Também em março de 2012, em visita às obras do Independência: Eduardo Maluf, Thiago Reis (Seu Nome Seu Bairro), da Itatiaia, Cuca, Lásaro Cândido da Cunha, Rodolfo Gropen e o “locutor que vos fala”
Sobre a história da detenção na Suíça, me lembro bem. Foi numa época em que todos os grandes clubes brasileiros excursionavam pela Europa, no período de pré-temporada dos de lá. Disputavam torneios famosos, ganhavam cotas boas para aqueles anos. Coincidentemente o Atlético estava rodando por lá no mesmo período desta confusão com os quatro jogadores do Grêmio. Inclusive jogou em cidades da Suiça. A minha dúvida era se tinha sido realmente em 1987. Pensei que fosse 1982 ou 1984. Eu cobri esta viagem, pela Rádio Inconfidência, se foi realmente em 1987. Em 1984 eu era da Rádio Capital.
Liguei para um titular do Galo da época e ele também ficou na dúvida quanto ao ano, mas se recorda do fato, “como se fosse hoje”. Não existia internet, as informações demoravam a chegar, mas repercutiu demais na Europa. Em todo aeroporto em que chegávamos, estava na capa dos principais jornais, com maior ou menor destaque, mas foi grande a cobertura, pois no Velho Mundo o assunto já era tratado como crime grave. Era comum jovens visitarem os hotéis das delegações dos times brasileiros em busca de autógrafos, chaveiros, pins, flâmulas, enfim, material de divulgação que os próprios clubes levavam para distribuir, em ações do embrionário marketing que existia.
Ao ver a notícia sobre os quatro do Grêmio, estampada na capa de jornal fixado numa banca perto do hotel em Zurich, vários jogadores do Atlético se entreolharam e ficaram com cara de preocupados.
Por aqui, só de uns tempos para cá o tema passou a ser tratado com a seriedade que precisa. Naquela época éramos quase primitivos em termos de costumes e legislação cível e penal. Tanto que, na volta ao Brasil, quase um mês depois, pouco ou nada vi, li ou ouvi na imprensa. Tantos anos depois, continua situação constrangedora, delicada, mas a própria jovem não confirmou que o Cuca tivesse tocado nela.
O Atlético vai se pronunciar e o advogado Custódio Pereira Neto, mineiro radicado no Rio, da Cariogalo e Consulados do Galo pelo mundo, escreveu: @CustodioTodinho “O debate em torno do Cuca é sobre a mensagem e os valores que o Clube quer comunicar à sociedade ao contratá-lo. Sendo assunto público, não é a melhor solução ignorar ou deixar p/ o técnico. Se envolve a imagem do @Atletico, é preciso agir e resolver antes e não chegar sempre depois.”