Amanhã será dia de retornar ao Brasil, depois de conhecer um pouco mais do Marrocos e terminar, de trem e ônibus, esta viagem em Sevilha, uma das cidades mais encantadoras da Espanha. Daqui, Lisboa, pela TAP e em seguida, Brasil. De Marrakech a Tânger, no estreito de Gibraltar, são 570 Km, em 5h30 de trem de muito boa qualidade.
De Tânger saem barcos de hora em hora para Tarifa/Algeciras e de lá, quase duas horas de ônibus direto a Sevilha, cidade onde a seleção brasileira de Telê Santana se concentrou para a Copa da Espanha em 1982.
Time que entrou para a história como uma das três melhores seleções do Brasil, comparada só à de 1958 e 1970, mas que não ganhou a Copa, eliminada que foi na segunda fase (o regulamento era diferente), pela Itália, em Barcelona.
Em Sevilha venceu os três jogos da primeira fase: 2 a 1, de virada, sobre a União Soviética, com gol antológico do Éder, que até hoje é mostrado mundo afora; e goleadas contra a Escócia, 4 a 1, e Nova Zelândia, 4 a 0, ambas no Estádio Benito Villamarín (do Sevilha). Contra a União Soviética foi no Estádio Ramón Sanchez Pizjuán (do Bétis).
Aquela seleção do Telê também |
se juntou à da Hungria na história das peças que o destino prega a times fantásticos, que não são campeões. Contrariando todas as expectativas, os húngaros não ganharam a Copa de 1954, perdendo para a Alemanha a final.
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Nigeriano inocente
Ao saber que eu era brasileiro o nigeriano funcionário do hotel onde me encontro perguntou como estão os preparativos do Brasil para a Copa de 2014. Ouviu falar das mortes de cinco operários nas obras dos estádios. Falei algumas coisas e ele comentou:
__ Se fosse no meu país nem haveria Copa porque os políticos roubariam todo o dinheiro!”
__ É, né!? Pois então! – respondi
Quando ele ler mais sobre o Brasil ele terá muito assunto para comparações.