas as quartas, quintas, sábados e domingos. Tudo era novidade, todo jogo, tudo era prazeroso, só de estar ali, naquele ambiente. O convívio com os grandes jogadores, treinadores e colegas de profissão era a melhor coisa do mundo. E eu ainda recebia salário para estar ali.

Viva o Mineirão! O “Gigante da Pampulha”

Estar no gramado, ao lado de gente das Rádios Guarani, Inconfidência, Jornal de Minas, Itatiaia, TVs Itacolomi, Bandeirantes, Globo, Alterosa, como Paulo Celso, Walter Luiz, Dirceu Pereira, Afonso Alberto, Alair Rodrigues, Luiz Carlos Alves, João Natal, Marrocos Filho, Ronan Ramos de Oliveira, Paulo Roberto Pinto Coelho, Roberto Abras… Nas cabines batendo papo, me contendo pra não pedir autógrafo a Fernando Sasso, Kafunga, José Lino Souza Barros, Carlos Valadares, Waldir Rodrigues, Jairo Anatólio Lima, Jota Júnior, Lucélio Gomes, Luiz Chaves, Vilibaldo Alves, Luiz Otávio Pena, Osvaldo Faria . . . PQP! era sensacional.

Meus primeiros chefes em Belo Horizonte eram grandes ídolos que eu tinha do rádio: Gil Costa e Flávio Anselmo. Privilégio e honra estar ali.

Era feliz e sabia que era. Estar no “Vaticano” do futebol com tanta gente fora de série era um prazer. Aos domingos, para as partidas das 16 ou 17 horas, chegava lá ao meio dia e só saía por volta das 21/22, depois das resenhas no ar,  e depois nos bares do próprio estádio. Era o mais novo de idade, entre todos. Aprendia com todos eles.

Começava a “jornada esportiva” da Rádio Capital e eu no “anel externo” descrevendo o movimento dos ambulantes, as raras ocorrências policiais e entrevistando os torcedores que chegavam. Faltando meia hora para a bola rolar, ia lá para dentro e aguardava o âncora da transmissão, normalmente o Waldir Rodrigues, me acionar:

__ E agora, direto do anel interno do Mineirão, o ‘força jovem’ Chico Maia…” e eu contava o que estava acontecendo na região dos bares, na divisa entre as torcidas nos clássicos, os arranca-rabos e eventuais “pescotapas” nos distraídos, principalmente do interior, que entravam pelo portão da torcida errada e caía da boca do leão adversário.

Agarrei a oportunidade que me foi dada, cobrindo inicialmente o América, três meses depois o Galo e eventualmente o Cruzeiro. Estava no paraíso. De lá até hoje, foram dez Copas do Mundo e seis Olimpíadas, presencialmente.

Tudo por causa deste fascínio que o Mineirão exercia e exerce até hoje. É a obra e o seu conjunto. Toda vez que passo em frente, me emociono e manifesto a minha gratidão. Quando entro, só falto ajoelhar.

Obrigado e parabéns Mineirão!

Antes da reconstrução, ainda nos tempos em que se permitia repórteres atrás dos gols, eu (direita), com os queridos Marcos Russo (esquerda), Almir Roberto e Roberto Abras, trabalhando no Mineirão.


Para se tornar empresas, clubes brasileiros de futebol querem manter privilégios fiscais

Ilustração: www.noangulo.com.br

Movimentam milhões e querem continuar pagando impostos mais baixos do que microempresas. Aí fica fácil, né? Reportagem de Felipe Andreatta no Uol, hoje:

* “Times de futebol querem virar empresa S.A., mas pagando pouco imposto”

Está nas mãos do Congresso decidir como será o modelo de negócio dos times brasileiros de futebol. Se derrubarem vetos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os parlamentares abrem caminho para que os clubes virem Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), com imposto baixo, menor do que o cobrado de algumas microempresas. Caso contrário, a grande maioria dos clubes continuará (pelo menos no papel) como associação sem fins lucrativos, que paga menos imposto ainda. A lei já foi aprovada na Câmara e no Senado, mas Bolsonaro vetou diversos pontos —dentre eles -, o regime tributário especial para as SAFs. Especialistas ouvidos pelo UOL afirmam que, sem essa vantagem, poucos times terão interesse em virar empresa O texto original do Congresso é considerado um dos melhores caminhos para a salvação de clubes endividados. Ele amplia as formas de captar investimentos e de organizar o pagamento de credores, sem cobrar impostos tão altos como o de uma sociedade anônima comum (S.A.). Defensores do projeto afirmam que ele moderniza a gestão dos clubes, dá mais transparência sobre os negócios e ainda aumenta a arrecadação com impostos. O governo alega que perderá arrecadação, mas não explica por quê.

Como funcionam os clubes hoje

A maioria dos times brasileiros existe como associação desportiva sem fins lucrativos. Não podem distribuir lucros aos sócios, mas têm vantagens tributárias:

Não pagam Imposto de Renda, CSLL nem Cofins

Pagam alíquotas menores de PIS e de contribuição previdenciária (INSS)

Se quiserem, os clubes podem se organizar como empresas, mas precisam pagar impostos como outra atividade qualquer. Em regra, isso significa que 34% dos lucros vão para o governo só com IRPJ e CSLL. Esse é apontado como o principal motivo para a baixa adesão ao modelo de clube-empresa no Brasil. Dos 20 times que disputam a série A do Brasileirão masculino, apenas Cuiabá e Red Bull Bragantino são empresas formalmente.

O que o Congresso aprovou

O texto aprovado no Congresso permite que o clube se transforme em SAF, ou crie uma SAF da qual seja sócio.

A SAF teria um regime tributário especial, que substitui IRPJ, CSLL, PIS, Cofins e INSS

Nos cinco primeiros anos da SAF: paga imposto de 5% sobre a receita bruta, excluída a venda de jogadores

A partir do sexto ano: paga 4% da receita bruta total, incluindo a venda de atletas As alíquotas são baixas. Microempresas com receita bruta de até R$ 360 mil por ano pagam entre 4% e 18% no Simples Nacional.

O texto aprovado traz outras medidas que interessam aos clubes: Dificulta a penhora ou o bloqueio de receitas do time… (mais…)


Neymar continua negando tudo. Agora, nega que esteja “fora do peso”. Gordo, nem pensar!

O primeiro da imprensa, dos poucos a jogar duro com a “forma de barril” dele foi o @MiltonNeves, nessa twitada, com essa foto, comparando-o com o Ronaldo, depois que o “fenômeno” tinha virado ex-jogador de verdade.

Jogue bem ou jogue mal, Tite não o tira do time nem que a “vaca tussa”! Com 29 anos de idade, está com visual mais chegado a astro decadente da música ou do cinema, compatível à vida que leva fora dos gramados.

Já negou tudo de que foi acusado.

Agora nega que esteja acima do peso, conforme mostra título de reportagem sobre ele na capa do jornal Meia Hora, do Rio (ao alto, lado direito).

E conta uma boa blindagem de grande parte da imprensa, dentro e fora de campo.

E viva a organização e seriedade do futebol brasileiro!


Vantagens e desvantagens da pausa no Brasileiro para o Atlético

Fotos: Pedro Souza/Atlético

Perguntado sobre isso, o técnico Cuca ficou no muro, citando exemplos do lado bom e do lado ruim da paralisação por causa das datas Fifa e os jogos da seleção pelas eliminatórias. E ele está certo. O Galo ganha tempo para recuperar jogadores fisicamente, treinar e não jogar tão desfalcado, já que tem atletas servindo a várias seleções do continente. Em compensação corre o risco de perder o embalo, que diminuiu de intensidade nas duas últimas rodadas, com os empates com Fluminense e Bragantino.

O jornalista/radialista Fernando Rocha escreveu sobre isso e outros assuntos envolvendo Atlético, Cruzeiro e seleção brasileira, na coluna Bola na Área, no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Nível baixo”

Depois de derrotar o Chile fora de casa, a Seleção da CBF encara neste domingo a Argentina de Messí, no Itaquerão, em São Paulo, buscando manter 100% de aproveitamento, e a liderança absoluta nessas Eliminatórias para a Copa do Qatar, em 2022.

A nossa superioridade, inclusive sobre a Argentina, que está 6 pontos atrás dos 21 somados em 7 jogos pela equipe comandada por Tite, nos credencia para conquistar o próximo Mundial?

Acho que não, pois também salta aos olhos como nossos adversários são ruins, pois se já tínhamos aqui no continente patropí um futebol de baixa qualidade técnica, com a pandemia piorou ainda mais.

Faltam cerca de 14 meses para o Mundial e contar apenas com o o talento individual de Neymar e mais alguns, não nos fará voltar a  ser protagonistas, diante do poderio das principais seleções europeias.

***

Muitos leitores cruzeirenses, que guardam boas lembranças dos grandes momentos do time celeste, em partidas até internacionais disputadas no Ipatingão, sobretudo no fim dos anos 90 e início da década passada, não escondem que gostariam de ver o  seu time do coração jogando novamente no “Gigante do Parque Ipanema”.

Acho pesou na escolha de Sete Lagoas,  além do fato de ser uma bela e acolhedora cidade, a sua proximidade da capital, apenas 74Km pela Br-040, rodovia duplicada e muito mais segura que os  200Km de sofrências, insegurança, que teria de enfrentar na BR-381 até o Vale do Aço.

Na época das vacas gordas, o Cruzeiro se deslocava até aqui em vôos fretados, chegava horas antes das partidas e regressava logo após, levando na bagagem além de vitórias, uma boa grana gerado pelo Ipatingão sempre lotado pela sua enorme torcida na região.

Hoje, sem torcida nos estádios devido à pandemia da Covid-19,o custo do fretamento de aeronaves superaria o aluguel até mesmo do Mineirão, o que inviabiliza a transferência de jogos para o Ipatingão. (mais…)


O Cruzeiro e seus problemas: dos R$ 330 milhões dos “donos” do Dedé aos R$ 36 mil da fornecedora de concreto. Grana recusada pelo PSG por Mbappé resolveria tudo

Foto: www.goal.com/br

Esta ação do grupo que detinha direitos econômicos sobre o zagueiro Dedé tem sido notícia no país inteiro. Em princípio, inacreditável. Porém, dependendo do que foi acordado no contrato entre as partes, a Justiça não tem outra alternativa que não seja mandar pagar, caso não haja acordo. Pelas últimas notícias, não houve este acordo e o prazo para pagamento está correndo, obviamente, com a pendenga judicial também rolando.

Aí é que está o perigo de um clube ter maus gestores ou gente desonesta nos seus quadros diretivos. Um contrato mal redigido pode acarretar em situações como essa. Também num exemplo desses é que podemos citar uma das vantagens de um clube/empresa, que tem um “dono” ou donos, com gestores profissionais, responsabilizados pelos seus atos, devidamente auditados e monitorados permanentemente.

A justiça também deu prazo de três dias para que o Cruzeiro pagar R$ 36 a uma fornecedora de concreto que entregou o material para obra na Toca da Raposa. Ou seja, de dívidas pequenas a gigantes, com atletas, funcionários e fornecedores é a vida do clube atualmente.

Que a transformação em clube empresa pode resolver o problema, sim, claro que sim. Quem tem milhões de torcedores/consumidores, mundo afora, como é o caso, é atrativo para grandes investidores nacionais e internacionais. O que significa 1 bilhão de reais para um grupo empresarial brasileiro, árabe, oriental ou europeu? Duzentos milhões de euros (R$1,2 bi)? É o que o Real Madri ofereceu pelo Mbappé, e foi recusado pelo PSG.

Grandes empresários cruzeirenses de Belo Horizonte estão tentando encontrar um investidor de peso em todos os continentes e possivelmente vão conseguir. Mas isso não pode demorar, já que à medida que o tempo passa, o time não volta à Série A e notícias ruins tomam conta do noticiário diário, desvalorizando a marca.


Eliminatórias fazem lembrar o Campeonato Mineiro: uma ou duas seleções sobram. Problema é quando chega a Copa do Mundo

Foto: www.cbf.com.br

No Campeonato Mineiro os times da capital deitam e rolam. Além da diferença financeira, quando aparece um time do interior incomodando, a arbitragem sempre “erra” contra ele. Atlético e Cruzeiro chegam disparados à frente; o América também, mas, excepcionalmente, como nos últimos anos. Aí vem o Brasileiro e o bicho pega. Na dúvida, árbitros apitam quase sempre a favor dos adversários de São Paulo e Rio.

Nestas eliminatórias para a Copa do Qatar 2022, o Brasil está disparado, com 100% de aproveitamento, 21 pontos em 21 disputados. Campanha impressionante, mas a bola jogada não condiz bem com estes números. A Argentina está em segundo, com 15 pontos e os mesmos sete jogos da seleção do Tite. Equador (12 pontos), Uruguai e Colômbia, com 9, brigam atualmente pelas duas vagas diretas restantes e a da repescagem.

Com a diferença técnica entre as seleções da Europa e as Sul-Americanas cada vez maior, quando chega a Copa, as do velho mundo nem precisam da força da arbitragem. Ganham dentro de campo, com um pé nas costas.

Sobre Chile 0 x 1 Brasil, ontem, em Santiago, gostei do que escreveu aqui no blog o Eduardo Silva: “. . . Falaram mal do menino Ney que tá com uma barriguinha de cadela prenha; que jogou pedra ontem . . .”

Claro que ele quis dizer cadela prenhe, né?

Realmente!


E lá se foi o Luiz Antônio “Totô”, goleiro que defendeu o Cruzeiro por oito anos

E continuava defendendo, mesmo depois de encerrar a carreira. Tornou-se cruzeirense e manteve as amizades que fez em Belo Horizonte. Residia em Taguaritinga/SP.

Bem cedo, nesta sexta-feira, recebo mensagem do Alex Elian com a péssima notícia que o Luiz Antônio sofreu um infarto no fim da noite de ontem e morreu na madrugada, aos 66 anos de idade.

Cruzeiro de 1980, da esquerda para a direita, Zezinho Figueroa, Nelinho, Bianque, Eugênio, Mariano e Luís Antônio; Eduardo “Rabo de Vaca”, Mauro Madureira, Roberto César, Alexandre e Joãozinho. Foto do livro De Palestra a Cruzeiro – Uma Trajetória de Glórias´, de Plínio Barreto e Luiz Otávio Trópia Barreto.

Semana passada o assisti batendo ótimo papo com o Afonso Alberto na “Hora da Raposa”. Além de grande goleiro, uma pessoa admirável, brincalhão, solidário e líder, dentro e fora de campo. Cobri o Cruzeiro, pela Rádio Capital, no início dos anos 1980. Chamava a atenção também por algumas manias peculiares, como exemplo, de nadar no córrego que margeava a Toca da Raposa, que era muito limpo na época. Acabava o treino, ela passava debaixo da cerca e ia dar as suas braçadas. O córrego fica ao fundo da foto do alto do post. Atualmente passa uma avenida sobre ele.

Em 1981, Luiz Antonio, Mariano, Flamarion , Marquinhos, Zezinho Figueroa, Berto e o roupeiro Escócio; massagista Barbosa, Junior Brasília, Eduardo, Paulo Luciano, Erivelton e Joãozinho.

Foto e mais detalhes do Luiz no Cruzeiro, no site: http://atleticoxcruzeiroraridades.blogspot.com/2014/04/luiz-antonio-um-grande-goleiro-em.html

Luiz Antônio jogou também no nosso Democrata de Sete Lagoas.

Uma das últimas entrevistas dele foi no dia primeiro de agosto, para o Milton Neves, excelente por sinal. Vale demais a pena ouvir. Ele fala da atual situação do Cruzeiro, dá um pau na “roubalheira” pela qual o clube passou e conta como o Felício Brandi o buscou no América de Rio Preto/SP, para ser o substituto do Raul, que iria para o Flamengo. Ele estava sendo negociado com o Atlético.

Entrevista ao Milton, no Domingo Esportivo da Rádio Bandeirantes:

https://www.youtube.com/watch?v=KE11ZV_rF8A

Que descanse em paz!