Blog do Chico Maia

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Segunda divisão mineira 2014 começa dia dois de fevereiro

Realizada ontem a reunião do Conselho Arbitral da segunda divisão mineira na sede da Federação Mineira de Futebol.

Nosso Democrata Jacaré está confirmado na disputa e deverá eleger como presidente nos próximos dias, Emilio de Vasconcelos, que já se movimenta na busca de patrocínios e parcerias para montar um bom time no ano do centenário do clube setelagoano.

Detalhes da reunião de ontem no site da Associação Amigos do Democrata:

“A competição será iniciada no dia 02 de feveireiro e tem previsão de término para o mês de abril. Na etapa inicial, os 12 competidores ficarão divididos em duas chaves sendo na Chave A: Democrata de Sete Lagoas, América de Teófilo Otoni, Tricordiano, Democrata de Governador Valadares, Betim e Social. Chave B: Araxá, Mamoré, Patrocinense, Uberlândia e os dois classificados oriundos da Terceirona. Nesta etapa, as agremiações de cada chave jogarão entre si em turno e returno. As três melhores classificadas em cada grupo disputarão o Hexagonal Final, onde os dois melhores colocados terão vaga garantida na elite do futebol mineiro em 2015.”

DFC

O Democrata foi representado por Luiz Fernando de Castro e Daniel Calazans (centro), acompanhados pelo presidente do Conselho Deliberativo, Angelo Gonçalves (esquerda), e a conselheira Suzana Vasconcelos.

Leia mais no:

http://www.amigosdodemocrata.com.br/shownotice.php?id=733


Montes Claros e Uberaba duelam para emplacar seus clubes na segunda divisão 2014

O mais interessante da atual disputa da terceira divisão mineira (que a FMF chama de segunda) é que Montes Claros está quase classificando seus dois representantes para a segunda (que a FMF chama de módulo II) de 2014.

Ontem o Nacional de Uberaba conseguiu entrar na briga com os fortes concorrentes do norte do estado.

Confira detalhes da competição no excelente blog do juiz-forano Vitor Lima Gualberto, que fala tudo da segundona mineira:

* “Naça vence a Unitri e volta à zona de classificação”

Empurrado pela grande torcida que marcou presença no Estádio Uberabão, na noite desta segunda-feira (18), o Nacional Futebol Clube recebeu a Associação Uberlandense Unitri e venceu por 3 a 0, voltando à zona de classificação ao Módulo II 2014.

Jogando em casa e pressionado a vencer, o Naça não deixou a vitória escapar. O primeiro tempo foi morno, mas a segunda etapa reservou fortes emoções. Logo aos nove minutos, o zagueiro da equipe uberlandense, Thiago Paiva, foi expulso.

Com um jogador a mais, os donos da casa foram para cima da Unitir. Aos 15 minutos, o lateral-esquerdo Assis teve espaço e, em um belo chute de fora da área, abriu o placar para a equipe uberabense. Três minutos mais tarde, foi a vez do artilheiro do Nacional, Jonatan Reis, ampliar. Após batida cruzada, Reis fez o segundo do Naça.

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Leia mais no:

http://segundonamineira.blogspot.com.br/2013/11/naca-vence-unitri-e-volta-zona-de.html


Campeonato estadual com forma de disputa igual a Copa, pode ser uma boa

Taí uma idéia que resolveria grande parte dos problemas do nosso futebol.

Ao invés de termos primeira, segunda e terceira divisões em Minas, teríamos uma só, no formato da Copa do Mundo, com 32 participantes.

Durante a maior parte do ano os atuais integrantes da segunda e terceira, chamadas de Módulo II e segunda divisão, disputariam uma eliminatória em todo o estado, para classificar 28, que se juntariam aos quatro primeiros do campeonato anterior.

Certamente não teríamos públicos de dois, três e quatro pagantes como temos visto na atual terceira divisão mineira.

A motivação seria outra, envolvendo todo o estado e até mais times, de mais regiões.

O esboço dessa idéia para os estaduais está nessa reportagem sobre o movimento “Bom Senso F. Clube”, da Gazetanet:

ESTADUAIS

* “‘Patinhos feios’ do calendário do futebol brasileiro, os Campeonatos Estaduais têm apenas um formato ideal para os integrantes do Bom Senso F.C. De acordo com o jornal Folha de S Paulo, o grupo de jogadores acredita que os torneios devem ser curtos, disputados em um formato idêntico ao da Copa do Mundo. Assim, 32 equipes seriam divididas em oito grupos de quatro, e as duas primeiras se classificariam para as oitavas de final. Daí até a final, jogos únicos de mata-mata decidiriam o campeão em jogo único. O novo modelo deixaria as disputas de início de ano com somente sete datas.

Ainda com tal regulamento, um time que chegasse a todas as finais de campeonatos possíveis entraria em campo em, no máximo, 72 oportunidades, número considerado ideal pelo movimento dos atletas que pedem melhorias no futebol nacional – em 2014, uma equipe poderá jogar 83 vezes. Além disto, haveria menos semanas com jogos nas quartas e quintas-feiras, e, assim como na Europa, os clubes não jogariam partidas nas datas Fifa – quando há confronto entre seleções.

O Campeonato Brasileiro das Séries A e B permaneceriam com o mesmo formato – disputados por 20 clubes -, mas os da C e D mudariam. Eles ‘abrigariam’ todos os demais times profissionais do Brasil, impedindo a sua inatividade ao fim dos Estaduais – argumento usado pela CBF para manter a ‘longevidade’ dos torneios disputados no início de ano. Em 2013, a entidade organizou as quatro séries com 99 clubes, e os demais tiveram que jogar torneios regionais deficitários ou simplesmente ficar parados durante quase todo o segundo semestre.

Já modificada para 2013, a Copa do Brasil permaneceria sendo disputada no ano todo, mas por todos os mais de 650 times do País. Os menores jogariam as etapas eliminatórias preliminares, e os maiores entrariam apenas nas fases finais. Tal modelo é adotado por ligas como a inglesa, por exemplo, no qual as equipes mais tradicionais iniciam as disputas uma rodada antes das oitavas de final.

Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o projeto de calendário ainda não foi fechado pelo Bom Senso, porque o grupo tenta provar aos clubes que o dinheiro perdido com menos jogos nos Estaduais seriam recuperados no restante da temporada. Um das estratégias seria apresentar a proposta diretamente à TV Globo, detentora dos direitos de transmissões do futebol no Brasil. Segundo o diário, o movimento entende que, se a emissora aceitar, a CBF será obrigada a ceder.”

* http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2013/11/atletico-mg/bom-senso-quer-estaduais-com-mesmo-formato-da-copa-do-mundo-diz-jornal.html


A interessantíssima história de Paulo Baier, o "Paulo César" dos tempos de Atlético e América

Muito boa reportagem do O Globo ontem com o Paulo Baier, que em seus tempos de Atlético e América era “Paulo César”.

Ele conta fatos importantes da carreira e alguns dos motivos dessa força toda e muitos gols, aos 39 anos de idade.

Começou jogando no time da cidade dele, Ijuí/RS e já renovou contrato com o Atlético-PR para a temporada 2014.

Confira:

  • São Luiz (RS): 1995-1997
  • Criciúma (SC): 1997-1998
  • Atlético (MG): 1998
  • Vasco (RJ): 1999
  • Botafogo (RJ): 1999
  • América (MG): 2000
  • Atlético (MG): 2001
  • Pelotas (RS): 2002
  • Criciúma (SC): 2002-2003
  • Goiás (GO): 2004-2005
  • Palmeiras (SP): 2006-2007
  • Goiás (GO): 2007-2008
  • Sport (PE): 2009
  • Atlético (PR): 2009-2012

PCB

  • * “De César a Baier, uma carreira reinventada depois dos 30”
  • Como o correto lateral virou meia artilheiro“De César a Baier, uma carreira reinventada depois dos 30”
  • Paulo Baier foi capaz de resistir ao tempo e brilhar em alto nível

Pouca gente lembra, mas Paulo Baier jogou no futebol carioca por Vasco e Botafogo no começo de carreira. Pergunte a ele por que não teve o mesmo sucesso atual. Ou, ainda, por que seu futebol cresceu, de fato, quase aos 30 anos de idade. A primeira reação surpreenderá:

— Naquela época, meu nome ainda era Paulo César.

O homem que virou símbolo do surpreendente Atlético-PR, rival do Flamengo na final da Copa do Brasil, divide sua vida em duas partes. Antes e depois de ter mudado de posição, mudado de estilo de jogo, mudado de nome. A transformação incluiu conselhos de treinadores, lições do ídolo Zico e até uma consulta à numerologia. O lateral-direito Paulo César virou o meia-artilheiro Paulo Baier que, na última quarta-feira, chegou a 100 gols na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos. Um recorde.

Se alguém dissesse a Paulo César que Paulo Baier viraria artilheiro, ele não acreditaria. Nem que mudaria de nome. Muito menos que pelo Atlético-PR, o 11º clube da carreira, seria um dos destaques do futebol brasileiro.

— Quando eu cheguei ao Criciúma (aos 28 anos) já tinha um Paulo César lá. Começaram a me chamar de Paulo César Baier, que é o meu nome completo. Mas ficou muito longo. Surgiu o Paulo Baier. Gostei, pareceu mais forte. Já no Palmeiras (em 2006, aos 32 anos) fizeram um estudo, teve numerologia. E o resultado foi que o nome era melhor para mim. Então eu disse: “tá ótimo”. E Paulo Baier só tem um — diz.

Um ídolo: Zico

Na época, ele vivia uma transformação. Ainda era, oficialmente, um lateral-direito. Mas seu potencial ofensivo o transformara num polivalente. Após 43 gols pelo Criciúma, fez mais 22 no Goiás, entre 2004 e 2005. Tornou-se um jogador visto em todas as posições do meio-campo e do ataque. No Palmeiras, em 2006, aos 32 anos, foi escalado por Emerson Leão como segundo volante. De volta ao Goiás, Bonamigo o fez optar. Jamais voltaria à lateral. Além deles, destaca Geninho, Tite e Mancini como incentivadores. E diz que tirou exemplos do ídolo de infância.

— Mesmo no interior do Rio Grande do Sul, meu ídolo era o Zico. Tirei muitas lições dele. Ele batia falta como ninguém, característica que eu tenho. Sem falar no caráter, na liderança — diz Paulo Baier, que pensa em passar as lições adiante e não descarta virar treinador. — No início da carreira, meu empresário só fazia contratos curtos. Isso me prejudicou demais, eu mudava muito de time. Depois tudo mudou. Não procuro pensar muito no futuro, mas de repente posso ficar no Atlético-PR após parar, ajudando a meninada, orientando.

Ao responder como imagina que será lembrado após a carreira, novamente divide sua trajetória em duas partes.

— Vão ter que falar, primeiro, do lateral Paulo César, que iniciou tudo. Depois, do Paulo Baier, um meia fazedor de gol. O fundamental é que sou um trabalhador, um cara que preza a amizade – afirma. – Pior que é verdade, nunca acreditaria que eu estaria entre os artilheiros num país que teve Zico, Roberto, Reinaldo. Saí de Ijuí, vivi dificuldades, nunca imaginei que isso tudo aconteceria. Acho que é um prêmio pelo trabalho, por amar o futebol.

Na periferia de Ijuí, no interior do Rio Grande do Sul, o menino gremista conheceu de perto as dificuldades da vida. Os pais davam duro em plantações de soja para evitar que a infância humilde fosse marcada por necessidades. O exemplo ajudou a formar o caráter, a resistência ao tempo e às dificuldades. Características que, somadas ao amor ao futebol a que Paulo Baier se refere, explicam por que ele tenha chegado em alto nível aos 39 anos de idade.

— A vida é isso: você aprende a lutar contra os obstáculos. Se você for ver, 96% dos jogadores vêm de família humilde. Eu dou valor a cada dia, a tudo que o futebol me dá. Tenho motivação para jogar, treinar, ficar concentrado. Vou terminar a carreira com 40 anos, jogando bem, fazendo gol, dando assistência. Acho uma marca legal. Acho que eu, Juninho Pernambucano e Alex estamos abrindo portas, dando exemplo. Está acabando o preconceito — acredita.

Duas fases no Atlético-PR

Seja ou não por preconceito, o caso é que o Atlético-PR, onde Paulo Baier é ídolo da torcida, chegou a decretar o fim da carreira dele. Ou, ao menos, da passagem pelo clube. Diante dos apelos da torcida e do próprio jogador, reviu a posição e decidiu renovar o contrato para mais uma temporada. O meia jogará a Libertadores de 2014. Mas já poderia ter-se aposentado. O peculiar planejamento do Atlético-PR para 2013 incluiu uma pré-temporada que durou quase todo o primeiro semestre. O time titular não entrou em campo no Estadual. Quando começou o Brasileiro, o técnico Ricardo Drubscky decidiu que Baier seria reserva. Ele não jogou as seis primeiras rodadas. Com o time cambaleante, Drubscky foi demitido.

— Eu poderia ter decidido me aposentar no fim do ano se aquela situação permanecesse — afirma.

Com Vágner Mancini de treinador , Paulo Baier virou uma espécie de fenômeno, uma exceção à regra feita de lesões dos veteranos do Campeonato Brasileiro. Ajudou a predisposição de Paulo Baier a trocar treinos por musculação, a vida regrada e o pequeno número de jogos no ano.

— Estou jogando até hoje por me cuidar, por ter uma capacidade aeróbica boa. Tenho uma boa leitura do campo, consigo ver bem o jogo. Isso me dá vantagem. Ajuda a não me desgastar tanto. Tenho que estar bem fisicamente. Hoje, como meia, você só enfrenta volantes fortes. Se não estiver bem, nem toca na bola. Saio da marcação na experiência — afirma o meia.

Baier se reinventou na carreira, se reinventou na temporada. O mesmo fez o Atlético-PR. Para a própria diretoria, o time não pretendia mais do que se manter na Série A, já que boa parte dos recursos do clube foram direcionados para a reforma da Arena da Baixada, que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Hoje, o time é o vice-líder do Brasileiro e está na final da Copa do Brasil com o Flamengo, que começa a ser disputada quarta-feira em Curitiba.

— Se dissesse que a gente imaginava isso seria mentira. A gente tem que ser realista e honesto. Quando o Mancini chegou, a gente estava em penúltimo lugar. Tem horas que o jogador compra a ideia do técnico. É uma ciosa que às vazes dá certo, às vezes não. Hoje, estamos na final e não adianta falar que tinha time melhor do que Atlético-PR e Flamengo. Eliminamos Palmeiras, Internacional e Grêmio — argumenta.

Encontrar o Flamengo não intimida quem já viveu tantas coisas no futebol.

— Vão ser dois jogos iguais. São 50% para cada lado. Este Atlético-PR é um time motivado, em que todo mundo tem disposição, vontade. Eu e Luiz Alberto somos os únicos experientes, mas é uma garotada de cabeça boa, com muita vontade de vencer na vida — elogia Paulo Baier.
* http://oglobo.globo.com/esportes/campeonato-brasileiro-2013/de-cesar-baier-uma-carreira-reinventada-depois-dos-30-10797620#ixzz2kzTc9DxF


Jogos para o gasto e resultados merecidos no Brasileiro

Ainda curtindo a ressaca do título o Cruzeiro jogou para o gasto, em Uberlândia, contra uma Ponte Preta desesperada lutando contra o rebaixamento.

Mas foi um bom jogo, com muita correria e quatro gols que valeram o ingresso.

Everton Ribeiro foi o destaque individual.

jpFoto: Globoesporte.com

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Mais tarde, o Atlético foi uma caricatura do time que vinha fazendo bons jogos nesta últimas rodadas do Brasileiro, em jogo muito ruim contra a Portuguesa, no Canindé.

Logo aos 30 segundos de bola rolando Réver sentiu o tornozelo e teve de sair. Em princípio, uma entorse, que não preocupou muito ao médico Rodrigo Lasmar, que fará exames mais detalhados amanhã.

Vitória merecida da Portuguesa que se afastou bastante do rebaixamento.

FERNANDINHO

Nem Fernandinho (foto do Superesportes), nem Tardelli e ninguém do Atlético se destacou nestes 2 a 0 para a Portuguesa.


Situação do América na luta por vaga na Série A: verdade verdadeira do Duke!

Está parecendo que ela se cansou de dar oportunidades ao Coelho e ele rejeitar, em casa.

Agora, corre atrás, dobrado!

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Hoje, no Super Notícia!


Sorteado para compra de ingresso da Copa está tendo problemas com a comunicação da Fifa

O leitor Roberto Rmces foi sorteado para adquirir ingresso para a Copa do Mundo mas está tendo problemas e pede ajuda a quem tiver alguma dica:

* “Bom dia , Chico Maia,
Fui sorteado para comprar ingressos para copa mas não enviaram o boleto para eu pagar. Liguei para o 0300 da FIFA e eles dizem não poder fazer mais nada pois já pediram o reenvio por 3 vezes. Não sei a quem recorrer pois recebi um e-mail da FIFA dizendo que se não pagar eu perderei o direito. Se vc disser na rádio pode ser que tenham outros desesperados como eu. Não tenho a quem recorrer, me ajude. Obrigado.”

Roberto Rmces

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Encaminhei a preocupação dele ao Bruno Sassi, jornalista que conheço desde 2005, que hoje trabalha para a Fifa.

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Ingressos da Copa da Alemanha 2006


Justiça na fórmula do campeonato, lógica e estatísticas

Sobre o artigo do jornalista Hélio Schwartsman, questionando a justiça da forma de disputa do Brasileiro, transcrito no blog ontem, dois comentários muito interessantes contestando-o.

Do Flávio de Castro e do Alisson Sol.

Confira:

Flávio de Castro:

* “O Schwartsman gosta de lógica, ciência e estatística. Sob o seu próprio ponto de vista, ele cometeu um erro lógico simples no último parágrafo. Fazendo um raciocínio que ele gosta de fazer, em uma competição de 20 times, se os outros 19 “não foram campeões”, “a rigor”, significa tudo, significa que o 20º foi! E isso é, logicamente, indiscutível!

Nos parágrafos anteriores, ele fala um monte de besteiras. Desde quando compeonatos, quaisquer que sejam, destinam-se a fazer justiça nesse sentido abstrato? A meu ver, o vencedor, legitimamente, é quem consegue melhor desempenho dentro das regras estabelecidas. Não abstratamente, mas no campo, esse é o melhor. Dando um exemplo recorrente: desde quando a Itália de 1982 é menos campeã por ter deixado pra trás a fenomenal seleção de Telê?!

Para além de tudo, eu concordo com a sua opinião, Chico, de que “poucas vezes na história do futebol brasileiro uma conquista foi tão justa e incontestável como essa do Cruzeiro”. Com seu apreço por estatísticas, o que Schwartsman tem a dizer da pontuação, do número de vitórias, do número de gols feitos, do saldo de gols, da distância para o segundo lugar, enfim, dos números do Cruzeiro?! Especialmente, o que ele tem a dizer desses números comparativamente aos dos times paulistas?!

É uma pena ver como o bairrismo no futebol é capaz de imbecilizar até pessoas genais como Hélio Schwartsman…”

Abs, Flávio de Castro

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Alisson Sol:

* “Vou fazer uma exceção ao minha determinação de não mais tecer comentários no blog para comentar sobre este absurdo, que creio ser ortogonal a controvérsias entre torcedores. Pessoas que dedicaram-se por anos a estudar e aplicar Física, Matemática e Estatística de maneira séria tem a obrigação de evitar que se multiplique informação errada, como a escrita nesta coluna pelo Sr. Hélio Schwartsman, onde se utilizou um cálculo estatístico correto de maneira completamente errada.

Modelos matemáticos dependem de entendimento do assunto para serem corretamente aplicados. Quanto três mulheres estão grávidas, e uma está grávida de 9 meses, enquanto outra está grávida de 1 mês, e outra de 2 meses, na média ela estão grávidas por 12/3 = 4 meses. A Estatística é incontestável, mas não se pode usar tal resultado para dizer que elas devem esperar pelo parto em aproximadamente 5 meses.

Da mesma forma, há muita gente que certamente entende de Matemática e Estatística que erra ao tentar aplicar seus conhecimentos ao futebol. Consideram que podem aplicar ao futebol modelos que consideram uma partida de futebol depois da outra como o mesmo que jogar uma moeda para o ar duas vezes. O problema é que o resultado de você jogar uma moeda para o ar pela segunda vez é independente do resultado de você ter acabado de jogar a moeda e lido o resultado (cara ou coroa). Mesmo isto, aqueles com entendimento mais profundo de Física irão contestar (pois há desgate na moeda, que já não é a mesma após a primeira medição).

No futebol, uma segunda partida entre dois times tem enorme correlação com o resultado de uma outra partida já disputada entre os mesmos times. E tal correlação aumenta quanto mais recente frequente é a disputa. Isto apenas já torna usar o modelo que leva à “final de 269 jogos” um absurdo. Adicione a isto fatores que sabemos que influenciam partidas profissionais (presença de torcida, premiação extra-campo, motivação dos times, etc.). O importante no futebol é aquela partida que foi marcada de acordo com regras pré-definidas. Não há como “repetir partidas”. Como se faria isto? (Mesmos jogadores? Mesma torcida? Mesma temperatura? Mesma grama? Mesmo “montinho artilheiro”? Mesmos erros do juiz?)

O modelo de campeonato de pontos corridos premia o “time mais regular durante o campeonato”. Esta é a definição de “melhor time para campeonatos”. O modelo de mata-mata (copas) premia o time que mais soube decidir jogos de ida e volta eliminatórios. Esta é a definição “melhor time para copas”. O Atlético-MG foi o melhor time da Copa Libertadores 2013. O Cruzeiro foi o melhor time do Campeonato Brasileiro 2013. Qualquer um que afirme o contrário demonstra ignorância na aplicação da Estatística a competições esportivas.”

Alisson Sol

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estatísticas

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E ainda tem gente que questiona a fórmula do campeonato se a conquista do Cruzeiro foi justa!

É só um clube fora da trilha Rio/SP quebrar a hegemonia de títulos deles na era dos pontos corridos que a imprensa de lá começa a questionar se esta é a fórmula ideal para o campeonato e se, absurdo dos absurdos, houve “justiça” na conquista.

O fato é que, poucas vezes na história do futebol brasileiro uma conquista foi tão justa e incontestável como essa do Cruzeiro.

Mas o futebol é cenário para todo mundo falar o que quer e às vezes é menos ruim ouvir e ler determinados disparates do que ser surdo e cego.

Vejam por exemplo esta coluna da página dois da Folha de S.Paulo, de terça-feira passada, antes da oficialização do título da Raposa.

Interessante é que é um espaço de comentários políticos, além dos editoriais do jornal.

Pela primeira vez este cidadão escreveu sobre futebol.

Confira:

* “Hélio Schwartsman”

Justiça no futebol

SÃO PAULO – A virtual vitória antecipada do Cruzeiro no Brasileirão traz à baila uma discussão recorrente: o campeonato por pontos corridos é melhor que o velho mata-mata? Parece haver certo consenso de que, embora a antiga fórmula nos reserve mais emoções, os pontos corridos são mais justos. Será?

Minha impressão, amparada num pouquinho de matemática, é que seria impraticável desenhar uma competição capaz de medir com exatidão qual o melhor time e, assim, assegurar a justeza do campeonato. Na verdade, a dificuldade se coloca não apenas para o futebol mas também para a esmagadora maioria das modalidades esportivas. O problema de fundo é que essas disputas encerram uma dose muito alta de aleatoriedade.

Imaginemos dois times e suponhamos que um deles seja ligeiramente melhor do que o outro, derrotando-o em 55% das disputas, descontados os empates. A questão é que, mesmo com essa superioridade, o mais fraco vence o mais forte em 9 de 20 partidas que não terminam com igual número de gols. Para eu poder afirmar qual é o melhor com segurança estatística (margem de erro de cinco pontos e intervalo de confiança de 95%), seria necessário que eles se enfrentassem nada menos do que 269 vezes (a conta é de Leonard Mlodinow e me foi confirmada pelo Datafolha).

Se os atletas já reclamam do calendário do jeito que está, o que não diriam de uma final de 269 jogos?

É certo que evitar semifinais e finais de um ou dois jogos já reduz o espaço do acaso, mas não há como ignorar que mesmo as 38 rodadas do Brasileirão, nas quais os times se enfrentam apenas duas vezes, são uma amostra pequena demais para dizer quem é o melhor. O objetivo de “fazer justiça”, receio, é algo inatingível.

O lado bom dessa história é que nós, os torcedores dos 19 times que não foram campeões, podemos dizer de boca cheia que o fato de o Cruzeiro ter vencido, a rigor, não significa nada.

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BURRICE

Fazer o quê, né!?


Ufa! Alguns mensaleiros presos!

No país onde a justiça tarda e não funciona como a população precisa, a prisão de graúdos é uma novidade.

Mas a vida boa dessa turma continuará boa nas cadeias que vão ocupar, em relação às da maioria dos marginais nacionais, que cometeram crimes bem menos graves.

Pela cara do Zé Dirceu nas capas dos principais jornais, parece que está indo para umas férias e com pose de herói:

* “Dirceu, Genoino e mais
8 réus do mensalão se entregam à PF

STF expede 12 mandados de prisão para condenados
pelo esquema de corrupção no governo Lula

JD———————————————

MV

Aqui, o Marcos Valério, no banco de trás, em foto do jornal do jornal O Tempo, indo para a sede da PF em Beagá.