Em fotos do Vinnicius Silva / Cruzeiro, Henrique comemora o gol de empate no mesmo dia em que completou 33 anos de idade.
Diz o ditado que “manda quem pode; obedece quem tem conta pra pagar”. Mano Menezes conseguiu montar um grupo e uma forma de jogar muito consistentes. Os jogadores sentem confiança no que fazem dentro de campo e obedecem o que é determinado pelo treinador. Um trabalho que leva tempo, além de competência para tal, dentro e fora das quatro linhas. Para mim o momento decisivo para que tudo começasse funcionar deste jeito foi aquela goleada na estréia da Libertadores sofrida para o Racing em Buenos Aires. Em conversas fechadas com os jogadores ele deu uma sacudida no grupo, na base do “quem não quiser jogar aqui que caia fora”. Nessa virada contra o Atlético-PR, concordo com este ótimo comentário do Alex Souza, a quem o blog agradece:
* “Bom jogo do Cruzeiro em Curitiba. Marcou forte a saída de bola, propôs o jogo de modo a fazer o resultado, jogou de igual para igual sem se preocupar com o fetiche contemporâneo de se fechar por jogar na casa do adversário. É assim que tem de ser: intensidade, competitividade, busca da vitória… Sem essa bobagem de ficar só na defesa, o que só acaba com a qualidade do jogo e, na maioria das vezes, leva a lugar ruim na pontuação.
Foi um grande passo a obtenção desse resultado (Atlético/PR 1 x 2 Cruzeiro) para a conquista de uma vaga na próxima fase, ressaltando que faltam mais 90 minutos em novo confronto que deve ter bom futebol em Belo Horizonte, onde o Cruzeiro vai precisar manter o foco no objetivo e jogar com seriedade, raça e inteligência. É buscar cumprir o que se espera do time sem alarde, conversa fiada ou sem oba-oba. Ser Cruzeiro é saber como o clube tem buscado construir sua história, sobretudo na Copa do Brasil.
O time, no jogo em Curitiba, quando foi atacado, se comportou bem defensivamente. Ser atacado durante uma partida faz parte do futebol e da dinâmica natural de jogo. O time atacou muito e foi o dono das principais chances de gol. Arrascaeta, Lucas Silva e Rafinha foram muito participativos e chamaram o jogo, se apresentando para as jogadas. Atacar o adversário também faz parte do futebol e da dinâmica natural do jogo.
Em desvantagem no placar, depois de lance infeliz do goleiro Fábio, o Cruzeiro foi à luta, produziu chances, foi à frente com muitos jogadores e venceu com grande colaboração do sistema de contenção nos dois gols: um chutaço de Henrique, que desviou na defesa, e um lançamento perfeito de Dedé para finalização de Raniel.”
Alex Souza