O tempo passa depressa. Lá se foram os 10 anos do contrato de comodato entre o Democrata e o governo de Minas que permitiu ao estádio, cuja capacidade é de 23 mil pessoas, ser utilizado por Atlético, Cruzeiro e América durante a reconstrução do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014. O governador era Antônio Anastasia, hoje Senador. O Estado reformou a Arena e a administrou até até 2015, quando o comodato foi transferido para a Prefeitura de Sete Lagoas. Dia 17 acaba o contrato e o estádio, que continua muito bonito, retorna ao comando do Democrata, que tenta ressurgir das cinzas.

Fachada do estádio já tem a bandeira do Democrata, sinalizando que o Jacaré reassume o seu maior patrimônio físico
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Tive o prazer de participar da apresentação da nova diretoria e do projeto de recuperação do Jacaré, ontem, na sede da Associação Comercial e Industrial – ACI -, em Sete Lagoas. Numa emocionante solenidade, foram reunidas várias gerações de democratenses, inclusive com a presença de um dos dois remanescentes do grande time vice-campeão mineiro de 1963, Pedrinho Hermeto, que era lateral direito.

Pedrinho Hermeto ao lado da esposa Mariza, prestigiou o evento.
O outro que continua entre nós, muito bem de saúde e com o bom humor de sempre é o centroavante da época, Silvinho, que não pôde comparecer.
Representantes do mundo empresarial, entidades de classe, prefeito Duílio de Castro, vereador Gilson Liboreiro (representando a Câmara Municipal) e amigos do clube de toda a região marcaram presença. Um evento animador, que passou muito otimismo, apesar de todas as dificuldades enfrentadas.

Presidente José Pedro Chamon (esquerda) ao lado do ex-presidente do Conselho Deliberativo, Liu Gonçalves.
Renato Paiva, coordenador do novo grupo de voluntários que assumiu o clube concedeu muito boa entrevista ao Luan Gabriel, do jornal SETE DIAS, publicada na edição de hoje. Vale a pena ler o que está sendo feito para recuperar este clube de 105 anos de existência.
* Renato Paiva
“Não podemos perder tempo neste processo de reconstrução, temos que ser cirúrgicos”
O Democrata tem passado por diversas mudanças nos últimos tempos. Com a saída do presidente Jaime Ribeiro e os problemas jurídicos e financeiros, o clube tenta se reerguer através de uma diretoria comprometida em mudar a história do Jacaré. Renato Paiva, um dos diretores que faz parte do novo grupo administrativo falou ao SETE DIAS sobre os desafios à frente da instituição.

Renato Paiva (direita) e Daniel Lanza, Diretor Social
Como surgiu a iniciativa de reerguer o clube e formar uma diretoria com reuniões semanais, tendo em vista os problemas administrativos e financeiros enfrentados pelo Democrata nos últimos anos?
A ideia surgiu justamente no momento de aprofundamento da crise administrativa e financeira vivida pelo Democrata entre 2018 e 2019. Algumas pessoas que gostam e se preocupam com o clube, lideradas pelo Daniel Calazans, atualmente nosso Diretor Geral, me convidaram pra tentarmos ajudar de alguma forma. Eu já havia participado das gestões do Felisberto Gregório e Flávio Reis e o Daniel também participou desta última. Conversamos bastante sobre como poderíamos participar, entendemos que o caminho seria montando uma diretoria capacitada para enfrentarmos os desafios e foi o que fizemos. Somos 13 diretores, além do presidente Dr. José Pedro Chamon, que era vice e assumiu depois do afastamento do presidente anterior, Jaime Ribeiro. Fazemos reuniões periódicas para nos organizarmos e estamos em contato permanente e diário através de um grupo de whatsapp.
Como está sendo o processo de administração do democrata? (mais…)