Blog do Chico Maia

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Lembrança dos três anos sem o Arthur Almeida

Foto publicada hoje pelo jornal Sete Dias, de Sete Lagoas, na seção “Nossa Gente, nossa história”:

* “Em 1997, o vice-prefeito da cidade Fábio Cabral (esq.), era uma das principais lideranças políticas da região, de futuro promissor, mas morreu em decorrência de uma cirurgia de aneurisma abdominal, em 2002. Nesta foto, ele era entrevistado pelo repórter Arthur Almeida, da TV Globo, na Lagoa Boa Vista, sobre o torneio de pesca que a prefeitura promovia naquele ano. Posteriormente o Arthur se tornou editor e apresentador do Bom Dia Minas e depois do MG1. Há exatos três anos, dia 24 de julho de 2017, ele teve uma parada cardíaca e morreu, em Lisboa, onde passava férias com a família, aos 57 anos de idade”.

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Cabral era um advogado brilhante. Nascido em Jequitibá, a “Capital mineira do folclore”, também era um grande contador de casos, sempre muito engraçados. O Arthur era um dos jornalistas mais queridos pelos colegas em Belo Horizonte, grande companheiro, com quem tive o prazer de trabalhar na Rádio América.


Em tempos de pandemia, a oportunidade de clubes organizados, como o América, dar um passo à frente

Em foto do Pedro Amim/AméricaFC, Euler Araújo (esq.) e Márcio Vidal, presidente e vice do Conselho do Coelho

A crise é germinadora, para quem é criativo e sabe aproveitar as oportunidades. Ainda mais quando o mercado está cheio de concorrentes com a corda no pescoço, endividados, sem como rolar ou renegociar seus débitos, e até o calote, puro e simples, se tornou pena de morte, já que as punições são pesadíssimas e irrecorríveis. Pois é! Com o rigor implantado pela FIFA, por meio do “fair play” financeiro, o futebol, está deixando de ser a zona que era, o paraíso da impunidade. Dinheiro “sobrando”, também entrou na mira dos mecanismos de controle da entidade.

Quem poderia imaginar que algum dia um gigante como o Manchester City passaria o aperto que passou ao ser suspenso pela UEFA, de duas temporadas da Liga dos Campeões, por abuso financeiro? De fevereiro, quando a UEFA anunciou a punição, a junho, quando o Conselho Arbitral do Esporte – CAS -, julgou e cancelou a suspensão, dirigentes e torcedores do time do Guardiola não dormiram sossegados.

Até no Brasil, parece que o rigor da legislação vai funcionar. O Cruzeiro foi o primeiro exemplo de clube grande ser punido por calote, ao perder seis pontos no Brasileiro da Série B 2020. Vai estrear na competição com menos seis pontos.

Com isso, ganham os clubes organizados, que põem o chapéu onde a mão alcança e não saem gastando o que não podem. É o caso do América, que penou para consertar a sua vida administrativa, fiscal e financeira, mas hoje ostenta uma posição bem mais confortável que grande parte dos clubes do país. Se não está nadando em dinheiro, tem patrimônio e fontes de receita que lhe garantem sustentabilidade, além de permitir sonhar com voos mais altos, conforme mostra essa reportagem de hoje no Globoesporte.com, que aborda a próxima reunião do Conselho Deliberativo do clube, terça-feira:

“Contas de 2019 e projeto de clube-empresa: presidente do conselho detalha reunião no América – Márcio Vidal conta detalhes sobre o encontro marcado para a próxima terça-feira

* Por Diego Domingues

Nessa quarta-feira, o América divulgou em seu site oficial o convite a todos os conselheiros para uma reunião virtual que acontecerá na próxima terça-feira, dia 28. O encontro vai tratar de dois assuntos importantes para o clube: a votação das contas apresentadas no balanço financeiro de 2019 e o projeto para transformação do Coelho em clube-empresa. Em entrevista ao ge, o presidente do conselho deliberativo, Márcio Vidal, trouxe alguns pontos que serão debatidos no encontro.

Em relação ao modelo estrutural do clube, Márcio Vidal relatou que, na reunião de terça-feira, será repassada a todos os conselheiros a evolução do processo para a transformação do América em clube-empresa, o que será conduzido pela empresa Ernst & Young.

– Só vai ser julgado mesmo na terça-feira. Já garanto que vai ser mais ou menos o que o presidente Marcus Salum tem falado nas entrevistas. Temos um processo bem encaminhado. Já garanto que não teremos muitas novidades (na reunião). É mais para mostrar aos conselheiros tudo o que tem sido feito. O processo do clube para virar uma empresa está sendo feito pela Ernst & Young. Como o torcedor não tem acesso a isso, vamos tentar passar na reunião o esforço que tem sido feito pelos dirigentes do clube para tentar mudar o patamar do América. (mais…)


Domingo para matar saudade do futebol e conferir como estão os nossos times no retorno do Campeonato Mineiro

Jogos sem público nos estádios e alguns times sem condições nem razoáveis de competitividade, mas é o “melhor que estamos tendo” para o momento. Antes isso do que nada e certamente todo mundo que gosta de futebol estará de olho na TV e ouvindo as rádios para acompanhar a penúltima rodada da fase de classificação do campeonato.

Curiosidade enorme se o América vai manter o embalo e belo futebol que vinha jogando. Acredito que sim, porque o time voltou a treinar quase ao mesmo tempo que os principais concorrentes ao título.

O novo Cruzeiro, agora do Enderson Moreira, que hoje está fora das quatro vagas nas finais do campeonato, ao mesmo tempo em que monta time para a disputa da Série B.

O Atlético com Jorge Sampaoli em seu segundo jogo, e time bem diferente da estreia dele em Nova Lima, contra o Villa. O que terá evoluído? Como será com os jogadores que chegaram?

E tem a disputa pela quarta vaga, hoje pertencente à Caldense. Tem Villa e Tupynambás no desespero contra o rebaixamento.

Enfim, viva o futebol e o retorno paulatino. Faz uma falta danada, tanto que estou sentindo falta até do estadual.

Cruzeiro x URT, 11 horas, no Mineirão. América e Atlético, no Independência, às 16, com transmissão pela TV Globo.

Uberlândia x Villa Nova, às 10 horas, no Parque do Sabiá; Patrocinense x Boa, às 16 e Tupynambás x Caldense, que será em Poços de Caldas, também às 16 horas, com mando de campo invertido, porque Juiz de Fora não poderá receber este jogo. E Coimbra x Tombense, Independência, 21h30.


Patroa do Fred Melo Paiva fez a cirurgia e está bem; o grande jornalista manifesta a sua gratidão

Tive o prazer e honra de conhecer a Fabi em Caraíva, Sul da Bahia, dois anos atrás. E por mais incrível que pareça, foi também o meu primeiro contato pessoal com o Fred Melo Paiva, com quem sempre tive sintonia jornalística e amigos em comum. Além de fã do trabalho dele na TV, jornais, revistas e internet.

Numa dessas coincidências da vida, fui recebido por eles, na casa da família, nessa praia baiana, um dos lugares mais apreciados do mundo. E o filho deles se chama, Francisco, um quase pré-adolescente, de ótimo astral, como o pai e a mãe.

À esquerda, Fidel, o pastor protetor da casa deles.

Lamentavelmente, no fim de 2019, eles foram atropelados por uma dessas circunstâncias da vida, da qual todos nós estamos sujeitos. Iniciou-se uma drama, tornado público pelo próprio Fred na coluna dele no Estado de Minas, que boa parte do país vem acompanhando.

A Fabi passou por uma feliz cirurgia esta semana, e a história toda é contada pelo Fred, na coluna de sexta-feira, 17, e numa das primeiras de 2020, em janeiro, quando o problema começou:

* “Obrigado, Atleticano, mas muito obrigado mesmo – Para além do dinheiro, fomos abraçados por um tsunami de amor e solidariedade, das coisas mais bonitas que vivi na vida”

Em 2013, decidi reunir em livro as colunas originalmente publicadas neste espaço. O projeto começou ainda na fase de grupos da Libertadores, com o apoio imprescindível do então diretor do Atlético Rodolfo Gropen e, depois, de Alexandre Kalil. Não importava se seríamos ou não campeões, sairia de qualquer maneira, como celebração do “título impossível” ou como aquilo que de fato é — uma sociologia de botequim sobre o atleticano.

Em caso de derrota, chamaria apenas “Atleticano”, palavra comum a todos os textos que eu havia escrito nos dois anos anteriores, uma obsessiva brincadeira a que me dediquei secretamente sem jamais falhar. Para a eventualidade da conquista, chupinharia o nome do filme italiano A classe operária vai ao paraíso, adaptando-o ao nosso sentimento de subir às nuvens depois de 42 anos de injustiças e azares monumentais: “O atleticano vai ao paraíso”. (A frase continha, ainda, uma bem-vinda mistura de Galo com Deus, pecado que cometi reiteradas vezes em minhas escrituras, embora ateu, apenas devoto de São Víctor.)

O livro estava pronto quando o Galo avançava perigosamente rumo ao título. Pedi que a diretora de arte, Renata Zincone, providenciasse ambas as capas, a da derrota e a da vitória. Ela recorreu a preceitos budistas para negar-se a fazer a capa da derrota. Da minha parte, expliquei a ela que os deuses do futebol puniam com rigor os que cantavam a vitória antecipada, de modo que, a despeito de Buda, o negócio era produzir ambas. Ela jamais desenhou a capa da derrota. Escreveu “O atleticano vai ao paraíso” no formato de uma cruz, e eu, torcendo para que os deuses tivessem cuidando de assuntos mais importantes, botei o subtítulo: “Do quase rebaixamento ao título impossível”. O Galo ia perder, eu sabia, e a culpa era minha.

Bem, foi o que foi. O atleticano foi ao paraíso. Escrevi do celular, na arquibancada do Mineirão, a crônica derradeira, entre lágrimas e aquilo que me pareceu um descarrego de igreja evangélica. O livro foi para o prelo, a fila dobrou o quarteirão de Lourdes quando foi lançado, um cruzeirense comprou oito de uma vez (que vontade de gritar Galo!), um atleticano octagenário esperou a sua vez para levantar a manga da camisa e me mostrar os dois palmos de uma tatuagem da taça da Liberta em seu braço esquerdo. Aquilo não era uma fila, era o manicômio onde todos nós nos encontrávamos internados naquele inesquecível ano de 2013, tão doido que fomos acabá-lo em Marrakech.

Em 2017, retirei de circulação os últimos 300 exemplares de O atleticano vai ao paraíso. Imaginava usar o reparte final para pagar a conta de um processo movido contra mim pelo então senador Zezé Perrella. Condenado em primeira instância por relacionar a pessoa a certo helicóptero e certa substância, a capa da vitória poderia, senão me salvar da derrota, pelo menos livrar o meu cheque especial. O paraíso estaria para sempre perdido, mas pelo menos não haveria a manchete “O atleticano vai para a cadeia”.

Um livro, no entanto, tem vida própria. E “O atleticano…” se recusou a terminar seus dias na conta do Perrella. Os últimos 300 foram postos à venda numa campanha desencadeada por Afonso Borges, o idealizador do Projeto Sempre Um Papo, para que eu e minha família pudéssemos arcar com o aperto que advém do tratamento de saúde da minha companheira, Fabi, diagnosticada com um glioblastoma em 31 de dezembro do ano passado. Os livros se esgotaram em 24 horas. Não sei como agradecer o gesto do Afonso, daqueles que divulgaram sua iniciativa e de todos os que compraram.

Para além do dinheiro, fomos abraçados por um tsunami de amor e solidariedade, das coisas mais bonitas que vivi na vida. Amigos de infância, velhos colegas de redação da velha Playboy, gente que pensa igual e diferente de mim, cruzeirenses, americanos e até o presidente Sérgio Sette Câmara, a quem tantas vezes critiquei, tornaram verdade verdadeira o clássico “não é só futebol”. Atleticanos anônimos escreveram centenas de mensagens. Uma maioria delas recorreu ao mantra de 2013, quando tudo começou: “Eu acredito!”. O Galo é amor, né.

Fabi foi operada na quarta-feira e passa muito bem. Fiquei vestido de Atlético na ante-sala de cirurgia, como aqueles patetas que botam a camisa do time nas horas mais inadequadas. Eu tava sozinho por causa da COVID-19. Mas tinha milhões de pessoas comigo e com ela. Muito, mas muito obrigado mesmo. Eu acredito!

– – –

* “Feliz ano velho”

No sofá, ela escutou atenta o gol contra o Uberlândia enquanto eu aguardava do outro lado do fone de ouvido. ‘É bom ouvir um gol do Galo, né?’, comentei

Em 31 de dezembro, há 26 dias, ela foi diagnosticada com um câncer. Eu olhei a ressonância, havia um círculo, vertiginoso, no lóbulo frontal direito. Do tamanho de um limão. (mais…)


E o Jorge Jesus, hein!?

O português vazou na braquiária, cascou fora, escafedeu-se, depois de um mistério que virou novela na imprensa de Portugal e do Brasil.

Nada de anormal no mundo do futebol. Não foi o primeiro e nem será o último a fazer isso, muito pelo contrário. No mundo globalizado, cada dia mais capitalista, bola pra frente, a fila anda.

Toda situação semelhante só provoca “comoção” quando o treinador é vitorioso e mete o pé no traseiro do patrão. Quando o sujeito vai mal e é demitido, mesmo depois de poucos jogos, a voz geral, da imprensa e torcida, é: “já vai tarde”, e, “quem será o substituto”? Costuma nem virar manchete, já que o foco se volta para as especulações em torno do futuro dono do cargo.

Jorge Jesus foi extremamente útil ao Flamengo e ao futebol brasileiro, em todos os aspectos. Começando pelo profissionalismo que impôs na Gávea, só aceitando trabalhar com jogadores que se dedicassem 100% aos treinos e jogos. Antes dele, mesmo com contratações de grandes nomes o time não rendia. Taticamente, resgatou o futebol ofensivo, com liberdade para os talentosos criarem, que os treinadores brasileiros tinham deixado de lado, em nome do medo de tomar gols. Com seus métodos rígidos, a condição física do grupo ficou muito acima dos concorrentes nacionais e Sul-americanos, ingrediente do futebol europeu, que fez a diferença fundamental: enquanto o Flamengo voava em campo, os adversários penavam para terminar os jogos sem por a língua pra fora. As viradas e vitórias conquistadas na segunda metade do segundo tempo se tornaram comuns. A final da Libertadores, contra o River Plate, é um bom exemplo.

Dito isso, foi ótimo ter Jorge Jesus no futebol brasileiro. Grande profissional que é, vai dar sequência à carreira e ganhar o dinheiro que fez por merecer. O Flamengo, que assim como qualquer clube do país, é useiro e vezeiro em demitir treinadores sem cumprir o contrato, que tente acertar de novo na contratação de um sucessor, já que dinheiro para isso não lhe falta. Se optar por um brasileiro, que respeite-o, na chegada e na saída, como está respeitando o português. E não repita a covardia cometida recentemente por um de seus vice-presidentes com o Abel Braga: “Houve um momento, que a gente achava e discutia internamente, que ele devia estar de sacanagem; tem alguma coisa que não estamos entendendo. Ou ele bebeu, ou ele está drogado. Não é possível ele estar falando o que ele está falando”.

Na vida, quem não respeita, não merece ser respeitado!


E lá se foi o amigo Toninho Abaeté!

Arlan, Chico Maia, Caio, Amilton, Janjão, Alex Caixeta,
Zenner¸ Carlinhos Moreira, Dalton Andrade, Luciano¸Daniel Fraga, Carlinhos Volpi e Toninho Abaeté.

Ano danado este 2020. Pandemia e partida de tanta gente querida. Sexta-feira é o dia que mais gosto. Esta, foi uma das piores da minha vida.

Cedo, mensagem do amigo Zenner pelo whatsapp informando que o Toninho tinha morrido. PQP, que tristeza! Mas, uma morte que se enquadra naquela famosa e antiga expressão que, principalmente nós, do interior de Minas, utilizamos muito: “descansou”.

Desde julho/agosto de 2018 ele vinha lutando contra um câncer terrível, porém, motivado pela força, crença e presença inabaláveis da esposa Ada, e pela alegria e vontade de viver que ele sempre cultivou. Resistiu bravamente.

Quem teve o privilégio de conhecer o Toninho confirma o sentimento que tenho: um dos melhores seres humanos que conheci. O sepultamento será às 10 horas, deste sábado, em Abaeté. (mais…)


Lembranças de um dos gols mais bonitos do nosso futebol e de um grande time, que negou fogo

A transmissão do jogo era da TV Bandeirantes/Minas, narração do José Lino Souza Barros, que apresenta diariamente o Rádio Vivo, pela Rádio Itatiaia. Comentários do Flávio Anselmo e reportagens do Flávio Carvalho. Quatro anos depois os “Flávios” me levaram para lá. 

Este foi um dos gols mais bonitos que já vi e eu estava lá, no Mineirão, em 1984, dia cinco de fevereiro, no início do Campeonato Brasileiro. De acordo com o Lélio Gustavo foi o “Gol do Fantástico”, na noite do domingo. Na hora não tive a noção da beleza do lance, porque era repórter e estava atrás do gol. Mas fiquei impressionado pelos gritos do Vilibaldo Alves, que “esguelou” mais do que o normal para dizer aos ouvintes da hoje saudosa Rádio Capital, que o Éverton tinha marcado um gol que merecia placa no estádio. E que passe do Éder, hein!? Hoje, os “modernos“ chamam de “assistência”.

Foi o terceiro gol dos 4 a 1 que o Galo enfiou no Treze de Campina Grande/PB. Éverton fez mais um, Reinaldo e Catatau completaram a goleada.

O time jogava bonito demais, certamente o futebol mais avançado e veloz do país naquela época. Candidato absoluto ao título. Pelo que as senhoras e os senhores poderão ver nas jogadas dos outros gols, naquele distante 1984 o ritmo fazia lembrar a correria e inversão de lados das jogadas praticadas atualmente. Com o detalhe fundamental que naqueles anos 1980 havia mais craques e talentos nos gramados brasileiros. A Europa estava apenas iniciando a importação dos nossos melhores.

Na época, a revista Placar publicava uma edição especial que apresentava todos os times do campeonato, por ordem de favoritismo. O Atlético estava na capa, sob o título: “Pintou o Campeão?”.

Mas, o técnico Rubens Minelli, então disparado o melhor do país, bi-campeão com o Internacional (1975/1976) e campeão com o São Paulo (1977), chegou a Belo Horizonte cheio de pompa, senhor de si, fechado e um tanto arrogante nas entrevistas, para mostrar que quem mandava era ele, já que o time era uma “constelação”, com Éder, Nelinho, Luizinho, Reinaldo, Éverton …

Na estreia no Brasileiro fez 6 a 0 no Bahia. Mas Minelli usou uma expressão infeliz numa das entrevistas seguintes. Perguntado se ainda faltava algum jogador para o elenco ficar do jeito que ele queria, respondeu: “este time do Atlético é igual um ovo de páscoa; muito bonito por fora, mas oco por dentro. Ainda precisamos de várias peças…”

Daí a pouco veio uma série de derrotas “inexplicáveis” e o treinador foi demitido. Substituído por Mussula, que era supervisor de futebol, o time voltou a ganhar os jogos, facilmente. Mas já era tarde, não dava mais para aspirar título ou uma boa posição  na tabela de classificação. Coisas da bola!

Nesta partida contra o Treze, o Galo jogou com: Pereira, Nelinho (Miranda), Fred, Luizinho e Valença; Murilo, Heleno e Éverton; Catatau, Reinaldo e Éder (Edvaldo). O Treze/PB: Hélio Show, Levi, Cláudio Oliveira, Aluisio e Bezerra; Edmar, Volnei (Lula) e Esquerdinha; Puma, Ricardo (Menon) e Tatá. O técnico era Lima.

O árbitro, de São Paulo, Ulisses da Silva Tavares. Público pagante: 14.246, renda Cr$ 16.415.300,00.

Éverton, naqueles tempos…

e em foto recente, quando dirigia o juvenil do Atlético, sempre de bem com a vida. Uma grande figura.


Nesta sexta-feira, 17, dia de cuidados com a saúde, segurança e brindes para os caminhoneiros no Posto Grande Parada Shell – KM 496 da BR-040

Mais uma vez, nesta sexta-feira a Rede Grande Parada SHELL abre a semana em comemoração ao Dia do Caminhoneiro, que é 25 de julho. Além da excelente equipe e estrutura do Posto, estarão lá médicos especializados para alguns exames e importantes orientações de saúde. Além da tradicional distribuição de brindes e ações educativas com os parceiros pela segurança nas estradas. A partir das 9 até às 13 horas, no KM 496 na BR-040, sentido Belo Horizonte/Brasília, no município de Esmeraldas.

Da esquerda para a direita, Bernardo, Rose, Vinício e Darlan, cujo slogan é: “Cuidar da saúde dos nossos amigos da boléia sempre será uma prioridade”.


Grave contusão tira Tardelli do Brasileiro e tem explicação nas teorias do marketing

Primeiramente, força ao Tardelli (nessa foto do Bruno Cantini/CAM), e que se recupere logo. É a vida, que impõe problemas a todos nós, cada um na sua atividade.

Recorro às lembranças das aulas do professor Luiz Simpson, no curso de pós-graduação em Marketing da Newton Paiva nos anos 2000, para ser ameno na lamentável situação vivida pelo grande atacante: se enquadra na análise SWOT (FOFA, em português) para a tomada de decisões no planejamento estratégico de uma empresa. SWOT (Strengths – força; Weaknesses – fraquezas; Opportunities – oportunidades; Threats – ameaças.

Agora, no popular, com a verdade nua e crua: este é o grande problema (e risco) de se contratar jogadores rodados, antigamente chamados de “velhos” pela imprensa. Aquisições assim fazem parte de um pacote de ameaças e oportunidades de qualquer negócio.

Paulista de Santa Bárbara d´Oeste, Diego Tardelli Martins, completou 35 anos de idade no dia 10 de maio. Ano passado já deu mostras de estar se exaurindo fisicamente no Grêmio, por onde teve passagem frustrante, para o alto investimento que o clube gaúcho fez nele, numa disputa acirrada com o próprio Atlético.

Mas, na carência de bons atacantes no mercado, o Galo investiu em seu retorno a Minas. Não sem antes hesitar bastante. Ídolo da torcida, de passado glorioso no clube; conhecido e conhecedor de tudo em Belo Horizonte, enfim, um investimento que não seria dos mais altos e, portanto, valeria a pena o risco.

A twittada do Frederico Ribeiro, do Globoesporte.com foi triste terrível para o Tardelli e para todo atleticano: @Fredfrm “Palavras de Rodrigo Lasmar, ao @claudiorez

na Itatiaia: “Tardelli teve entorse grave no tornozelo direito. Além de ter fraturado o osso do tornozelo, ele rompeu os ligamentos da articulação e deslocou essa articulação. Ele também teve lesão na cartilagem”.

Vixe!

E se machucou sozinho, prendendo o pé no gramado, sem nenhuma porrada de algum adversário.

Entre as cirurgias, sessões de fisioterapia, recondicionamento físico e recuperação da forma técnica, a ponto de jogar, este tipo de contusão  demanda entre seis a 12 meses, dependendo da reação do organismo do paciente, o que tem a ver também com a idade. O Campeonato Brasileiro vai começar dia 8 de agosto e terminar dia 24 de fevereiro de 2021, quando o Tardelli estará perto de completar 36 anos de idade.

Toda força a ele e sucesso ao Atlético na busca de um atacante que possa substitui-lo à altura.


O Cruzeiro não será passado a limpo vasculhando só as putarias do Wagner Pires de Sá

Difícil acreditar que o Crueiro chegou a este ponto, mas a realidade bateu à porta, como mostram manchetes da imprensa de todo o pais, como esta, da IstoÉ : “Cruzeiro convoca reunião do conselho e tentar vender patrimônio para ajudar a quitar dívidas do clube – O presidente Sérgio Santos Rodrigues pediu o encontro para o dia 3 de agosto, quando será discutida a venda do espaço em frente  à Sede Campestre, usada como estacionamento”.

Não tem outro jeito. As campanhas junto à torcida têm alcance limitado, arrecadam mixarias em relação ao tamanho das dívidas e urgência dos pagamentos.

O presidente Sérgio Santos Rodrigues está se virando como pode, fazendo das tripas coração para que a Raposa respire, monte um time competitivo para disputar uma das quatro vagas da Série B, e precisa manter os salários em dia.

Por outro lado, as medidas que ele mesmo chama de “simbólicas”, de acionar criminalmente o ex-presidente Wagner Pires de Sá, não ajudam no pagamento das dívidas. E para ter efeito mesmo, como exemplo nas futuras administrações do próprio Cruzeiro e demais grandes clubes brasileiros, ele deveria retroagir essa devassa também às contas dos presidentes antecessores do Wagner. Os gastos dele com putarias e restaurantes são ridículos em relação ao tamanho da dívida acumulada pelo clube ao longo dos anos, por negócios mal feitos.