A melhor fórmula
A cada rodada me convenço que os campeonatos estaduais deveriam ter a mesma fórmula da Copa do Mundo. Os clubes menores, que não disputam as divisões nacionais disputariam durante todo o ano a classificatória que os credenciariam a enfrentar os pré-classificados, que são os das séries A, B, C e D.
Depois, durante um mês, igual na Copa, 32 clubes decidiriam o título. Todos nós ganharíamos! O público não enfrentaria a repetição de sempre, quando os veteranos jogadores trocam de clubes e se enfrentam nos três primeiros meses do ano. Os clubes do interior gastariam menos, teriam oportunidade de lançar jogadores de suas bases e até ganhar dinheiro revelando-os para os grandes. Não deveria haver três divisões, apenas primeira e segunda, diminuindo custos, regionalizando a disputa.
Com a regionalização as despesas seriam menores para todos os participantes que certamente apresentariam jogadores formados em casa, revelando incontáveis talentos que, na fórmula atual, não aparecerão nunca.
Do jeito que é continuaremos tendo públicos ridículos como o que temos há anos.
Sem graça
Peguemos os jogos de Cruzeiro e Atlético neste fim de semana. Ganharam sem maiores dificuldades, poupando jogadores, jogando para o gasto, respectivamente contra o Tupi no Mineirão e Guarani em Divinópolis. O Tupi se deu ao luxo de preservar titulares porque tinha certeza que perderia e preferiu se resguardar para a última rodada, quando precisa vencer em casa, para se classificar.
Só grana
Um campeonato com apenas primeira e segunda divisões propiciaria uma grande integração do estado, revivendo clássicos locais e regionais, entre clubes das mesmas cidades e regiões, motivando novamente a torcedores e apoiadores que andam desiludidos com a dinheirama que tomou conta do mundo da bola em todos os níveis.
Como comparar a capacidade de investimento de Atlético e Cruzeiro com os demais clubes?
Motivação
Normalmente o América vive a mesma situação de Atlético e Cruzeiro, mas nos últimos anos tem dado alguma motivação aos concorrentes do interior, demorando mais para se classificar, com direito a um rebaixamento absurdo alguns anos atrás.
O fato é que os campeonatos estaduais são semelhantes no país inteiro e não atraem a ninguém.
É preciso mudar, com urgência!
Poupança
O Cruzeiro, poupando Dagoberto, venceu com algum aperto, o Tupi que poupava alguns titulares, mas já estava classificado para a final. O Galo de Juiz de Fora poupou porque sabia que perderia, mas pode se classificar na última rodada, em casa.
O Atlético, quase classificado, entrou com time suplente em Divinópolis, mas se classificou, vencendo o Guarani, que briga para não cair.
Que campeonato atraente!
Esperança
O grande problema é que essa repetição dura há décadas. Quem sabe haja alguma mudança com a alternância de poder que se avizinha na Federação Mineira de Futebol?
Mas, ela é tradicionalmente controlada por Atlético, Cruzeiro e América, e qualquer mudança tem que passar por eles. E eles nunca se entendem. Duvidam uns dos outros, acham que um quer passar a perna no outro, e ficam por isso mesmo.