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Tomara que o “efeito estreia” de treinador funcione para o América, hoje, 16 horas, no Independência contra o Juventude

Wagner Mancini viu a derrota para o Palmeiras na rodada passada e começou trabalhar, pra valer, ontem no Lanna Drumond. Além das limitações do elenco, ele não teve tempo nem de conhecer direito os jogadores. Mas, normalmente, quando chega um novo comandante o time se motiva, todo mundo quer mostrar serviço e dá um sangue a mais. Hoje, o América, com apenas um ponto ganho, precisa demais disso, pois precisa vencer pela primeira vez no campeonato, sob pena de entrar em desespero. O Juventude subiu junto com o Coelho e luta pelo mesmo objetivo, que é se manter na Série A. Já soma cinco pontos. Contra o Cuiabá, também em casa, o América decepcionou e ficou num lamentável 0 a 0. Ontem, o time matogrossense empatou com o São Paulo, 2 a 2, no Morumbi e chegou a três pontos, subindo para a 16a posição. Portanto, esta tarde, no Independência, é vencer ou vencer.


Otimismo americano com Wagner Mancini, respeito ao Lisca, e dura crítica ao tratamento que a imprensa mineira dá ao Coelho

Wagner Mancini, na apresentação no CT Lanna Drumond, pelo presidente Alencar da Silva Junior (direita), e pelo comandante do futebol, Marcus Salum

Obrigado ao Marcio Amorim, que tem aparecido pouco por aqui, mas quando aparece, chega sempre com ótimas reflexões. Neste texto, avalia a situação do América e critica duramente o tratamento que é dado ao Coelho pela imprensa mineira:

* “Caros Chico e amigos!”
Já fui mais presente no blog. Por vezes, lendo alguns comentários agressivos e/ou debochados, desisto por não fazer o meu estilo. Há tempos que preciso falar o que penso sobre uns assuntos que considero interessantes.
1 – sobre o Lisca – a dívida do América com ele é impagável. Colocou o time em um patamar jamais experimentado. Além de colocá-lo entre os times da Série A, despertou o respeito da imprensa nacional. Hoje, quando se fala sobre o América nacionalmente, já não é mais com o desprezo do passado.
O Lisca, embora pareça que reclama muito, teve seu trabalho incansável e competente desvalorizado por erros imperdoáveis de árbitros. Tiraram-lhe o título da Série B com erros escandalosos beneficiando o Cruzeiro e na última partida contra a Chapecoense. Não viu quem não quis ver. A imprensa nacional denunciou os fatos amplamente.
O Mineiro foi mais do mesmo. Dois erros, um em cada jogo, que os árbitros se recusaram (sim, recusaram) a conferir no VAR, embora tenham sido chamados a fazê-lo. O último foi patético. Devem ter falado com ele. A situação é esta: ao final de tantos jogos, o título está nas suas mãos. Dê para quem você preferir. Todos sabem o final.
Na Copa do Brasil, 2020, fez uma campanha brilhante. Perdeu para quem poderia perder e eliminou poderosos, aos olhos estupefatos, principalmente da imprensa local, que amargava eliminações ridículas dos seus preferidos.
Na Copa do Brasil, 2021, foi eliminado pela falta do VAR naquela fase. O gol do Criciúma, amplamente dominado em campo, foi de mão.
Discordo veementemente dos que passam sobre todas estas dificuldades para criticá-lo de maneira injusta.

2 – sobre o América – é injusto o que estão fazendo com o trabalho sério em campo. É muito fácil ou, talvez nem seja tão difícil, pelo menos, começar a Série A, jogando em casa com Fortaleza e Chapecoense, além do Sport no Recife.
O América vai completar o 5º domingo na Série A:
1º – contra o Athético PR (fora)
2º – contra o Corínthians
3º – contra o Flamengo (fora)
4º – contra o Palmeiras (fora)
5º – vem aí o Internacional
Parece tabela feita com o propósito de arrebentar de vez com qualquer possibilidade futura de permanecer na elite.
O América precisa contar com seus torcedores. Leio, aqui, alguns desesperados e com espírito de derrotados, coisa que achei que tudo que falei do Lisca já era coisa do passado.
Há que se contratar certo. Mais uns três pelo menos, mas que seja contratação para titulares.
Há que se dispensar uma leva de seis ou sete, oriundos de contratações equivocadas. Mais uma vez, prefiro declinar-me de citar nomes, para não tumultuar em momento tão delicado.
Há que se ter confiança no trabalho da diretoria e da comissão técnica, seja qual for. Continuemos com o nosso espírito que sempre foi verde de esperança. Não vejo, e nem a imprensa nacional vê, motivo para desespero com cinco rodadas. A opinião da imprensa “mineira” não me interessa. Grande Abraço…

Marcio Amorim


Ecos do passado: São Petesburgo, três anos atrás. Quando o mundo era feliz!

O coronavirus virou o mundo de cabeça para baixo. Só no Brasil, passamos de meio milhão de mortes. A inexistência dessa maldita doença permitia que a humanidade fosse mais feliz do que nos dias de hoje. Mas, genocídio à parte e qualquer vacina no braço, vamos sair dessa. Espero que falte pouco. Lembremos então um momento de grande felicidade, registrado por essa foto.

Na tribuna de imprensa, estou em pé, à direita (colete e camisa verdes), na segunda bancada de cima para baixo. À minha direita, Cosme Rímoli, um dos blogueiros de maior credibilidade e de maior acesso da imprensa nacional. Na mesma fileira, o segundo da esquerda para a direita, o Paulo Galvão, do Estado de Minas, um dos grandes jornalistas da cobertura esportiva do país. Ele foi quem lembrou que, exatamente no dia 22 de junho de 2018, estávamos juntos em mais uma Copa do Mundo. Mais precisamente no belíssimo Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, cobrindo Brasil 2 x 0 Costa Rica, segunda partida da seleção brasileira na Copa da Rússia, diante de 64.468 pessoas, casa quase cheia, já que a capacidade do estádio é para 69 mil.

Na fileira de baixo, à esquerda, a caríssima Soraya Belusi e o caríssimo Thiago Nogueira, do jornal O Tempo. À direita, abaixo de mim, o Thales Machado, mineiro de Três Corações, brilhante editor de esportes d’O Globo, de blusão escuro. Mais embaixo, na extrema direita, Jaeci Carvalho, hoje cidadão estadunidense, morador de Miami, mas que continua com a ótima coluna no Estado de Minas e cada vez mais atuante nas redes sociais e Youtube.

Essa foto foi um presente do Eugênio Sávio (fotoempauta.com.br), uma das maiores feras do fotojornalismo brasileiro, amigo/irmão de grandes coberturas de Copas e Olimpíadas, professor da PUC/MG por quase 30 anos, idealizador do Festival de Fotografia de Tiradentes, que completou 10 dez de realização em 2020.

Lá do outro lado do gramado do estádio Krestovsky, o Eugênio nos mirou, clicou e pronto; registro feito, para as nossas histórias. Só dois meses atrás fiquei sabendo, quando fui surpreendido por ele, que estava organizando seus arquivos e a encontrou. Na época, a repassei aos companheiros que estão nela, e ontem o Paulo Galvão se lembrou do terceiro aniversário deste momento fantástico que é a cobertura de uma partida de futebol, especialmente em uma Copa.

Também na tribuna de imprensa em São Petesburgo, com o Paulo Galvão (esq.), com quem tive o prazer de trabalhar também nos jornais O Tempo e Hoje em Dia

 

Aliás, o Eugênio fez história na Rússia. A foto de autoria dele, no exato momento em que Paulinho tocava na bola para marcar o primeiro gol contra a Sérvia (2 x 0), em Moscou, rodou o mundo. Foi comparada com um passo de ballet. Ele foi alvo de várias reportagens, como esta do G1:

“Repercussão de gol ‘de bailarino’ de Paulinho ‘foi experiência nova’, diz fotojornalista de Belo Horizonte”

Fotos: Eugênio Sávio/Arquivo Pessoal

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/repercussao-de-passe-de-bailarino-de-paulinho-foi-experiencia-nova-diz-fotojornalista-de-belo-horizonte.ghtml


O Galo continua ensinando como perder um campeonato, em casa, para adversários da prateleira de baixo

A derrota absurda para o Fortaleza, na primeira rodada, já estava sendo assimilada, já que os concorrentes de verdade ao título, como o Flamengo, também entregaram pontos em casa, desse jeito. Aí, quando o time teve a oportunidade de até assumir a primeira colocação, pegando em seus domínios a Chapecoense, empata. PQP! Que preguiça dessa história de que “porco magro é que suja a água”.

E de novo por displicência, pouca vontade de vencer, pasmaceira, com as desculpas esfarrapadas de sempre, para jogos como este: time desfalcado, fulano jogando fora de suas melhores condições, árbitro sacana, VAR fdp e bla, bla, bla…

Já que Cuca ainda acredita que Réver tem condição de jogar no Atlético, que escale alguém para marcá-lo, bem de perto, para que ele não entregue o jogo como tem entregado.

Sim, a ausência de Nacho Fernandez foi péssima. Ela dita o ritmo de jogo, dá cadência, põe o time para atacar com competência. Quando o adversário começa dar trabalho demais, ele chama o jogo pra ele, esfria a partida, sossega o outro lado, até que os seus companheiros acordem novamente e voltem a jogar, como tem que ser. Gente, mas o adversário desta noite era a Chapecoense, cujo sonho de consumo neste Brasileiro é se manter na Série A. E como um kamikaze, não se intimidou em momento algum. Tomou o gol e partiu pra cima. Parecia que estava jogando em casa.

Hulk é muito bom, fundamental, mas precisa parar de reclamar da arbitragem; está passando da conta. Como disse o atleticano Bruno Orsini, depois que inventaram o VAR, não adianta ficar choramingando pênalti; é perda de tempo e desgaste desnecessário.

O gol do Tchê Tchê mostrou mais uma vez que tem que chutar de fora da área, sempre, em qualquer oportunidade que surgir. O goleiro pode estar num dia ruim, ou ser atrapalhado pelo beque, como hoje, em que o João Paulo teve o Felipe Santana à sua frente e só viu a bola quando ela estava entrando.

É isso! Empate lamentável, por culpa do próprio time, que correu menos e errou mais que a Chapecoense.


No campeonato à parte do América, Juventude vence e sai da zona do rebaixamento. Torcida hoje pelo Galo contra a Chapecoense

O Grêmio em 18º e o São Paulo em 17º são companhias provisórias que o Coelho tem na zona da degola. O time gaúcho fez apenas três jogos e perdeu todos. Já o São Paulo fez os cinco jogos, empatou dois e perdeu três. Começo ruim deste de ambos, que entretanto, têm elenco e estatura para sair dessa na sequência do campeonato. O América briga é com os seus companheiros de acesso do ano passado, além dos que quase caíram em 2020. O Juventude venceu o Sport e foi para a 14ª colocação, com cinco pontos. O Cuiabá fez só três jogos até agora, tem dois pontos e está em 16º. A Chapecoense está em 17º e faz seu quinto jogo esta noite, 20 horas, contra o Atlético, no Mineirão. Tem dois pontos, e certamente será muito secado pelos americanos hoje.

Wagner Mancini assistiu a derrota de ontem para o Palmeiras e certamente viu que terá muito trabalho para arrumar a casa. Começando pelo psicológico, para saber o motivo da assustadora queda de  produção de alguns jogadores. Também terá que exigir mais treinamentos de penalidades. Com o pênalti desperdiçado pelo Ademir, ontem, foi o sexto perdido, nos últimos oito cobrados pelo time. Perdeu o campeonato mineiro e foi eliminado da Copa do Brasil, desperdiçando penalidades.

O Atlético tem chance de chegar à liderança esta noite. Mesmo com os desfalques, em função da Covid, precisa se impor para continuar brigando pelo título. Sem Nacho Fernandez, o zagueiro Micael, os meias Nathan e Dylan Borrero, o atacante Marrony e Igor Rabello, Cuca deve começar jogando com: Everson, Guga, Gabriel, Réver e Arana; Allan, Tchê Tchê e Jair; Hyoran, Hulk e Keno.


Três derrotas em cinco jogos; um empate e uma vitória. O Cruzeiro está fazendo uma campanha bem parecida com a do ano passado

Três derrotas em cinco jogos; um empate e uma vitória, na Série B. O Cruzeiro está fazendo uma campanha bem parecida com a do ano passado, em função da fragilidade do elenco. Até joga bem em determinados jogos, como hoje, mas sempre um ou mais jogadores comete uma falha, que desequilibra, gerando um empate ou derrota, como hoje em Ponta Grossa, para o Operário.

E tivemos dois lados da mesma moeda neste 2 x 1 do Operário/PR: a idade, em seus extremos, que foram preponderantes. Aos 28 minutos, jogo apertado, o zagueiro Weverton, empolgado demais como todo jovem de 18 anos, querendo mostrar serviço, abusou da força numa falta e foi expulso. Na sequência, saiu o gol, e que gol, de bicicleta, quase sem ângulo, do Paulo Sérgio. Felipe Augusto, empatou, aos 43. Mas, aos 39 do segundo tempo, Djalma Silva, deu um chute despretensioso, de bem longe, tipo, “jogar o barro na parede; se colar, colou”; e Fábio aceitou. Ao ver o gol, twittei: “A idade pesa. Com 40 anos, os reflexos não são os mesmos. Mesmo com lama, Fábio não era de tomar gols como este, ainda mais dessa distância.”

Para a expulsão do Weverton, que complicou os planos do técnico Mozart, ao rever o lance, escrevi: “Aí a idade também pesou. Com 18 anos, o ímpeto costuma ser exagerado. Weverton é um bom zagueiro, mas abusou nessa aí.”

Observação interessante do Victor Martins, do blog do Victão, no Uai: @victmartins “Que fase do Cruzeiro. Paulo Sérgio estava na Ponte. Ficou na reserva na quarta e entrou durante o segundo. Trocou o clube de Campinas pelo Operário. Estreia justamente contra o Cruzeiro e mete um golaço de bicicleta.’”

E a luta continua. Próximo jogo, quinta-feira, 21h30, no Mineirão, contra o Vasco.


América anuncia Wagner Mancini para substituir Lisca. Bom de serviço, mas assim como o Lisca precisará de reforços de verdade

Mancini, quando foi apresentado pelo Guarani de Campinas/Foto, site do Guarani
O presidente Alencar da Silveira Jr. twittou agora há pouco:
@depalencar “Em reunião com o coordenador de futebol, Marcus Salum, acabamos de acertar a vinda de Vagner Mancini como novo treinador do América.”
E eu retwittei com este comentário: Bom de serviço e gente boa. Mas, assim como o Lisca ou qualquer outro treinador, precisará de reforços de verdade para fazer o time voltar a ganhar!”

Dicas para o fim de semana: para o Cipó, via Baldim

Sempre gostei de dar dicas de viagens por Minas Gerais aqui no blog. Infelizmente, com a pandemia, tudo mudou. Mas, pouco a pouco o Turismo vai voltando ao normal. Atividade econômica mais impactada pela Covid19 no mundo. Minas é privilegiada e, por mais incrível que pareça, grande parte dos mineiros não conhece tanta riqueza, tão perto de cada um dos nossos 853 municípios.

Semana passada, dei essa dica para meus conterrâneos de Sete Lagoas, no jornal SETE DIAS: um fim de semana na Serra do Cipó, Lapinha e adjacências, até Conceição do Mato Dentro, passando dentro da cidade de Baldim…

… pegando a novíssima e espetacular MG-Pedro Sabino.

Uma parada na Mercearia do Zé Freire, no Distrito de Manteiga, 10 Km antes de Santana do Riacho.

Bater um papo com o Dé (o comandante), tomar um café, ou uma cerveja artesanal do Cipó …

… comprar moveis de pequeno porte ou artesanato de madeira. . .

. . . produzidos pelo Alex e André. Também dá pra encomendar um frango caipira, com o Dé, para a ida ou para a volta, pelo (31) 9 8698 1723.

E tem Gellak, o sorvete/picolé da moda; para nossa honra, produto  setelagoano, do gente boa Vagnaldo.

Costumo estacionar o carro lá e fazer uma caminhada, curtindo um dos mais impressionantes visuais do mundo. Tudo isso a uma hora de Sete Lagoas. Difícil acreditar, mas é verdade! Confira.

Para quem for sair de Belo Horizonte, é só passar por Lagoa Santa e pegar a MG-010, tendo como destino Santana Riacho. Pouco mais de uma hora de viagem. Chegando lá, à esquerda, 10 Km até Manteiga.


Que zona: criação de Liga, “Lei do Mandante”, nova rasteira do Flamengo nos demais clubes e o jogo político

Em imagem do blog cassiozirpoli.com.br, as marcas das associações de clubes que tentaram, mas não conseguiram criar uma Liga que defendesse os interesses deles 

Tentando entender o “outro lado da notícia, sobre a volta do desejo da tão sonhada Liga dos clubes, busquei artigos de quem conhece bem o assunto. Lendo o que escreveu o Jorge Nicola, dia 16 de fevereiro, e o blog de Igor Siqueira, no Uol, de 27 de maio, concluo que estamos diante de mais um “samba do crioulo doido”, como diria o compositor Sérgio Porto. Na primeira e segunda divisões nacionais. O Flamengo quer se beneficiar da “Lei do Mandante”, e o presidente Bolsonaro quer dar mais um “tiro” na Globo, que já perdeu a Copa América e Libertadores para o SBT e correrá o risco de perder também o Brasileiro.

Jorge Nicola:

“Bolsonaro prepara nova MP do Mandante, defendida pelo Flamengo”

A MP 984, mais conhecida como Medida Provisória do Mandante, caducou no ano passado, mas o assunto não morreu. O Blog apurou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, trabalha nos bastidores para publicar nos próximos dias uma segunda versão da MP, com o objetivo de retomar a discussão sobre os direitos de transmissão do futebol brasileiro, como pretendia o Flamengo no ano passado.

Há quem garanta que Bolsonaro, inclusive, já assinou a MP na última quinta-feira e só aguarda pelo fim do feriado de Carnaval para publicá-la no Diário Oficial da União, o que a tornaria lei pelos próximos 180 dias.

A primeira versão da MP acabou caducando por falta de força na Câmara dos Deputados, capitaneada na época por Rodrigo Maia. Especula-se que na oportunidade, o botafoguense, presidente da Câmara, mobilizou os deputados a engavetarem o projeto que beneficiaria o Flamengo.

Porém, com a mudança na presidência da Câmara – Arthur Lira foi eleito recentemente -, Bolsonaro está convencido de que a MP do Mandante vai prosperar. Importante: o novo texto contemplaria também atletas e árbitros, reservando às duas categorias um percentual dos direitos de transmissão pagos pelas emissoras de TV.

Em suma, a principal alteração da medida provisória que trata sobre o tema altera os direitos de arena. No Brasil, consolidou-se a máxima de que um jogo de futebol tem o mandante e o visitante como partes na comercialização dos direitos de TV. Já com a Lei do Mandante, caberia apenas ao time da casa a possibilidade de venda da partida.

https://br.financas.yahoo.com/noticias/bolsonaro-prepara-nova-mp-defendida-pelo-flamengo-123157296.html

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Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

“Primeira Liga virou associação de clubes que agora apoia Caboclo na CBF”

Na origem, uma proposta “rebelde” de montar um torneio exclusivamente organizado pelos clubes, sem a CBF. Mas o bloco que um dia já foi a Primeira Liga sofreu uma metamorfose tão grande que, agora, emite nota de apoio ao presidente da CBF, Rogério Caboclo, imerso em uma crise na entidade.

A Primeira Liga agora atende pelo nome de Associação Nacional de Clubes de Futebol (ANCL), com 22 membros: América-MG, Chapecoense, Atlético-GO, Avaí, Cruzeiro, Figueirense, Brasil de Pelotas, Paraná, Londrina, Vila Nova, Sampaio Corrêa, Vitória, Remo, Operário, Náutico, Juventude, Cuiabá, CSA, CRB, Brusque, Confiança e Botafogo-SP. No contexto atual, os dirigentes não cultivam ambição de criar uma nova competição no já apertado calendário nacional. A demanda agora se restringe aos interesses de quem não está na elite do Brasileirão, como conta o presidente da ANCL, Francisco José Battistotti, também mandatário do Avaí.

“Ninguém quer atrito com a CBF. Queremos que a CBF reconheça a situação de dificuldade do futebol brasileiro. Ninguém quer fazer campeonato. Acho que a CBF deve fazer. O que temos que lutar é por uma receita maior para os clubes com menor condição financeira”, explica ele. O objeto social da entidade foi alterado, mas o CNPJ é o mesmo da Primeira Liga. Com isso, mais do que ter o DNA jurídico, a nova associação herdou recursos que restaram após dois anos (2016 e 2017) de um torneio que ganhou caráter amistoso, pois não teve chancela da CBF. O bloco também ruiu por diferenças entre os dirigentes a respeito da divisão dos direitos de transmissão.

“O que precisa é ter ativo para pagar a estrutura. Não é pra visar lucros. É para ter condições de fazer um trabalho. Vamos fazer um orçamento para ver a necessidade mensal”, explicou Battistotti, sobre a hipótese de cobrar mensalidade dos membros. O dirigente catarinense já tinha sido vice-presidente da Primeira Liga em dois mandatos, primeiro com Gilvan Tavares, ex-presidente do Cruzeiro, e depois no de Marcos Salum, ex-América-MG. No fim do ano passado, o bloco se reuniu e fez uma assembleia para elegê-lo presidente da ANCF.

Um exemplo da proposta de aproximação da ex-Primeira Liga com a CBF se deu no conselho arbitral da Série B. A entidade topou repassar aos clubes o dinheiro que arrecadar com a publicidade estática à beira do campo. A CBF, inclusive, abriu uma concorrência para definir a empresa responsável por comercializar esse espaço no mercado. Na nota, os clubes da associação reconhecem “importantes avanços desenvolvidos sob a gestão do presidente Caboclo”. E foram além: “Esperamos que tais projetos e condutas mantenham sua natural continuidade, bem como repudiamos qualquer manipulação de fatos ou criação de notícias especulativas visando desestabilizar ambientes ou gerar conflitos inexistentes.

A Associação de Clubes ainda quer se envolver em outros temas. No horizonte está a negociação dos direitos de transmissão da Série B. O contrato atual com a Globo termina em 2022. “Já falamos com a CBF que a negociação será conjunta”, diz Battistotti. Além disso, os dirigentes desse bloco já se reuniram no passado com o presidente Jair Bolsonaro para fazer força a favor de uma nova MP do Mandante – ou um projeto de lei com o mesmo teor.

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2021/05/27/primeira-liga-virou-associacao-de-clubes-que-agora-apoia-caboclo-na-cbf.htm


Cruzeiro tenta atacantes Keké e Wellington Nem. Um deles poderia estar resolvendo o problema do América

Em foto do PremiereFC, Keké, do Tombense, vice artilheiro do campeonato mineiro deste ano com seis gols. 

Keké e Wellington Nem estão quase acertados com o Cruzeiro. Em boas condições físicas, seriam ótimas aquisições. Keké foi um dos artilheiros do campeonato mineiro, rodou por muitos clubes do Brasil e exterior. Está com 25 anos de idade. O nome dele andou sendo falado como possível contratação do América, mas as conversas não evoluíram. Certamente teria sido muito melhor aquisição que o Ribamar, que até agora não se explicou no Coelho. Único jogador do interior na seleção do Mineiro, eleita pela Rede Globo. O América comeu mosca nessa.

Wellington Nem foi eleito jogador revelação do Brasileiro de 2011, jogando pelo Figueirense. Na mesma premiação em que Neymar recebeu o troféu de melhor jogador do campeonato. Retornou ao Fluminense, dono do passe. Fez sucesso lá também e foi vendido ao Shakhtar Donetsk, onde uma série de contusões o prejudicaram. Foi emprestado ao São Paulo em 2017, com passagem apagada, já que as contusões continuaram sendo problema. Retornou ao Shakhtar e em 2020 ficou livre. Este ano, assinou contrato de três meses com o Fortaleza, onde também não conseguiu mostrar o futebol que jogava antes. Está com 29 anos.

Wellington Nem, em foto do Bruno Oliveira/FortalezaEC/Superesportes