Ao Globoesporte.com
“Nepomuceno avalia gestão e opina sobre Oswaldo e Robinho: “Claro que manteria”
Em longa entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, presidente do Atlético-MG reconhece erros, acertos, comenta as trocas de treinador e garante: “O legado é positivo”
Daniel Nepomuceno foi corajoso. Assumiu a presidência do Atlético-MG logo após a saída do dirigente mais vitorioso da história do clube: Alexandre Kalil. Iniciou a sua gestão, em 2015, com a obrigação de manter o time no altíssimo patamar que o “turco” deixou. Fez uma boa gestão do ponto de vista administrativo, geriu com sabedoria os cofres do clube, fez contratações de peso, alavancou o programa de sócio-torcedor, aprovou o projeto do estádio próprio, sonho antigo do Alvinegro. Em campo, bateu na trave com um vice-campeonato brasileiro e um vice da Copa do Brasil, mas não conquistou grandes títulos. O que faltou?
Faltando menos de um mês para a eleição do novo presidente do Galo, Daniel Nepomuceno concedeu uma longa entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com e passou a limpo a gestão. O capítulo final será a provável vitória de Sérgio Sette Câmara – o candidato da situação – nas eleições do próximo dia 11 de dezembro. Depois disso, Daniel vai cuidar da família com a sensação de dever cumprido, orgulhoso pelo que fez e com a certeza de um “legado positivo”. Mas a intenção não é abandonar o Galo. Na entrevista, que durou quase uma hora, o dirigente falou sobre tudo, com muita sinceridade. Confira!
GloboEsporte.com: De modo geral, como você avalia sua gestão como presidente do Atlético-MG?
Daniel Nepomuceno: Nós tivemos os dois primeiros anos muito bons (2015 e 2016). No futebol não tem medalha de prata, mas se você considerar a história do Atlético, no primeiro ano pegamos o vice do Brasileiro. No segundo, o vice da Copa do Brasil. Preparamos tudo para, no terceiro ano, poder, aí sim, levantar (taças de expressão). Reforçamos ainda mais o time e trouxemos o treinador que todo mundo queria. No primeiro semestre, conquistamos o Mineiro em cima do maior rival, classificamos como primeiro geral na Libertadores e começamos o Brasileiro com uma partida excelente contra o Flamengo. Tinha tudo para dar certo. O que frustrou foi o segundo semestre. Foi o pior semestre dos três anos e aquém de qualquer expectativa, principalmente em casa. Como torcedor doente e apaixonado que sou, me cobro muito por isso. Ninguém se frustou mais do que eu. Futebol é isso, ele não perdoa. Tem que pensar nos erros para poder avançar e recuperar o tempo perdido. (mais…)