Senhoras e senhores,
dia desses um comentarista do blog cobrou, com razão, promessa feita por mim no fim do ano passado (ou teria sido no começo deste ano?) que este espaço, bem como o site, twitter, facebook e demais meios virtuais que nos envolvem seriam reformulados.
Informo que a falta de tempo e outras prioridades profissionais estão adiando essas mudanças e inovações, mas já já elas sairão do campo das idéias e se tornarão realidade.
Devagar estamos trabalhando nisso, paralelamente, com amigos que estão agregando competências e material a ser publicado no futuro.
Ontem, fizemos uma sessão de fotos com o professor Eugênio Sávio, que ficaram show.
Hoje, mexendo em arquivos, também visando a cobertura da Copa, que começará pra valer, dia 2 de junho, quando minha coluna passará a ser diária no O Tempo e Super Notícia, encontrei algumas fotos que me fizeram voltar no tempo.
Grandes momentos, grandes companheiros, coberturas, lugares e pessoas inesquecíveis, com quem continuamos convivendo e que, infelizmente, já se foram.
Aí me meio a célebre frase e a atitude do craque argentino Alfredo Di Stéfano, que mandou erguer um monumento no jardim de sua casa em Madri, homenageando uma bola de futebol, com os dizeres: “Gracias, vieja”, estendendo a homenagem à mãe dele com a explicação: “‘Obrigado, ‘velha’ é a bola e minha mama. À velha, que me fez nascer, e à bola, que me fez crescer.“.
Faço minhas as palavras dele. Também sou muito grato ao futebol. Graças a ele pude viver o que vivi e vivo, conhecendo gente e lugares numa profissão que valeu a pena abraçar, a caminho da cobertura da minha oitava Copa.
Acompanhando toda a turbulência que envolve a realização deste Mundial no Brasil, recentemente cheguei à conclusão que realmente ficarão legados para o país, mas o maior e mais importante deles é a discussão dos problemas que impedem ao Brasil de se inserir entre os melhores do mundo em qualidade de vida para a sua população.
Sempre se roubou muito, impunemente, por aqui mas tudo ficava restrito aos noticiários e a vida seguia.
Graças ao futebol e aos holofotes mundiais que se voltaram para o país em função da Copa, as ruas foram tomadas por gente indignada em 2013 e há um ano todo cidadão fala de assuntos que verdadeiramente mexem com o nosso dia a dia e que realmente importam: educação, saúde, mobilidade, segurança, vergonha na cara e etecetera e tal.
E essa discussão não vai parar mais. Depois da Copa haverá eleições, depois das eleições cobranças aos eleitos, depois mais cobranças aos empossados, e assim será até que a situação vá melhorando em cada setor.
Tudo devagar, mas ao seu tempo; nada fácil, porque os interesses inconfessáveis são gigantes e incontáveis, mas dentro de alguns anos ou algumas décadas, certamente teremos um Brasil melhor, porque o brasileiro está tomando consciência de que tem que lutar pelos interesses coletivos.
E foi o futebol que mexeu neste vespeiro!

Essa imagem na capa do “Estado de São Paulo”, hoje, é emblemática. Mostra que do descobrimento (dos tempos de Pedro Álvares Cabral em 1500), representado pelos índios e suas flechas, aos dias de hoje, os brasileiros reivindicam os seus direitos e querem um país melhor.
E aqui algumas imagens dos meus arquivos vasculhados, que me levaram a escrever essas “mal traçadas”:

Meu começo no rádio, com o dono da Cultura de Sete Lagoas, Geraldo Padrão (centro) e o locutor João Carlos de Oliveira, que trabalhou também na Capital e Itatiaia. Foto no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Entrevistando Johan Cruiff, antes de um Ajax x Atlético, torneio de Amsterdam.

Em um torneio em Modena, Itália: Celso Martinelli (esq.), Willy Gonser, Paulo Celso (Estado de Minas), Roberto Abras, Osvaldo Faria; eu e Vilibaldo Alves.

Foto que fiz do Alberto Rodrigues (esq.) lendo texto, com o Carlos César Pinguim ao lado, durante transmissão de jogo do Brasil no estádio Nacional de Santiago, Chile, na Copa América de 1991.

No embarque de Los Angeles para San Francisco, Copa de 1994, encontro casual com o zagueiro Cléber, então no Palmeiras. que viajava para excursão à Ásia. Orlando Augusto à direita.

Com Hélio Fotógrafo, o saudoso Boris Nicolayewsky (Hoje em Dia), Rogério Perez (Hoje em Dia) e Orlando Augusto (TV Horizonte) em Pasadena, na véspera da final da Copa dos EUA em 1994.

Com Uara Elias Jorge, o famoso Turquinho da Itatiaia, e Roberto Abras, em Ozoir La Ferrière, onde a seleção brasileira treinava na Copa de 1998.

Também durante a Copa da França, em Paris, com José Roberto Wright, Paulo Marinho e Casagrande.
O Ministério do Turismo francês oferecia aos jornalistas visitas guiadas aos principais pontos turísticos do país.
Paulo Marinho era do jornal O Dia e gostava de um “chá com torradas”. De ressaca, em uma visita ao castelo onde o Napoleão Bonaparte passava o verão, resolveu tirar um cochilo enquanto os guias percorriam o castelo com os demais companheiros. Mas, sem saber, escolheu justamente a cama que era do Napoleão. Quase foi preso e o passeio foi interrompido.

Com Aline Rescala (O Tempo) na cobertura dos Jogos Olímpicos de Atenas

Durante treino da seleção do Zagallo na véspera da final contra a França, com Cláudio Arreguy, na época no Estado de São Paulo e o Paulo César, também do Estado de SP.

Com o Mário Henrique Caixa e o o saudosíssimo Fernando Sasso, em Swon, Coreia do Sul, na Copa de 2002

E graças ao futebol também conheci pessoas como o Toninho Horta, mineiro da gema, torcedor do América, e que por onde qualquer brasileiro viaje pelo mundo, ouve músicas dele ou sendo tocadas por ele.