Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Nosso Democrata de Sete Lagoas conseguiu se safar e ano que vem deverá entrar mais forte na concorrência para retornar à primeira divisão estadual. O Ipatinga também, mas teve renúncia de presidente lá. É o time do Fernando Rocha, que escreveu sobre estes e outros assuntos na coluna dele que circula amanhã no Diário do Aço, de Ipatinga:
* “Méritos próprios”
Um detalhe interessante, que talvez explique de forma simplificada, o título de bicampeão estadual conquistado pelo Cruzeiro no último domingo: neste período de três anos do técnico Mano Menezes à frente do time celeste, o Atlético trocou de treinador sete vezes.
Basta olhar com um pouco atenção e boa vontade, para constatar que não se trata de mera coincidência, o fato de clubes com trabalhos mais longos, seja no exterior, mas sobretudo aqui no Brasil, conseguirem resultados mais expressivos que seus adversários.
Sob o comando de Mano Menezes o Cruzeiro é bicampeão seguido na Copa do Brasil e, agora, também bicampeão mineiro, se tornando um caso raro no Brasil de equipe com estilo de jogo definido.
Existem outros times igualmente fortes no futebol brasileiro? Claro que sim: pela ordem, Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Athlético-PR, o Galo, Corínthians, mas todos situados um degrau abaixo de Cruzeiro e Grêmio, os únicos times cujos treinadores não sofrem a todo momento ameaças de perder o emprego.
Sem abrir mão de suas convicções, Mano Menezes e Renato Gaúcho deram às suas equipes padrão de jogo, a bem da verdade sem muito brilho, ousadia, pragmatismo excessivo às vezes, mas inegávelmente com ótimos resultados.
Passou no teste
Tem um ditado popular aqui nos nossos grotões que explica muito da vida e o que ocorre às vezes no futebol: “Se o cavalo passar arreado monte nele”.
O jovem Rodrigo Santana, 37 anos, estava quase no ostracismo, dirigindo o time Sub-20 do Atlético, quando o cavalo passou arreado, após a demissão de Levir Culpi.
Santana não conseguiu operar o milagre de conquistar o título, pois encontrou pela frente um adversário muito superior, mas deu conta do recado, ao dar em pouco mais de dez dias um padrão tático mínimo ao time, o que o seu antecessor não conseguiu em sete meses de trabalho. (mais…)