Blog do Chico Maia

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O antigo “Novo Estádio” do Galo

Detalhe do projeto de 1947 e, abaixo, duas vistas do atual projeto da arena atleticana

Pouco torcedor sabe que, há 70 anos, quase o Atlético ergueu na região da Pampulha o seu novo estádio para dar lugar ao Estádio Antônio Carlos (onde hoje é o Shopping Diamond Mall) e que já na época se encontrava pequeno demais para a então crescente e já fanática torcida atleticana.

ESTADO DE MINAS do dia 25 de março de 1947

Ao centro a diretoria atleticana então presidida por Gregoriano Canedo

Nesta reportagem do Estado de Minas do dia 25 de março de 1947, percebe-se o quanto o projeto já se encontrava adiantado, faltando poucos detalhes para o início da sua construção. A matéria conta de forma pomposa que: “(…) Foi adquirida uma ampla área na Avenida Antônio Carlos, na Pampula” e ainda: “(…) já estão sendo vendidos os lotes na área de Lourdes, enquanto o doutor Ícaro de Castro Melo prossegue nos trabalhos de arquitetura.”

O início das obras se daria ainda naquele mesmo ano e o projeto fazia parte das comemorações dos 40 anos do clube completados em 1948. Um pouco do que é visto no projeto arquitetônico ilustrado na página do jornal acima indica que o estádio teria dois obeliscos e uma estrutura nos moldes olímpicos, o seja, com o formato de arquibancada arredondado. O conjunto arquitetônico da Pampulha tinha sido inaugurando poucos anos antes e a diretoria atleticana apostava na região como estratégica para abrigar a nova casa do clube. O estádio seria para 35 mil torcedores, 20 mil a mais que o estádio Antônio Carlos, inaugurado em 1929 na partida em que o Atlético batera o Corinthians pelo placar de 4 x 2.

O projeto não seguiu adiante e meses mais tarde foi dado início a construção do Independência, o que possibilitou Belo Horizonte ser uma das sedes da Copa de 1950.

Amanhã, sexta-feira, a diretoria do Galo e a diretoria da MRV realizará uma reunião em que os detalhes finais do projeto serão discutidos. Parece que agora o antigo sonho nunca esteve tão próximo de se realizar…


Enquete: Fred no Galo é uma boa?

Os esforços da diretoria do Atlético para trazer o atacante Fred podem envolver uma possível troca com o meia Dátolo. Então, atleticano, o que você acha?

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De Eder a Ronaldinho Gaúcho, passando pelo Tardelli: personalidade do Levir Culpi pode colocar Fred no Atlético

A imprensa fala hoje da personalidade do Levir Culpi, que compra as brigas que compra porque já é um técnico consagrado, independente profissionalmente, com o “burro na sombra” a esta altura da vida. É tudo verdade, mas os companheiros se esquecem de ressaltar que Levir sempre foi assim, mesmo nos tempos de vacas quase magras, quando ele dava os primeiros passos em clubes da prateleira de cima do futebol brasileiro. As primeiras barracões famosas dele, altamente polêmicas, foram as do Éder, o grande ponta esquerda do Galo nos anos 1980, Renato Gaúcho, Neto e Gaúcho (que morreu recentemente).

SELEGALO

Da esquerda para a direita: Assis, Adilson, Kanapkis, Waldir Todinho, Luiz Carlos Winck e Paulo Roberto Prestes; Renato, Darci, Carlos, Gaúcho  e Neto.

Era 1994 a “Selegalo” tinha fracassado e o então presidente Afonso Paulino apostou em Levir Culpi que estava em Curitiba aguardando uma proposta de trabalho. Ainda não pertencia à lista dos principais treinadores do país. Sucedeu a Valdir Espinosa que tinha sido contratado pelo Galo a pedido do Renato Gaúcho, numa rasteira dada no até então treinador do time, Vantuir Galdino.

Com Levir, das estrelas, só ficou o Eder, que foi para o banco de reservas e quase saiu do clube, numa situação parecida com a do Tardelli em 2014. Levir dizia na época o diz hoje, sem demagogia, sem mentiras:

 

__ Quando ele estiver bem, física e tecnicamente, volta a ser titular.

 

E não deu outra, naquele tempo assim como agora. Eder passou a treinar mais e se tornou o dono daquele time que estava na “repescagem”do Brasileiro e terminou em 4º lugar, eliminado pelo Corinthians na semifinal no Morumbi, depois de uma falha do goleiro Humberto.

Há jogadores que aceitam e outros não, como o Ronaldinho Gaúcho no próprio Galo e como o Fred, agora no Fluminense.

E nessa queda de braço lá nas Laranjeiras o atacante pode parar na Cidade do Galo, o que seria bom para o time. Fred continua sendo um grande artilheiro. Pela personalidade que tem certamente vai querer mostrar serviço numa volta por cima.

Segundo reportagem do Super FC o jogador já acertou bases salariais com o Atlético que enviaria três jogadores em troca para o Fluminense.

Confira:

* “Fred aceita oferta do Atlético, que oferece nomes para o Fluminense”

Atacante do Fluminense já acertou salários com o Galo, que enviará três atletas por empréstimo e ainda pode colocar Dátolo no negócio (mais…)


Clubes e entidades do esporte brasileiro precisam se inspirar no Sada/Cruzeiro, um case de sucesso

Com razão o Alex Souza cobrou “um registro” no blog sobre o Sada Cruzeiro. Escrevi em minha coluna de ontem no Super Notícia:

O esporte brasileiro, incluindo aí o futebol, precisa se aprofundar no trabalho feito pelo Sada/Cruzeiro que da montagem do time às conquistas em tão curto período de tempo é um sucesso absoluto. Com menos dinheiro que os principais concorrentes tomou a hegemonia do voleibol brasileiro, conquistando os principais títulos regionais, nacionais, sul-americanos e mundiais. Não só clubes, mas federações de todas as modalidades deveriam procurar saber a fundo as razões deste sucesso para que a fórmula seja bem copiada país afora.


E o Cristiano Ronaldo, hein!?

O Real Madri precisava fazer três gols e não tomar nenhum para superar o Wolfsburg e se classificar para a semifinal da Uefa Champions League. O time é muito bom e tem um jogador decisivo, que é isso. Fez três e resolveu o problema.

O jornalista Renan Koerich de Florianópolis retweetou o Futmais ‏@futmais, que informou alguns números impressionantes: 

* Cristiano Ronaldo com a camisa do Real Madrid:

342 jogos

360 gols

98 assistências

7 títulos


As razões e dilemas do presidente Daniel Nepomuceno

Foto do Super FC

O presidente do Atlético agiu bem ao chamar os jogadores e comissão técnica às falas, depois de três derrotas em quatro jogos, além do futebol muito abaixo do esperado. Porém a questão é mais séria. Caso dê uma goleada neste Melgar, quinta-feira, no Mineirão, boa parte da imprensa nacional voltará a dizer que o Galo tem o melhor time do Brasil no momento. E quase ninguém vai alertar que se trata do pior time desta Libertadores.

Aliás, não consigo entender qual o parâmetro que os colegas usam para decretar que um time é o melhor do país, antes de o Campeonato Brasileiro ao menos começar. O Corinthians fez a melhor campanha na primeira fase do Paulista e o técnico Tite enfrentou mais problemas que o Aguirre e o Deivid no Mineiro. Tecnicamente o estadual deles é muito superior ao nosso.

Outro equívoco que tenho notado na avaliação do trabalho do Aguirre é que grande parte da imprensa só se apega a este suposto “rodízio” promovido pelo treinador. Entendo que ele está certo em testar jogadores e formações, mas o maior problema não é este e sim a impotência do time que não conseguiu vencer os adversários da prateleira de cima que teve pela frente até agora. Não me venham com o torneio da Flórida, porque ali era pré-temporada, jogos amistosos.

Depois deste Melgar o Galo terá a URT pela frente. Caso chegue à final, poderá ser campeão ou não em cima do Cruzeiro ou América. Mais um perigo para avaliação do time em relação à sequência da Libertadores e o Brasileiro que está chegando. Ganhando ou perdendo, todos nós da mídia e quase todos os torcedores diremos que “clássico é clássico”, em que tudo pode acontecer.

Não é fácil a posição do presidente atleticano que corre o risco de ser obrigado a mudar de treinador em pleno Brasileiro. Mas se mudar agora e o substituto do Aguirre não for bem será acusado de ter sido precipitado.


Boa nova no ar na região do Campo das Vertentes

Notícia boa da nossa comunicação que vem do interior: depois de 30 anos no ar, pela primeira vez, a Rádio Sucesso (101,7), líder na região do Campo das Vertentes, passará a transmitir os jogos de Atlético e Cruzeiro, direto de Belo Horizonte. A equipe será formada por: Roger Luiz (narrador), Adilson Martins ( repórter) e Hamilton Fonseca (comentarista). A sede da emissora está localizada em Barbacena, e um de seus proprietários é o jornalista e ex- Ministro das Comunicações, Hélio Costa. A estreia da Jornada Esportiva será no próximo fim de semana, nas semifinais do Campeonato Mineiro. Votos de todo o sucesso aos companheiros.


No balanço geral da primeira fase Aguirre virou Deivid e as barbas continuam de molho

Victor voltou depois da cirurgia e foi mal, como todo o time neste vexame diante do Tricordiano. Foto: Super FC

O Campeonato Mineiro começou com uma descrença absoluta da torcida do Cruzeiro no técnico Deivid, e os atleticanos divididos entre crentes e incrédulos em relação ao Diego Aguirre, com ligeira maioria para os desconfiados. As vitórias sem convencer da Raposa aumentavam o contingente de cruzeirenses que gostariam de ver um treinador experiente, de nome, comandando o time. Uma vitória ou outra por placar mais dilatado, a liderança do grupo na Libertadores iam aumentando o cacife do técnico do Galo. O campeonato estadual é isso mesmo, um laboratório para testes e observação de jogadores e também para os chefes deles. O fim da primeira fase deste Mineiro chegou com um saldo muito ruim para o Atlético, que conseguiu perder para o péssimo Tricordiano no mítico Independência por um placar absurdo de 4 a 2. Nenhuma justificativa de tantas dadas por Aguirre após o jogo é aceitável. É voz corrente que o elenco atleticano é muito bom, com titulares e suplentes de ótimo nível. Mas, entre as competições estadual e continental são três derrotas em quatro jogos, e o pior: 10 gols sofridos em quatro jogos. Tem coisa errada aí!

Por outro lado o combatido e desacreditado Deivid obteve nove vitórias e dois empates em 11 jogos oficiais, com um elenco tido como inferior ao do maior concorrente, entre titulares e reservas. Importante lembrar que os adversários de ambos foram os mesmos, nas mesmas condições favoráveis e adversas. Isso precisa ser levado em conta com muita atenção.

De sã consciência ninguém seria louco de dizer que o Cruzeiro está com um ótimo time, comandado por um novo Pep Guardiola do futebol mundial, porque estamos falando de Campeonato Mineiro, cuja qualidade técnica da maioria é sofrível. Mas na comparação entre os dois mais fortes clubes mineiros, o Cruzeiro fez o dever de casa “com louvor”. Aguirre está em débito. Precisa mostrar a que veio.

Os números não mentem e neste caso, nenhum mentiroso inventou nenhum número. O Cruzeiro vai enfrentar o América; o Atlético a URT e os vencedores decidirão o título. Ano passado o Cruzeiro também chegou em primeiro como o melhor geral da primeira fase e terminou fora da final. Vai enfrentar um adversário mais forte que o Atlético e tudo pode acontecer.

Independentemente de quem será o campeão, entendo que a situação dos nossos três integrantes da Série A nacional precisa ser melhor avaliada pelas diretorias, pois nenhum está mostrando futebol que os credencie a brigar na cabeça no Brasileiro. O América para se manter na elite. Aguirre, que era menos contestado que Deivid, mudou de posição e a desconfiança quanto ao trabalho dele se tornou gigante.

deivid

Deivid comandou o Cruzeiro em nove vitórias e dois empates em 11 jogos.


E lá se foi o mestre, amigo e grande figura Mauro Rocha, o “Martin Pescador”!

Passavam poucos minutos das sete horas desta manhã ensolarada de domingo e o telefone tocou. Interrompi o meu alongamento da pré caminhada porque vi que era o Renato, do SETE DIAS. Repórter atento, que sempre liga quando há alguma novidade importante. A esta hora da manhã, normalmente, é notícia ruim. E não deu outra: morreu o Mauro Rocha!

Puxa vida! O nosso “Martin Pescador”. Mas não é possível!!!

Sim, possível e verdadeira a informação, lamentavelmente.

Depois de mais alguns detalhes sobre o ocorrido, um filme começou passar na minha memória. Meus 13 anos de idade, começo da carreira de radialista, primeiro andar do Edifício Dr. Márcio Paulino, ainda em obras na Av. Emilio de Vasconcelos, onde funcionava a Rádio Cultura de Sete Lagoas. O dono da rádio, Geraldo Padrão, levou-me do Jornal O Centro de Minas, onde eu era colunista desde os 11 anos, para ser redator do programa de esportes da Cultura. Apresentou-me ao “Seu Mauro”, o sisudo e famoso radialista, diretor e coordenador da rádio, famoso pelo vozeirão e textos brilhantes, e também pela fama de durão.

Depois de um “interrogatório” de quase uma hora, Mauro Rocha chamou o professor Clarindo Aziss Lima, braço direito dele, sub-coordenador da rádio e disse que a partir daquele momento eu estava sob os cuidados dele, para que me introduzisse no mundo radiofônico.

Graças a eles e demais grandes companheiros da Cultura, do porteiro aos donos, tenho este privilégio de estar aqui escrevendo para as senhoras e senhores, ocupando espaços importantes na mídia. Estes mestres e acima de tudo amigos foram uma escola espetacular.

Cinco anos depois o Gil Costa me contratava para a Rádio Capital. Foi fácil, porque os ensinamentos que tive na Cultura me deram uma base sólida, sustentável. A amizade com meus antigos mestres e companheiros permaneceu. Alguns anos depois resolvi empreender e criei o jornal Sete Dias. Uma das primeiras conversas sobre a viabilidade do negócio foi com o Mauro Rocha, que escrevia uma coluna famosa em outros jornais da cidade: “De caniço e samburá”, sobre pesca, assinada por Martin Pescador, pseudônimo criado por ele. Além do incentivo e orientações preciosas o Mauro aceitou o convite para transferir a coluna para o mais novo semanário da cidade. Em novembro o nosso Sete Dias completará 25 anos e essa foi a única coluna que nunca deixou de ser publicada em todas as edições. Nos últimos anos fiz grandes transformações no jornal, contando com idéias e palpites importantes do Mauro, que um dia me disse:

__ Papel e gráfica estão cada vez mais caros; você precisa otimizar os espaços, publicar o que mais agrada ao público, que seja mais vendável. Este assunto “de pesca” caducou, não interessa mais a muitas pessoas. Utilize este espaço que eu ocupo com assuntos mais atrativos e mais interessantes comercialmente.

 

Pois foi a única coluna que não correu risco de cair em momento algum. Não só por causa da tradição, do enorme número de seguidores e das questões ambientais sempre abordadas pelo “Martin”; uma coluna atualíssima e importante pro jornal, mas acima de tudo por causa dele, um guru de todos nós. Semanalmente ele aparecia para trocar idéias, ouvir lamúrias, contar histórias, oferecer ajuda, a todos nós da equipe. Era um “paizão”, que já está fazendo falta. Muita falta.

Apreciador de uma boa cachaça, há algum tempo estava sem tomar, por recomendações médicas, mas pelo cheiro sabia se aquela apresentada a ele no momento, “prestava” ou não.

A vida segue, a hora de todos nós chega e ciclos se completam. Mas como doem momentos como este. Aos 77 anos Mauro Olímpio Rocha se vai, deixando uma legião de fãs, amigos e uma família querida, com quem dividimos a dor neste momento. À esposa Lúcia, aos filhos Maurinho, Rogéria e Vinícius, ao genro Régis e aos netos Brenda, Gustavo, e Catarina, o meu abraço.

Ficam as lembranças deste grande cidadão brasileiro; ficam a minha eterna gratidão, a saudade e o lamento!

Duas semanas atrás, fiz esta brincadeira com ele em minha coluna no Sete Dias:

Ecos do Passado

MARTIN

Em 2006, Martin Pescador (esquerda) nos tempos em que ele ainda curtia o título de “Lobisomem do Ano”, criado pelo saudoso Onofre Miranda no jornal Estado de Minas, sendo servido de uma “Vitorina” pelo Victor Braga, em Fortuna de Minas, no lançamento do Condomínio Vitorina Park II. A Vitorina hoje é classificada entre as melhores cachaças do Brasil.

***

Aqui, mais detalhes sobre ele no site do jornal:

* “Sete Lagoas perde Mauro Rocha, o Martim Pescador

O SETE DIAS amanheceu de luto neste domingo (10). Faleceu, nesta manhã, Mauro Olímpio Rocha, 77 anos, colunista do jornal SETE DIAS desde sua fundação. Referência no colunismo de pesca em Minas Gerais, Mauro assinava a coluna Martim Pescador, a mais antiga sobre pesca a ser publicada no estado.

Vítima de ataque cardíaco, Mauro Rocha também era radialista e foi um dos fundadores da Rádio Cultura AM, que hoje é parte da Rede Padrão de Comunicação. Também era ex-funcionário da Câmara Municipal de Sete Lagoas e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-SL). Deixa a esposa Lúcia, os filhos Mauro, Rogéria e Vinícius, além de três netos. (mais…)


A “obrigação” de Atlético e Cruzeiro; o “dilema” do América; a quase queda do Dunga e o mestre Kafunga, que hoje sairia preso das transmissões

Até os anos 1990 era comum a expressão “mil novecentos e Kafunga” para se referir a coisa antiga. Nesta foto, ele no Papo de Bola na TV Alterosa

***

Obrigado ao André Corrêa que sugeriu as seguintes discussões:

“01 – Não que eu esteja interessado na seleção, mas a CBF consultou o interesse de Tite no cargo antes de confirmar a manutenção do atual treinador?

02 – O que seria melhor (ou menos pior) para o América? Ganhar e pegar o Atlético ou não vencer e pegar o Cruzeiro?”

No que se refere à seleção penso igual a ele: o futebol Mineiro me interessa infinitamente mais que a seleção da CBF, Dunga e etecetera, de credibilidade semelhante à maioria dos políticos que estão arrebentando com o país. Tite é macaco velho e não enfia a mão em cumbuca ruim ou suspeita!

Aliás, fico imaginando: nesse exagero de chatice do politicamente correto, se o Tite fosse negro eu estaria correndo o risco de ser acusado de racista por usar esta frase (macaco velho), né?

Screen shot 2016-04-11 at 11.47.26 AM

O saudoso mestre Kafunga (na foto, recebendo o Dadá na TV Alterosa) grande comentarista até os anos 1980, sairia preso da cabine da rádio onde estivesse trabalhando. Usava expressões como “frango de macumba”, “filet de borboleta”, “meio lá meio cá”, “lesco lesco”, “braquicéfalo” (cabeça curta, pequena no caso de gente; focinho curto e achatado no caso de um cão) e outros adjetivos. Aí, realmente o “velho Kafa” pegava pesando no cunho racista e preconceituso, já se referia a árbitros, jogadores, dirigentes e até colegas, já que não perdoava ninguém.

Sobre o “dilema” americano a questão é ótima e entendo que o Coelho está diante de uma situação até positiva já que precisa se afirmar e voltar a levantar uma taça de campeão estadual no ano do seu retorno à Série A do Brasileiro. O time caiu de produção durante o campeonato, recuperou-se com as mexidas promovidas pelo Givanildo e será uma questão de honra fazer uma grande semifinal contra qualquer um da dupla que divide a hegemonia mineira. Se passará, é outra história, pois clássico é clássico.

Atlético e Cruzeiro que ponham as barbas de molho já que vez por outra um dos dois costuma ficar fora da finalíssima, o que convenhamos, é uma vergonha para quem recebe, só da Globo, R$ 7 milhões em direitos televisivos, contra R$ 1,5 pro Coelho e R$ 300 mil para os clubes do interior.