Rádios, jornais, Tvs, internet e todo tipo de comunicação possível. Agora, só Copa do Mundo.
Um tempo para as competições nacionais: os nossos clubes com alguns dias de folga e depois pegando vôos; o Atlético para a China, o Cruzeiro para os Estados Unidos, o América lambendo as feridas pela assustadora queda de produção e cada outro clube do país inventando algo para o período da realização da Copa. De modo geral as pessoas gostam mais das notícias relacionadas ao seu time do coração, mas quando se trata de Mundial, de quatro em quatro anos, impossível não se ligar nas coisas da seleção brasileira e tudo que envolve o evento, anda mais este ano, no Brasil, quando o assunto é só este, dentro e fora dos campos de futebol.
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Acredito que será uma bela Copa especialmente no que se refere aos jogos, que envolverão os melhores jogadores do mundo e concorrentes passando por ótimo momento, ao contrário das três Copas anteriores, quando o nível técnico da maioria das partidas não passou do razoável. Em que pese alguns desfalques de última hora, que sempre acontecem, os craques maiores estarão no Brasil e darão grandes espetáculos para o mundo assistir.
Fora de campo, também não acredito em nenhuma tragédia, porque como disse Joana, a neta do João Havelange, e dirigente do Comitê Organizador, “o que tinha que ser roubado, já foi”.
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Preocupação mesmo precisa ser com a segurança dos estrangeiros que estão chegando e parece que os governos das três instâncias estão tomando as devidas precauções. E não serão 600 mil “gringos” como a propaganda da presidência da república está anunciando e possivelmente nem os 300 mil, alardeados pelo Ministério do Turismo, já que milhares de pacotes foram cancelados em função da violência brasileira mostrada mundo afora.
A segurança em relação a nós, brasileiros, não muda muita coisa, já que estamos acostumados com o nosso cotidiano, lamentavelmente, na base do “qualquer hora acontece comigo”, alguma coisa do que vemos, ouvimos, lemos ou que algum amigo, vizinho ou parente nos conta. Fora de controle há bastante tempo. Durante a Copa com o agravamento da vinda dos argentinos chamados “barras-bravas”, marginais tão violentos quanto os que infestam as nossas torcidas, porém, que só virão com o propósito de aprontar.
Hoolighans ingleses também virão, mas bem menos, e devidamente monitorados pela polícia britânica.
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Haverá reclamações também em relação a aeroportos, mas isso os estrangeiros tiram de letra, pois sabem previamente disso; no trânsito dentro das cidades nenhum problema, já que haverá férias escolares, quando até o tráfego em Belo Horizonte fica uma beleza. Problema mesmo é quando alguém precisar usar a internet no Mineirão ou o GPS; neste caso, ficará perdido, “recalculando” rotas, rezando para não cair numa “comunidade” ou “aglomerado” (novos nomes oficiais das favelas) desses onde os traficantes atiram antes de saber se o “invasor” é amigo ou inimigo.
Quatro anos atrás os sul-africanos enfrentavam desconfianças semelhantes às que enfrentamos agora quanto à capacidade de organizar o Mundial de forma competente e sem violência. Eles passaram muito bem no teste.