Blog do Chico Maia

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Sem "caça a bruxas", motivos que vi para a eliminação do Galo

O mais fácil para qualquer crítico em momentos como este vivido pelo Atlético é promover “caça às bruxas”, com direito a injustiças históricas.

Não entro nessa, mas também não fujo do dever de criticar e apontar erros, que se repetem no dia a dia futebol em todos os clubes.

Cuca é ótimo treinador e certamente tem crédito para voltar a trabalhar no futebol mineiro em qualquer um dos nossos grandes.

Porém errou feio neste Mundial. Não só pela escalação equivocada de um jovem volante, Lucas Cândido, improvisado na lateral esquerda, deixando um experiente especialista no banco, Junior César, que produziria muito mais e controlaria melhor os próprios nervos, além de ajudar a acalmar os companheiros.

Também na opção por Josué, deixando Leandro Donizete, inteiro fisicamente, no banco.

O grande erro do Cuca foi no psicológico, no ambiente do grupo, ao deixar vazar que já estava fora do Atlético, que aqui no Marrocos trata-se apenas de um “treinador no exercício do cargo”. Quando uma notícia desses vaza para a imprensa os jogadores já estão sabendo há muito tempo, e quem conhece os bastidores do futebol profissional sabe que isso influencia e muito no comportamento, dentro e fora de campo, de cada um.

O treinador que está saindo ou caindo vira um “pato manco”, igual a prefeito, governador ou presidente da república em fim de mandato, com o sucessor já eleito.

Marcos Rocha, num ímpeto de raiva, protagonizou aquela cena ridícula de desrespeito ao seu comandante porque sabia que não estará sob as suas ordens em 2014.

Também não pode ser jogado às feras por isso, porque é jovem e o seu comportamento pessoal sempre foi exemplar. Errou, está pagando e ainda pagará mais por isso, mas é um dos melhores laterais do país, com grande potencial para crescer.

Patrimônio valioso do clube, mas humano, que erra dentro e fora das quatro linhas, como qualquer mortal.

No primeiro treino depois da eliminação do Monterrey, perguntado sobre o que sabia do Raja Casablanca, Diego Tardelli, disse que “nada”, mas que segunda-feira os jogadores assistiriam um vídeo deles.

Lembrei-me da tristemente célebre frase do Zagallo, às vésperas da semifinal da Copa de 1974 na Alemanha, quando perguntado pela Holanda e o “Carrossel holandês”. Respondeu que se alguém  tinha que se preocupar com alguém eram os holandeses com o Brasil, que tinha três títulos mundiais, e emendou: ” “O time deles é bom, mas os holandeses não têm tradição em Copas e isso pesa. A Holanda não me preocupa. Estou pensando na final com a Alemanha.”

Cuca também deve ter pensado isso do Raja Casablanca, pois o time deles sabia tudo do Atlético, que não conseguiu mandar no jogo em momento algum.

O elenco do Atlético é muito melhor que o do Raja, mas vontade e motivação no futebol são fundamentais.

Isso é papel do treinador, nos treinos, na concentração, na preleção momentos antes de cada jogo. O técnico deles, soube trabalhar isso, Cuca achou que não precisava, pois o Bayern é que importava.

Se tivesse esquecido o Bayern, talvez hoje estaria preparando o time para a final contra ele.

No post anterior prometi fotos das cenas da volta do estádio nesta madrugada e aqui estão:

Começando por dentro do ônibus . . .

IGOR

. . . ao ver que seria fotografado, IgorTep da 98 FM, contendo o choro e aguentando a zoação dos seus milhares de seguidores cruzeirenses no twitter . . .

RAJA1

. . . nas ruas, loucura  total . . .

RAJA2

. . . dentro e sobre ônibus e carros, torcedores marroquinos comemoravam . . .

RAJA0

. . . símbolo marroquino da degola de um vencido: garoto exibe estandarte do derrotado de cabeça para baixo. . .

RAJA3

. . . apesar de tanta confusão, não vi nenhum incidente.

Tomara que não tenha havido.


Gozação cruzeirense de Beagá chegou a Marrakech

A comunicação moderna não perdoa.

Hoje cedo, no café do hotel onde me encontro em Marrakech, o funcionário Hassan Bourgane, perguntou se existia um “Raja” em Belo Horizonte.

Diante da minha estranheza, mostrou-me foto que está circulando nas redes sociais marroquinas, enviada a ele via facebook:

HASSAN

Entendeu fácil quando o engenheiro Junio Fagundes contou sobre a rivalidade do Atlético com um clube chamado Cruzeiro e que em Belo Horizonte há uma avenida e um shopping cujo nome é Raja:

photo

A propósito, se alguém quiser conferir ou entrar em contato com o Hassan é só procurá-lo no facebook:

Hassan bourgane


Dia de ressaca sem álcool em Marrakech

Senhoras e senhores,

hoje é o dia de ressaca mais impressionante que já vi: sem álcool, porque cerveja não é vendida no Marrocos abertamente nem nos estádios.

Depois do jogo foi uma luta para todos que foram ao estádio de Marrakech retornar aos hotéis: trânsito caótico, falta de ônibus e táxi e uma festa de torcida de futebol que a cidade nunca viu, além de ser de um time de longe daqui, do Raja, cuja Casablanca fica a 250 Km.

Me aboletei em um dos velhos ônibus que a Fifa disponibilizou para a imprensa, lotado, em pé; que saiu do estádio às 23 horas e que percorreu os 11 Km até o centro, gastando duas horas até chegar ao destino, perto dos hotéis onde está a maioria dos jornalistas.

Fora do ônibus uma farra impressionante dos torcedores e da população; parecia comemoração de vitória numa guerra. A polícia dando cassetetadas nos pivetes que tentavam abrir as portas dos ônibus e centenas surfavam sobre os mesmos, além de automóveis com o tradicional buzinaço de toda comemoração que se preze!

Lá fora também, atleticanos, caminhando em grupos, sem serem molestados, em um frio de oito graus, de acordo com os marcadores públicos à vista.

Quando, a uma da madrugada desci do ônibus, o movimento de policiais era intenso, maior que o normal, com sirenes ligadas e aquele clima tenso.

A multidão continuava em festa nas ruas e espero que daqui a pouco não tenhamos notícias desagradáveis de algum incidente.

No próximo post mostrarei fotos e opinarei sobre o vexame do Galo e a minha visão de tudo que aconteceu em campo.

Por enquanto, deixo, além dessa charge do Duke, que dói muito nele e em todo atleticano, alguns comentários que li aqui no blog, com o devido agradecimento a quem enviou.

Inclusive de cruzeirenses, zoando, claro, porque essa é a razão de ser da grandeza do Galo, Cruzeiro e todo clube gigante: é preciso vencer para a sua própria alegria e não dar alegria ao seu maior rival.

Dessa vez o Atlético falhou e o secador azul funcionou:

Stefano Venuto Barbosa:

* Não consigo enxergar outro culpado que não seja o Cuca e a perda de comando, com essa negociação fora de hora, perdeu todos os créditos que tinha comigo, a atitude do Marcos Rocha representa bem isso.

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Julio César Ramos:

* Bom dia a todos ! Começar as explicações por onde ? Vamos do jeito que vem primeiro a cabeça: Marcos Rocha não tem cobertura pra suas descidas. O Raja entrou por ali quantas vezes quis.
Aquele vai e vem fantastico do Bernard ja não existe. Os atacantes do Galo não voltavam pra ajudar na marcação como fizeram os marroquinos.
Postei aqui ontem que escalaria o Jr Cesar; se eu estivesse errado pelo menos o cara é experiente e é da posição.
Lucas Candido deve ser treinado e escalado em sua posição de origem. Assim como o Bernard.
Soluções pelas quais o responsavel é o treinador que estava perdido.
O Raja jogou com inteligencia e mereceu a vitoria.

Mas Marcos Rocha não devia ter feito o que fez. O time perdendo e ele saiu andando, devagar. Levasse para o vestiario as divergencias com o treinador.
Tambem concordo que não foi penalti. O jogador africano foi esperto, malandro como brasileiro que gosta de cavar penaltis. O Rever foi ingenuo (inadmissivel para jogador de nivel de seleção), então o marroquino percebendo que não alcançaria aquela bola depois do toque, deu nas pernas do Rever e o lance ficou a carater para, plasticamente parecer penalti. A transmissão do SPORTV tambem concordou que não foi penalti. O juiz errou naquele lance e em varios outros que foram na meia cancha e no ataque do Galo. Mas o Atletico errou o tempo todo.

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Carlos Junqueira:

* Cuca tem grandes méritos nas conquistas do Galo este ano, mas como todo treinador tem as suas manias em detrimento do óbvio. A aposta em Lucas Candido era claramente absurda em um time frágil defensivamente. É um jogador alto e lento para a posição, da qual diga-se de passagem não é a sua de origem. Outra questão foi a péssima partida de Diego Tardelli, o que não é incomum em jogos decisivos. Acho que a entrada do Luan no seu lugar seria mais produtiva. De resto o Raja Casablanca jogou melhor que o Galo! Agora é trabalhar sério para buscar novos títulos no próximo ano, pois indiscutivelmente somos o melhor time da América e do Brasil! Saudaçōes e parabéns pela excelente cobertura.

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Denny de Vitto:

* Porque o GALO perdeu:

1- O time todo não apresentou preparo psicológico para enfrentar o adversário e acabou sentido o peso da responsabilidade de decidir a partida.

2- Alguns jogadores entraram displicentes na partida (R10, Josué, Tardelli)

3- Alguns jogadores não tem qualidade técnica para vestir a camisa do GALO e muito menos, de participarem de jogos dessa envergadura (Marcos Rocha, Réver, Pierre)

4- O técnico CUCA é teimoso, limitado e previsível. O esquema tático de suas equipes é facilmente absorvido e neutralizado pelos adversários.

5- Os jogadores estavam com medo de decidir a partida e evitavam chutar ao gol.

6- O Galo jogou com um a menos no meio de campo e deixou que 80% das bolas nesse setor fossem tomadas pelo adversário.

7- O time deixou o adversário gostar do jogo e impor o ritmo dele.

8- O CUCA estudou pouco o time do Raja Casablanca e armou errado o time do GALO. Quando corrigiu o time…já era tarde.

Melhor jogador do GALO: Fernandinho
Pior: Réver

Porque o Raja CasaBlanca venceu:

1- Todos os jogadores entraram com o “sangue nos olhos” e com vontade de jogar.

2- Na falta de técnica, sobrou brio e disposição à equipe.

3- Mesmo vencendo de 1×0 manteve o esquema do contra-ataque, o que ocasionou 3 excelentes chances de gol. Se tivesse um pouquinho mais de técnica tinha goleado.

4- O fator torcida e conhecimento do campo ajudou a empurrar o time.

5- Os jogadores não caiam a toa e não simulavam faltas.

6- Os jogadores estrangeiros não respeitam mais os times brasileiros, quer seja pela queda na qualidade do futebol, quer seja pela desorganização fora de campo.

Melhor jogador do Raja: Moutouali
Pior: o lateral direito

Essas duas imagens dizem tudo sobre o time do GALO em 2013.

Um Zé Mané, que pensa que é alguém…mas na hora do vamos ver amarela. Não merece sequer voltar com a delegação: http://www.youtube.com/watch?v=rS79zc73JD8

Um grande Homem que sempre será respeitado pela torcida do GALO e pela maioria dos torcedores e jogadores de vários times, mas que infelizmente, mais uma vez, não fez uma grande partida quando se esperava muito dele:
http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/mundial-de-clubes/ultimas-noticias/2013/12/18/ronaldinho-e-agarrado-por-adversarios-do-raja-apos-jogo-no-mundial.htm

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André Ribeiro:

* Pois é amigos, o tão sonhado título não veio…

Você sente menos amor pelo Galo por causa disso?

Você que estava fora hoje, assistindo ao jogo, ficou com vergonha de voltar para casa com a camisa do Galo?

Você está se sentindo inferior pela onda de provocações de torcedores rivais?

Você sentiu arrependimento de ter depositado suas esperanças no Galo para este título?

Se você respondeu afirmativamente à alguma das questões acima, faça um grande favor ao Clube Atlético Mineiro: abandone-o!!! Quem não serve para estar com o Galo na derrota, não merece estar com ele na glória.

Vá procurar um time da moda para torcer. Esteja com ele apenas nos bons momentos. Assim talvez você seja mais feliz.

O Atleticano é antes de tudo um ser que carrega uma paixão incondicional pelo alvinegro.

Quantos reveses bem piores que esse o VERDADEIRO Atleticano já sofreu e nem por isso arrefeceu seu amor? O VERDADEIRO Atleticano segue sendo um apaixonado pelo Galo, independente de resultados e títulos.

Só perdemos a partida de hoje porque “passeamos” na primeira fase e nas oitavas de final da Libertadores.

Só perdemos a partida de hoje porque São Victor defendeu a cobrança de pênalti do Tijuana com o milagroso pé esquerdo.

Só perdemos a partida de hoje porque revertemos um placar contra o Newell`s Old Boys e São Victor, outra vez, nos classificou defendendo o Pênalti de Maxi Rodriguez.

Só perdemos a partida de hoje pois acreditamos e revertemos no Mineirão um resultado contra um Tricampeão da Libertadores.

Só perdemos a partida de hoje porque temos um presidente e uma diretoria competentes, que arrumaram a casa e colocaram o Galo de volta ao seu devido lugar.

Enfim, só perdemos a partida de hoje por simples detalhes.

E mesmo que nem tivéssemos nos credenciado a disputar a partida de hoje, o VERDADEIRO Atleticano continuaria apaixonado como sempre.

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Frederico Dantas:

* Bela Vista, de Sete Lagoas, na final do mundial. (referência ao uniforme de um dos mais tradicionais clubes de Minas, hoje no futebol  amador, que já foi profissional, maior rival do Democrata).

O mais perto que vai chegar do Bayern é tomando uma aspirina pra cabeça inchada.

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Thales Rosa

Um pao de queijo por favor
Fui pra Marrocos e sofri
E nunca mais quero voltar
Não saio mais de BH
Dale… dale… sofredor
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Que maria que voces iam zuar mesmo????

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DUKE

No Super Notícia!


Um treinador tunisiano bom de serviço, que complicou o Cuca e o Galo!

O técnico do Raja Casablanca, Faouzi Benzarti, é tunisiano e assumiu há poucas semanas o time marroquino. Já dirigiu a seleção do seu país e da Líbia. Armou o time de tal maneira que complicou a vida do colega Cuca e por consequência do Atlético.

Mesmo com jogadores experientes o nervosismo pesou no time do Galo em sua estreia e ao mesmo tempo eliminação da final do Mundial de Clubes. A torcida apoiava, mas a do Raja, que era maioria no estádio, não dava trégua e gritava muito tentando abafá-la.

Defesa afiada

No primeiro tempo o Atlético esbarrou em esquema defensivo muitíssimo bem montado pelo treinador tunisiano que chegava a defender com os 11 jogadores e saía em contra ataques perigosíssimos levando pânico ao gol do Victor em três oportunidades, obrigando ao goleiro do Atlético a fazer a melhor defesa do jogo até então, aos 35 minutos, em chute cara a cara do Hafidi.

Antes, Jô e Fernandinho haviam desperdiçado ótimas oportunidades e Leonardo Silva foi desarmado dentro da pequena área quando preparava um chute que poderia ter sido fatal.

Reação

Até os 12 minutos o Galo errou muitos passes e os jogadores buscavam os melhores espaços para cada um em campo, especialmente Ronaldinho, Tardelli, Jô e Fernandinho.

Mas o treinador do Raja mandava seu time explorar o lado direito da defesa atleticana, onde Marcos Rocha e Leonardo Silva eram impedidos de trabalhar jogadas de ataque com os seus companheiros. E pelo setor deles o Raja fez duas jogadas de linha de fundo, também, quase fatais.

Gols

Logo aos seis do segundo tempo o eficiente contra ataque marroquino funcionou, pegou Rever voltando e Iajour fez 1 a 0.

Cuca consertou o que se mostrou um erro e pôs Leandro Donizete no lugar do Josué.

Também apostou em Luan no lugar de Marcos Rocha para buscar o empate na velocidade.

Quase ao mesmo tempo Ronaldinho, aos 16, empatou de falta, mas o Raja continuou tranquilo, com o jogo sob controle.

Fim de linha

Em mais um contra ataque do Raja o árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo deu pênalti do Réver no atacante marroquino; lance discutível, mas o zagueiro atleticano não fez a falta. Erro de arbitragem que complicou a vida do Atlético, aos 37 do segundo tempo.

Se já tinha o jogo sob controle o Raja passou a administrar e no desespero atleticano, fez o terceiro.

Erro de cálculo

Logo que o Raja eliminou o Monterrey o técnico Cuca alertou: “vamos enfrentar o país”. Realmente a motivação foi gigante, mas o comandante alvinegro também cometeu seus erros: Josué titular ao invés de Donizete e barrar Junior César, jogador experiente, que certamente teria sido mais útil neste jogo nervoso e decisivo.

Futuro

No futebol a bola pune feio a quem erra mais e o Atlético amarga os erros cometidos pelo técnico e pelos jogadores, já que ninguém se destacou positivamente nesta noite infeliz em Marrakech.

Decidir terceiro lugar faz parte do regulamento, mas a preocupação do torcedor agora é com 2014, que será um ano diferente em função da Copa do Mundo e o calendário mais apertado.

Com data marcada na Libertadores a diretoria vai ter que trabalhar mais ainda para montar um bom grupo visando a disputa para tentar apagar a frustração do sonho marroquino.

TORCIDA

Mais uma vez a torcida fez a parte dela!


A massa chegando ao estádio em Marrakech!!

Belo espetáculo!

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Que Marrakech nunca vai esquecer

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atléticanos . . .

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. . . e os do Raja . . .

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. . . na maior confraternização . . .

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. . . só alegria . . .

RAJA2

. . . tudo festa . . .

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. . . de ônibus . . .

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. . . carro . . .

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. . . com a força também de americanos no estádio.

O que vale é a festa . . .

ACESSO

. . .  chegar ao estádio . . .

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. . . e apoiar o time!


Guarapari no verão!

Camisas e bandeiras pretas e brancas brotam de todos os lados em Marrakech. Aeroporto, rodoviária e a estação de trem despejam mineiros de todas as idades, fazendo festa e sendo recebidos com a mesma reciprocidade pelos marroquinos. Uma integração fantástica, que nunca pensei que fosse ver em tamanha proporção em minha vida.

Na suntuosa e surpreendentemente bela e funcional estação de trem, jovens belorizontinos desembarcavam, vindos de Casablanca, oriundos de voo da Alitália, numa das incontáveis opões de chegada à cidade onde o Atlético estreia hoje no Mundial de Clubes da Fifa.

Ao ver tanta gente conhecida e tantas c camisas do Galo, um deles exclamou: “Isso aqui está parecendo com Guarapari no verão!”, onde a mineirada de todas as partes, toma conta!

A mais perfeita definição que ouvi até agora para esta saudável invasão a esta cidade que tão bem está recebendo a todos. Cada atleticano tem funcionado como “embaixador” do clube aqui, e o primeiro resultado prático que se nota deste trabalho é que os marroquinos já gritam “Galo” para cada camisa alvinegra que veem nas ruas ou para alguém que suspeitam que seja brasileiro.

O clima faz lembrar, também, Belo Horizonte, no jogo final contra o Olympia, dia da conquista da Libertadores, que garantiu a presença do Atlético aqui e toda essa festa.

Os jogadores estão bem informados sobre o que se passa fora do hotel onde eles estão, bem distante desse movimento todo. E sabem que precisam dar retorno positivo a tanto apreço e motivação dessa fanática torcida, que arrancou elogios do presidente da Fifa, Joseph Blatter, ontem.

Incômodo Flu

Simpático e aberto à aproximação da torcida do Atlético, o presidente da Fifa visitou a Fest-Zone na parte moderna de Marrakech ontem à tarde. Mas o largo sorriso foi embora quando os torcedores começaram entoar: “rebaixa o Fluminense, rebaixa o Fluminense…”. Bem informado, ele resmungou que não era assunto para aquele momento e iniciou a retirada do local.

Sentiu o peso

Com a chegada de tanta gente, imprensa inclusive, de rádio, jornal, TV, redes sociais e etecetera e tal a capacidade do sistema de telefonia e internet em Marrekech começou a pifar segumfa-feira à tarde, complicando a vida de quem precisa destes serviços, principalmente para o trabalho.

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Na parte moderna de Marrakech bandeiras do Atlético decoram as faixadas de muitos hotéis

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Os trens “despejaram” atleticanos durante todo o dia de ontem em Marrakech

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Os ônibus turísticos de Marrakech também foram dominados pelos atleticanos


Chegando a hora e a estrutura marroquina já sentiu!

Que as senhoras e senhores do blog nos perdoem, mas só agora estou conseguindo postar alguma coisa e mesmo assim porque recorri a Belo Horizonte para que o companheiro Samuel De Angelis nos socorresse, postando estas “mal traçadas linhas” de agora.

Com a chegada de tanta gente, imprensa inclusive, de rádio, jornal, TV, redes sociais e etecetera e tal a capacidade do sistema de telefonia e internet em Marrekech começou a pifar ontem a tarde, complicando a vida de quem precisa destes serviços para o trabalho.

Hoje, nas primeiras horas da manhã, só é possíveis acessar um ou outro provedor e a queda de sistema é a toda hora.

A Rádio Alvorada FM, para quem faço boletins diários daqui, teve que refazer a ligação 8 vezes até conseguir que eu gravasse o noticiário de 30 segundos, sem interrupção.

Por ora, o Samuel nos socorre e espero que mais tarde a situação se normalize. Mas, o risco é cairmos na máxima de uma querida amiga, hoje, poderosa executiva, que nos tempos de boas festas no início do século, no auge da farra gritava: “estou mal, mas vou piorar”.

Se a coisa está ruim agora, imagine entre os jogos de hoje e amanhã!

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A ansiedade atleticana é grande para a estreia amanhã no Mundial de Clubes, mas antes as atenções estarão voltadas para Bayern de Munique x Guangzhou Evergrande, da China, hoje, 19h30 em Agadir, 17h30 em Beagá.

Será um jogo interessante, envolvendo o considerado melhor do mundo no momento contra um time chinês rico, com bons jogadores, onde os brasileiros Muriqui e Elkerson, mais o argentino Conca se destacam.

Muito interessante também a disputa entre dois dos melhores treinadores do planeta, o catalão Pep Guardiola contra Marcelo Lippi, campeão mundial com a Itália na Alemanha em 2006.

Não deverá ser jogo fácil, assim como o Atlético não terá moleza amanhã contra o Raja Casablanca, cuja maior virtude é a determinação. Além de estar com o time bem preparado o Galo terá a seu favor a maior parte da torcida. Além dos milhares de atleticanos que vieram do Brasil e outras partes do mundo, milhares de marroquinos vão ao estádio bater palmas para Ronaldinho Gaúcho, além de querer ver a derrota do Raja, rival do Kawkab, de Marrakech.

O estádio, com capacidade reduzida nesta competição da Fifa para 39 mil pessoas (cabem 45.240), tem como diferença fundamental para o Independência, a pista de atletismo em volta do gramado, o que deixa o público aqui mais distante dos jogadores do que no Horto.

Pelas conversas com os atleticanos pelas ruas de Marrakech a principal preocupação é que o time não entre displicente em campo como entrou o Monterrey e seja surpreendido. Perguntado sobre este risco, o técnico Cuca lembra sempre que o Atlético tem maioria de jogadores tarimbados, conscientes da responsabilidade.

TECNICOS

Pep Guardiola e Marcelo Lippi, que se enfrentam daqui a pouco


Camisa pirata do Galo custa DH 500; chegaram os atleticanos que agitaram o Camp Nou e o "padrão Fifa em ação"

Os atleticanos que agitaram o Camp Nou, estádio do Barcelona, sábado, chegaram a Marrakech.

A festa que fizeram durante os 2 a 1 do time do Neymar sobre o Villarreal ganhou destaque na imprensa espanhola, conforme destacou o jornal Lance!:

“… O Sport, conhecido jornal da Catalunha, destacou a cantoria da Massa no Camp Nou. O veículo ainda lembrou que o Galo de Ronaldinho vai estrear no Mundial de Clubes no Marrocos e ainda poderá pegar o Bayern de Guardiola, outro velho conhecido da torcida culé. Durante a partida, a parte da torcida atleticana se posicionou atrás de um dos gols do estádio, além de outros torcedores no anel inferior.

– Y en el Camp Nou se animó… ¡Atlético Mineiro! – diz a manchete do jornal.”
http://www.lancenet.com.br/atletico-mineiro/Massa-atleticana-Camp-Nou-noticiario_0_1047495358.html#ixzz2nfsYFx7f

Um desses atleticanos é o engenheiro Júnio Fagundes, da Leme Engenharia, que de férias, comprou o ingresso pela internet, dois meses atrás. Pagou 42 euros (R$ 140).

Ele conta que a festa no Camp Nou foi toda na base do improviso e bastou que os alvinegros, uniformizados, fossem se enxergando que passaram a se deslocar para trás de um dos gols, onde havia espaço para se reunirem.

Cantando as músicas tradicionais do Independência, adaptando com homenagens ao Barcelona, o bloco foi aumentando e ganhando a adesão dos catalães para que a festa ficasse completa.

Coincidentemente está hospedado no mesmo hotel que eu e pelo que vi das fotos feitas por ele, vários desses atleticanos vieram no mesmo voo que eu, de Belo Horizonte a Lisboa, na semana passada, inclusive com fotos postadas no blog na segunda-feira.

Outro que chegou para o mesmo hotel onde estou foi o belorizontino João Murta, que mora em Brasília, chefe de gabinete do conselheiro Guilherme Calmon, no Conselho Nacional de Justiça.

Perguntei se ele é parente do grande Zé Filó (José Murta) lá de Conceição do Mato Dentro, mas ele não conhece. Deve ser de outra vertente dos murta do Vale do Jequitinhonha.

Mas é amigo de um grande amigo, também de Conceição, o Dr. Herbert Carneiro, Desembargador, presidente da Associação dos Magistrados Mineiros – AMAGIS.

JOAOJUNIOJoão Murta, esquerda, e Júnio Fagundes

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Por falar em Conceição, ontem a noite chegaram os companheiros Sérgio Utsch e Danilo, correspondentes do SBT em Londres.

UTSCHDANILODanilo (esquerda) e Utsch, no batente hoje à tarde

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Além de amigo dos tempos da escola de jornalismo da Fafi-Bh, Sérgio é conterrâneo de lá; grande profissional, para a alegria do pai, Lima, que mora em Lagoa Santa.

O “padrão Fifa”, negativo, entrou em ação hoje aqui, quando o Utsch foi pegar a credencial dele. A entidade diz no documento que envia aos jornalistas credenciados que o documento pode ser retirado no estádio, longe do centro, ou no Hotel Sofitel, na área central.

Lá, os companheiros do SBT foram informados que “infelizmente”, só no estádio.

Como diz o grande José Luiz Gontijo em suas ótima twittadas: “Sorry”!

PADRAOFICA

Cara na porta: burocrata da Fifa informa que as credenciais só no estádio

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Mas valeu a ida lá neste hotel luxuoso, onde está o staff da Fifa, onde inclusive cruzamos no corredor com o poderoso comandante Joseph Blatter, a passos largos, caminhando para os seus carros que o levariam em comboio para algum lugar. Com dois seguranças à frente, dois ao lado e um atrás.

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Quem nem os sultões da região!

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Como dizia o saudoso comentarista Aluizio Martins: “Só a bola” para poder proporcionar mordomias assim!

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Como dizia o saudoso comentarista Aluizio Martins: “Só a bola” para poder proporcionar mordomias assim!

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Foi muito legal ver camisa pirata do Atlético sendo vendida na grande praça de Marrakech

CAMISACAM

A esperteza dos comerciantes marroquinos nas principais praças de Marrakech chegou ao futebol. Vendo a invasão de atleticanos puseram as camisas piratas do Galo em destaque nos varais para as vendas.

CAMISACAM2

Jurando que são “originais” pedem DH 500 (R$ 142,00) por uma camisa, com o nome do Ronaldinho nas costas.

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Presidente da FMF, Paulo Schettino, e o Desembargador do TJMG e conselheiro do Atlético, José Saramago, com o Galo em Marrakech

CINZEIRO

O Marrocos é um paraíso para os fumantes que não sofrem restrições em nenhum tipo de ambiente


Primeiras escaramuças entre torcedores em Marrakech!

A rivalidade local aflorou na noite de domingo em Marrakech e o clima esquentou na praça principal da cidade.

Torcedores do Raja Casablanca, com suas camisas e bandeiras verdes, numa mistura de zoação e confraternização com atleticanos, foram surpreendidos e postos para correr por rivais do Kawkab Marrakech, o clube local, de cores vermelha e branco, camisa parecida com a do nosso Democrata Jacaré.

Nenhum incidente grave foi registrado e com a correria do pessoal do Raja não deu nem tempo de a polícia aparecer.

O Kawkab Athlétique Club de Marrakech foi fundado em 1947, tem um estádio próprio com capacidade para 25 mil pessoas e foi campeão nacional em duas oportunidades: 1969 e 1992.

KAWKAB

Esta é a foto de propaganda de uma das torcidas do time

KAW

Pelo menos a camisa é muito bonita; faz lembrar a do Democrata e do Villa Nova


Grau de dificuldade do Raja Casablanca contra o Atlético

Ainda do blog do Flávio Anselmo hoje, ele assistiu os jogos anteriores do Raja Casablanca no Mundial e acha que o Galo passa, sem maiores dificuldades.

Sei não; também acho que passa, mas a motivação deles é grande demais e vão correr mais que o normal.

Não acho que será fácil.

Confira o que pensa o Flávio:

* “CASABLANCA NO CAMINHO”

Não tenho a menor dúvida em afirmar que o Atlético atropelaria dos qualquer dos dois times – Casablanca e Monterrey. Com deverá atropelar nesta quarta-feira em Marrakesh.

As duas equipes mostraram qualidades. Nada, contudo, que possa amedrontar ou se equiparar ao Galo.

O Raja Casablanca, conforme havia mostrado na estreia quando derrotou o Auckland da Nova Zelândia por 2 a 1 tem bom toque de bola, boa técnica e joga sem medo, sem violência. Porém, seu preparo físico é ruim.

A vitória sobre o Monterrey também por 2 a 1 foi produto da força emanada da torcida. Teve tantas chances quanto o adversário e aproveitou as duas melhores.

Com aquela retórica ética costumeira, Cuca exigiu de seus atletas muito respeito ao Raja Casablanca pra evitar qualquer zebra.

Se ele próprio sabe que a derrota é uma enorme zebra então a coisa tá consumada.

GALO NA FINAL

Aumentou minha confiança de ver o Atlético decidir o título com o Bayern que, certamente, não terá problema – ou um pouco mais do que se espera – no jogo contra o chinês Guangzhow Evergrande.

Apesar das presenças do argentino Conca, e os brasileiros Muriqui e  Elkerson do outro lado.

Estes três fizeram a diferença na vitória fácil dos chineses em cima do Al Ahly do Egito por 2 a 0. Talvez em razão destes três nomes o Bayern sofra um pouco.

www.flavioanselmo.com.br

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GUERI

Guehi, nascido em Costa do Marfim, autor do gol da vitória marroquina sobre o Monterrey