On va en bouffer pendant on móis: “Nós vamos comer durante um mês”
O jornal Charlie Hebdo não afinou e não mudou a linha editorial depois do terrível atentado que sofreu em janeiro de 2015, que resultou na morte de 12 pessoas. Continua crítico e gozador a tudo que lhe dá vontade e se mantém em alta na venda de bancas de Paris e nas maiores cidades da França.
Claro que não perderia a oportunidade de tirar sarro da Copa do Mundo feminina, como nessa capa (da foto que ilustra este post), e no debate sobre os protestos de jogadoras que defendem a igualdade salarial com os homens.
E nessa charge, onde ironiza a norueguesa Ada Hegerberg, que boicotou a Copa, em protesto, exigindo paridade salarial. O jornal até concorda que o salarial seja igual a de um Ribery, mas quer que o futebol dela seja o mesmo do Franck Ribéry.
Aliás, sobre estes protestos reivindicatórios, duas opiniões manifestadas, no blog e no facebook/chicomaiablog:
* João Bosco , de Governador Valadares, no facebook:
* “Gente sem preconceitos, mais futebol não é coisa pra mulher,é um esporte muito complicado ,e também acho que esses jogadores masculinos não vai arrumar nada em qualquer competição .”
***
Tonico Dias, no blog:
* “Não concordo com este tipo de protesto. O foco não tem que ser o quanto o outro ganha, mas o quanto eu produzo. Vamos cruzar os braços aqui no Brasil e exigir um salário médio nas empresas de 3.700,00 dólares mensais (algo em torno de R$ 14.277,93), com jornada semanal de 30 horas, como acontece na Noruega. Ou então de 4.600,00 dólares (algo em torno de R$ 17.800,00), pagando 23% de imposto médio, como acontece nos Estados Unidos. Nossa realidade é a mesma deles? Não é por aí… Esta “vitimização”, este “auto-sexismo”, não engrandecem na minha opinião. Pratiquem um futebol (jogo, técnica, física, transmissão) voltado para o universo feminino, vendam produtos no mundo inteiro gerando mais receita que o futebol masculino e terão, certamente, vencimentos maiores que os homens. Mas façam isto por Lei de Mercado e não por imposição.”