O jornal Hoje em Dia publicou esta foto, dos tempos em que o diretor Rui Costa trabalhava com o Wagner Mancini na Chapecoense, com a seguinte legenda: “O acerto, feito com o diretor de futebol Rui Costa, foi fácil, até pela relação que o treinador tem com o dirigente, pois ambos trabalharam juntos em 2017, na Chapecoense, na primeira temporada após o acidente aéreo sofrido pela delegação do clube no final de 2016…”
Muitos torcedores sonhavam com Cuca ou Felipão, mas Wagner Mancini é que foi anunciado. Está contratado e já comanda o time em Maceió, a partir do treino de amanhã, para o jogo de quarta-feira contra o CSA. Então não adianta reclamar. Cabe aos atleticanos torcer para dar certo e que a diretoria tenha acertado na escolha. Falar dessa safra de treinadores brasileiros é muito fácil, já que todos são muito semelhantes na forma de trabalhar e escalar seus times. E estão muito defasados em relação aos colegas estrangeiros deles. Neste contexto, até considero que é melhor apostar em um Wagner Mancini, que dá todo o gás nos treinos e jogos, do que em um desses já consagrados e milionários, com a vida ganha, que terceirizam muitas atividades do dia a dia e já não têm mais a mesma disposição de outros tempos.
O nosso futebol parou no tempo neste aspecto, mas os treinadores não reconhecem isso. Preferem por culpa no dinheiro que rola na Europa. Um argumento válido até certo ponto. Brasileiros que foram dirigir clubes de ponta europeus se deram mal e queimaram o filme dos demais verde-amarelos. Aqui ainda prevalecem as “ações entre amigos” e o compadrio, heranças nada nobres do Brasil colônia. Treinadores que põem parentes ou chegados em suas comissões técnicas, independentemente da competência, ou do constrangimento que isso possa causar. O melhor exemplo atual é o Tite, cujo filho é seu auxiliar na seleção brasileira.
Dentro da mesmice nacional, Mancini é dos melhores, da prateleira do meio. Para a emergência que o Galo está vivendo, será menos ruim que o Rodrigo Santana, que já tinha perdido o respeito dos jogadores, da torcida e da imprensa, há muito tempo.
O novo comandante contará com os mesmos jogadores do antecessor. Terá de se virar e a experiência de tantos anos na profissão certamente o ajudará nisso. Contrato de três meses e com ele chega também o auxiliar-técnico Anderson Silva. O Frederico Ribeiro, do Globoesporte.com lembrou que Mancini “. . . foi campeão da Copa do Brasil com o Paulista em 2005, junto com Victor e Réver, e contra o Fluminense de Abel Braga. Foi tmb o técnico do Cruzeiro no 6×1 de 2011 (ano de briga contra o Z-4 para os rivais). O técnico do Galo era Cuca. Os dois estavam no São Paulo. Seu filho, Matheus, é jogador do Galo emprestado ao Académica-POR”.
Se for muito bem neste restante de Brasileiro, possivelmente renova o contrato para mais uma temporada. O PVC, comentou no blog dele: “. . . Mancini foi o coordenador do São Paulo, clube que teve seu melhor momento no ano sob seu comando, interinamente. Foi Mancini quem classificou o São Paulo para as finais do estadual e conseguiu o primeiro empate das semifinais contra o Palmeiras. Cuca assumiu no segundo jogo….”
Pois é! Todo o sucesso a ele e que recoloque os Galo nos trilhos.