Capitão do Monterrey, zagueiro argentino Basanta diz que time vai explorar as laterais contra o Galo
Jogador da seleção argentina foi entrevistado pelo site da Fifa e falou sobre o time que deverá ser adversário do Atlético dia 18 de dezembro no Marrocos.
* “Basanta e o Monterrey de olho na final”
Liderança, talento e experiência. São três características fundamentais que todo capitão deve ter para desempenhar corretamente sua função de guia em campo. Para a sorte do Monterrey, José María Basanta conta com todas elas. Aos 29 anos e natural de Tres Sargentos, na Argentina, o zagueiro central, que estreou no Estudiantes de La Plata há uma década, chegou em 2008 aos Rayados para ser o xerife do setor defensivo. Com a sucessão de boas campanhas e de títulos, foi escolhido para ser o capitão da equipe.
Antes de sua terceira participação consecutiva na Copa do Mundo de Clubes da FIFA Marrocos 2013, o FIFA.com conversou com o jogador sobre o desafio que representa enfrentar novamente a competição e exercer sua função no elenco.
Experiência e ambição
A chegada de Víctor Vucetich ao comando do Monterrey em 2009 significou o início de uma etapa de ouro para o clube, cujo ápice foram dois títulos nacionais e três Ligas dos Campeões da CONCACAF. Tudo isso foi coroado magnificamente com a participação nas Copas do Mundo de Clubes da FIFA em 2011 e 2012. “É (um momento) único pelo ambiente que se respira e que é criado. Os jogos são vividos de um jeito especial porque o tempo todo temos em mente que um erro pode nos fazer voltar para casa”, explica o defensor sobre o que representa participar deste campeonato.
Apesar de sua primeira experiência no torneio, no Japão, não ter sido a ideal – o clube foi eliminado já no primeiro compromisso pelo Kashiwa Reysol –, o Monterrey não se deu por vencido e se recuperou na edição seguinte. “Sabemos que primeiro terminamos em quinto lugar e que, um ano depois, fomos terceiros”, relembra. “Este ano traçamos o objetivo de chegar ao último jogo, embora sempre tenhamos consciência da realidade do torneio. Sabemos que não vamos enfrentar equipes fáceis, mas entraremos com essa mentalidade. Agora, o nervosismo não será como o da primeira participação.”
Primeiro, o time mexicano precisará enfrentar o ganhador do jogo entre o Raja Casablanca e o Auckland City. Em seguida, o adversário seria o Atlético-M, campeão da Libertadores e já garantido na semi. Um enorme desafio, mas que poderia, em caso de vitória, servir como a motivação perfeita para o Monterrey alcançar o objetivo tão aguardado.
“Todas as equipes têm suas virtudes. Por isso, temos que estudá-las para poder neutralizá-las. É preciso ter muita organização e concentração, ficar bem atentos, jogar em bloco. Todos os adversários têm jogadores com muito talento. Por isso, não podemos deixar espaços e temos que fazer nossa parte. Precisamos confiar em nós mesmos e tentar ir além com base nisso”, opina.
Era pós-Vucetich
A novidade que faz a diferença em relação aos dois últimos anos é a saída de Vucetich do comando da equipe e a chegada de José Guadalupe Cruz. “Tivemos experiências muito boas com o ‘Vuce’. Vivemos anos inesquecíveis, de muitas conquistas. Para o trabalho do professor Cruz, que tem sua própria filosofia, contamos com quase um mês para acatar todas suas ordens e nos adaptar a suas ideias”, diz.
Basanta, que estreou na seleção argentina convocado por Alejandro Sabella e disputou quatro jogos das eliminatórias para o Brasil 2014, explica a situação atual do time. “Neste novo estilo, o Monterrey é uma equipe que sai jogando a partir de atrás, controlando a bola. Mostra muita movimentação no meio de campo e procura ser muito vertical. Queremos jogar pelas alas, e que os laterais cheguem constantemente até a linha de fundo para cruzar bolas que possam levar perigo ao adversário”, explica.
Como não se classificou para a edição atual da Liga dos Campeões da CONCACAF, ao menos no ano que vem o Monterrey ficará longe da maior competição de clubes do mundo. Por isso, o Marrocos 2013 será o fim de um bem-sucedido ciclo em uma das melhores etapas ao longo de sua história.
“O fato de disputar um Mundial de Clubes é uma motivação por si só. Mas saber que pode ser o último de nossas vidas nos faz chegar ainda mais motivados. União e força coletiva nós já temos”, diz, contando o que fala aos companheiros como capitão. Basanta termina com um aviso: “Procuramos ir longe com base nisso, com o compromisso com o clube e a torcida. Queremos fazer história.”
* http://pt.fifa.com/clubworldcup/news/newsid=2228492/index.html