Ele foi muito bom presidente. Sucedeu aos irmãos Salvador e Benito Masci. Este último foi o responsável pela recuperação financeira do Cruzeiro, na sucessão de Carminie Furletti. Ótimo papo do Vinícius Dias com o César no blog Toque Di de Letra.
Confira: * “Pré-candidato, César Masci revela ‘plano de modificações’ no estatuto do Cruzeiro”
Presidente entre 1991 e 1994, ítalo-brasileiro defende a revisão de quatro pontos, além da diminuição dos requisitos para candidatura
Vinícius Dias
Nos bastidores celestes, a expectativa é de que o próximo mês marque o início das discussões sobre a possibilidade de modificação do estatuto. Pré-candidato à presidência, César Masci defende que, além da diminuição dos requisitos para disputa das eleições presidenciais, pelo menos mais quatro pontos sejam revistos. Ao Blog Toque Di Letra, o ítalo-brasileiro revelou detalhes de seu plano – duas das medidas já haviam sido antecipadas em janeiro -, prestes a ser formalizado.
“Vou apresentar antes da eleição. Lá para março, mais ou menos, estou entrando com essas propostas. Tenho que apresentar para o presidente do clube e para o presidente do conselho (João Carlos Gontijo de Amorim)”, garante Masci, que esteve à frente do Cruzeiro entre 1991 e 1994. Embora pré-candidato, ele faz questão de reafirmar que não se vê como nome de oposição a Gilvan de Pinho Tavares. “Aceito até uma composição”, disse em entrevista no mês passado.
Da relação do clube com seus sócios-torcedores à composição do Conselho Fiscal, passando pela gestão do departamento de futebol, confira, a seguir, os principais pontos.
Sócio-torcedor e Conselho Fiscal
Adotando o discurso de “devolver o Cruzeiro para o torcedor”, César Masci prega “maior valorização do sócio-torcedor”, que passaria a ter o direito de participar de processos decisórios, incluindo as eleições presidenciais. Hoje, apenas membros do Conselho Deliberativo votam. Se aprovada a medida, vislumbra a marca de 150 mil sócios no centenário, em 2021 – segundo o ‘Movimento Por Um Futebol Melhor’, atualmente são 79 mil.
Em relação ao Conselho Fiscal, ele defende a exigência de graduação em Contabilidade (Ciências Contábeis) ou Economia para exercício da função, visando ao “melhor exame dos relatórios técnicos”. O Conselho Fiscal conta com seis membros – três efetivos e três suplentes -, com mandato de três anos. O estatuto veda a remuneração.
Salários e direitos dos jogadores
Defensor da descentralização das decisões ligadas ao futebol, César Masci propõe que o acerto com “atletas com altos salários” seja acompanhado e aprovado previamente pelo Conselho Deliberativo. A aplicação partiria da definição de tetos salariais por níveis – atletas com passagem por seleção, com participação em grandes títulos do clube, entre outros. Nos casos em que os valores fossem superiores ao teto fixado, seria exigida a aprovação prévia por parte do conselho.
Crítico do atual formato de relação entre clubes e empresários, ele ainda defende que seja estabelecida a exigência de que o clube “fique com, no mínimo, 50% do passe (direitos econômicos)” dos atletas, não permitindo que os “empresários sejam proprietários quase que integralmente de seus passes”. Nesse cenário, o Cruzeiro teria direito a pelo menos metade dos valores em caso de venda futura.
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