O Lado Sujo do Futebol
A Trama de Propinas, Negociatas e Traições que Abalou o Esporte Mais Popular do Mundo
Amaury Ribeiro Jr., Tony Chastinet, Luiz Carlos Azenha
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Este livro explica bastante e o que faz com que empresários fortíssimos em atividades que nada têm a ver com o mundo da bola entrem de cabeça na área e tentam se perpetuar no poder.
É o caso do Ricardo Teixeira, que de investidor no mercado de capitais e dono de seguradora, resolveu aproveitar a força do sogro e se tornar sócio dele no mundo futebolístico, começando pela eleição à presidência da CBF.
Conheço bem um dos autores, bom companheiro de grandes “chás com torradas” em Belo Horizonte, o Amauri Ribeiro Júnior. Os outros dois também são jornalistas conceituados.
Quem leu, está enchendo a bola do livro. O primeiro a me dar notícia do conteúdo foi outro grande jornalista, o Eugênio Sávio.
A revista Carta Capital o transformou em capa e dedicou várias páginas.
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Cosme Rímoli escreveu no bl0g dele:
“Cosme Rímoli”
O Lado Sujo de Futebol mostra documentos inéditos sobre João Havelange e Ricardo Teixeira. Explica como transformaram a Fifa e a CBF. De entidades amadoras viraram empresas bilionárias. Além do envolvimento da Ditadura Militar no futebol brasileiro. O caminho da Copa até o Brasil… Leitura imperdível!
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Juca Kfouri publicou um capítulo em seu blog e vale a pena ler este começo da história:
* “Amigos íntimos”
“Esse carro teve um desastre nos Estados Unidos. E faleceu uma pessoa que era muito querida minha.”
Ricardo Teixeira
Ocaminho que nos leva até a fonte do mistério corta os pântanos da Flórida, nos Estados Unidos. Nossa viagem vai de norte a sul, de Orlando a Miami. Paramos para abastecer. O bando de corvos
que cerca a lanchonete anexa ao posto de gasolina dá um ar surreal à nossa missão, que faz lembrar os contos cavernosos de Edgar Allan Poe. Mas o nosso objetivo é justamente separar ficção de realidade. Estamos atrás da verdade escondida no acidente que pode ter muda‐ do a história do futebol mundial.
Na saída 193, fazemos o retorno na Florida Turnpike e ajustamos o contador de quilometragem. Após 26 quilômetros, paramos no acostamento, no ponto exato indicado por um boletim de ocorrência em nossas mãos. Um carro da polícia rodoviária para em seguida. Educado, o policial nos adverte que só se pode estacionar ali em casos de emergência. Explicamos o motivo de nossa presença. “Façam o que for preciso e saiam depressa.”
Um de nós já está dentro da mata. Seus gritos fazem mais barulho que o motor da viatura policial que arrancava dali. No meio da lama, peças antigas de um automóvel – um friso de plástico, um pedaço de para‐choque. Coincidência ou não, aqueles pedaços de carro nos enfiam num túnel do tempo. Voltamos a outubro de 1995, uma sexta‐feira 13.
Passava pouco da meia‐noite quando um luxuoso BMW preto cortava em alta velocidade a Turnpike. Com o pé firme no acelera‐ dor, uma bela jovem carioca, morena, esguia, cabelos lisos escuros, sobrancelhas arqueadas. Adriane usava colares, pulseiras e anéis dourados. Estava acompanhada por Lorice, a quem havia buscado no Hotel Marriot, em Boca Raton.. . .
http://blogdojuca.uol.com.br/2014/05/exclusivo-o-primeiro-capitulo-de-o-lado-sujo-do-futebol/