Obrigado ao Marcos Vittório que enviou o seguinte comentário ao blog nesta manhã de sexta-feira:
* “No Brasil ouvimos cada coisa antagônica que desanima qualquer um.
Defendem ferrenhamente uma democracia que não existe.
O cara se elege a custa da ignorância de muitos e vive uma vida de monarca com todas as regalias possíveis e impossíveis de se imaginar.
São seres humanos acima do bem e mal, que utilizam verbas publicas para quase tudo à custa do trabalho e impostos pagos por todos.
Ainda cometem crimes utilizando o dinheiro publico e quando descobertos ainda se consideram vítimas.
Mas tudo está dentro da legalidade, legalidade essa que eles mesmos escrevem, porém muito longe da moralidade.”
Marcos Vittório
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E eu emendo: a falta de educação e cultura é de interesse da maioria da classe política, já que um eleitorado desinformado e sem capacidade de raciocinar elege e reelege bandidos de toda ordem.
O escândalo de hoje é encoberto pelo de amanhã, que fica esquecido pelo de depois de amanhã e assim caminha o Brasil!
Mandatos são comprados para todas as instâncias: de líderes comunitários a sindicais, passando por vereadores, deputados, prefeitos, governadores e até presidentes!
Com um povo sem educação e cultura fica fácil tocar essa ciranda!
Quem está fora do poder aponta os defeitos de quem está na cadeira, que por sua vez diz que é “intriga da oposição”.
Quando os papéis se invertem, os discursos também se invertem.
Mas nem situação, nem oposição ou eventuais “terceiras vias” ousam mexer nos privilégios que estes cargos têm; seja do executivo, legislativo ou judiciário.
Mexer neste “status quo” que José Sarney batizou como “liturgia do cargo” é inimaginável, porque cortaria tetas demais.
O Brasil não tem nenhuma chance, pelo menos nesta e nas próximas gerações, de um ou dois séculos, de se tornar uma democracia tipo Austrália, Coreia do Sul, ou, para ficar aqui na América do Sul, um Uruguai ou Chile, onde se investiu em educação no passado e a população atual faz questão de manter e se preciso, vai às ruas para defender e garantir.
Este tipo de democracia garante a eles qualidade de vida, liberdade de ir e vir e prazer de ser cidadão, pagador de impostos e cumpridor de deveres.
Onde há justiça e transparência pública, há também mais oportunidades e menos violência.
O dinheiro público dá para garantir os direitos básicos do cidadão, previstos pela Constituição Federal.
A minha desilusão com a política brasileira é total e por consequência com o país.
Para os detentores do poder, o cidadão brasileiro só serve para pagar impostos, pois aí as mamatas estarão garantidas, para eles, seus filhos e demais chegados.
Terça-feira passada, no programa Rádio Vivo, do José Lino, na Itatiaia, entramos neste assunto e o exemplo do dia foi a situação do Gustavo Perrella, deputado estadual, candidato a federal em 2014.
Alguém duvida que ele será eleito com uma quantidade impressionante de votos?
O resto, é perfumaria e futebol, este esporte apaixonante mundo afora que serve para muita lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e mutretas, difíceis de se flagrar, porque a maioria absoluta dos torcedores é cega de paixão e vê conspiração contra o time dele em qualquer crítica que é feita, por mais óbvia que seja.
Claro que há todo tipo de esquema no futebol, como na política e no mundo empresarial, só que é um mundo à parte, onde a justiça comum a todo mortal não tem os mesmos poderes de ação.
Por exemplo: para se comprovar a armação de um resultado, só usando os mesmos mecanismos que a polícia usa para desmascarar corruptos, traficantes de drogas, homicidios e coisas tais: escutas telefônicas, rastreamentos de movimentações bancárias, enfim.
Nas raras vezes que isso ocorreu no mundo da bola, jogadores, cartolas e árbitros foram apanhados com a mão na massa no Brasil.
Manchetes foram geradas, jornais e revistas bateram recordes de venda, audiências radiofônicas e televisivas se multiplicaram e o país se comoveu, pois futebol envolve a “segurança nacional”.
Passada a pseudo caça às bruxas, e daí?
Alguém se lembra da máfia da loteria esportiva dos anos 1970, ou da máfia do apito que bagunçou o Brasileiro de 2005?
Quem está preso? Quem devolveu o dinheiro fruto das armações?
Vivemos no país do “me engana que eu gosto”, ainda mais no futebol.
Tomemos como um dos exemplos os comentários neste blog. Felizmente, muitos, possivelmente a maioria, da melhor qualidade, que geram bons debates, mas também uma quantidade de idiotices, agressões gratuitas e injustificadas, que nos fazem duvidar da inteligência humana.
Aliás, vamos fazer muitas mudanças no blog e dentro de algumas semanas haverá muitas novidades, em todos os aspectos.
Uma delas, é que haverá um controle maior dos comentários, com o objetivo de elevar e incentivar o debate.
Muita gente não arrisca fazer comentários aqui porque sabe que, dependendo da opinião, soferá uma agressão indevida e gratuita.
Não busco audiência a qualquer custo e todo tipo de agressão será vetada.
Prefiro leitores e participantes sensatos, ainda que poucos, do que uma multidão de troglodistas e cabeças cozidas.
Quem quiser ofender e trocar ofensas que procure um dos incontáveis espaços da blogosfera por aí.
Este tipo de gente não me interessa.
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Hoje é um dia particularmente muito feliz para mim porque o jornal SETE DIAS, que criei em Sete Lagoas e região completa 22 anos!
Quantas empresas atingem essa idade no Brasil, principalmente na área da comunicação e ainda mais no interior de Minas?
E quem conhece o nosso jornal sabe da nossa linha: nunca nos misturamos com a politicagem ou grupos empresariais bandidos, desses que arrebentam com uma comunidade para atingir os seus objetivos comerciais.
Pelo contrário, essa gente sempre foi tratada no “bico da chuteira” pelo SETE DIAS!
Por isso é que nunca ganhamos e nem ganharemos muito dinheiro.