Blog do Chico Maia

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Outro passeio celeste e quarta-feira Galo conhece roteiro do Marrocos

Quando o time está bem arrumado a maioria dos jogos fica fácil porque os adversários não conseguem neutralizá-lo. É o caso do Cruzeiro, que deu mais um passeio, agora em Recife, dando sequência à contagem regressiva para por a mão na Taça. O Náutico até que deu um algum aperto, obrigando o Fábio a fazer boas defesas, principalmente no primeiro tempo.

Aos nove minutos tomou o gol, mas reagiu e conseguiu fazer empatar a partida. Mas a supremacia azul se impôs logo nos primeiros minutos da etapa final.

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Dessa vez foi o Ricardo Goulart quem desequilibrou. Não só pelos dois gols. Correu muito, desnorteou os marcadores e sempre aparecia bem posicionado para receber a bola dos companheiros.

A essa altura como tirar 11 pontos de diferença de um time desses? Grêmio e Atlético-PR que ainda nutrem esperanças já entram em campo pressionados pela obrigação de vencer.

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No Independência o Atlético criou muitas oportunidades, sufocou o Corinthians a maior parte do jogo, mas parou no goleiro Cássio.

Mais a vontade no meio do que atuando pelas laterais do campo, Diego Tardelli teve outra grande atuação e comandou as ações do Galo.

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Quarta-feira o Atlético fica sabendo tudo sobre os jogos que terá pela frente no Mundial da Fifa, no Marrocos, de 11 a 21 de dezembro. O adversário inicial e principalmente se poderá usar ou não os jogadores que contratou depois do dia 31 de julho.

Torcedores falam no jogo “contra o Bayern” de Munique, mas antes disso será preciso passar por um adversário asiático, africano ou mexicano.

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Não acredito em rebaixamento do São Paulo. Tem jogadores que costumam resolver individualmente; Muricy Ramalho é um ótimo treinador e quando há necessidade, os árbitros têm uma compulsão enorme a errar a favor do tricolor paulista.

Sábado foi assim no grande jogo contra o Vitória. Na dúvida, o gaúcho Anderson Daronco apitava tudo contra os baianos.

Vitória paulista aos 42 do segundo tempo.

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Quem explica o comportamento dos jogadores do América que jogam melhor na casa do adversário e dão vexame em seu estádio? Contra o Bragantino a situação se repetiu e o time voltou a brigar por uma das quatro vagas da Série A de 2014.

Terça-feira, 19h30, receberá a Chapecoense, vice-lider e com o acesso quase garantido.

Que os jogadores não sintam o fator “casa”.

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O Inter foi um dos clubes que mais investiu em jogadores para este Brasileiro, mas ressuscitou Dunga como treinador. Primeiro clube na carreira do ex-volante, cuja única experiência na função tinha sido a seleção. Contestadíssimo, mesmo podendo convocar os melhores jogadores.

O maior problema dele é o relacionamento pessoal e segundo companheiros da imprensa gaúcha, os jogadores o derrubaram.


Leitura de fim de semana: “A Copa e o banheiro do papa”

Melhor artigo que li sobre a Copa das Confederações e os preparativos do Brasil e Minas Gerais para a Copa do Mundo do ano que vem. No Jornal Turismo em Minas  www.turismoemminas.tur.br


É do Mestre em Turismo e também hoteleiro, Luiz Neves de Souza (Hotel Solar Corte Real, de Sabará).

Ele cita essa comparação com o filme “O banheiro do Papa”, feita por “um comentarista esportivo” numa palestra em Belo Horizonte em 2011.

Coincidentemente eu estava presente e o este comentarista foi o Emanuel Carneiro, que comparou com toda a razão.

Confira:

* “A Copa e o banheiro do Papa”

Bastou a FIFA anunciar na Suíça a escolha do Brasil como sede da Copa’2014 para começarem as especulações em torno dos números e projeções de resultados do mega evento.        Os últimos três anos foram marcados por uma enxurrada de eventos relacionados ao Mundial no Brasil, em forma de workshops, painéis, seminários, palestras e debates, sempre com o objetivo de se discutir as oportunidades e perspectivas para o certame anunciado.

Nesses encontros os mesmos atores, repetidas vezes apresentaram seus diagnósticos, números, cases de sucesso e resultados de pesquisas, demonstrando suas expertises e mostrando os caminhos para o sucesso durante a Copa. Nesta etapa o jogo foi comandado pelos representantes dos governos municipal, estadual, representantes das entidades patronais, trade turístico representado especialmente pela hotelaria, agentes de viagens e produtores de eventos. Tudo sob o olhar e a batuta da FIFA que sempre colocou à mesa seu padrão e os legados como justificativas para os gastos e investimentos.

Os representantes da hotelaria lamentavam o aumento vertiginoso da oferta hoteleira em Belo Horizonte e em seu entorno, apresentando os estudos das empresas de consultorias que apontam para uma queda considerável nas taxas de ocupação dos hotéis no “pós-copa”, prevendo um futuro negro para o setor.

As entidades do Sistema “S” que funcionam quase sempre como financiadoras e patrocinadoras desses encontros, também colocaram suas percepções, como a capacitação de profissionais para os setores que serão mais impactados com a Copa.

A construção civil trouxe ao debate suas novidades em termos de projetos sustentáveis, inovações e tecnologias que estão sendo vistos nas obras em andamento e também nas concluídas, como o Mineirão.

Por outro lado, os governos locais apresentaram suas dificuldades financeiras e também as experiências bem sucedidas de outros países; casos da África do Sul e Alemanha. Nas coloridas apresentações prometeram investimentos e obras que vão passar longe da Copa, como a revitalização do Anel Rodoviário, novos Centros de Convenções, metrô, restauração das cidades históricas e sinalização turística, apenas para citar alguns.

Em um desses painéis, um palestrante chamou a atenção de todos para as promessas feitas nesses encontros, principalmente, as perspectivas de ganhos financeiros para as pequenas empresas e setores mais envolvidos com o evento.

A discussão referida foi ilustrada pelo palestrante com o filme “O Banheiro do Papa” de Cesar Charlone e Enrique Fernandez que retrata a ida do Papa João Paulo II à cidade de Melo, no Uruguai em 1988. Mostra como foi anunciada a visita à pequena cidade, com promessas da chegada de milhares de pessoas. A população local com dificuldade de emprego e em pobreza extrema viu a oportunidade de negócios e dinheiro, o que de fato não ocorreu.

Com apenas três jogos em Belo Horizonte; dois deles envolvendo seleções de pouca expressão, a Copa das Confederações contribuiu muito pouco com o turismo na Capital. A hotelaria vivenciou dias piores, comparados com o mesmo período de 2012.

As perspectivas de circulação de turistas estrangeiros em Minas, tão prometidas nestes eventos foram totalmente desconstruídas. Menos de 3% dos pacotes turísticos e ingressos vendidos para os jogos foram para estrangeiros. Algumas cidades históricas, como Sabará, por exemplo, sequer viram um turista internacional, apesar das projeções apresentadas.

Agora, recomenda-se aos empresários debruçarem sobre os números, visando um planejamento melhor e mais adequado à realidade para a Copa que se avizinha. Aos representantes dos governos e entidades envolvidas recomenda-se também rever os discursos sobre oportunidades e legados.

Do contrário, reviveremos também na Copa do Mundo de 2014 a terceira versão do filme “O Banheiro do Papa”.

LUIZ NEVES DE SOUZA

Mestre em Turismo e Meio Ambiente

LUIZ

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A cidade de Melo, no Uruguai

Melo é uma cidade do Uruguai, capital do departamento de Cerro Largo. Situada no nordeste do país, faz divisa com os municípios brasileiros de Herval e Pedras Altas no estado do Rio Grande do Sul. Melo é relevante centro comercial, agrícola e pecuário.

A cidade foi fundada em 27 de junho de 1795. Dada a sua localização próximo das fronteiras do Brasil, foi invadida por tropas portuguesas em 1801, 1811 e 1816.

Melo foi uma das cidades visitadas pelo Papa João Paulo II em 8 de maio de 1988. Em agosto de 2007, estreou-se o filme El Baño del Papa, de César Charlone, que retrata os dias anteriores à chegada de Juan Pablo II à cidade, as expectativas e desilusões dos seus habitantes.

Possui a única equipe de futebol não sediada em Montevideo que disputa a primeira divisão do Campeonato Uruguaio, o Cerro Largo Fútbol Club.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Melo_%28Uruguai%29

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A foto da capa do filme em DVD

banheiro-do-papa-poster01

O banheiro do Papa

SINOPSE

1998, cidade de Melo, na fronteira entre o Brasil e o Uruguai. O local está agitado, devido à visita em breve do Papa. Milhares de pessoas virão à cidade, o que anima a população local, que vê o evento como uma oportunidade para vender comida, bebida, bandeirinhas de papel, souvenires, medalhas comemorativas e os mais diversos badulaques. Beto (César Trancoso), um contrabandista, decide criar o Banheiro do Papa, onde as pessoas poderão se aliviar durante o evento. Mas para torná-lo realidade ele terá que realizar longas e arriscadas viagens até a fronteira, além de enfrentar sua esposa Carmen (Virginia Mendez) e o descontentamente de Silvia (Virginia Ruiz), sua filha, que sonha em ser radialista.


Coelho hoje; Galo e Raposa no mesmo horário amanhã e mais uma "verdade verdadeira", do Duke!

O América tem todas as condições de ganhar mais uma na casa do adversário, hoje, 21 horas, contra o Bragantino.

Ninguém conseguiu explicar ainda os motivos do time jogar melhor fora do Independência.

Amanhã, 16 horas, o Cruzeiro não terá o lateral Egídio, suspenso, nem o zagueiro Dedé, servindo à Seleção Brasileira, contra o Náutico, em Recife. Mas, o lanterna do Brasileiro não deverá oferecer muita resistência e é candidato a uma nova goleada em casa.

O Atlético recebe o Corinthians também às 16 horas de amanhã. Não terá Victor e Jô, servindo à Seleção, além do Ronaldinho. Porém, Tardelli foi bem como substituto do R10 no comando do time em campo. Jogando até mais à vontade pelo meio do que pelas pontas.

E o Duke mandou essa “verdade verdadeira”. . .

image

. . . hoje, no Super Notícia!


Mário Marra, Leo Bertozzi e Mauro Beting lançam livro sobre a conquista da Libertadores pelo Galo

De 12 às 18 hs, na sede do Galo.

Só mesmo este trio de amigos, gente boa, grandes profissionais, para me fazer sair da roça em um sábado e enfrentar “Belzonte”.

* ‘Nós Acreditamos’: Livro sobre título do Atlético-MG na Libertadores será lançado neste sábado

CAM

Mais detalhes no site do ESPN

http://www.espn.com.br/noticia/359271_nos-acreditamos-livro-de-leonardo-bertozzi-sobre-titulo-do-atletico-mg-na-libertadores-sera-lancado-neste-sabado


Alexandre Kalil, Dr. Gilvan de Pinho Tavares e o que eu penso sobre a política brasileira

Senhoras e senhores,

nosso espaço é para falar de esportes, futebol principalmente, mas como cidadãos, falamos de tudo.

Principalmente quando o futebol se envolve diretamente com a política, e os presidentes dos nossos maiores clubes se filiam a partidos.

Muita gente tem perguntado a minha opinião.

Então vamos lá!

O texto ficou grande, mas a situação exige.

imageCapa do jornal O Tempo de hoje: Kalil filia-se ao PSB em cerimônia com presença de Campos

O passado nos mostra que o futebol raramente, ou nunca, ganha com essa mistura, quando alguém quer usá-lo para se promover ou se eleger, e atua diretamente numa entidade ou um clube.

A história conta que o então governador Magalhães Pinto queria lançar seu filho, Eduardo, mas para isso era preciso que ele se tornasse popular.

Botou o moço na presidência do Atlético. Com muito dinheiro do banco do pai (Nacional), Eduardo montou uma seleção para tentar acabar com a hegemonia do emergente Cruzeiro no recém criado Mineirão. Até então só dava o time do Felício Brandi, com Raul, Piazza, Dirceu Lopes, Natal, Tostão e Cia.

Fortunas do Galo e do banco foram gastas para se montar as primeiras “selegalo” da história atleticana, e o Cruzeiro continuou mandando e crescendo.

Não teve jeito!

Eduardo saiu da presidência um pouco menos rico, desmoralizado com a torcida e deixou o Atlético quebrado. Custou o Estádio Antônio Carlos, vendido para pagar dívidas, e que graças a manobras de atleticanos bons de serviço nas áreas jurídicas, administrativas e políticas, voltou a pertencer ao clube, muitos anos mais tarde, e hoje é o Diamond Mall.

No presente, Zezé Perrella foi um grande presidente do Cruzeiro, mas resolveu se enveredar pela política.

O clube virou um enorme bureaux político dele e depois do filho. Aí, ai do Cruzeiro!

Felizmente, quando os cruzeirenses mais tradicionais do Conselho Deliberativo e da cúpula viram o caminho que a Raposa estava tomando, agiram, a tempo.

E sem barulho na imprensa e escândalos, mineiramente, destronaram o Zezé, cuja última vontade não se concretizou, que era eleger Dimas Fonseca seu sucessor.

Pelo que conheço de ambos, não acredito que Alexandre Kalil e Gilvan de Pinho Tavares se candidatem a alguma coisa. Mas, quando se trata de política, tudo pode acontecer.

A porta de entrada é fácil e conhecida, mas a sequência e a porta de saída, imprevisíveis.

Caso se candidatem, as chances de se eleger deputado, estadual ou federal, são de quase 100%. Para os cargos majoritários (senador, governador, presidente), quase impossível.

Ano que vem será o último de Kalil como presidente do Atlético e ele não estaria mais na direção do clube caso fosse exercer algum mandato em 2015.

Diferente do Dr. Gilvan, que certamente será candidato à reeleição no Cruzeiro ano que vem, com toda justiça e pelos seus méritos.

Não creio que ele pretenda ser deputado e presidente ao mesmo tempo, porque ele mesmo sabe que dificilmente essa mistura dá certo.

Também, baseado no que conheço dos dois, eu votaria tanto em um quanto no outro. Seria um ganho para a política mineira e nenhum poderia ser acusado de ter usado os clubes para se tornar conhecidos.

Kalil é sinônimo de Atlético desde a chegada da colônia árabe a Belo Horizonte.

Gilvan está no Cruzeiro há mais de 50 anos, onde começou como atleta.

image

Aproveito para falar da minha visão pessoal do atual momento político que vivemos.

Termina amanhã o prazo para filiação partidária para quem quiser ser candidato a alguma coisa nas eleições do ano que vem.

Nessa época os partidos políticos ficam loucos atrás de quem potencial de votos para somar às suas legendas e eleger seus deputados, estaduais e federais.

A maioria desses convidados a se filiar serve apenas como “bucha de canhão” para agregar votos a fim de eleger os “donos” dos partidos.

Alguns surpreendem e estouram de votos, se elegendo e formando boas bancadas. Tiririca foi um desses casos nas eleições de 2010.

Nos últimos dias fui convidado pelo PV e pelo PPS para me filiar.

Agradeci “penhoradamente”, mas respondi a ambos que não tenho a menor intenção de me filiar nem me candidatar a nada.

Militei politicamente enquanto tinha ilusão que existia idelogia. Certamente em um passado mais distante, houve, mas acabou faz tempo!

Eu era “brizolista”, pededista, por acreditar nas ideias dele e do Darcy Ribeiro para a Educação.

Ambos devem estar se revirando em seus túmulos por “verem” o que virou o PDT.

Virei “lulista” e acreditei piamente que o país tomaria jeito com o PT no poder. Achava que a partir do dia 1º de janeiro de 2003, iniciaríamos uma nova era, com transparência, caça à corrupção e corruptos, aposta maciça na educação e bla, bla bla…

O regime militar foi a pior coisa que aconteceu para o país, depois vieram o PMDB de Sarney e a tucanada do FHC.

Nenhuma saudade deles!

Só me restou jogar a toalha para a política e para esse povo todo dessa área.

Cumpro com minhas obrigações cidadãs, e assim como você que me lê e a maioria dos brasileiros, pago os muitos e altíssimos impostos para irrigar a farra deles todos.

Revoltado, mas pago, porque sou obrigado, como pessoa física e jurídica.

Leio, vejo e ouço todos os dias as notícias das bandalheiras cometidas com o nosso suado dinheiro e me resigno.

Fazer o quê?

Continuo votando, porque se não votar, pode ficar pior.

Tem sempre uma brasa de esperança de que das urnas surja alguém competente e sério, em alguma parte do país, que dê um jeito.

Voto em quem imagino que possa ser bom deputado, bom senador, bom governador e bom presidente.

Normalmente a decepção é grande, mas continuarei voltando. O partido não importa mais, pois todos são farinha do mesmo saco.

Quem sabe um dia acertamos no voto?

Para resumir tudo isso que escrevi, dos interesses que movem a política, e a transformação que a maioria sofre quando assume um mandato, leiam esta coluna do Vinicius Torres Freire, de ontem, na Folha de S. Paulo.

Vale a pena!

oi

* “Oi?”

Vinicius Torres Freire

Empresa que se funde com a Portugal Telecom foi uma “campeã nacional” patrocinada pelo Estado

A OI É de certo modo uma das maiores empresas privadas estatais do Brasil, se não a maior.

Oi? Como assim, privada e estatal? Talvez seja mais preciso dizer que a Oi é resultado de uma grande parceria público-privada. Talvez também seja impreciso dizer que a empresa seja “do Brasil”, pois até ontem, ao menos, não se sabia muito bem quem controlaria a CorpCo, fusão da Oi com a Portugal Telecom.

A Oi nasceu TeleNorteLeste no estrambótico leilão de privatização da telefonia estatal, em 1998. Como tantos grupos que venceram leilões, talvez um pouco mais, ficou de pé apenas com auxílio financeiro estatal. A empresa privatizada seria a Telemar, mais tarde Oi, que engoliria a Brasil Telecom com ajuda estatal em 2008-2009. Desde a privatização, a Telemar-Oi seria a empresa do setor que mais receberia empréstimos do BNDES.

Como se recorda, em 2008 vivíamos os anos do Brasil Grande de Lula, do “milagre do crescimento”, do Brasil petrolífero em breve com assento na Opep, quiçá no Conselho de Segurança da ONU. Um país grande precisa de grandes negócios, ou de grandes empresas internacionalizadas, “campeãs nacionais”. Isto é, de multinacionais brasileiras, naturalmente criadas com grandes empréstimos baratinhos do BNDES e outras parcerias público-privadas.

O governo Lula patrocinou politicamente e garantiu o financiamento oficial de fusões e aquisições de empresas (algumas meio falidas), a criação de oligopólios privados, por meio do BNDES e arranjos com Petrobras, Banco do Brasil e fundos de pensão paraestatais. Patrocinou a reorganização do controle da grande empresa, o que o governo FHC fez por meio das privatizações subsidiadas. O que FHC privatizou, Lula conglomerou.

Pode ser que a criação de empresas de grande escala seja útil (para quem?), que valha a pena do financiamento estatal subsidiado (qual o tamanho da pena?), mas o processo todo está sub judice, e não devido à possível “desnacionalização”. Com a palavra, os universitários.

A Oi pegou esse bonde do Brasil Grande de Lula. Vários bondes. Pelas normas que pautaram a privatização e o pós-privatização das teles, a Oi não poderia comprar a Brasil Telecom. O governo Lula arranjou a mudança legal, ad hoc, depois de anunciada a operação entre as empresas, tudo em 2008.

O BNDES indireta, mas pesadamente, barateou a operação financeira, que beneficiou as empresas Andrade Gutierrez e La Fonte (família Jereissati), até outro dia na prática donas da Telemar e da Oi.

Até 2010, o BNDESPar tinha uns 31% do capital; fundos de pensão de estatais, controlados politicamente pelo governo, tinham 18%. Nesse ano, Lula e a direção do BNDES articularam com o governo português, a Oi e a Portugal Telecom a entrada dos portugueses na tele “campeã nacional”, então superendividada, entre outros problemas. Lula resolveu um problema político e empresarial em Portugal e ajudou a arrumar a vida da Portugal Telecom, que deixava a sociedade com a Telefônica na Vivo.

Sim, a Oi foi grande investidora numa pequena empresa de um filho de Lula, motivo de grande escândalo, ora esquecido. Mas essa andorinha não fez o verão da onda de oligopolização patrocinada pelo Estado. Esse buraco é mais fundo.

* Vinicius Torres Freire


Ao ritmo de Tardelli e Jô contra estratégia questionável do treinador da Ponte

A Ponte Preta luta para não cair e o técnico Jorginho preferiu poupar quase todo o time esta noite contra o Atlético, visando usar a força máxima contra o Bahia na próxima rodada, domingo.

Acha menos difícil somar pontos contra os baianos, por isso, chutou o balde contra o Galo.

O goleiro Roberto não gostou e criticou abertamente essa decisão do Jorginho. Desabafou no intervalo em entrevista ao Thiago Reis, numa sinceridade rara no futebol, ainda mais contra uma decisão do comandante.

O Atlético jogou em ritmo de treino. Fez gols quando quis, em noite inspiradíssima do Jô e Tardelli. Os demais também foram muito bem, inclusive o Marcos Rocha, que marcou o segundo gol. Alecsandro entrou quase no fim, no lugar do Fernandinho e completou a goleada, aproveitando ótimo cruzamento do Luan, que foi outro destaque.

Os 4 a 0 ficaram de ótimo tamanho para a Ponte, que é vice-lanterna e dificilmente escapará da degola.

O Atlético voltou à 5ª posição, com 38 pontos, três a menos que o xará do Paraná, o quarto.

O próximo jogo será contra o Corinthians, domingo, 16 horas, no Independência.

CAMFoto: O Tempo

Sem Jô, que além do terceiro cartão amarelo que tomou, estará servindo a seleção brasileira, junto com o Victor.

Junior César também tomou o terceiro cartão.


Um time sem brucutus, com estratégias do basquete

O que mais me impressiona neste time do Cruzeiro é que ao contrário de 2003, agora não há uma estrela principal que comande o time.

Alex representava quase tudo naquele grupo que fez uma campanha fantástica e ganhou sem sobressaltos o primeiro Brasileiro por pontos corridos.

Marcelo Oliveira montou um grupo que se encaixa naquele discurso maroto do Celso Roth, do “equilíbrio”.

Só que o trabalho do Marcelo funciona na prática, não fica só na verborragia do seu antecessor de fala empolada.

A inspiração do Marcelo é Telê Santana, do jogo limpo, sem faltas, toques de primeira, triangulações, simplicidade e muita conversa com os jogadores no dia a dia dos treinos.

A cada jogo alguém diferente se destaca individualmente; quase todos os jogadores fazem gols, tanto que, tem o ataque mais positivo do campeonato, mas não tem o artilheiro principal da competição.

BORGES

Ontem foi a vez do Borges (em foto de O Tempo) se destacar.

Vi o jogo ao lado dos cruzeirenses Isio Duflles, Paulo Louzada e Fernando.

Isio é um apaixonado pelo basquete, ex-presidente do Ginástico e admirador da tática e estratégias dos esportes coletivos.

Compara o estilo de jogo adotado pelo Marcelo com estratégias do basquete. Considera Nilton o principal jogador, que no basquete seria o “armador”, aquele que, quando “o bicho pega”, os companheiros o procuram e ele se vira com a bola, sem fazer besteira.

Jogador de garra, que defende e ataca, marca presença onde é preciso e inspira os companheiros em campo.

Ísio também gosta do Vasco e acompanha o Nilton desde lá. Não é “brucutu”! Aliás, outra observação do Ísio: este time não tem nenhum “brucutu”, figura comum em quase todo time que chega aos título, na zaga ou no meio.

“Brucutu” não precisa ter dois metros de altura. É aquele jogador que só sabe desarmar, na bola e ou na porrada, e não sabe dar um passe além de dois metros, nem sair jogando. Em 2003 o Augusto Recife desempenhava este papel e o reserva dele era o Felipe Melo.

Por essas e outras o Cruzeiro faz essa campanha irretocável e quando os adversários descobrirem a fórmula de pará-lo, o campeonato já terá acabado.

A Portuguesa não conseguiu respirar.

Tomou logo quatro e fim de papo.

Se a Raposa forçasse mais a goleada seria maior ainda.

DUKECRU

Dai saiu essa “verdade verdadeira” do duke, hoje, no Super Notícia.


O show é do Cruzeiro mas os destaques são Fla e "Timão"!

O Cruzeiro deu mais um passeio em campo, praticamente garantiu o título nacional ao golear o time que tinha goleado o Corinthians no jogo anterior, mas, horas mais tarde, William Waack, apresentador do Jornal da Globo destacava as principais atrações que seriam mostradas no telejornal: “Flamengo vence fora de casa e Corinthians volta a vencer depois de oito jogos e escapa da crise”.

Por essas e outras é que valem os alertas contra a tentativa de “espanholização” do futebol brasileiro.

WAACK

William Waack


Aleluia! O Náutico ganhou mais uma; Coelhão voltou a ganhar e hoje tem Cruzeiro!

O Náutico deu um suspiro e venceu a Ponte Preta, ontem, em Campinas, 2 a 1, mas nem assim conseguiu chegar perto da saída da lanterna do Brasileiro.

Segunda vitória do Timbu em toda a disputa.

marcelooliveiraapontadramalhoHoje, o Cruzeiro, de Marcelo Oliveira (foto portal Terra), deve dar mais um passo importante rumo à conquista, enfrentando a Portuguesa, 19h30, no Mineirão.

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O América voltou a fazer bonito, de novo fora de casa, vencendo o Paraná, mas continua fora das quatro vagas para a Série A 2014.

BADY

Em foto do Globoesporte.com a alegria dos jogadores na comemoração do gol solitário do Bady, sobre o Paraná.

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A classificação das Séries A e B, do portal Terra:

Times

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

1 Cruzeiro >> 53 24 16 5 3 50 20 30 73
2 Grêmio >> 42 24 12 6 6 30 21 9 58
3 Botafogo >> 42 24 12 6 6 36 28 8 58
4 Atlético-PR >> 41 24 11 8 5 43 33 10 56
5 Atlético-MG >> 35 24 9 8 7 28 26 2 48
6 Vitória >> 34 24 9 7 8 34 34 0 47
7 Internacional >> 34 24 8 10 6 36 34 2 47
8 Fluminense >> 33 24 9 6 9 30 31 -1 45
9 Santos >> 33 24 8 9 7 29 25 4 45
10 Goiás >> 33 24 8 9 7 26 29 -3 45
11 Bahia >> 32 24 8 8 8 26 29 -3 44
12 Portuguesa >> 31 24 8 7 9 37 34 3 43
13 Corinthians >> 31 24 7 10 7 20 17 3 43
14 Coritiba >> 31 24 7 10 7 28 31 -3 43
15 Flamengo >> 30 24 7 9 8 28 30 -2 41
16 São Paulo >> 27 24 7 6 11 21 24 -3 37
17 Criciúma >> 25 25 7 4 14 31 43 -12 33
18 Vasco >> 25 24 6 7 11 31 40 -9 34
19 Ponte Preta >> 22 24 6 4 14 25 35 -10 30
20 Náutico >> 17 25 4 5 16 16 41 -25 22

http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro-serie-a/

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Times

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

1 Palmeiras >> 59 26 18 5 3 51 20 31 75
2 Chapecoense >> 49 25 15 4 6 48 24 24 65
3 Paraná >> 45 26 13 6 7 42 21 21 57
4 Sport >> Subiu1 43 26 14 1 11 43 42 1 55
5 Joinville >> Desceu1 42 26 12 6 8 42 29 13 53
6 Avaí >> Subiu1 41 26 11 8 7 38 33 5 52
7 Icasa >> Desceu1 39 26 12 3 11 38 43 -5 50
8 América-MG >> 39 26 10 9 7 37 33 4 50
9 Figueirense >> 38 25 12 2 11 43 38 5 50
10 Ceará >> 38 26 10 8 8 38 31 7 48
11 Bragantino >> Subiu1 36 26 10 6 10 26 25 1 46
12 Boa E.C. >> Desceu1 35 26 9 8 9 23 30 -7 44
13 Guaratinguetá >> 32 26 9 5 12 28 35 -7 41
14 Oeste >> 31 26 8 7 11 26 39 -13 39
15 Paysandu >> 28 26 7 7 12 28 38 -10 35
16 América-RN >> 27 26 6 9 11 27 38 -11 34
17 Atlético-GO >> 26 26 7 5 14 23 34 -11 33
18 ABC >> Subiu2 26 26 7 5 14 26 42 -16 33
19 São Caetano >> Desceu1 24 26 6 6 14 32 40 -8 30
20 ASA >> Desceu1 23 26 7 2 17 27 51 -24 29

http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro-serie-b


Exigência é grande e contusões se tornam cada dia mais rotineiras

Essa correria intensa de quase todo jogo no futebol brasileiro tem preço, e alto.

O nível de esforço cobrado dos jogadores atualmente faz com que o grande número de contusões seja cada vez mais comum e rotineiro, principalmente quando a temporada chega ou passa da metade, como agora.

Sujeito machuca até em brincadeira antes do treino, como foi o caso do Ronaldinho, que atua numa posição, onde o grau de exigência é maior ainda.

E obviamente, na maioria dos casos, quanto mais velho o atleta, mais as chances de se machucar e mais tempo para se recuperar.

Isso sem falar em choques, porradas dos adversários ou jogadas mais duras. Nestes casos, quanto mais craque, mais caçado. É a lei natural do mundo da bola.

Os especialistas da preparação física e da fisiologia contam que no Brasil um jogador corre em média, de 7 a 11 quilômetros durante os 90 minutos.

Até os anos 1980 a média era de 4 a 7 Km.

Na Europa, a média é de 10 a 14 quilômetros, mas as temperaturas na maior parte do ano são muito mais baixas do que no Brasil.

Outro detalhe interessante nessa história é que a medicina esportiva brasileira é a de maior prestigio no mundo. E não só pela competência dos nossos médicos no dia a dia, mas pela necessidade que os nossos clubes têm de recuperar depressa os seus jogadores.

Ao contrário dos europeus que têm dois ou até três jogadores de alto nível para cada posição, aqui, os times têm a conta do chá, e olhe lá!

Daí a necessidade dos médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos e massagistas se virarem e descobrir técnicas de recuperação mais rápidas.

No Galo, Richarlysson não joga mais este ano em função de um estiramento; Dátolo está seguindo o mesmo ritmo do Guilherme e agora está em tratamento de uma dor na panturrilha; o jovem lateral Michel passou por uma artroscopia, mas já já volta.

Réver tomou um pisão no pé, sem gravidade, mas também não deverá jogar contra a Ponte Preta, quinta-feira, no Independência.

NEYLOR

A contusão do Ronaldinho fez com que o Dr. Rodrigo Lasmar (esquerda), que já é brilhante, recorresse à experiência do seu pai, Neylor, para discutir fórmulas de tratamento mais rápido, visando colocar o camisa 10 em campo no Mundial do Marrocos.