Agradeço ao presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições – ANIAM – Salesio Nuhs, que através da assessora de imprensa Mariana Nascimento, enviou carta com importantes informações sobre a questão das armas e a violência que tomou conta do Brasil.
O assunto tem a ver com a coluna que escrevi nos jornais O Tempo e Super Notícia, dia 12.
A respeito da ANIAM, vale a pena conhecer o site dela: http://www.aniam.org.br/
A carta do presidente:
* “Prezado Sr. Chico Maia,
Gostaria de cumprimentá-lo pelo artigo publicado em seu blog, no dia 12 de janeiro de 2014, com o título “Estamos em um mato sem cachorro e não vejo nenhuma ação concreta para barrar os criminosos mais violentos”.
Textos como este são fundamentais para estimular a reflexão sobre um assunto tão importante como segurança pública e cobrar ações que visem à diminuição.
Certamente, o problema da insegurança pública reside nas atividades criminosas e na impunidade. O desarmamento não detém os delinquentes violentos que sempre têm sua forma de obter armas. É certo que os criminosos não adquirem armas de fogo em lojas de armas, tendo fácil acesso a poderoso armamento através do desenfreado contrabando que assola o país.
É necessário combater as atividades criminosas com vigor. No mais, acreditamos que além de combater as armas criminosas, é preciso que o governo desburocratize o processo para regularização das armas que estão nas mãos dos cidadãos, pois apenas os impede de permanecerem com suas armas regularizadas.
Em virtude da política de desarmamento do governo, aliado ao excesso de burocracia e a inexistência de estrutura do órgão responsável pelos registros,
atualmente, mais da metade das 16 milhões de armas de fogo que circulam pelo país, segundo o Ministério da Justiça, não estão devidamente registradas no Sistema Nacional de Armas (SINARM).
Das que estão, em 2010 havia 8.974.456 de armas de
fogo com registro ativo. Já em 2012, o número passou para apenas 1.291.661. Com isso, 7.682.795 de armas encontram-se ilegais.
Desde 2012, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM) vem propondo ao Ministério da Justiça auxilio para promover uma nova campanha com o intuito de incentivar a renovação dos registros vencidos de armas de
fogo. Além desta, outras ações, como a colocação de chip em armas, rastreamento de munição em lotes padrão, distribuição de material educativo para crianças e adultos, foram propostas, visando contribuir para o controle de armas de fogo e munições pela polícia e também para a redução da ilegalidade.
Além de cumprimentá-lo pelo artigo, gostaríamos de lhe apresentar a cartilha “Mitos e Fatos”, produzida pela Associação Nacional da Indústria de Armas e
Munições (ANIAM). Com o intuito de proporcionar uma visão ampla e real sobre os fatos relacionados a armas de fogo e munições, o documento esclarece dez mitos populares e os fatos são baseados em matérias divulgadas nos últimos anos em grandes veículos impressos.
Este material promove uma desconstrução sobre diversas questões e lança um novo olhar sobre o foco que deveria ser observado nas políticas de segurança pública. Dentre eles, o combate à impunidade, uma política de segurança eficaz das
nossas fronteiras, investimentos consistentes na área de treinamento de polícias civis e militares, entre outras providências.
Acreditamos que por meio da educação é possível transformar uma sociedade, principalmente no que se refere à segurança e minimização dos riscos.
Nesse sentido, a ANIAM também produziu o gibi “Turma Legal”. A finalidade do gibi é passar às crianças, de um modo divertido, informações úteis para prevenção de diversos tipos de acidentes domésticos, dentre eles com armas de fogo, facas e, até mesmo, brincadeiras envolvendo pipas.
Por fim, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições reforça o contento com a opinião expressada no artigo e se coloca à disposição para o
fornecimento de informações sobre assuntos relacionados ao setor.”
Agradecemos a atenção e reiteramos votos de estima e consideração.
Atenciosamente,
Salesio Nuhs
Presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições