Ouvi e li manifestações “nacionalistas” contra a lista divulgada pela Fifa dos 23 indicados ao prêmio Bola de Ouro 2014. Essa ala reclama que deveria haver mais brasileiros, entre jogadores, onde só consta o nome de Neymar, e “pelo menos” um ou dois treinadores, onde não há nenhum. Infelizmente a verdade é que o futebol brasileiro realmente não tem ninguém além do ex-jogador do Santos para ser apresentado como candidato a melhor do mundo no momento. Forcemos a memória e não nos lembraremos de nenhum, de qualquer estado.
O futebol mineiro, que no momento tem dois clubes no topo nacional, quem teria para ser incluído numa lista dessas?
Gareth Bale (País de Gales), Karim Benzema (França), Diego Costa (Espanha), Thibaut Courtois (Bélgica), Cristiano Ronaldo (Portugal), Angel Di Maria (Argentina), Mario Goetze (Alemanha), Eden Hazard (Bélgica), Zlatan Ibrahimovic (Suécia), Andres Iniesta (Espanha), Toni Kroos (Alemanha), Philipp Lahm (Alemanha), Javier Mascherano (Argentina), Lionel Messi (Argentina), Thomas Mueller (Alemanha), Manuel Neuer (Alemanha), Neymar (Brasil), Paul Pogba (França), Sergio Ramos (Espanha), Arjen Robben (Holanda), James Rodriguez (Colômbia), Bastian Schweinsteiger (Alemanha), Yaya Toure (Costa do Marfim).
Messi
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De sã consciência nem o mais bairrista dos jornalistas ou o mais apaixonado atleticano ou cruzeirense conseguiria apontar um jogador nosso que merece estar nesta lista divulgada pela Fifa? Além do mais o futebol brasileiro não tem visibilidade na Europa, onde estão os selecionadores convidados pela entidade para indicar estes candidatos a melhor do mundo.
Outra verdade que a maioria dos brasileiros não gosta de ouvir é que apesar de termos cinco Copas do Mundo conquistadas os clubes argentinos são mais badalados lá fora. Principalmente o Boca Juniors e depois o River Plate são muito mais conhecidos do que o mais popular dos nossos, que é o Flamengo. Raramente se vê camisas de clubes brasileiros em lojas no exterior, diferentemente dos argentinos.
No que se refere a treinadores a nossa situação é pior ainda. Vanderley Luxemburgo e Felipão fracassaram no Real Madri e Chelsea e ajudaram a queimar a imagem dos demais, que quando são convidados a dirigir um clube estrangeiro, têm que aceitar convites da periferia do futebol, na Ásia ou Mundo Árabe.
Também entre os treinadores os argentinos estão muito à frente dos nossos. Veja os indicados ao prêmio pela Fifa Carlo Ancelotti (Real Madrid), Antonio Conte (Juventus), Pep Guardiola (Bayern de Munique), Juergen Klinsmann (Estados Unidos), Joachim Low (Alemanha), Jose Mourinho (Chelsea), Manuel Pellegrini (Manchester City), Alejandro Sabella (Argentina), Diego Simeone (Atlético de Madrid), Louis van Gaal (Holanda/Manchester United).